Teses e Dissertações
Palavra-chave: educação matemática
Dependência e independência linear: um estudo a respeito das dificuldades e concepções de licenciandos em Matemática
Mariany Layne de Souza, Profª. Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 24/02/2016
Esta pesquisa tem por objetivo investigar dificuldades e concepções referentes aos
conceitos de dependência e independência linear de licenciandos em Matemática.
Para tanto, elaborou-se um instrumento com cinco questões e aplicou-o em uma
turma do segundo ano de um curso de Licenciatura em Matemática de uma
universidade do norte do Paraná. Para análise dos registros escritos dos licenciandos
recorreu-se à análise textual discursiva para identificar e discutir as dificuldades, e à
Teoria APOS (ação-processo-objeto-esquema) para identificar e discutir as
concepções. Na análise das dificuldades elencou-se quatro subcategorias: linguagem,
entendimento dos conceitos de Dependência e Independência Linear, identificação de
conjuntos linearmente independentes e linearmente dependentes e reconhecimento
da representação gráfica. Com essas subcategorias percebeu-se que grande parte
dos participantes da pesquisa apresentou alguma dificuldade, sendo que essa pode
estar atrelada tanto à natureza da Álgebra Linear quanto a um caráter subjetivo. Em
relação às concepções, segundo a Teoria APOS, ao analisar os registros escritos,
obteve-se as concepções ação e processo para os conceitos de dependência e
independência linear, sendo que a concepção ação foi a concepção mais manifestada
pelos licenciandos, revelando que os mesmos ainda possuem uma noção elementar
dos conceitos investigados nessa pesquisa.
Um estudo das concepções de licenciandos em Matemática, à luz da Teoria APOS, a respeito do conceito de Anel
Marcelo Silva de Jesus, Profª Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 25/02/2016
Na presente pesquisa, identificamos e discutimos, por meio da Teoria APOS, as
concepções manifestadas por licenciandos em Matemática da Universidade
Estadual de Londrina na resolução de tarefas a respeito do conceito de Anel. Para
tanto, realizamos uma pesquisa de abordagem qualitativa de cunho interpretativo. A
coleta de dados foi realizada por meio de cinco tarefas aplicadas a onze estudantes
concluintes da disciplina de Estruturas Algébricas, ofertada na 2ª série do curso.
Fundamentamo-nos na Teoria APOS de Dubinsky (1994) para construir uma
decomposição genética para o conceito de Anel e interpretar os registros escritos
dos estudantes de modo a identificar suas concepções (ação, processo, objeto,
esquema). O estudo evidenciou que após cursar uma disciplina de Estruturas
Algébricas um estudante construiu uma concepção objeto de Anel, compreendendo-
o com características próprias, sendo capaz de manipulá-lo e utilizá-lo quando
necessário. Um estudante construiu a concepção processo, realizando ações
conscientes sobre o objeto matemático, no entanto, ainda não o concebeu como um
todo. Quatro estudantes construíram a concepção ação, demonstrando lidar com o
objeto Anel de maneira elementar, muitas vezes indicando apenas terem decorado
procedimentos e regras, sem terem de fato compreendido. Cinco estudantes
demonstraram ainda estarem no processo inicial de construção do conceito de Anel,
necessitando coordenar ações e construir outros objetos para passar a ter uma
concepção ação de Anel. Nenhum estudante mostrou ter construído a concepção
esquema. Acreditamos que as concepções identificadas e o modo como os
estudantes concluintes de uma disciplina de Estruturas Algébricas lidam com tarefas
envolvendo o conceito de Anel indiquem a necessidade de se repensar a respeito do
modo como a disciplina de Estruturas Algébricas vem sendo abordada em cursos de
licenciatura em Matemática.
