O trabalho docente em ciências como tradição pedagógica
Fabiano Antunes, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 20/05/2011
O que está entranhado na docência é sua qualidade investigativa e, assim, professores levantam hipóteses que eles mesmos testam ao investigarem as situações em que trabalham. O caráter investigativo, que é inerente à docência em Ciências, produz conhecimentos importantes para os professores, pois significam respostas a questões, a problemas relevantes da prática. Tais saberes produzidos não são ausentes de sentidos, de significados, os quais validam a própria produção de conhecimentos. Estes são relativos a ideias, hipóteses, interpretações sobre a realidade, métodos de trabalho, objetivos e valores. Para buscar compreender relações entre esses conhecimentos, busquei inspiração na epistemologia de Larry Laudan, especialmente na ideia de Tradição de Pesquisa e a Ciência como atividade de resolução de problemas. Assim como uma Tradição de Pesquisa é formada por um campo teórico, um axiológico e um metodológico, defendo que há relações de interdependência entre os campos teórico, metodológico e axiológico da docência em Ciências. Nesse quesito, o campo teórico refere-se aquilo que é teorizado pelo professor, são hipóteses que guiam o campo metodológico e por ele é justificada. O campo metodológico é caracterizado por um conjunto de métodos de trabalho, o qual implica em fazeres que buscam satisfazer os objetivos e valores assumidos pelo docente, o qual caracteriza o campo axiológico. Essas relações podem sofrer tensões quando um dos campos sofre alteração frente a um problema enfrentado na docência. Nesse sentido, me inspiro na epistemologia de Laudan relativa ao comportamento da Ciência, para uma nova compreensão do conceito de professor- investigador, tendo como interface a analogia entre o caráter investigativo e de resolução de problemas da Ciência e da docência. Desse modo trago, em forma de narrativa, situações oriundas de um curso de formação continuada que explicitam dinâmicas entre teorias, metodologias, valores e objetivos dos docentes participantes e que podem dar uma nova perspectiva sobre o conceito de professor- investigador.
Interações discursivas e aprendizagem em Modelagem Matemática
Elaine Cristina Ferruzzi, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 19/04/2011
Esta pesquisa teve por objetivo “Investigar as interações que emergem durante o desenvolvimento de atividades de Modelagem Matemática na sala de aula”, procurando identificar características que podem nos oferecer subsídios para compreender o papel destas interações na aprendizagem dos alunos. Observamos na literatura da área que diversas pesquisas têm sido realizadas tratando do desenvolvimento de atividades de Modelagem em sala de aula, apresentando argumentos favoráveis à sua inserção. Por outro lado, outras tantas sinalizam o papel fundamental das interações para a aprendizagem do indivíduo, apresentando características de interações que favorecem a aprendizagem. Diante disto, em nossa pesquisa nos preocupamos em investigar se estas características estavam presentes nas interações oportunizadas pela Modelagem em sala de aula. Com este intuito desenvolvemos com um grupo de alunos de uma Universidade Tecnológica Federal atividades de Modelagem Matemática. Com os dados obtidos da observação, filmagem e gravação em áudio do desenvolvimento destas atividades e, com base no referencial teórico adotado nesta pesquisa, concluímos que as atividades de Modelagem Matemática contribuem com a ocorrência de interações que possuem características que favorecem a aprendizagem dos alunos. Estas características estão alinhadas com as condições elencadas por Noreen Webb, Anna Sfard, Mortimer e Scott (2002) e Alro e Skovsmose (2006). Respeitando-se as limitações desta pesquisa concluímos que as interações oportunizadas pelo desenvolvimento de atividades de Modelagem Matemática contribuem significativamente para a aprendizagem do aluno.
