Teses e Dissertações
Palavra-chave: modelagem matemática
A Modelagem Matemática a partir de um Olhar sobre os Livros do ICTMA
Bianca de Oliveira Martins, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 25/02/2019
Nesta dissertação, a partir de uma atitude fenomenológica, objetivamos investigar o que se
entende por modelagem matemática, a partir dos trabalhos publicados nos livros ICTMA nas
edições de 2010 a 2017. Para detalhar uma compreensão da interrogação de pesquisa dois
aspectos foram selecionados para realização do processo analítico: as ideias do texto relativas
ao que é ou o que caracteriza a modelagem matemática e a configuração de uma atividade de
modelagem matemática nos capítulos analisados. Os dados constituem-se de cinquenta e sete
textos (capítulos dos livros ICTMA), selecionados a partir da aplicação subsequente dos
critérios: os textos contemplam o termo modelagem no título ou no resumo do texto, os
autores publicaram em pelo menos três edições diferentes do ICTMA e apresentam e
descrevem uma atividade de modelagem matemática. O processo analítico contemplou uma
Análise Ideográfica, uma Análise Nomotética e a construção de um metatexto. A Análise
Ideográfica consistiu na identificação e descrição das Unidades de Significado nos textos para
cada um dos aspectos analíticos, já a Análise Nomotética evidenciou a convergência das
Unidades de Significado em Núcleos de Ideias e, por fim, elaboramos um metatexto
vislumbrando apresentar o que se entende por modelagem matemática nos livros ICTMA nas
edições de 2010 a 2017. No metatexto, elaboramos um diálogo entre a emergência dos
Núcleos de Ideias e aspectos da literatura da área de Modelagem Matemática na Educação
Matemática. Neste contexto, o entendimento de modelagem matemática emergiu a partir de
seis Núcleos de Ideias acerca de do que se entende por modelagem matemática e de onze
Núcleos de Ideias que detalham a configuração de atividades de modelagem matemática, os
quais possibilitaram ampliar a compreensão de modelagem, por meio dos objetivos com as
atividades, dos contextos e da forma como tais atividades são apresentadas ou foram
modeladas. Por fim, essa dissertação lança um olhar sobre o que os autores mencionam sobre
modelagem matemática e como a usam em suas diferentes práticas, concluindo que o
entendimento de modelagem matemática está atrelado ao uso das atividades de modelagem
matemática, em particular, quando o foco está no ensino e na aprendizagem da matemática ou
da modelagem matemática.
Um olhar sobre o fazer Modelagem Matemática à luz da filosofia de Wittgenstein
Henrique Cristiano Thomas de Souza, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 24/07/2018
Nessa pesquisa investigamos como se dá o seguir regras no fazer Modelagem Matemática no
desenvolvimento de atividades de modelagem matemática que utilizam recursos das tecnologias
digitais. Para realizar essa investigação nos embasamos na filosofia madura de Ludwig
Wittgenstein, principalmente no que se refere à ideia de seguir regras. No caminho de
construção dos aspectos teóricos da Modelagem Matemática e da filosofia wittgensteiniana,
determinamos as ações ligadas ao seguir regras no fazer Modelagem Matemática. Os dados
empíricos, coletados no contexto de um curso de Licenciatura em Matemática de uma
universidade pública, são divididos em dois grupos: as atividades do 1° e 2° momentos de
familiarização dos alunos com atividades de modelagem matemática, em que descrevemos as
ações de treinamento da regra; e, as atividades do 3° momento de familiarização dos alunos
com atividades de modelagem matemática, que são objeto da análise específica, em que
realizamos uma descrição interpretativa das ações dos alunos que podem indicar o seguir regras
e dos usos que fazem dos recursos das tecnologias digitais. Como resultados da análise global,
inferimos que: i) as ações dos alunos que convergem para o seguir regras identificadas na
análise específica são contempladas nos treinamentos das regras; ii) nas ações que divergem no
seguir regras os alunos não participaram integralmente dos treinamentos da regra; iii) o uso
dos recursos das tecnologias digitais, em todas suas funções, esteve presente em diferentes fases
de desenvolvimento das atividades de modelagem matemática, auxiliando nas ações de
treinamento da regra e nas ações do seguir regras. Como uma reflexão final identificamos que
o seguir regras se dá numa dinâmica em torno da regra: treinamento da regra-hábito de seguir
regras-seguir a regra.
