Teses e Dissertações
Conhecimentos mobilizados em um processo de formação continuada por uma professora que ensina matemática
Ivnna Gurniski Carniel, Profª Drª Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 05/08/2013
No presente estudo, investigamos que conhecimentos são mobilizados por uma
professora que ensina Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
desencadeados por uma proposta de formação continuada, com ênfase em tarefas
matemáticas que tem o potencial para mobilizar o pensamento algébrico. Para tanto,
estivemos em contato com um grupo em formação continuada, formado pelas
professoras e a coordenadora pedagógica de uma escola da cidade de Apucarana - PR,
dentre as quais escolhemos uma professora para ser investigada. Esta investigação
constitui-se como uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativo e os pressupostos
teóricos envolvem a formação de professores, os conhecimentos específicos do
professor e os tipos de pensamento algébrico. Utilizamos como instrumentos para coleta
de informações o diário de campo, gravações dos encontros do grupo e produções
escritas da professora investigada. Nossa pesquisa mostra que em um contexto de
formação continuada é possível proporcionar ao professor momentos de reflexão acerca
da Matemática e de sua prática letiva, colaborando com o desenvolvimento de
potencialidades e a construção de novos saberes, articulados aos seus interesses,
necessidades e seu contexto profissional. As ações desenvolvidas na proposta de
formação continuada, cenário da pesquisa, provocaram discussões e reflexões que nos
permitiram identificar aspectos da prática letiva da professora investigada, de modo a
caracterizar os conhecimentos mobilizados ao longo desse processo.
Um estudo sobre o aprendizado docente no projeto PIBID/UEL – Licenciatura em Física
Marcus Vinícius Martinez Piratelo, Prof. Dr. Sérgio de Mello Arruda
Data da defesa: 04/07/2013
Esta pesquisa, de natureza qualitativa, teve o objetivo de buscar evidências de
aprendizado docente em um grupo de estudantes de Física, integrantes de um
dos subgrupos do projeto PIBID 2 Física/UEL, por intermédio de um
instrumento denominado focos da aprendizagem docente (FAD). Também
investigou como ocorreu o aprendizado nesse subgrupo, que ministrou aulas
em um colégio de ensino médio público de Londrina-PR. A constituição dos
dados foi realizada mediante duas entrevistas semiestruturadas, elaboradas
segundo os objetivos do estudo. A análise dos dados foi conduzida com a
utilização dos FAD, constituído de cinco categorias: (i) interesse; (ii)
conhecimento prático; (iii) reflexão; (iv) comunidade; (v) identidade. A
organização e a análise dos dados fundamentaram-se nos procedimentos da
Análise Textual Discursiva (ATD). Ficou visível que o PIBID caracterizou-se
como configuração propícia para o aprendizado da docência, pois foram
encontradas evidências dos cinco focos da aprendizagem docente nas duas
entrevistas. Foram realizadas também caracterizações referentes à forma com
que o aprendizado docente ocorreu, as quais foram denominadas como:
manifestação e justificativa de interesse; desenvolvimento e superação;
mudança de opinião; conhecimento de casos; gestão de classe; gestão de
conteúdo; transposição didática; indagação; auto avaliação; planejamento;
aprendizado com o professor supervisor; aprendizado com os demais
estudantes; identificação pessoal e Identificação social; sendo possível inferir
as semelhanças e diferenças dessa aprendizagem para os estudantes
participantes do subgrupo analisado. Além disso, através de uma comparação
entre os resultados obtidos, concluiu-se que as frequências de falas sobre o
aprendizado, com relação ao conhecimento prático e à comunidade docente,
foram as que mais variaram. Esse fato foi interpretado como resultante das
práticas vivenciadas pelos estudantes em sua participação no projeto e do
desenvolvimento de uma menor dependência com relação ao professor
supervisor.