O raciocínio abdutivo em atividades de Modelagem Matemática
Daiany Cristiny Ramos, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 23/02/2016
Esta pesquisa tem como objetivo investigar relações entre modelagem matemática e raciocínio
abdutivo. Nossa investigação está pautada em pressupostos teóricos da Modelagem Matemática
na perspectiva da Educação Matemática e nos pressupostos da Semiótica Peirceana, mais
especificamente, no que diz respeito aos tipos de raciocínios caracterizados por Peirce. Com o
intuito de identificar relações entre raciocínio abdutivo e atividades de modelagem
desenvolvemos com alunos do 4º ano do curso de Licenciatura em Matemática na disciplina de
modelagem matemática de uma universidade pública do estado do Paraná atividades de
modelagem matemática. As atividades foram desenvolvidas seguindo os momentos de
familiarização dos alunos com atividades de Modelagem Matemática propostos por Almeida,
Silva e Vertuan (2012). A análise dos dados foi inspirada na Análise de Conteúdo baseada,
principalmente, nas indicações Bardin (1974) e Moraes (1999). A análise dos dados permitiu
reflexões sobre as relações entre modelagem matemática e raciocínio abdutivo e dessa análise
emergiram três categorias: o raciocínio abdutivo dos alunos atua no desenvolvimento da
atividade de modelagem matemática; atividades de modelagem matemática desencadeiam o
raciocínio abdutivo; habilidades criativas mediadas pelo raciocínio abdutivo em atividades de
modelagem matemática. Podemos concluir que atividades de modelagem matemática tem
características que desencadeiam no aluno raciocínio abdutivo e atuam sobre o processo
criativo. Ao mesmo tempo, as diferentes ações requeridas pelo desenvolvimento de atividades
de modelagem matemática são fortalecidas pelos insights de raciocínio abdutivo dos alunos,
estabelecendo-se assim uma relação que pode incrementar a aprendizagem e o desenvolvimento
matemático dos alunos.
Van Hiele, Educação Matemática Realística e GEPEMA: algumas aproximações
Adriana Quimentão Passos, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 07/12/2015
Esta tese investiga possíveis relações entre os princípios de avaliação da Educação
Matemática Realística e fases do processo de aprendizagem propostas por Dina Van Hiele-
Geldof e Pierre Van Hiele, buscando aproximações com os trabalhos do GEPEMA. O
problema de pesquisa foi delimitado com base na reflexão a respeito do processo de ensino e
de aprendizagem da matemática e de estudos da RME realizados no interior do GEPEMA. O
trabalho foi desenvolvido em uma perspectiva de pesquisa de natureza teórica do tipo
especulativa. Inicia apresentando o contexto em que a pesquisa foi desenvolvida, destacando a
compreensão do GEPEMA de avaliação como prática de investigação e oportunidade de
aprendizagem e os pressupostos da RME. Destaca o aspecto didático do trabalho dos Van
Hiele, em especial, as fases do processo de aprendizagem: informação, orientação guiada,
explicitação, orientação livre e integração. Trata da avaliação de acordo com a abordagem da
RME, tendo como fundamento principalmente os trabalhos de De Lange. Finaliza com
algumas aproximações entre o trabalho dos Van Hiele, os princípios de avaliação da RME e
os trabalhos do GEPEMA. Considera que as fases do processo de aprendizagem dos Van
Hiele são mais um elemento auxiliar na elaboração do conhecimento matemático a partir de
situações que possam ser matematizadas, desenvolvidas por meio de um processo de
reinvenção guiada apoiada em informações coletadas em situações de avaliação.
