Teses e Dissertações
Palavra-chave: educação matemática
A Avaliação Formativa como oportunidade de aprendizagem: fio condutor na prática pedagógica escolar
Osmar Pedrochi Junior, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 13/03/2018
Na pesquisa de dissertação deste autor, a avaliação escolar foi apresentada
como oportunidade de aprendizagem. Nesta tese, dando continuidade ao
trabalho, pretende-se ampliar essa perspectiva da avaliação e apresentá-la
como fio condutor da prática pedagógica. Optou-se por uma pesquisa de
caráter qualitativo, de cunho especulativo por se constituir em uma obra da
produção de enunciados teóricos sobre outros enunciados teóricos. Todas as
ações realizadas no processo de ensino e aprendizagem que contém o
processo da avaliação formativa visam à aprendizagem. A avaliação formativa
é um processo contínuo desenvolvido durante todo o período letivo, que se
inicia com o planejamento das primeiras tarefas e vai até a análise da última
ação de regulação. Como tem o mesmo principal objetivo, proporcionar a
aprendizagem dos alunos, pode, a partir da sua essência, conduzir as práticas
em sala de aula.
Aprender Geometria em práticas de Modelagem Matemática: uma compreensão fenomenológica
Dirceu dos Santos Brito, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 06/03/2018
Este trabalho apresenta uma investigação, segundo a perspectiva fenomenológica, da
questão: como os estudantes aprendem geometria em práticas de Modelagem
Matemática? Para responder a esta questão, foram desenvolvidas três práticas de
Modelagem Matemática com estudantes do 7º do Ensino Fundamental de uma escola
pública de Londrina. Essas práticas foram filmadas e relatos escritos, dizendo como
perceberam sua aprendizagem, também foram produzidos pelos estudantes. Esses dois
tipos de registros, filmagens e relatos, foram organizados, respectivamente, em Cenas
Significativas e em Unidades de Discurso, os quais, mediante reduções sucessivas,
convergiram para 12 invariantes: Momentos Significativos, Percepções do Início da
Aprendizagem, Aspectos Contextuais da Prática de MM, Razões que Sustentam a
Aprendizagem, Obstáculos e Dificuldades, Investigação e Aprendizagem, Percepções
do Eu, Participação do Outro, O Professor e o Ensino, Modos de Expressar
Compreensões, Percepções da Geometria na Prática de MM, Percepções Acerca do
Tema Investigado. Em mais uma redução, esses 12 invariantes convergiram para 4
Núcleos de Ideias que respondem à interrogação de pesquisa. Esses Núcleos, que dizem
dos modos como a aprendizagem da geometria se dá em práticas de Modelagem
Matemática, são: Temporalidade e Constituição da Aprendizagem; Modos de Proceder
e Abertura à Aprendizagem; Vivência da Relação Eu/Outro/Nós na Aprendizagem e
Vivência da Relação Geometria/Tema na Aprendizagem.
A derivada de uma função em atividades de modelagem matemática: uma análise semiótica
Thiago Fernando Mendes, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 20/02/2018
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o que os signos interpretantes
produzidos ou utilizados em atividades de modelagem matemática nos permitem
inferir com relação ao conhecimento matemático dos estudantes. Nossa
investigação está pautada em pressupostos teóricos da Modelagem Matemática na
perspectiva da Educação Matemática e nos pressupostos da Semiótica Peirceana,
mais especificamente, no que diz respeito à teoria dos interpretantes. Com o intuito
de alcançar o objetivo proposto desenvolvemos com alunos do 2º ano do curso de
Licenciatura em Matemática na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I de uma
universidade pública do estado do Paraná uma sequência de atividades de
modelagem matemática. As atividades foram desenvolvidas seguindo o esquema
padrão propostos por Lesh et al. (2003) para sequências de atividades de
modelagem matemática. A análise dos dados foi inspirada na Análise Textual
Discursiva baseada, principalmente, nas indicações de Moraes e Galiazzi (2007).
Para a análise dos dados, três categorias foram consideradas: nível significante
imediato em uma sequência de atividades de modelagem matemática; nível
significante dinâmico em uma sequência de atividades de modelagem matemática;
nível significante final em uma sequência de atividades de modelagem matemática.
Com a análise, ficou evidenciado que no desenvolvimento de uma sequência de
atividades de modelagem matemática momentos de exploração e aplicação de
modelos são propiciados. A análise nos permite inferir também que uma sequência
de atividades de modelagem matemática possibilita a organização e a elaboração de
signos de tal maneira que é possível ter acesso, mesmo que indiretamente, àquilo
que o estudante está construindo em sala de aula no que diz respeito ao
conhecimento matemático.