Empreendimentos de uma Comunidade de Prática de professores de Matemática na busca de aprender e ensinar frações
Márcio Roberto da Rocha, Profª. Drª. Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 25/06/2013
No presente estudo, investigamos como um contexto de formação, caracterizado como
Comunidade de Prática (WENGER, 1998), colabora para aprendizagens de professores que
ensinam Matemática. A formação foi constituída por reuniões semanais no Colégio
Estadual de Paranavaí, com a participação de seis professoras dos anos finais de Ensino
Fundamental, uma professora recém-formada, professora formadora e o pesquisador. Ao
longo do período da pesquisa foram constatados elementos que evidenciaram como o grupo
investigado foi se constituindo uma Comunidade de Prática. Optamos pela abordagem
qualitativa na intenção de responder à questão de investigação Que elementos do contexto
de uma Comunidade de Prática de professores de Matemática permitem aprendizagens de
seus membros ao lidarem com empreendimentos na busca de aprender e ensinar
frações?Para isso, buscamos descrever a trajetória da comunidade investigada para
identificar os empreendimentos mobilizados na busca de aprender e ensinar frações. A
análise das informações foi feita a partir de episódios que revelaram processos de
negociação de significados, destacando a interação entre os processos de participação e
reificação ocorridos na articulação e desenvolvimento dos empreendimentos, no sentido de
evidenciar o que os membros dessa comunidade, aprenderam no que se refere aos
conhecimentos profissionais de professores de Matemática. Desse modo, foi possível
identificar elementos da prática da comunidade investigada que permitiram essas
aprendizagens, nomeadamente a oportunidade de: refletir/discutir a respeito da prática
pedagógica; compartilhar experiências; produzir material manipulativo (oficina) explorando
suas potencialidades; elaborar e resolver tarefas associadas ao material manipulativo
construído; refletir sobre aplicação dessas tarefas em sala de aula; enfrentar desafios;
questionar e ser questionado (compromisso com a justificação); reflexão a respeito do
processo de formação continuada.
Expressões faciais em situação de aprendizado no contexto do PIBID
Leandro Chagas da Silva, Prof. Dr. Sergio de Mello Arruda
Data da defesa: 18/06/2013
Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação a respeito da relação professor-
aluno; e nesta relação houve um elemento que foi foco de atenção: a expressão facial do
aluno, que foi concebida como algo que pode ser observado e interpretado pelo
professor, constituindo, desse modo, uma fonte de indicadores que podem ser úteis em
uma situação de aprendizado. Entretanto, esta maneira de observar o aluno foi
desenvolvida nesta pesquisa, pois há carência de referencial teórico sobre expressões
faciais na área de ensino. Devido a esta carência, também podemos entender esta
pesquisa de outra forma, como um movimento de caráter investigativo e exploratório
em que, para que houvesse um contexto de pesquisa, foram organizadas atividades
programadas com professores, licenciandos e alunos. Essas atividades foram
devidamente registradas e, posteriormente, investigadas, com o objetivo de explorar
quais seriam as possibilidades desse novo conhecimento. Como parte da metodologia,
manteve-se o que já é considerado nesta área: a análise das falas dos investigados;
todavia, introduziu-se um novo referencial teórico, útil para analisar expressões faciais.
Ressalta-se que, nesta pesquisa, a principal preocupação não esteve em apresentar os
resultados das análises de imagens, mas sim em evidenciar indícios de que professores
podem desenvolver um método de análise de expressões faciais que pode ser útil para o
profissional ao participar da relação professor-aluno. Para atingir esse objetivo, foi
conduzido junto a licenciandos, ou seja, na formação inicial, um curso relacionado à
observação e descrição do comportamento não verbal e também foi elaborado um
referencial para a análise de expressões faciais. Referencial este que se mostrou útil
durante a condução de um processo de aprendizado e como instrumento de análise das
evoluções de conceitos e de percepção dos professores participantes desta investigação.
Ao final da pesquisa percebeu-se que alguns dos professores já começavam a elaborar
algumas de suas ações, pautando-se na percepção que passaram a ter sobre o
comportamento não verbal de seus alunos, além de apresentarem maior consciência dos
efeitos de suas reações não verbais durante os processos de aprendizado.
