Prática como componente curricular : espaço de luta e resistência na formação de professores de química
Tese de doutorado
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Este estudo tem como objetivo analisar definições e critérios para a execução da Prática como Componente Curricular (PCC) e identificar as formas de inserção, bem como os professores atuantes nesse espaço curricular na formação de professores de Química dos Institutos Federais do Sul do Brasil. A constituição do referencial teórico deu-se em quatro seções. Na primeira, realizou-se a análise e interpretação dos documentos normativos que abordam a PCC. Na segunda, o objetivo foi a construção do conceito da PCC associada à práxis. Na terceira, identificam-se os focos de investigação das teses e dissertações que abordam a PCC no contexto da Licenciatura em Química. E, por último, caracteriza-se a área de Ensino de Química com base nos pressupostos teóricos de Pierre Bourdieu. A compilação dos dados desta pesquisa ocorreu mediante a análise dos projetos pedagógicos dos cursos de Licenciatura em Química dos Institutos Federais do Sul do Brasil e dos respectivos planos de ensino das componentes curriculares que apresentam carga horária destinada à PCC. Já a busca pelo Capital Cultural Institucionalizado e o Capital Acadêmico-Científico dos professores formadores atuantes nos espaços curriculares da PCC teve como base de dados a Plataforma Lattes. As análises permitiram evidenciar as múltiplas formas de inserção da PCC, que ocorrem de acordo com as necessidades próprias das instituições. Além disso, apenas 25% da carga horária de PCC nos cursos analisados pertence aos docentes com Capital Cultural Institucionalizado na área do Ensino de Química. Esse cenário reforça a necessidade de estabelecer o diálogo reflexivo entre Química/Educação/realidade social, pois para desenvolver a PCC é necessário o comprometimento dos professores formadores que devem ter conhecimento específico da interface.