Procedimentos da análise da produção escrita em matemática no contexto do GEPEMA: um olhar para dentro
Ana Cláudia Barretto, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 19/02/2018
Este estudo teve como objetivo investigar os procedimentos metodológicos empregados
pelos participantes do GEPEMA que utilizaram a análise da produção escrita como prática de
investigação. Para isso, utilizaram-se os modelos emergentes como heurística, em que cada
conjunto de procedimentos metodológicos, dos dezenove trabalhos estudados, foi tomado
como um “modelo de”, específico àquele contexto de pesquisa e, por meio de um processo
de refinamento, obtiveram-se elementos mais gerais, para um provável “modelo para”. No
estudo, foram inventariadas cento e uma etapas diferentes, identificadas nos capítulos
referentes aos procedimentos metodológicos dos dezenove trabalhos. As etapas que
possuíam aspectos em comum foram agrupadas, e cada agrupamento analisado. Também
foram analisadas, separadamente, as etapas não agrupadas. Nesse processo, obtiveram-se
sete agrupamentos (obtenção dos protocolos de pesquisa; aplicação de questionários;
leitura das produções escritas; correção de provas; descrição das resoluções, dos
procedimentos ou das respostas; elaboração de agrupamentos e análise e interpretação) e
duas etapas (elaboração da prova, com escolha das questões e, codificação das provas), que
foram utilizados em, no mínimo, onze trabalhos, e fornecem indícios de um possível
“modelo para”.
Fundamentos Teóricos-Metodológicos Para o Ensino do Corpo dos Números Racionais na Formação de Professores de Matemática
Henrique Rizek Elias, Profª. Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli, Prof. Dr. Alessandro Jacques Ribeiro
Data da defesa: 12/06/2017
Esta tese, de natureza qualitativa, está inserida no contexto da formação inicial de professores
de matemática, mais especificamente na formação matemática desses professores. Pautados em
pesquisas que discutem e evidenciam o distanciamento entre a matemática veiculada na
Licenciatura em Matemática e a matemática da prática docente na Educação Básica, realizamos
uma investigação que procura debater possibilidades de aproximações entre essas matemáticas,
com vistas a favorecer o desenvolvimento do conhecimento profissional docente. Para tanto,
focamos nossa atenção nos números racionais, um conceito primordial para o trabalho do
professor na escola e que, em geral, nos cursos de Licenciatura em Matemática recebe um
tratamento que se mostra pouco conectado com a prática do professor, sendo visto como um
corpo, o corpo dos números racionais. Diante disso, a presente tese tem como objetivo
investigar e propor fundamentos teórico-metodológicos para o ensino do corpo dos números
racionais em cursos de Licenciatura em Matemática. Tomamos como base teórica para esta
pesquisa a diferenciação entre Matemática Acadêmica e Matemática Escolar, tal como proposta
por Plínio Moreira e Maria Manuela David, a abordagem dos Perfis Conceituais, de Eduardo
Mortimer e colaboradores, e a noção de Conhecimento do Conteúdo no Horizonte, no sentido
de Arne Jakobsen, Mark Thames e Miguel Ribeiro. Em um primeiro momento, por meio de um
exercício teórico que buscou relacionar os referenciais que nos fundamentam, construímos uma
caracterização para a matemática na formação do professor, dando-nos uma sustentação
necessária para prosseguir com nossa investigação. Em um segundo momento, realizamos a
produção e análise de dados oriundos de diferentes fontes: livros didáticos destinados ao Ensino
Fundamental e outros ao Ensino Superior, entrevistas com professores da Educação Básica e
com professores formadores, análises de pesquisas no âmbito da Educação Matemática que
discutissem os números racionais, tanto na perspectiva da Matemática Escolar, como da
Matemática Acadêmica e, por fim, análises de documentos curriculares oficiais que orientam o
ensino de matemática nas escolas e nos cursos de formação de professores. Dessas análises,
produzimos 31 Reflexões, que são produtos de nossas interpretações dos dados e que nos
possibilitaram maior entendimento sobre o objeto de pesquisa. Essas Reflexões, junto a um
estudo conceitual dos números racionais baseado nos subconstrutos de Thomas Kieren e um
estudo sobre o desenvolvimento histórico desses números, baseado em fontes secundárias da
história da matemática, convergiram para o terceiro momento da pesquisa, a organização de
diferentes temas a partir dos quais os números racionais podem ser significados. Tal
organização deu-se por uma ferramenta metodológica da abordagem dos perfis conceituais,
chamada Matriz Epistemológica. Um quarto momento refere-se ao aspecto propositivo da
pesquisa. Após os entendimentos proporcionados pelos três momentos anteriores, construímos
uma sequência de três tarefas que indica possibilidades para o ensino do corpo dos números
racionais na Licenciatura em Matemática. Por fim, apresentamos uma compreensão para os
fundamentos teórico-metodológicos para o ensino do corpo dos números racionais na formação
de professores, propondo que os números racionais sejam tomados como foco de ensino, não
como um exemplo da estrutura algébrica corpo.