Contextos educacionais inclusivos de alunos surdos: ações frente à realidade inclusiva de professores de matemática da educação básica
Márcia Cristina de Souza, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 30/04/2013
Este trabalho, de cunho qualitativo, fundamenta-se nas ações docentes dos
professores de matemática da educação básica que tem em suas turmas alunos
surdos incluídos. Tem como objetivo compreender a realidade de tais contextos
educacionais inclusivos e contribuir com os debates e estudos sobre o processo de
inclusão de alunos surdos na educação básica. Foram utilizadas entrevistas
estruturadas com quinze professores de Andirá-PR e municípios vizinhos, que
trabalhavam em 2011 com alunos surdos incluídos em suas aulas de matemática.
As transcrições das entrevistas foram submetidas aos procedimentos e conceitos
apresentados pela Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (1977) até a sua
estruturação e após a organização das informações, na fase da análise, migrou-se
para uma interpretação utilizando-se da Metanálise, proposta por Fiorentini e
Lorenzato (2009). As respostas dos professores de matemática da região
pesquisada possibilitou a compreensão de seus conhecimentos sobre a surdez,
sobre as políticas de inclusão e sobre as ações educativas na educação inclusiva do
aluno surdo. Foi possível também levantar informações sobre a necessidade de
maiores investimentos na formação continuada dos professores para que os
mesmos possam participar da construção de currículos inclusivos como solicita as
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos
Inclusivos (PARANÁ, 2006). Espera-se com os resultados da pesquisa contribuir
para o avanço dos estudos referentes à educação inclusiva de alunos surdos de
maneira geral. Em suma, o presente trabalho adentrou os ambientes inclusivos e
verificou que ainda são muitas as dificuldades vivenciadas pelos professores com a
inclusão do aluno surdo pois existe falta de aprofundamento teórico desses
profissionais da educação e os ambientes educacionais não estão gerenciados e
estruturados de acordo com as leis de inclusão
Implicações do sistema blocado na ação didática do professor de física
Rodrigo Cesar Elias, Prof. Dr. Sérgio de Mello Arruda
Data da defesa: 23/03/2013
Este presente trabalho tem por objetivo investigar as relações didáticas dos
professores de Física, do Ensino Médio Público do Estado do Paraná, atuantes em
um projeto de mudança curricular. Este projeto, conhecido como Ensino Médio por
Blocos de Disciplinas Semestrais – Sistema Blocado –, tornou-se optativo em 2009
na Rede de Ensino paranaense. O fato mais marcante, nesse sistema, é a forma
temporal burocrática imposta pela escola à transmissão dos conteúdos disciplinares.
Com o foco no trabalho docente, esta mudança alterou o tempo de aula relativo aos
processos de ensino desses professores. Isso pelo fato de que no período letivo
que, anteriormente, era de um ano com 2 horas-aula semanais, totalizando 80
horas-aula anuais, no novo modelo passou para um semestre com 4 horas-aula
semanais, 80 horas-aula semestrais. Com base em uma abordagem qualitativa,
entrevistamos os professores de Física atuantes em escolas do norte do Paraná
para analisar suas percepções sobre as implicações desse projeto em sua ação
didática – em sala de aula –, consequentemente no sistema de ensino enfatizando
as interações didáticas ocorridas dentro da sala de aula. Para o desenvolvimento
desta pesquisa, apresentamos de forma sucinta os conceitos de: saberes docentes,
presentes nas obras de Tardif e Gauthier; sistema didático – Chevallard; um novo
instrumento para análise da ação didática do professor em sala de aula – Arruda et
al. – conceito que facilitou a análise dos dados. Os dados mostraram-se
convergentes com referencial teórico adotado e indicaram: uma diminuição da
burocracia escolar para o professor; maior contato com os alunos, o que para alguns
professores é positivo e para outros não, evidenciando que tudo depende das
interações didáticas estabelecidas pelo professor com suas turmas; ausência de