Investigações sobre as interações discursivas na elaboração do conhecimento de densidade nas aulas de ciências
Zoraya Lúcia Dalossi Picelli, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 28/07/2011
Este estudo teve como principal objetivo investigar as interações discursivas construídas pelas perguntas do professor e pelas respostas dos alunos na elaboração do conhecimento sobre Densidade nas aulas de Ciências da 9ª série do ensino fundamental de uma escola da rede pública estadual do município de Andirá (PR). Foram realizadas transcrições das interações discursivas áudio-gravadas, ocorridas durante as atividades desenvolvidas que serviram como registro de dados para posterior análise. A análise dos resultados obtidos foi realizada sob a perspectiva sócio construtivista vygotskyana, tendo a ferramenta analítica das interações discursivas adaptada dos estudos de Mortimer e Scott (2002), bem como uma análise interpretativa cognitivista baseada na Aprendizagem Significativa ausubeliana dos possíveis efeitos das interações discursivas na atribuição, negociação e compartilhamento dos significados do conceito de Densidade. Com base nesses pressupostos, a investigação identificou as diferentes formas de abordagens comunicativas de interação professor-aluno, bem como, analisou a relação e o impacto da utilização desses diferentes padrões sobre a participação efetiva dos alunos nas interações discursivas e seus efeitos sobre o processo de elaboração do conhecimento; verificou a utilização das perguntas como ferramenta tanto na criação, como na forma de ajuda ou andaime na ampliação da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) do aluno; averigou as situações de conflito sócio-cognitivo nos alunos provocadas pelas perguntas do professor, e as implicações na elaboração do conhecimento. Os resultados obtidos indicam que as interações discursivas com conflitos sócio- cognitivos, ajudas/andaimes e ampliações da ZDP promovidas tanto pelo professor como pelos alunos de modo coletivo, possibilitam a construção de significados sobre o conceito de Densidade. Podemos considerar ainda que os alunos atribuíram significados ao conceito com ajuda do professor, no sentido de se aproximar do conhecimento científico, no entanto, em determinados contextos das atividades ocorreu um regressão das concepções para aquelas primeiramente apresentas. Portanto, os resultados indicam um movimento cognitivo de progresso e regressão, isto é, aproximações e distanciamentos dos significados construídos durante a ZDP, do conceito de Densidade. Consideramos que as interações discursivas com intervenções do professor no sentido da negociação dos significados, sem prevalecer um discurso de autoridade, possibilitam essa dinâmica da elaboração do conhecimento profícua para o desenvolvimento de habilidades cognitivas para construção de significados.
(Re)significações da sexualidade: olhando um vídeo caseiro no YouTube
Maria Lúcia Corrêa, Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Data da defesa: 14/06/2011
Neste trabalho olho o vídeo caseiro produzido e postado no YouTube, como estratégia, por meio da qual procuro chamar a atenção para o papel que as tecnologias da comunicação e informática, em especial este site, adquire enquanto dispositivo implicado na produção de inscrições de corpos e nele, da sexualidade. Ao transitar pelos conceitos/ferramentas de autores do campo dos Estudos Culturais, numa perspectiva foucaultiana, utilizo a etnografia virtual como metodologia, procurando deslocar conceitos, tais como identidade, cultura, verdade, sexualidade e corpo, procurando mostrar o papel constitutivo das práticas culturais em funcionamento em diferentes instâncias e o caráter construído das identidades, e nelas, dos corpos e suas sexualidades. Para isto dois instrumentos da produção cinematográfica foram utilizados como ferramenta analítica: decupagem e endereçamento, uma como estratégia da produção de um vídeo e a outra como um evento ou uma estruturação, que atravessa deliberadamente esta montagem. Com estes instrumentos realizei uma (des)construção do vídeo com vista ao entendimento das relações de poder que atravessam o discurso de sexualidade. Os vídeos caseiros, postados neste site que discursam a respeito de corpo e sexualidade, permitem uma difusão e proliferação da sexualidade construída nas interações estabelecidas nestas relações de poder entendendo que, por meio desta tecnologia incutida da cibercultura. O vídeo analisado neste trabalho mostrou que corpo e sexualidade são difundidos e proliferados em uma leitura além de seus aspectos biológicos, revelando um discurso que pode trazer entonações históricas, políticas e sociais, cujas relações de poder podem ser lidas e interpretadas, constituindo um poder circulante neste vídeo, no próprio acontecimento registrado, mostrando um dispositivo que revela a sexualidade proferida no dia-a-dia, atravessando identidades, revelando diferentes corpos e diferentes maneiras de colocar o sexo em discurso.
Formação de professores para os anos iniciais: uma experiência com ensino de ciências
Henri Araujo Leboeuf, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 29/07/2012
A formação de professores para o ensino de ciências tem recebido inúmeras críticas, em especial sobre o distanciamento entre as abordagens formativas e aquilo que se espera do futuro professor. No caso da formação para o anos iniciais do Ensino Fundamental, levantam-se outras questões, como a pequena ou nenhuma formação na área de conteúdos de ciências e mesmo nas metodologias de ensino de ciências. Em função disso, investiga-se quais as possíveis contribuições de uma abordagem de ensino potencialmente significativa e que integre aspectos conceituais e metodológicos na formação inicial de professores de Ciências dos anos iniciais. Para isso,uma sequência de atividades que integra aspectos conceituais e metodológicos na formação inicial de professores de ciências para os anos iniciais do Ensino Fundamental sobre o tópico “Óptica da Visão” foi desenvolvida e utilizada com futuros professores.A abordagem didática foi fundamentada na teoria da aprendizagem significativa, em especial na sua vertente crítica, nas contribuições de pesquisa em ensino de ciências, sobre as ideias prévias dos alunos sobre o tema tratado e no uso de abordagens histórico-filosóficas no ensino. O instrumento heurístico, conhecido como Diagrama V de Gowin, foi utilizado durante o processo na condição de facilitador da aprendizagem e instrumento de avaliação e coleta de dados. O objetivo foi investigar a influência deste tipo de abordagem na formação de professores, partindo do princípio de que temos que oferecer, durante a formação, aquilo que se exige do professor em exercício. Assim, os alunos teriam oportunidade de, simultaneamente, discutir aspectos ligados ao conteúdo científico, sua história, seu ensino e aprendizagem a partir de uma vivência práticana condição de aluno e de sua discussão na condição de futuro professor. O público investigado foi uma turma de alunos do 5º período do curso de Licenciatura em Pedagogia de uma faculdade privada em Foz do Iguaçu, PR, matriculados regularmente na disciplina “Fundamentos de Ciências e sua Didática I”, ministrada pelo próprio investigador.Foram utilizados um caderno de campo, questionários e o Diagrama V como instrumentos de coleta de dados. A análise qualitativa realizada com um corpus constituido dos registros de 15 alunos da turma permitiu evidenciar a relevância da abordagem para a compreensão de conceitos científicos, da metodologia utilizada, em especial acerca do Diagrama V e possíveis consequências para a futura atuação docente dos alunos envolvidos.