A Matemática em Atividades de Modelagem Matemática: Uma Perspectiva Wittgensteiniana
Bárbara Nivalda Palharini Alvim Sousa, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 14/03/2017
Nessa pesquisa buscamos investigar, sob uma perspectiva wittgensteiniana, o uso da
linguagem e de procedimentos matemáticos em atividades de modelagem matemática. O
estudo está fundamentado na Modelagem Matemática na Educação Matemática e tem como
base filosófica os estudos de Ludwig Wittgenstein sobre linguagem e matemática. Para
compor os dados empíricos da pesquisa, atividades de modelagem matemática foram
desenvolvidas por alunos de um curso de Licenciatura em Matemática nas disciplinas de
Equações Diferenciais Ordinárias e de Introdução à Modelagem Matemática. O
desenvolvimento da pesquisa, a coleta de dados e o encaminhamento da análise
fundamentam a metodologia de pesquisa como qualitativa. Os dados foram coletados por
meio de registros escritos, gravações em áudio e vídeo, questionários e entrevistas. A
análise dos dados, coletados com treze alunos no desenvolvimento de onze atividades de
modelagem matemática, tem como suporte a metodologia de análise de dados que
considera o uso da linguagem e as práticas discursivas dos alunos engajados nas atividades
de modelagem matemática. No desenvolvimento das atividades de modelagem matemática
a linguagem em uso é analisada e árvores de associação de ideias e linhas narrativas são os
recursos analíticos que apresentam os resultados para a investigação. A partir da pesquisa
empírica por meio de análises específicas investigamos os usos da linguagem e dos
procedimentos matemáticos utilizados nas atividades de modelagem matemática, ou seja,
equações diferenciais de primeira ordem, equações diferenciais ordinárias de segunda
ordem e o recurso ao ajuste de curvas. Com base nas análises específicas, o cruzamento
com as teorias de base nos permitiram definir três categorias a posteriori, às quais
detalham, com base na perspectiva wittgensteiniana, a natureza das justificativas e
proposições utilizadas em atividades de modelagem matemática, o uso de regras nas
atividades de modelagem matemática e a ocorrência da formação de conceitos matemáticos
no desenvolvimento das atividades de modelagem matemática.
Aulas de Matemática: Narrativas de uma Professora em Transição
Angela Fontana Marques, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 20/02/2017
Este trabalho apresenta narrativas cuja fonte foram aulas ministradas semanalmente em uma
turma do 3º ano de um curso técnico do Ensino Médio, com 22 alunos, durante o primeiro
semestre do ano de 2013, em uma escola de um município situado no noroeste do Paraná. O
principal objetivo foi conhecer aspectos da minha prática letiva na qual pensei atender os
princípios e ideias da abordagem Educação Matemática Realística, entre eles, a Matemática
como atividade humana, a aprendizagem Matemática por meio da matematização, o ensino
e a aprendizagem por meio da Reinvenção Guiada. Analisando minha prática narrada nesta
investigação percebo a grande dificuldade que ainda tenho de esperar o aluno pensar,
construir estratégias e procedimentos por ele mesmo. Entendi que os princípios e
pressupostos da RME vão além do planejar bem as aulas uma vez que estão na ação do
professor, na prática docente, na ação do aluno, na dinâmica das aulas. A matemática como
atividade humana faz parte da concepção de ensino da matemática do professor que se
dispõe a trabalhar nessa perspectiva.