uma formação a serviço– pontua-se que as direções e as equipes pedagógicas das
escolas ‘receberam’essa formação; o laboratório de Física e sala ambiente como
projeto de melhora do ensino e aprendizagem em Física; intervalo de tempo curto,
para que haja uma maturação dos conteúdos trabalhados
Processo de criação de uma trilha interpretativa a partir da percepção ambiental de alunos do ensino fundamental
Dahiane Inocência Silveira, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 22/03/2013
A ideia da interpretação ambiental nasceu nos Estados Unidos, com a publicação
de panfletos que auxiliassem o turista a entender aspectos da natureza. Após o
sucesso da ideia, apareceram excursões guiadas por guarda-parques e criou-se o
primeiro programa de interpretação da natureza pelo Serviço de Parques
Nacionais Norte-americanos. Um dos meios interpretativos mais eficientes são as
trilhas interpretativas conduzidas, com a finalidade de enriquecer as experiências
dos visitantes, favorecendo a conscientização ambiental, visto que o condutor
pode realizar um trabalho educativo com as questões ambientais. Desse modo,
este trabalho de pesquisa tem como principal objetivo demonstrar a criação de
uma trilha a partir da percepção de alunos ensino fundamental e como seria esta
trilha no que se refere aos referenciais da interpretação ambiental. Através dos
roteiros elaborados pelos alunos do 6º ano do município de Jacarezinho foram
verificadas as possíveis relações entre o planejamento de uma trilha interpretativa
com os objetivos da Interpretação Ambiental e dos documentos utilizados no
referencial à luz dos teóricos da Percepção Ambiental. Faz-se necessário também
destacar dois princípios da Educação Ambiental que serão propósitos desse
estudo: Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências
de aprendizagem e utilizar diferentes ambientes educativos para comunicar e
construir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando as atividades
práticas e as experiências pessoais. Nas trilhas interpretativas a Interpretação
Ambiental se torna um instrumento da Educação Ambiental ao visar objetivos que
envolvem a sensibilização, a compreensão e a responsabilidade dos visitantes
para com as questões ambientais. Como resultado constatou-se que muito do que
os alunos criaram e reproduziram estão de acordo com os referenciais de criação
de trilhas interpretativas.
Sexualidade na escola: encaminhamentos metodológicos na perspectiva dos professores de Ciências
Josiane da Silva Quirino, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 21/03/2013
O presente estudo teve como objetivo identificar aspectos relevantes para o ensino
dos conteúdos de sexualidade na opinião de alguns professores de Ciências
atuantes na rede Estadual de Ensino. As perguntas que norteiam o
desenvolvimento da pesquisa são as seguintes: De que forma os professores
pensam ser interessante desenvolver os conteúdos de sexualidade com os
alunos? Quais os encaminhamentos metodológicos sugeridos para o ensino da
sexualidade com relação às estratégias e recursos de ensino? Como seria um bom
projeto de Educação Sexual? Para respondermos essas questões, procedemos a
pesquisa com características qualitativas. Para a coleta de dados foram realizadas
entrevistas semiestruturadas com sete professores de Ciências os quais atuam em
duas escolas da cidade de Londrina - PR. Os resultados encontrados apontam que
as estratégias mais utilizadas pelos docentes são: aulas expositivas, discussões
ou debates e dinâmicas de grupo. Entre os recursos, o mais utilizado é a “caixa de
perguntas” mencionado por cinco dos sete entrevistados. Outros recursos
empregados são imagens e desenhos, textos e seminários. As abordagens de
Educação Sexual que norteiam o trabalho dos professores, no que se refere às
aulas de sexualidade são: Abordagem Religiosa Tradicional e Libertadora,
Abordagem Médica, Abordagem Pedagógica e Abordagem Emancipatória.
Contudo, a abordagem dos conteúdos de sexualidade predominantemente
encontrada nas entrevistas é a Abordagem Pedagógica de Educação Sexual.