Construção de uma sessão de cúpula para o ensino de física em um planetário
Juliana Romanzini, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 25/02/2011
Nossa pesquisa, de cunho qualitativo, se baseia na investigação do potencial pedagógico que os Planetários podem oferecer para o ensino de conceitos científicos que vão além da área da Astronomia, abrangendo também outras Ciências, tais como a Física, Biologia, Química e Matemática. Para isso investigamos a construção de uma sessão de cúpula para o ensino de conceitos físicos relacionados ao funcionamento dos telescópios. As sessões de cúpula são uma das principais atividades realizadas nos Planetários, e se constituem de apresentações realizadas para abordar conceitos diversos, utilizando-se para isso um projetor de estrelas e diversos equipamentos auxiliares, que criam momentos imersivos em que o público se sente parte do ambiente simulado. Como suporte para a elaboração e construção de uma sessão de cúpula com tais objetivos, utilizamos os referenciais advindos da Didática das Ciências e da História da Ciência. O título sugerido para a mesma foi “Além dos olhos – a Astronomia a partir dos telescópios”. Com tal elaboração e posterior aplicação dessa sessão de cúpula no Planetário de Londrina/PR para estudantes do Ensino Médio, acompanhada de aplicação de questionários pré e pós-atividade, identificamos uma influência dessa atividade mais claramente nos registros escritos dos alunos que nada conheciam do assunto. Houve também uma ocorrência da emissão de asserções de valor pelos alunos em relação a valores cognitivos, sociais e pedagógicos pertinentes à atividade, e o interesse do público participante no aprimoramento da sessão, notadamente na aproximação das sessões de cúpula aos vários assuntos escolares que vivenciam. Acreditamos que esses elementos evidenciam o papel colaborativo das sessões de cúpula no ensino não-formal.
Modelagem matemática do crescimento populacional: um olhar à luz da socioepistemologia
Camila Fogaça de Oliveira, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 08/07/2011
Esta pesquisa teve o objetivo de investigar a modelagem matemática do crescimento populacional e as práticas sociais e matemáticas associadas a esta modelagem. Para este propósito, uma perspectiva teórica chamada de Socioepistemologia foi adotada, investigando as componentes didática, epistemológica e social. Em termos gerais, no que se refere a componente epistemológica, consideramos que as matemáticas se constituíram em diferentes práticas sociais, as quais propiciaram a construção de conhecimentos. No que se refere a componente didática, verificamos a existência de diferentes práticas: algumas relacionadas aos autores dos livros didáticos e outras relacionadas aos alunos quando envolvidos em atividades de Modelagem Matemática. Concluímos que as práticas dos alunos, quer do ponto de vista matemático, quer do ponto de vista social, mostram semelhanças entre as práticas dos autores de crescimento populacional do final do século XVIII e início do século XIX. Sendo assim, os significados se encontram no uso da linguagem e não estão determinados previamente, conforme abordado por Wittgenstein, mas encontram sua origem na atividade humana, por meio da interação entre indivíduos.