A Terapia de Wittgenstein e o Conceito de Função: Uma Investigação com Modelagem Matemática
Camila Fogaça de Oliveira, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 13/11/2018
Esta pesquisa teve o objetivo de investigar como se dão os efeitos terapêuticos do conceito de
funções em atividades de modelagem matemática desenvolvidas por alunos de um curso de
tecnologia. Para isso utiliza da terapia de Wittgenstein tratando conceitos em novo contextos,
utilizando de diferentes percepções sobre o conteúdo ensinado de acordo com os seus usos.
Para o direcionamento da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral em uma Faculdade de
Tecnologia foi aplicada uma avaliação diagnóstica que sinalizou dificuldades apresentadas
pelos alunos com relação aos usos do conteúdo de funções. O processo terapêutico da
pesquisa teve como intenção tratar essas dificuldades por meio do desenvolvimento de
atividades de modelagem matemática, implementadas de acordo com os três momentos de
familiarização propostos por Almeida e Dias (2004). A busca por efeitos terapêuticos se
delineou de acordo com o desenvolvimento das atividades propostas e apontou que os cinco
aspectos, que indicavam as dificuldades apresentadas pelos alunos com relação ao conteúdo
de funções, foram tratados por meio do desenvolvimento de atividades de modelagem
matemática. Da perspectiva de Wittgenstein, não há o ‘esclarecimento completo’ de um
conceito e este é sempre relativo ao uso da linguagem. Nesse contexto, foi possível inferir que
os alunos participantes da pesquisa, gradualmente, ampliaram a gramática arbitrária do
conceito de funções em sala de aula e que a terapia proposta não se completa com o término
deste trabalho, à medida que esse conceito se torna mais complexo por meio de sua utilização
em outras disciplinas, em outros contextos.
Modelagem Matemática e construção epistemológica de modelos científicos: uma abordagem para o Ensino de Física
Gabriela Helena Geraldo Issa Mendes, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 27/04/2018
A presente pesquisa teve como questão norteadora investigar se uma situação de
ensino envolvendo a Modelagem Matemática e discussões epistemológicas,
proporciona a estudantes graduandos de Física e Matemática, um entendimento a
respeito da 2ª Lei de Newton, bem como a formulação de seu modelo científico. Para
tanto, elaborou-se uma proposta didática, que foi ofertada em forma de minicurso para
graduandos dos 1º e 2º anos de Física e Matemática, nas modalidades licenciatura e
bacharelado, da Universidade Estadual de Londrina no ano de 2017. O minicurso foi
composto por discussões epistemológicas a respeito da Modelagem Matemática,
Matematização e Modelos Científicos e a resolução de seis atividades de Modelagem
Matemática. Das atividades propostas, três delas foram construídas exclusivamente
para atenderem os objetivos desta tese, abordando conteúdos físicos. Utilizou-se a
abordagem qualitativa na busca de interpretar e compreender as noções dos(as)
participantes do minicurso ofertado. Na abordagem metodológica, os resultados da
aplicação de questionários prévios e posteriores foram analisados à luz da Análise de
Conteúdo. Desta maneira foi possível abordar conceitos físicos e articular a
Modelagem Matemática, os modelos científicos na Física e o processo de
matematização. A partir da análise dos resultados obtidos, pode-se inferir que a
proposta desenvolvida proporcionou, aos envolvidos, reflexões relacionadas à
construção do conhecimento, a aspectos da Natureza da Ciência e ao papel da
Matemática na Física, questões pertinentes na formação de futuros docentes.