Gênero na Formação Inicial de docentes de Biologia: uma Unidade Didática como possível estratégiade sensibilização e incorporação da temática no currículo
Vinícius Colussi Bastos, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 21/03/2013
As relações de gênero são constituidas em diversos fenômenos sociais e entre
esses, o processo educativo. Várias são as pesquisas da área de Educação que se
dedicam a investigação das relações de gênero presentes de diversas maneiras em
todo o sistema educacional. Na área de Educação em Ciências as pesquisas que se
dedicam à temática problematizam, entre outras coisas, os motivos pelos quais a
Educação Científica supostamente não despertaria o interesse de jovens mulheres
por carreiras científicas e tecnológicas. Diversas podem ser as razões para essa
falta de interesse, estando entre essas: a imagem masculina atribuída
historicamente às Ciências, o desconhecimento das carreiras científicas, os modos
tradicionais de ensinar Ciências, a incompreensão da temática de gênero e a
dificuldade das e dos docentes em identificar e trabalhar pedagogicamente com
essas questões. Em nosso grupo de estudos e pesquisas IFHIECEM – Gênero,
temos problematizado e investigado essas e outras questões, e entre as
problemáticas atuais de pesquisa do nosso grupo, destacamos as seguintes: Que
Saberes Docentes são necessários para efetivar um trabalho pedagógico
considerando questões de gênero na Educação em Ciências e em Matemática?
Como potencialmente construir esses Saberes na Formação Inicial de Professores
de Ciências e Matemática? Foi considerando essas problemáticas e pensando
especificamente no contexto da Formação Inicial de docentes de Biologia que
realizamos este trabalho. Nosso objetivo de pesquisa foi: Investigar uma Unidade
Didática (UD) que proporcione situações de aprendizagem para a construção de
Saberes, durante a Formação Inicial de docentes de Biologia, possivelmente
necessários a um trabalho pedagógico considerando questões de gênero no Ensino
de Biologia. Para tanto, realizamos momentos de pesquisa teórica e empírica, por
meio de uma abordagem qualitativa, que permitiram investigar a construção de uma
UD potencialmente significativa, pautada nas discussões atuais de Saberes
Docentes e Didática das Ciências. Nossa UD foi aplicada em dois cursos de
licenciatura em Ciências Biológicas de instituições de Ensino Superior públicas do
norte paranaense. Com essas aplicações pudemos conhecer as noções,
relacionadas com a temática proposta, das e dos futuros licenciados em Biologia,
sujeitos dessa pesquisa. Destacamos que as noções identificadas relacionam-se
com os Conhecimentos do Conteúdo, Pedagógicos Gerais e Pedagógicos do
Conteúdo. A UD construída e aplicada mostrou-se como uma satisfatória estratégia
para sensibilizar as e os futuros licenciados em Biologia a um trabalho pedagógico
considerando questões de gênero no Ensino de Biologia. Concluímos que a UD tem
potencialidades para ser incorporada no currículo de cursos de Licenciatura em
Ciências Biológicas, uma vez que seus objetivos e propósitos mostraram-se
coerentes com as necessidades formativas das e dos docentes de Biologia.
Matematização e modelagem matemática: possíveis aproximações
Heloísa Cristina Silva, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 12/03/2013
A pesquisa busca aproximações entre a matematização como caracterizada nos
esquemas de modelagem matemática e a matematização como reconhecida na
Educação Matemática Realística. No âmbito da modelagem matemática,
matematização diz respeito a uma transição ou a uma ação cognitiva que se faz
entre diferentes etapas do que se reconhece na literatura como um esquema ou
um ciclo de modelagem. Já na Educação Matemática Realística, a matematização
é um processo e apresenta-se, em geral, uma classificação que a associa uma
matematização horizontal e uma matematização vertical. Com o objetivo de
identificar e caracterizar elementos da matematização, realizada pelos alunos
durante o desenvolvimento de atividades de modelagem matemática, é
desenvolvido um curso de modelagem com alunos de uma universidade pública.
Os dados coletados, obtidos por entrevista, questionários, registros escritos dos
alunos, gravações em áudio e em vídeo, do desenvolvimento das atividades de
modelagem são analisados com base no referencial teórico. Realiza-se análises
que, considerando as caracterizações apresentadas na literatura, evidenciam
aproximações entre a matematização nessas duas sub-áreas da Educação
Matemática. Já a análise dos dados coletados com as atividades de modelagem
desenvolvidas pelos alunos evidencia que os mesmos realizaram matematização
horizontal e matematização vertical, especialmente nas ações de compreensão da
situação, estruturação da situação, matematização e síntese.