Práticas de uma Comunidade de Professores que ensinam Matemática e o Desenvolvimento Profissional em Educação Estatística
Everton José Goldoni Estevam, Profª Drª Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 17/12/2015
Instituir espaços de formação voltados a professores que ensinam Matemática e, mais ainda,
garantir que eles se ajustem às necessidades decorrentes da complexa profissão docente têm
conduzido ações de formação e pesquisas à perspectiva social de Aprendizagem Situada em
Comunidades de Prática (CoPs). Por outro lado, estudos realizados no campo da Educação
Estatística denunciam dificuldades diversas dos professores relacionadas a conhecimentos
especializados e aspectos didático-pedagógicos da Estatística e ressaltam a dimensão
formativa como um ponto-chave a ser abordado e melhorado. O presente estudo articula esses
dois apontamentos ao assumir a seguinte questão geral de pesquisa: “Como empreendimentos
de um grupo de professores que ensinam Matemática, reconhecido como uma Comunidade de
Prática, oferecem oportunidades de desenvolvimento profissional na Educação Estatística?”.
Para tanto, a investigação é sustentada em três aspectos-chave: i) a aprendizagem profissional
de professores em CoPs; ii) o desenvolvimento profissional de professores na Educação
Estatística; e iii) empreendimentos realizados em uma CoP de professores que ensinam
Matemática, intencionalmente constituída e coordenada pelo pesquisador/formador, a qual foi
autonominada Comunidade de Prática Refletir, Discutir e Agir sobre Matemática (CoP-
ReDAMat). Assumimos a perspectiva qualitativa de pesquisa, situada no paradigma
interpretativo, e realizamos um estudo do tipo pesquisa-intevenção, cuja recolha de dados
envolveu duas dimensões: análises de literatura para a estruturação de quadros teóricos que
fundamentam a pesquisa e transcrições de audiogravações de encontros realizados pela CoP-
ReDAMat, em que foram negociados e realizados os empreendimentos Análise de Tarefas
Estatísticas (ATE) e Análise de Vídeos de uma Aula de Estatística (AVAE). Essas transcrições
foram complementadas pela produção escrita dos professores da CoP e registros do caderno
de campo do pesquisador/formador. A partir da articulação dos apontamentos dessas duas
dimesões analíticas, nossos resultados evidenciam um conjunto de elementos emergentes na
prática de Comunidades de professores que ensinam Matemática que oferecem condições para
sua aprendizagem profissional. O foco particular dos empreendimentos realizados pela CoP-
ReDAMat sobre a Educação Estatística proporcionou a emergência de elementos que revelam
desenvolvimento coletivo de compreensões relacionadas a conceitos, ideias, propriedades e
procedimentos estatísticos, a aspectos pedagógicos da Educação Estatística e modos como os
alunos aprendem Estatística, a importância e papel da equidade no ensino de Estatística, de
forma a não negligenciar ou desprover o processo pedagógico em contextos de diversidade, e
o desenvolvimento do autossenso do professor, com reconhecimento da Educação Estatística
como dimensão de seu domínio de conhecimento. Concluímos, portanto, que as
oportunidades de desenvolvimento profissional oferecidas em contextos de CoP não são
ancoradas no empreendimento em si, mas emergem da articulação daquilo que se desenvolve
no empreendimento às práticas desempenhadas pelos professores em sua ação cotidiana, a
qual se constitui, a partir dos elementos que identificamos, como condicionantes da
aprendizagem dos professores.