Constatou-se que a Modelagem Matemática não é, isoladamente, suficiente para
ensinar Física, mas é uma metodologia que explicita o processo de construção de
modelos, e feitas as devidas adaptações epistemológicas, a Modelagem Matemática
pode contribuir com o Ensino de Física. Outra inferência desta tese é que a
matematização na Física, diferentemente da matematização na Modelagem
Matemática, corresponde a todo o processo de Modelagem Matemática acrescido de
uma etapa adicional, que seria, por meio de uma discussão teórico-conceitual, atribuir
significado físico ao modelo matemático encontrado.
Aprender Geometria em práticas de Modelagem Matemática: uma compreensão fenomenológica
Dirceu dos Santos Brito, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 06/03/2018
Este trabalho apresenta uma investigação, segundo a perspectiva fenomenológica, da
questão: como os estudantes aprendem geometria em práticas de Modelagem
Matemática? Para responder a esta questão, foram desenvolvidas três práticas de
Modelagem Matemática com estudantes do 7º do Ensino Fundamental de uma escola
pública de Londrina. Essas práticas foram filmadas e relatos escritos, dizendo como
perceberam sua aprendizagem, também foram produzidos pelos estudantes. Esses dois
tipos de registros, filmagens e relatos, foram organizados, respectivamente, em Cenas
Significativas e em Unidades de Discurso, os quais, mediante reduções sucessivas,
convergiram para 12 invariantes: Momentos Significativos, Percepções do Início da
Aprendizagem, Aspectos Contextuais da Prática de MM, Razões que Sustentam a
Aprendizagem, Obstáculos e Dificuldades, Investigação e Aprendizagem, Percepções
do Eu, Participação do Outro, O Professor e o Ensino, Modos de Expressar
Compreensões, Percepções da Geometria na Prática de MM, Percepções Acerca do
Tema Investigado. Em mais uma redução, esses 12 invariantes convergiram para 4
Núcleos de Ideias que respondem à interrogação de pesquisa. Esses Núcleos, que dizem
dos modos como a aprendizagem da geometria se dá em práticas de Modelagem
Matemática, são: Temporalidade e Constituição da Aprendizagem; Modos de Proceder
e Abertura à Aprendizagem; Vivência da Relação Eu/Outro/Nós na Aprendizagem e
Vivência da Relação Geometria/Tema na Aprendizagem.
A derivada de uma função em atividades de modelagem matemática: uma análise semiótica
Thiago Fernando Mendes, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 20/02/2018
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o que os signos interpretantes
produzidos ou utilizados em atividades de modelagem matemática nos permitem
inferir com relação ao conhecimento matemático dos estudantes. Nossa
investigação está pautada em pressupostos teóricos da Modelagem Matemática na
perspectiva da Educação Matemática e nos pressupostos da Semiótica Peirceana,
mais especificamente, no que diz respeito à teoria dos interpretantes. Com o intuito
de alcançar o objetivo proposto desenvolvemos com alunos do 2º ano do curso de
Licenciatura em Matemática na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I de uma
universidade pública do estado do Paraná uma sequência de atividades de
modelagem matemática. As atividades foram desenvolvidas seguindo o esquema
padrão propostos por Lesh et al. (2003) para sequências de atividades de
modelagem matemática. A análise dos dados foi inspirada na Análise Textual
Discursiva baseada, principalmente, nas indicações de Moraes e Galiazzi (2007).
Para a análise dos dados, três categorias foram consideradas: nível significante
imediato em uma sequência de atividades de modelagem matemática; nível
significante dinâmico em uma sequência de atividades de modelagem matemática;
nível significante final em uma sequência de atividades de modelagem matemática.
Com a análise, ficou evidenciado que no desenvolvimento de uma sequência de
atividades de modelagem matemática momentos de exploração e aplicação de
modelos são propiciados. A análise nos permite inferir também que uma sequência
de atividades de modelagem matemática possibilita a organização e a elaboração de
signos de tal maneira que é possível ter acesso, mesmo que indiretamente, àquilo
que o estudante está construindo em sala de aula no que diz respeito ao
conhecimento matemático.
