APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COMO INTEGRAÇÃO DOS CONTEÚDOS FACTUAL, CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Mariana Nardy, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 26/07/2013
A fim de acompanhar a aprendizagem do tema Conservação Ambiental este trabalho propõe um referencial analítico que alcança os aspectos humanísticos da Teoria da Aprendizagem Significativa, os conteúdos de aprendizagem e a Educação Ambiental. Com base nesses preceitos, desenvolveu-se um estudo envolvendo dois alunos do Ensino Fundamental II de uma escola particular do norte do Estado do Paraná. A realização de atividades multimodais de ensino proporcionou uma coleta de dados diversificada e exigiu a criação de um instrumento analítico singular. Os resultados deram abertura para discussões que evidenciam que a integração dos conteúdos de aprendizagem pode conduzir a uma aprendizagem significativa, traduzida na apropriação crítica de conhecimentos, atitudes, valores e comportamentos que contribuem para a construção de uma sociedade sustentável.
Educação Química no Antropoceno
Bruna Adriane Fary, Profª Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 20/05/2021
Esta pesquisa emergiu do desejo de reivindicar a Química nos saberes populares e nos espaços informais de circulação e mobilização de conhecimento. A partir da questão ambiental do Antropoceno, surge a inquietação de como os saberes da Química atuam nas problemáticas ambientais e quais outros saberes, práticas, técnicas e políticas são possíveis para pensar em modos de mobilizar a Educação Química para tal contexto. Nesse sentido, tem-se como objetivo desta tese buscar e compreender saberes, práticas, técnicas e políticas que servem de inspiração para pensar em outros modos de mobilizar a Educação Química, no que toca o advento do Antropoceno. Na busca por essas estratégias, utilizou-se a Heteroautobiografia, com base na Pesquisa Narrativa, enquanto metodologia para entrevistar duas alquimistasbruxas- cientistas, que trabalham com agroecologia e cosmetologia natural. A pesquisa teve como base as teorizações de Isabelle Stengers. Como resultados, encontram-se nas narrativas de vidas dessas mulheres ações para reativar, resgatar, reapropriar, regenerar, e toda polissemia do “to reclaim” de Stengers (2017a); a retomada das práticas da diversidade do saber-fazer química, para tratar da interferência no Antropoceno. Com as histórias de vidas, buscou-se e compreendeuse como elas constituíram seus saberes, e discutiu-se os modos como elas existem e resistem no Antropoceno. A conclusão desta pesquisa é que essas mulheres operam em torno de uma química menor. A partir disso, propomos e discutimos, enquanto estratégia, para além dos movimentos de desterritorialização, produzir um terreno para mobilizar os saberes químicos de forma a agenciá-los no coletivo e a criar ramificações políticas – modos de ser e estar em sociedade – configura o que denominou-se de “Educação Química Menor” (EQM), da qual as mulheres alquimistas-bruxas-cientistas operam com suas práticas, técnicas e políticas. As participantes desta pesquisa mostraram as possibilidades de constituição de uma ecologia de saberes químicos que desterritorializam a Química ao serviço dos interesses industriais, econômicos e políticos. A política da Química de serviço nos direcionou a problemas como poluições e consequências dos usos de agrotóxicos e plásticos, que contribuem na caracterização do Antropoceno e na identidade e território da Química na contemporaneidade.
