Estratégia de ensino para o aumento de acurácia das medidas experimentais no ensino médio
Ana Claudia Força, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 28/06/2012
As atividades experimentais em Física, tanto quantitativas quanto qualitativas, constituem importante ferramenta educacional quando estruturadas em bases educacionais e epistemológicas claras, devidamente conduzidas. Pesquisas acerca de atividades experimentais que abordam medições apontam que alunos, seja do ensino médio, seja do universitário, carregam interpretações a respeito de medidas que são condizentes com o Paradigma Pontual e podem comprometer momentos de instruções pedagógicas. O presente trabalho, portanto, tem o objetivo de investigar uma estratégia de ensino inspirada na proposta de Millar (1987) em que alunos que conhecem de antemão o resultado da medida a ser encontrada experimentalmente a obtém com melhor acurácia do que alunos que a desconhecem. Para isso, sessenta alunos do primeiro ano do ensino médio de um colégio estadual, do município de Colorado-PR, realizaram duas atividades experimentais. Ao final, verificou-se que os alunos submetidos à estratégia investigada obtiveram medidas com melhor acurácia que os alunos não submetidos a ela, assim como apresentaram um conjunto de comportamentos e atitudes que confirmam as hipóteses do trabalho. Essa estratégia propicia a discussão relativamente a flutuações, incertezas e médias, ideias que se ajustam ao Paradigma de Conjunto. Por conseguinte, a estratégia em questão contribui de maneira positiva na construção do conceito de medição por parte dos estudantes.
A natureza da ciência no ensino de ciências conforme artigos publicados em periódicos nacionais e o seu ensino por meio de narrativas históricas
Anderson Vilas-Boas, Prof. Dr. Marcos Rodrigues da Silva
Data da defesa: 22/06/2012
Com o estabelecimento do campo disciplinar História e Filosofia da Ciência (HFC) na década de 1960, acalentaram-se discussões a respeito da inserção da história da ciência no ensino de ciências, bem como da importância de se ensinar sobre o que veio a ser chamado posteriormente de Natureza da Ciência (NdC). Após mostrar que existe uma demanda de discussões sobre NdC no Ensino de Ciências e que esta demanda pode ser sanada por meio de estudos de HFC, são apresentados alguns conceitos de HFC. Em seguida é descrito o levantamento bibliográfico que foi feito em periódicos nacionais resultando na distinção de 18 categorias que representam temas gerais que podem conduzir pesquisas a respeito da NdC no ensino de ciências, muitas destas intrinsecamente relacionadas com a HFC. Buscando esboçar uma resposta para a questão "de que modo efetivamente poderia ocorrer, como desejado pelos teóricos do ensino de ciências, uma compreensão de NdC a partir de HFC?", é apresentado o artigo de Alcchin (2003), que fornece uma interessante ferramenta que permite que aspectos da NdC possam ser ensinados a partir de qualquer tipo de narrativa histórica da ciência presente em materiais didáticos (mesmo as de qualidade duvidosa); e o artigo de Ribeiro & Martins (2007), que fornece uma ferramenta que possibilita a inferência dos efeitos que tais narrativas terão sobre os alunos a partir de como elas se apresentam no material didático; que juntos complementam-se, formando um instrumento potencialmente promissor no que diz respeito à abordagem da NdC nas salas de aula de ciências a partir da história da ciência (geralmente de má qualidade, conforme aponta uma extensa literatura da área) presente nos materiais didáticos atualmente disponíveis. A pesquisa que resultou neste ensaio dissertativo é uma continuidade de uma série de orientações programáticas cujas discussões visam problematizar e com isso esclarecer o papel da NdC e da HFC no Ensino de Ciências, e sua contribuição se dá no sentido de oferecer-se como suporte para futuras pesquisas a serem desenvolvidas pelo grupo de pesquisa do qual seu autor faz parte.
Quenem químico: a apropriação dos enunciados científicos nas aulas de química
Angélica Cristina Rivelini da Silva, Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Data da defesa: 05/04/2012
Nesta dissertação, procuro entender como são legitimados certos enunciados científicosdurante as práticas pedagógicas em funcionamento na instituição escolar, mais especificamente no espaço discursivo de algumas aulas de química para o Ensino médio. Procuro me apoiar na perspectiva dos Estudos Culturais de Ciências e no conceito foucaultiano de enunciado. A questão central que enfatizo é problematizar a condição naturalizada dos enunciados químicos e busco deslocar o entendimento dos saberes químicos para um conjunto de dispositivos que regulam a forma como os sujeitos produzem o seu conhecimento sobre o mundo. Para a realização deste estudo, aproveitei algumas ferramentas da etnografia que chamei de etnógrafa-turista, que me permitiram circular pela variedade de espaços e atividades escolares. Dessa forma, constituía a rede enunciativa das aulas de química analítica. Nesse processo de apropriação dos enunciados químicos durante as aulas, a professora Flávia, tratou de “ajustar” as multiplicidades de entendimentos dos alunos para o que representaria os conceitos químicos da maneira como estão instituídos nos discursos científicos, os dispositivos atuavam, ao mesmo tempo, demarcando um campo de possibilidade, no qual determinados elementos - enunciados químicos - eram (re) significados para os alunos enquanto objetos de conhecimento químico. Assim, quando a professora falava, seu interesse não era relacionar o discurso a um pensamento, mente ou sujeito, mas ao campo prático ao qual ele é desdobrado. A Escola acaba por atuar como um dispositivo de enquadramento dos saberes e sujeitos, que ao fixar determinadas normas, ordena, controla e sistematiza teorias e procedimentos estabelecendo um sistema de significação, no qual o enunciado químico ganha visibilidade e compreensão.