A Matemática em Atividades de Modelagem Matemática: Uma Perspectiva Wittgensteiniana
Bárbara Nivalda Palharini Alvim Sousa, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 14/03/2017
Nessa pesquisa buscamos investigar, sob uma perspectiva wittgensteiniana, o uso da
linguagem e de procedimentos matemáticos em atividades de modelagem matemática. O
estudo está fundamentado na Modelagem Matemática na Educação Matemática e tem como
base filosófica os estudos de Ludwig Wittgenstein sobre linguagem e matemática. Para
compor os dados empíricos da pesquisa, atividades de modelagem matemática foram
desenvolvidas por alunos de um curso de Licenciatura em Matemática nas disciplinas de
Equações Diferenciais Ordinárias e de Introdução à Modelagem Matemática. O
desenvolvimento da pesquisa, a coleta de dados e o encaminhamento da análise
fundamentam a metodologia de pesquisa como qualitativa. Os dados foram coletados por
meio de registros escritos, gravações em áudio e vídeo, questionários e entrevistas. A
análise dos dados, coletados com treze alunos no desenvolvimento de onze atividades de
modelagem matemática, tem como suporte a metodologia de análise de dados que
considera o uso da linguagem e as práticas discursivas dos alunos engajados nas atividades
de modelagem matemática. No desenvolvimento das atividades de modelagem matemática
a linguagem em uso é analisada e árvores de associação de ideias e linhas narrativas são os
recursos analíticos que apresentam os resultados para a investigação. A partir da pesquisa
empírica por meio de análises específicas investigamos os usos da linguagem e dos
procedimentos matemáticos utilizados nas atividades de modelagem matemática, ou seja,
equações diferenciais de primeira ordem, equações diferenciais ordinárias de segunda
ordem e o recurso ao ajuste de curvas. Com base nas análises específicas, o cruzamento
com as teorias de base nos permitiram definir três categorias a posteriori, às quais
detalham, com base na perspectiva wittgensteiniana, a natureza das justificativas e
proposições utilizadas em atividades de modelagem matemática, o uso de regras nas
atividades de modelagem matemática e a ocorrência da formação de conceitos matemáticos
no desenvolvimento das atividades de modelagem matemática.
Configurações de modelagem matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Emerson Tortola, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 12/12/2016
O uso da modelagem matemática como uma alternativa pedagógica para o ensino e a
aprendizagem de matemática oferece aos alunos e professores a oportunidade de promover
discussões e reflexões acerca de conceitos matemáticos a partir de seus usos na interpretação,
análise e investigação de problemas provenientes de situações reais. Contudo, o uso da
modelagem matemática parece ser ainda pouco explorado nas práticas associadas aos anos
iniciais do Ensino Fundamental, deixando muitas questões em aberto com relação ao seu
desenvolvimento. Nosso interesse é investigar o desenvolvimento de atividades de
modelagem matemática, especificamente, que configurações elas podem assumir quando
desenvolvidas por alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Assim, estamos
interessados em olhar para como alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental realizam
ações características do procedimento que envolve o desenvolvimento de atividades de
modelagem matemática. Para esse olhar tomamos como ponto de partida as fases de uma
atividade de modelagem matemática caracterizadas em Almeida, Silva e Vertuan (2012). Para
isso, propomos a 5 turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, 1º ao 5º ano, o
desenvolvimento de atividades de modelagem matemática, que foi por nós observado e
registrado. Os dados que constituem nossa pesquisa consistem nos diálogos e registros
produzidos pelos alunos durante as atividades de modelagem e foram coletados por meio de
áudio, vídeo, imagens e diário de campo do professor/pesquisador. Empreendemos sobre os
dados uma análise qualitativa, fundamentados nos pressupostos e indicações da Análise de
Conteúdo e embasados na literatura a respeito da modelagem matemática e nas considerações
filosóficas de Ludwig Wittgenstein a respeito da linguagem. Os resultados indicam três
configurações do desenvolvimento de atividades de modelagem matemática. Essas
configurações revelam especificidades relativas aos usos da linguagem, ao modo como os