Um olhar para a Agroecologia e a Educação Ambiental no Ensino de Ciências na Escola Itinerante do MST
Dahiane Inocência Silveira, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 15/04/2020
Este trabalho foi desenvolvido na Escola Itinerante Valmir Mota de Oliveira, na cidade de Jacarezinho, estado do Paraná, onde buscamos responder a seguinte indagação: as práticas agroecológicas na Escola Itinerante podem apontar as possibilidades para uma Educação Ambiental crítica e emancipatória, que contribua para a formação de novos cidadãos conscientes de que a sociedade atual é insustentável e que mudanças profundas em nosso modelo de sociedade dependem de novas atitudes? O objetivo principal foi analisar como a introdução às práticas agroecológicas na Escola Itinerante pode contribuir para a Educação Ambiental e como tais questões estão inseridas na proposta da referida Escola, no contexto do movimento nacional por uma Educação do Campo. Para compreender esse processo da integração entre práticas agroecológicas e Educação Ambiental, utilizamos como procedimento metodológico a pesquisa participante. As atividades envolveram alunos do 6o ano do ensino fundamental, que foram submetidos a observação participante durante as práticas em atividades de grupo, roda de conversa e entrevistas estruturadas. Nos pautamos em autores que discutem a temática ambiental sob um viés crítico, tais como Carvalho (1998), Layrargues (2014); Lima (2009) e Loureiro (2004, 2007). A partir das análises e discussões foi possível constatar que as atividades promovem a construção de valores e atitudes que foram evidenciadas em um ciclo continuo concebido a partir de observações intuitivas das experiências docentes. É como se reconstruíssemos como cada educando se relaciona com o mundo a partir de si mesmo em um processo em que pouco a pouco, dia a dia, deixa de ser passivo frente ao conhecimento. A Agroecologia está para a Educação Ambiental, assim como a Educação Ambiental está para a Educação de modo geral. A Agroecologia e a EA compartilham a busca pela diminuição das desigualdades a partir da educação, emancipação do cidadão e cuidados com o ambiente na busca de equilíbrio na relação homem natureza. Como resultado, foi possível identificar as potencialidades de desenvolvimento de diversas atividades e podemos afirmar que a Agroecologia é uma ferramenta importante para a Educação do Campo, no direcionamento de suas ações na luta contra o modelo de sociedade insustentável e na luta pela soberania alimentar. Além disso, identificamos diversas possibilidades para a abordagem da EA crítica, junto às necessidades de engajamento e motivação que direcionam as ações, ampliando a consciência ambiental dos estudantes. Ao firmar posição pelas práticas agroecológicas, a escola protagoniza a mudança de atitudes e sua própria comunidade frente ao modelo dominante e predatório do agronegócio e toda a sua lógica de acumulação e exploração socioambiental.
Educação Ambiental a Respeito de Resíduos Sólidos sob a Perspectiva da Semiótica de Charles S. Peirce
Robson Francisco Pedrozo, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 17/05/2019
O lixo afeta o equilíbrio químico e físico dos ambientes naturais, comprometendo a biodivesidade do planeta como um todo. Interfere também na qualidade de vida das pessoas e se torna precursor de agravos à saúde humana. No Brasil, a Lei n. 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e passa a fornecer diretrizes para o enfrentamento dos problemas gerados pelos Resíduos Sólidos, dentre as quais destaca-se a Educação Ambiental. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, encontra-se inserida no fazer da Pesquisa Colaborativa. São considerados colaboradores da pesquisa os pesquisadores vinculados à universidade, professores e estudantes do Curso Técnico em Química de uma escola pública do município de Londrina/PR. A Alfabetização Visual foi a estratégia pedagógica adotada para o desenvolvimento da pesquisa com os escolares. Foram realizadas leituras e reflexões de gêneros textuais e imagéticos e, também, a criação de representações imagéticas pelos estudantes. Este trabalho investigou as mensagens geradas a partir das representações imagéticas dos estudantes para o temário Resíduos Sólidos, e consoantes com as ações previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A interpretação das mensagens das representações apoiou-se na Teoria semiótica de Charles S. Peirce, de modo a conhecer os aspectos dimensionados pelos estudantes para a temática Resíduos Sólidos. Ao todo foram analisadas 12 (doze) representações imagéticas. Em relação ao teor das ações de tratamento dos Resíduos Sólidos apresentado pelas representações, nota-se que 1 (uma) tem sua essência voltada a não geração de resíduos, 3 (três) às ações de não geração de resíduos associada com a redução do consumo, 2 (duas) à reutilização fundida com a reciclagem, 5 (cinco) à indicação à reciclagem no âmbito social ou do lucro, e 1 (uma) para o descarte final apropriado dos rejeitos. Nas representações o legissigno lixo quando retratado, encontrou-se associado com o elemento homem, estabelecendo a compreensão dos estudantes a respeito da origem do lixo a partir do processo industrial, vindo o homem a ser o responsável por sua geração. O contexto de desenvolvimento da pesquisa se deu em virtude da escola ser um ambiente de promoção à Educação Ambiental por favorecer discussões e reflexões a respeito dos Resíduos Sólidos de forma mais abrangente e coletiva, com vistas à formação cidadã e à preservação do meio ambiente.