Competências dos alunos em atividades de Modelagem matemática
Ana Paula Zanim Lorin, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 03/03/2015
Esta pesquisa teve como objetivo investigar “Quais competências são requeridas ou são
desenvolvidas pelos alunos com o desenvolvimento de atividades de modelagem
matemática?” Nossa investigação está pautada em pressupostos teóricos da Modelagem
Matemática na perspectiva da Educação Matemática. Com o intuito de buscar evidências de
competências requeridas e/ou desenvolvidas no desenvolvimento de atividades de modelagem
desenvolvemos com alunos do 4º semestre do curso de Licenciatura em Matemática na
disciplina de Modelagem Matemática na Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Cornélio Procópio atividades de modelagem. As atividades foram desenvolvidas seguindo os
momentos de familiarização dos alunos com atividades de Modelagem Matemática propostos
por Almeida, Silva e Vertuan (2012). A análise dos dados coletados é inspirada na proposta
metodológica da Teoria Fundamentada baseada, principalmente, nas indicações de Kathy
Charmaz (2006, 2009). A análise dos dados permitiu reflexões do como os alunos lidam com
as atividades de modelagem, o que foi requerido ou desenvolvido por eles durante a
realização das atividades. Assim identificamos no desenvolvimento das atividades realizadas
pelos alunos as seguintes competências: Competência para identificar um problema em uma
situação, Competência para definir um problema matemático, Competência para realizar a
dedução do modelo matemático, Competência para estabelecer e interpretar relações entre
Matemática e situações reais, Competência de identificação dos procedimentos necessários
no desenvolvimento das atividades e Competência de identificação de possíveis
potencialidades da modelagem. Reconhecemos que refletir sobre o que os alunos “fazem”
quando desenvolvem atividades de modelagem pode auxiliar o professor no monitoramento
de suas atitudes no decorrer das atividades de modo a contribuir para a aprendizagem dos
alunos.
Práticas de um grupo de estudos e pesquisa na elaboração de um recurso multimídia para a formação de professores que ensinam Matemática
Paulo Henrique Rodrigues, Profª. Drª. Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 26/01/2015
Neste trabalho buscou-se responder a seguinte questão de investigação “Que elementos da
prática pedagógica foram considerados por membros do GEPEFOPEM na elaboração do caso
multimídia ‘Os colares?”. Para isso, foram utilizados registros em áudio de encontros do
GEPEFOPEM, o Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Formação de Professores que Ensinam
Matemática, nos anos de 2013 e 2014, período de elaboração deste caso. Além disso, foram
consideradas notas do caderno de campo do investigador, gravações do hangout e registro da
memória do grupo. A partir das informações recolhidas foi possível descrever a trajetória do
GEPEFOPEM neste processo de elaboração e identificar empreendimentos negociados pelos
membros deste grupo durante este período, nomeadamente: discussão de artigo e elaboração
de um framework; discussão de casos multimídias portugueses e estruturação do caso
multimídia “Os colares”. Visando responder a questão da investigação, foram analisadas
negociações de significados, que se relacionam a ações do professor na perspectiva do Ensino
Exploratório, em cada um dos empreendimentos. As análises das negociações de significados
foram orientadas pelas perspectivas de autores que discutem a utilização da mídia vídeo em
contextos de formação de professores. Alguns dos elementos considerados pelos membros do
GEPEFOPEM no processo de elaboração do caso multimídia “Os colares” foram: Escolha e
análise de tarefas matemáticas; Inventário de possíveis resoluções dos alunos e
estabelecimento de conexões entre elas; Reconhecimento dos alunos enquanto “sujeitos
cognitivos”; Estabelecimento de relações entre as produções dos alunos e representações
matemáticas formalizadas; Reflexão de práticas pedagógicas; Constituição de
conhecimentos sobre o Ensino Exploratório; Proposição de estratégias de ensino
alternativas. A partir dos elementos identificados, três temáticas que os agrupam foram
reconhecidas: Planejamento de aulas na perspectiva do Ensino Exploratório; Prática do
professor em sala de aula na perspectiva do Ensino Exploratório e Análise de práticas
pedagógicas. Foi possível observar que a exploração de casos multimídias em contextos de
formação de professores tem sido assumida pelos membros como uma oportunidade de
desenvolvimento profissional, refletindo assim a principal intencionalidade formativa que o
GEPEFOPEM adotou nos últimos anos.
Uma configuração da reinvenção guiada
Gabriel dos Santos e Silva, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 26/01/2015
Esta dissertação tem como objetivo configurar a reinvenção guiada por meio de
aspectos apresentados por autores de textos da Educação Matemática Realística.