O trabalho de campo em periódicos da área de Ensino de Ciências: categorização e tipologia
Marcelo Augusto da ROcha, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 29/03/2011
Buscou-se aliar neste estudo, um tema que fosse suficientemente interessante tanto para a área de Ensino de Ciências, de uma forma geral, como para a Geografia, especificamente. Deste modo, a ocorrência deste encontro pode render frutos de ambos os lados, favorecendo o ensino-aprendizagem de diversos conteúdos científicos, por meio das revelações incididas a partir desta análise. Pretendeu-se investigar, como vem sendo utilizado os trabalhos de campo no contexto do Ensino de Ciências, identificando quais questões estão sendo levantadas e como elas vêm sendo abordadas, buscando, deste modo, um maior aprofundamento teórico sobre este cenário investigativo, sobretudo no Brasil, por meio dos artigos publicados em periódicos desta área de concentração. A elaboração deste estudo se deu em duas fases, sendo que, a primeira, correspondeu ao levantamento e organização dos artigos que tratavam de alguma forma de saídas de campo. Utilizou-se como fontes, artigos publicados nos principais periódicos da área 46 (Ensino de Ciências) e de Qualis A e B da CAPES, ano base 2007, antes de haverem, as atuais alterações. O recorte temporal desta pesquisa compreendeu os anos de 2005 a 2009, ou seja, os últimos cinco anos de publicações. A segunda fase correspondeu à análise desses trabalhos por meio do uso da Análise Textual Discursiva. O Capítulo I estabelece diferenciações ou aproximações entre as diversas tipologias encontradas, em relação às saídas de Campo. O Capítulo II trata da fundamentação da metodologia utilizada na pesquisa, esclarecendo-a conceitualmente, e explicitando as etapas desenvolvidas tanto para a seleção, classificação e acervo dos artigos, como para a análise dos dados obtidos. Já no Capítulo III tem início a categorização, unitarização e análise dos dados. Uma das principais conclusões deste estudo é o fato de haver poucos pesquisadores preocupados em teorizar ou mesmo utilizar os trabalhos de campo em sua prática. O estudo demonstra ainda que a Geografia vem contribuindo a partir das suas conversas interdisciplinares com as disciplinas de ciências para os trabalhos de campo no ensino. Porém, ainda de forma acanhada e muito menos do que poderia, dentro do Ensino de Ciências. Isso demonstra o quanto essa área ainda permanece fechada para compreensões e práticas além das usuais da Química, Física e Biologia. Espera-se que a elaboração deste estudo surja como uma ação positiva abrindo um leque de novas investigações acerca das inúmeras questões que surgiram ao longo dos processos de observação, desenvolvimento e construção dos resultados, objetivando, dessa forma, o contínuo avanço do conhecimento científico e da qualidade da Educação Científica praticada atualmente nas escolas.
Análise crítica de tarefas matemáticas: um estudo com professores que ensinam matemática nos anos iniciais do ensino fundamental
Cristina Cirino de Jesus, Profª. Drª. Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino
Data da defesa: 28/03/2011
No presente estudo, investigamos como um grupo de professoras que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental lidam com a análise crítica, com a proposição e a implementação de tarefas. Para tanto, formamos um grupo de estudos com quatorze professoras, as quais atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de Apucarana, no Paraná. Os encontros do grupo tiveram início no mês de maio de 2010 e desenvolveram-se até novembro desse mesmo ano, totalizando dezenove encontros. Esta investigação constitui-se como uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativo e tem como pressupostos teóricos os níveis de demanda cognitiva de tarefas matemáticas. Utilizamos como instrumentos para coleta de informações o diário de campo, gravações dos encontros do grupo, produções escritas elaboradas pelas docentes, observações de aulas e entrevista semiestruturada. Nossa pesquisa mostra que realizar a análise crítica das tarefas e conhecer os níveis de demanda cognitiva auxilia as professoras a repensar suas razões de escolhas, sua prática pedagógica, a iniciarem um trabalho mais centrado em tarefas de elevado nível de demanda cognitiva e a tornarem-se mais conscientes da influência que suas ações têm sobre os processos de ensino e de aprendizagem. Ao final do desenvolvimento dos encontros, algumas professoras mostraram indícios de mudança quanto às razões de escolha de tarefas e desenvolveram um outro olhar a respeito do trabalho do aluno. Consideramos que o compromisso e o engajamento foram aspectos fundamentais para a participação dessas docentes no grupo de estudos e para o seu desenvolvimento profissional.
Uma reconstrução histórico-filosófica do surgimento das geometrias não euclidianas
Línlya Natássia Sachs Camerlengo de Barbosa, Prof. Dr. Marcos Rodrigues da Silva
Data da defesa: 01/03/2011
Diante de justificativas favoráveis à participação da história da matemática no ensino de matemática, faremos aqui uma reflexão sobre essas justificativas e sobre as possíveis maneiras de reconstrução dessa história. Apresentaremos, então, uma reconstrução histórico- filosófica do surgimento das geometrias não euclidianas, envolvendo o quinto postulado de Euclides, na forma de história de problemas, em que se procura mostrar as tentativas bem sucedidas e fracassadas na resolução do problema em questão. Faremos, por fim, uma problematização sobre o que foi apresentado neste trabalho com questionamentos – e não respostas – sobre a participação da história no ensino de matemática.