alunos lidam com os símbolos matemáticos, à caracterização do modelo matemático e à
definição de temas de interesse em cada ano desse nível de escolaridade. Levando em
consideração essas configurações, refletimos a respeito da identidade do fazer modelagem
matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
A Compreensão em Atividades de Modelagem Matemática: Uma Análise à Luz dos Registros de Representação Semiótica
Leandro Meneses Costa, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 15/08/2016
Este trabalho apresenta uma investigação sobre como se dá a compreensão, articulando
os aspectos teóricos da modelagem matemática, enquanto alternativa pedagógica e os
aspectos metodológicos dos registros de representação semiótica de Raymond Duval. A
pesquisa tem como objetivo investigar como se dá a compreensão da matemática e do
problema no desenvolvimento de atividades de modelagem matemática, analisando os
registros de representação semiótica produzidos pelos alunos, sob dois pontos de vistas,
o matemático e o cognitivo. Para Duval (2012b), a compreensão sob o ponto de vista
matemático deve ter como prioridade a análise do conteúdo e dos procedimentos dos
alunos em seu uso. Para isso realizamos uma análise matemática das atividades
desenvolvidas pelos alunos. Essa análise segundo Duval (2011a) deve ser feita em termos
da validade do encaminhamento e do sucesso no desenvolvimento da atividade. Do ponto
de vista cognitivo a compreensão reside na capacidade de reconhecer os objetos
matemáticos, no que diz respeito à correspondência das unidades de sentidos nas
conversões. Na análise cognitiva buscamos inferir sobre a incidência do fenômeno de
congruência nas conversões e seus níveis, conforme caracteriza Rosa (2008) e a
coordenação dos registros mobilizados pelos alunos. Para buscar evidências sobre nosso
objetivo de pesquisa, realizamos a coleta de dados com alunos do segundo ano do Ensino
Médio. A partir das análises dos registros produzidos pelos alunos podemos perceber que
a compreensão da matemática se dá em conformidade com a compreensão do objeto
matemático e suas especificidades representacionais desencadeiam propriedades
específicas que precisam ser conceitualizadas pelos alunos. Assim, a compreensão do
problema acontece na medida em que os alunos confrontam as informações contidas na
situação-problema com a linguagem matemática, seja na fase de inteiração e
matematização ou na fase final de interpretação dos resultados.
O raciocínio abdutivo em atividades de Modelagem Matemática
Daiany Cristiny Ramos, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 23/02/2016
Esta pesquisa tem como objetivo investigar relações entre modelagem matemática e raciocínio
abdutivo. Nossa investigação está pautada em pressupostos teóricos da Modelagem Matemática
na perspectiva da Educação Matemática e nos pressupostos da Semiótica Peirceana, mais
especificamente, no que diz respeito aos tipos de raciocínios caracterizados por Peirce. Com o
intuito de identificar relações entre raciocínio abdutivo e atividades de modelagem
desenvolvemos com alunos do 4º ano do curso de Licenciatura em Matemática na disciplina de
modelagem matemática de uma universidade pública do estado do Paraná atividades de
modelagem matemática. As atividades foram desenvolvidas seguindo os momentos de
familiarização dos alunos com atividades de Modelagem Matemática propostos por Almeida,
Silva e Vertuan (2012). A análise dos dados foi inspirada na Análise de Conteúdo baseada,
principalmente, nas indicações Bardin (1974) e Moraes (1999). A análise dos dados permitiu
reflexões sobre as relações entre modelagem matemática e raciocínio abdutivo e dessa análise
emergiram três categorias: o raciocínio abdutivo dos alunos atua no desenvolvimento da
atividade de modelagem matemática; atividades de modelagem matemática desencadeiam o
raciocínio abdutivo; habilidades criativas mediadas pelo raciocínio abdutivo em atividades de
modelagem matemática. Podemos concluir que atividades de modelagem matemática tem
características que desencadeiam no aluno raciocínio abdutivo e atuam sobre o processo
criativo. Ao mesmo tempo, as diferentes ações requeridas pelo desenvolvimento de atividades
de modelagem matemática são fortalecidas pelos insights de raciocínio abdutivo dos alunos,
estabelecendo-se assim uma relação que pode incrementar a aprendizagem e o desenvolvimento
matemático dos alunos.