As Trilhas Interpretativas Como Atividades de Educação Ambiental: O que Pensam os Professores de Ciências?
Diego Armando Lopes Colman, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 24/05/2017
O presente trabalho busca compreender os limites e possibilidades dentro da Educação Ambiental (EA), surgindo assim como estratégia de se trabalhar a conscientização do indivíduo para que o mesmo seja capaz de avaliar a real importância do ambiente que o cerca. Uma das maneiras de se promover a EA se da por meio da Interpretação Ambiental (IA), caracterizada como um processo momentâneo de conscientização e que possui como ferramenta importante as chamadas trilhas de caráter interpretativo desenvolvida em espaços não formais. Pra que o trabalho fosse desenvolvido usamos análises de roteiros e entrevistas semiestruturadas, a fim de identificar as possíveis percepções dos professores ao elaborarem seus planos de aula em um ambiente como as trilhas de caráter interpretativo. Diante disso é possível afirmar que as trilhas interpretativas possuem um papel indispensável no processo de conscientização e formação do cidadão acerca das questões envolvendo o meio ambiente e seu comportamento. Atividades em EA podem ser desenvolvidas com ferramentas, tempo e amplitude distintas. Certamente tal trabalho de conscientização não tem fim e perdura ao longo de toda a vida do indivíduo, sendo a IA com o uso de trilhas um momento onde a formação será construída.
Gamificação e Interpretação Ambiental: uma experiência em trilha ecológica
Diego Marques da Silva Medeiros, Profª. Drª. Verônica Bender Haydu
Data da defesa: 20/05/2016
A importância de uma Educação Ambiental (EA) capaz de estimular a produção de conhecimentos menos especializados e neutros e mais interdisciplinares e políticos, de modo a resultar num entendimento mais holístico e integrativo do meio ambiente, leva à busca de estratégias e métodos eficientes para tal. A Interpretação Ambiental (IA) em trilhas é uma atividade que vem se mostrando relevante nesse sentido e teoriza-se que ela pode tornar-se ainda mais eficiente quando gamificada. Alguns trabalhos significativos na área da gamificação vêm demonstrando a eficácia da prática em contextos educacionais, no entanto, apresentam limitações teórico-metodológicas que poderiam ser superadas por pesquisas mais sensíveis à complexidade contextual da situação investigada e que presassem pela investigação do processo em detrimento dos produtos. Este trabalho relata uma pesquisa cujo objetivo geral foi o de investigar a influência da gamificação na IA a partir de uma proposta metodológica que contribuísse para essa superação. Para tal, tomou-se como objeto de estudo a gamificação da IA do Parque Estadual Mata dos Godoy (PEMG) (Londrina/PR), cujo produto gerado foi a atividade denominada Expedição ao Meio Ambiente (EMA). A pesquisa foi de caráter participativo, pois o pesquisador atuou tanto na elaboração quanto na execução da atividade em questão. A EMA foi executada junto a uma equipe de estudantes que tiveram seus comportamentos verbais orais registrados durante a atividade. Os dados passaram por um processo de Análise de Conteúdo em associação à Análise Textual Discursiva, de modo que a pesquisa pode ser considerada de caráter qualiquantitativo. Em linhas gerais, buscou-se por identificar isoladamente as relações entre os elementos da gamificação e o comportamento dos participantes da EMA. Para isso, a pesquisa teve foco na análise dos comportamentos de jogar e dos associados aos objetivos da EA em relação à atividade de IA gamificada e seus elementos de gamificação. Realizou-se, também, análise semelhante de uma atividade tradicional em trilhas do PEMG como fator de comparação. Foi possível inferir que a EMA foi capaz de estimular os comportamentos de jogar, que os participantes responderam à maioria dos aspectos relevantes à manutenção desses comportamentos e que foram alcançados os objetivos da IA. A análise da atividade tradicional em trilhas possibilitou, ainda, a identificação de aspectos equivalentes, superiores e limitantes em relação à atividade gamificada. Por fim, a pesquisa também pareceu contribuir na superação das limitações teórico-metodológicas apontadas em uma amostra significativa de trabalhos na área da gamificação.