Desenvolvimento Profissional de Professores de Matemática na Exploração do Caso Multimídia Plano de Telefonia
Júlio Cézar Rodrigues de Oliveira, Profª Drª Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 18/12/2017
A questão que norteou a presente investigação foi: Que elementos de um contexto de
formação continuada possibilitam o desenvolvimento profissional de professores de
Matemática a partir da exploração de um caso multimídia, com foco na fase de discussão
coletiva de uma aula na perspectiva do Ensino Exploratório? Para responder a essa pergunta
estabelecemos os seguintes objetivos: descrever alguns trechos de episódios do
empreendimento exploração do caso multimídia “Plano de Telefonia” em uma Comunidade
de Prática denominada CoP- ProfMARE; e analisar produções escritas e discussões realizadas
na CoP-ProfMARE relacionadas à fase de discussão coletiva da tarefa referente ao caso
multimídia “Plano de Telefonia”. Para as análises tomamos como perspectiva teórica os
objetivos para o desenvolvimento profissional do professor que ensina Matemática, propostos
por Sowder (2007) e as dimensões do que consiste interpretar e reconhecer interações em sala
de aula (VAN ES; SHERIN, 2002; 2008) e classificamos os dados de acordo com essas
perspectivas. A partir dessa classificação, destacamos os elementos do contexto que
possibilitaram o desenvolvimento profissional dos membros da CoP-ProfMARE,
nomeadamente: relatar experiências; discutir perspectivas de ensino alternativas ao ensino
diretivo, em específico o Ensino Exploratório; utilizar aspectos de sua experiência para lidar
com os desafios da/na prática em sala de aula; discutir aspectos da dinâmica da aula, do papel
do professor, do planejamento e da avaliação na perspectiva do Ensino Exploratório; resolver
tarefas; discutir conteúdos matemáticos; levantar hipóteses acerca das dificuldades e dos erros
dos alunos; discutir dificuldades dos alunos no trabalho com perspectivas alternativas ao
ensino diretivo e como superá-las; e socializar opiniões. A liberdade que as professoras
tiveram em compartilhar experiências, em apresentar dúvidas, questões e desafios de sua
prática para serem discutidas na CoP, em propor novos empreendimentos, e a confiança que
elas depositaram em todos os membros da CoP, foram aspectos marcantes para o
desenvolvimento profissional dos envolvidos nesse processo de formação.
Teoria de Conjuntos: Processos Manifestados do Pensamento Matemático Avançado
Jair Lucas Jorge, Profª. Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 04/04/2017
O objetivo deste trabalho, que constitui em uma pesquisa qualitativa, é verificar tarefas
desenvolvidas por estudantes do curso de licenciatura em matemática com a intenção de
identificar os processos do Pensamento Matemático Avançado (PMA) em relação à Teoria de
Conjuntos. Utilizamos Dreyfus (2002) como referencial teórico e apresentamos um breve
histórico da Teoria de Conjuntos. Foram participantes da pesquisa 20 estudantes do segundo
ano de Matemática, habilitação: Licenciatura, que resolveram tarefas a eles propostas. Foi
possível observar características dos processos envolvidos no PMA nas produções escritas dos
estudantes, tais como modelação, comutação de representações e tradução, processos de
representação, síntese e generalização. Além disso, analisar quais e quantos processos cada
estudante possui a respeito da Teoria de Conjuntos. Concluímos que todos os estudantes
apresentaram ao menos uma característica dos processos do PMA, nove estudantes
evidenciaram somente as características envolvidas no processo de Representação, cinco
apresentaram apenas as características dos processos de Abstração e dois apresentaram
características de todos os processos do PMA.
Configurações de modelagem matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Emerson Tortola, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 12/12/2016
O uso da modelagem matemática como uma alternativa pedagógica para o ensino e a
aprendizagem de matemática oferece aos alunos e professores a oportunidade de promover
discussões e reflexões acerca de conceitos matemáticos a partir de seus usos na interpretação,
análise e investigação de problemas provenientes de situações reais. Contudo, o uso da
modelagem matemática parece ser ainda pouco explorado nas práticas associadas aos anos
iniciais do Ensino Fundamental, deixando muitas questões em aberto com relação ao seu
desenvolvimento. Nosso interesse é investigar o desenvolvimento de atividades de
modelagem matemática, especificamente, que configurações elas podem assumir quando
desenvolvidas por alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Assim, estamos
interessados em olhar para como alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental realizam
ações características do procedimento que envolve o desenvolvimento de atividades de
modelagem matemática. Para esse olhar tomamos como ponto de partida as fases de uma
atividade de modelagem matemática caracterizadas em Almeida, Silva e Vertuan (2012). Para
isso, propomos a 5 turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, 1º ao 5º ano, o
desenvolvimento de atividades de modelagem matemática, que foi por nós observado e
registrado. Os dados que constituem nossa pesquisa consistem nos diálogos e registros
produzidos pelos alunos durante as atividades de modelagem e foram coletados por meio de
áudio, vídeo, imagens e diário de campo do professor/pesquisador. Empreendemos sobre os
dados uma análise qualitativa, fundamentados nos pressupostos e indicações da Análise de
Conteúdo e embasados na literatura a respeito da modelagem matemática e nas considerações
filosóficas de Ludwig Wittgenstein a respeito da linguagem. Os resultados indicam três
configurações do desenvolvimento de atividades de modelagem matemática. Essas
configurações revelam especificidades relativas aos usos da linguagem, ao modo como os
alunos lidam com os símbolos matemáticos, à caracterização do modelo matemático e à
definição de temas de interesse em cada ano desse nível de escolaridade. Levando em
consideração essas configurações, refletimos a respeito da identidade do fazer modelagem
matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.