Para tanto, foram utilizados 15 livros e 61 artigos de autores da Educação Matemática
Realística escritos no período de 1968 a 2013 para fazer agrupamentos e construir
inventários. Formaram-se grupos com as temáticas: aprendizagem, avaliação,
contexto, fenomenologia didática, inversão antididática, matematização, objetivo da
reinvenção guiada, papel do estudante, papel do professor, princípio da atividade,
princípio da interatividade, princípio da orientação, princípio da realidade, princípio de
níveis, princípio do entrelaçamento, trajetórias de ensino e aprendizagem. Este estudo
permitiu evidenciar um entrelaçamento entre temas, ideias, noções da Educação
Matemática Realística e entre o papel do professor e do estudante.
Utilização da prova em fases como recurso para regulação de aprendizagem em aulas de Cálculo
Marcele Tavares Mendes, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 18/08/2014
Este trabalho descreve e analisa uma pesquisa com uma Prova em Fases (10
fases), realizada com 48 alunos matriculados na disciplina de Cálculo Diferencial e
Integral em um curso de engenharia de uma universidade pública. Nessa pesquisa
visou-se investigar a utilização da Prova em Fases como um recurso para regulação
da aprendizagem, em especial, regulação de conhecimentos básicos para a
aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral. Para tanto, pautou-se pela
abordagem de ensino da Educação Matemática Realística e em autores que tratam
da avaliação como elemento constituinte e permanente da prática pedagógica. No
trabalho, a regulação esteve associada a ações realizadas pelo aluno sobre o seu
processo de aprendizagem, com a intenção de fazê-lo progredir e/ou redirecioná-lo a
partir das intervenções escritas do professor. Por conseguinte, os alunos
desempenharam o papel de protagonistas da aprendizagem, e o professor, o de
guia, intervindo no processo por meio de perguntas e considerações a respeito das
produções escritas apresentadas em cada fase. A Prova em Fases revelou-se um
recurso profícuo para o ensino, a aprendizagem e a avaliação, permitindo ao
professor recolher informações e guiar o aluno em cada momento do processo. A
reflexão do aluno sobre suas produções e o lidar com as intervenções do professor,
mostraram que é preciso haver “boas” intervenções escritas para que aconteça uma
regulação da aprendizagem satisfatória. As intervenções oportunizaram que alunos
apresentassem seu poder matemático, bem como possibilitaram à
professora/pesquisadora a realização de uma reinvenção-guiada, com a qual o
aluno pôde iniciar um processo de matematização seguindo seu próprio percurso de
aprendizagem. A construção do trabalho gerou indícios de que, por meio da análise
da produção escrita em uma Prova em Fases, sustentada teoricamente pela RME,
pode-se criar um contexto que favorece a regulação da aprendizagem, em especial
da aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral.
Os registros de representação semiótica mobilizados por acadêmicos de um curso de ciências contábeis em resolução de problemas
Gefferson Luiz dos Santos, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 24/11/2014
O presente trabalho tem como objetivo analisar a produção escrita dos acadêmicos
do 2º período do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Telêmaco Borba do
objeto matemático Função à luz da Teoria das Representações Semióticas de
Raymond Duval. Para tanto, foram aplicados sete problemas adaptados de livros
didáticos do Ensino Médio que apresentavam uma linguagem semelhante aos
problemas abordados na disciplina de Matemática Aplicada do referido curso. As
produções escritas, provenientes da resolução dos problemas, foram agrupadas e a
descrição de cada uma delas formou as unidades de registro. Estas, por sua vez,
representam uma síntese dos modos de resolução usados pelos sujeitos da
pesquisa na resolução de cada problema. Realizou-se um reagrupamento das
resoluções, para a composição de duas unidades de contexto: a unidade de
conversão e a de tratamento. Infere-se que os acadêmicos realizam o tratamento e
conversão, transitando entre os diferentes registros semióticos (natural, numérico,
algébrico, gráfico) demonstrando compreensão do objeto matemático estudado.