Ensino de Biologia e Educação Ambiental: uma leitura peirceana das formas de relação dos animais humanos com os não humanos
Adriana Ribeiro Ferreira Rodrigues, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 24/06/2015
Esta pesquisa discute as formas de relação dos seres humanos com os animais não humanos a partir da perspectiva da semiótica peirceana, do ensino de Biologia, da educação científica e da Educação Ambiental. O problema se constituiu em questionar qual a gama de entendimentos dos alunos e alunas do Ensino Médio acerca das relações dos seres humanos com os animais como signos produtores de interpretantes no contexto de um ensino dos conteúdos sobre vertebrados com abordagem ambiental. E, ainda, se essa abordagem aumentou a complexidade da compreensão sobre as relações entre humanos e animais. O objetivo traçado referiu-se a conhecer e identificar os interpretantes dinâmicos emocional, energético e lógico acerca das relações dos seres humanos com os animais produzidos num processo de ensino de Biologia com abordagem ambiental em interface com os fundamentos das Ciências Normativas de Peirce – estética, ética e lógica. A metodologia qualitativa de pesquisa para a análise dos dados fundamentou-se em três eixos teórico-metodológicos: a teoria dos interpretantes de Peirce, as Ciências Normativas e a Educação Ambiental. A análise dos dados construídos a partir de narrativas, entrevistas e produção de curtas-metragens dos alunos permitiu identificar os interpretantes e discuti-los em articulação com as Ciências Normativas e a Educação Ambiental. Constatamos que o processo de ensino e aprendizagem proposto, que relacionou a Biologia com a abordagem ambiental, promoveu a atualização dos signos, desencadeando novas semioses como cognição e ainda alterou os ideais de conduta dos referidos alunos e alunas. Tais achados abrem a possibilidade de pensar em uma Educação Ambiental que forme não apenas novas formas de sentir e pensar, mas também de agir.
A Educação Ambiental diante da questão Pós-moderna: uma análise arqueológica dos discursos de professores de ciências
Adalberto Ferdnando. Inocêncio, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 26/02/2015
O objeto de estudo nesta dissertação foi a relação Ser-saber no domínio discursivo de docentes com ênfase na problematização dos saberes que orientam suas compreensões de ciência e crise ambiental, identificando suas práticas em Educação Ambiental (EA). Essas práticas são entendidas como resultado de certos elementos discursivos aos quais os docentes têm acesso – discursos reverberados – em detrimento do que é apagado – discursos rarefeitos. O objetivo da investigação foi conhecer as manifestações discursivas de professores de Ciências a respeito de ciência na contemporaneidade e de que maneira a composição de enunciados aparentes repercutem nas abordagens em EA. Metodologicamente, foram entrevistados nove professores de Ciências do Ensino Fundamental de escolas de distintas regiões da cidade de Maringá-PR. Para a análise dos discursos desses docentes foi utilizado o método arqueológico teorizado por Michel Foucault, apresentando-os em Focos. Como resultado dessa análise pode-se notar a prevalência de compreensões mais “abertas” de ciência – paradigmas emergentes. Em relação à crise ambiental os resultados apontam discursos naturalizados e, portanto, hegemônicos, acompanhados da crença de que sua solução será orientada por apelos técnico-científicos. Em nosso exame, as formações discursivas dos docentes entrevistados mostraram uma transição de enunciados. Entre os docentes há, ainda, a crença em ideais da Modernidade, ao mesmo tempo em que há discursos que situam a ciência em um campo ainda incerto, destituído de políticas claramente estabelecidas.
A Educação Ambiental nos cursos de formação inicial de professores: investigações à luz de um novo instrumento de análise
Regina Paula de Conti, Profª. Drª. Marinez Meneghello Passos
Data da defesa: 20/02/2014
Considerando que a Política Nacional de Educação Ambiental determina que a Educação Ambiental deve ser implementada nos currículos de formação de professores, esta pesquisa tem como objeto de estudo as ementas de disciplinas que contemplam a referida temática nos cursos de formação inicial de professores: as licenciaturas. As ementas foram submetidas à análise qualitativa, mais especificamente à luz da Matriz 3x3, um instrumento proposto por Arruda, Lima e Passos (2011). Tal instrumento foi utilizado, inicialmente, para a análise das reflexões do professor diante de suas experiências em sala de aula. O propósito de pesquisar as ementas determinou dois objetivos a serem alcançados: (i) levantar indicativos de quais relações epistêmicas com o saber no contexto do conteúdo, ensino e aprendizagem, a ementa apresentaria, e (ii) evidenciar o potencial de flexibilidade da Matriz 3x3 de Arruda, Lima e Passos (2011) para a análise de documentos. Para construir o acervo de ementários, foram selecionados os cursos de Licenciatura em Pedagogia, Ciências Biológicas, Geografia e Química das Instituições de Ensino Superior Públicas do Estado do Paraná. Para a constituição do corpus da pesquisa foram adotados os procedimentos e conceitos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2004) e da Análise Textual Discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2007). Como resultado das investigações, observou-se que as ementas apresentam grande tendência às relações com o conteúdo, com algumas demonstrações referentes à relação com o ensino; no entanto, para a relação com a aprendizagem os resultados foram bastante vagos. No que tange à flexibilidade da Matriz 3x3, esta pesquisa comprova seu potencial, haja vista que o novo instrumento foi aplicado na análise de documentos, considerando ser possível sua aplicação em configurações diferentes da qual foi idealizado.
Alfabetização Visual como estratégia de Educação Ambiental sobre resíduo sólido doméstico: os interpretantes de Peirce na compreensão das representações de estudantes de Ensino Médio
Patrícia de Oliveira Rosa da Silva, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 14/08/2013
Esta tese apresenta os resultados de um estudo em que se buscou encontrar o modo de generalização típico de estudantes do Ensino Médio quando se trata do tema resíduos sólidos domésticos. A fundamentação teórico-metodológica é inspirada no conceito de interpretante da teoria semiótica de Charles S. Peirce, em cuja base se encontra a noção de símbolo e legissigno. Os guias de análise foram definidos com a inserção de raciocínio diagramático, processo que igualmente orientou a própria coleta de dados. Produziu-se uma investigação em que o estudante se manifestava por meio da linguagem verbal e pictórica compondo uma expressão híbrida, ou seja, ao mesmo tempo em que passavam por uma experiência de aprendizagem como parte de um conteúdo de Educação Ambiental, conheciam e desenvolviam maneiras combinadas (não exclusivamente verbais) de expor as novas percepções que iam adquirindo. Integrado à Educação Científica, esse fator operou no sentido de tornar possíveis as inferências da pesquisa, além de revelar as condições em que se estabelece a alfabetização visual.