Que baguio é esse?’: a negociação das identidades nas aulas de ciências
Aline de Moura Mattos, Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Data da defesa: 19/03/2012
Na tentativa de compreender como os estudantes estão ativamente negociando identidades e como o fluxo científico vai se mantendo numa disciplina escolar, acompanhei, por um período de oito meses, atividades realizadas em aulas de Ciências, no Ensino Fundamental de uma escola particular na cidade de Londrina, Paraná. Procurei explorar a relação dos alunos e alunas com o discurso científico, os seus meios de apropriação e como esse processo contribui para a construção de identidades. Acredito que entender como se dão estes processos de identificação, tendo em vista a multiplicidade de formas de sujeito, nos leva a (re)olhar a questão das diferenças em sala de aula, dos tratamentos dados aos saberes trazidos por cada sujeito, do linguajar de cada um, das formas de apropriação e reconfiguração dos discursos. Ao procurar realizar uma análise do fluxo da ciência em aulas de ciências, por meio das vozes dos estudantes, busquei desalojar a ciência de um local privilegiado e mostrar suas transformações, mostrar que as palavras tidas muitas vezes como “não científicas” estão imbricadas numa rede discursiva que dão significado aos modos como os estudantes identificam e diferenciam os saberes científicos. Este trabalho tem influência teórica do campo dos Estudos Culturais, mais especificamente das contribuições de Stuart Hall sobre a questão da identidade cultural. A preocupação com o contexto em que ocorrem as ações sociais é uma marca dos Estudos Culturais compartilhada com noções etnometodológicas, das quais acredito ter me valido neste trabalho. Por perceber os estudantes como sujeitos ativos, que se produzem e são produzidos nas e pelas relações sociais, ao perceber a diversidade entre as várias maneiras que as pessoas têm de construir e viver suas vidas, entendo que estudos de cunho interpretativo, tal qual a etnometodologia, talvez sejam um primeiro esforço para aceitar as diferenças que se resultam nesse processo de “viver a vida”, fora ou dentro da escola. As observações conduzem para a ideia de identidades não essenciais e de uma ciência mutável, sempre em transformação, sempre reconfigurada pelos estudantes, em processo constante de elaboração e produção. Produção que, por ser ativa, envolve resistência, confronto, negociação, lutas. Acredito que é nesse movimento e nessas intensas interações e negociações que a ciência vai se mantendo. O que pude construir foi que as identidades válidas entre os alunos e alunas são aquelas que funcionam no registro da fragmentação e da reapropriação mixórdica do discurso científico como sua maior força para sobreviver no mundo fluído da invenção, estranhamentos e constante (re)criação em que estes sujeitos estão envolvidos.
O espetáculo teatral A ciência em peças, a oportunidade da aprendizagem científica dos licenciados em física e química e suas percepções sobre a formação docente
Alexandre Fregolente, Profª. Drª. Marinez Meneghello Passos
Data da defesa: 29/02/2012
Nesse trabalho discutimos a utilização do teatro como meio de apresentar conteúdos científicos, analisando, em particular, a aprendizagem científica e o processo de formação docente dos próprios “atores” – estudantes da graduação em Física e Química – envolvidos na produção e apresentação de um espetáculo teatral denominado A Ciência em Peças, produzido pelo Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina. Os dados serão analisados em dois momentos distintos: Primeiramente a partir dos focos da aprendizagem científica informal, conforme definidos em relatório do National Research Council dos EUA (NRC, 2009). Em outro plano, será feita uma análise das características emergentes da formação docente, encontrada nos depoimentos dos participantes. Com esse instrumento de análise, considerado como um conjunto de categorias a priori para aprendizagem científica informal, e as questões emergentes sobre a formação docente é possível evidenciar a aprendizagem dos estudantes participantes em todas as dimensões da aprendizagem – científica informal e formação docente – e como essa prática pode vir auxiliar o futuro professor.
onhecimentos e compreensões revelados por estudantes de Licenciatura em Matemática sobre sistemas de equações lineares
Kátia Socorro Bertolazi, Profª Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 27/02/2012
A presente dissertação tem por objetivo investigar processos de pensamento matemático avançado manifestados em registros escritos de estudantes de Licenciatura em Matemática em tarefas sobre Sistemas de Equações Lineares. Para tanto, construímos uma Proposta de Avaliação Reflexiva sobre o conteúdo matemático em questão constituída de três partes, a qual foi aplicada em estudantes da 4a série de um curso de Licenciatura em Matemática, em uma universidade estadual pública do norte paranaense. Com uma abordagem, predominantemente, qualitativa de caráter descritivo-interpretativo buscamos nos registros escritos relatos e indícios que assinalassem a presença de processos de pensamento matemático avançado, conforme Dreyfus (1991) e Resnick (1987), e um perfil conciso dos participantes evidenciando a concepção de matemática no sentido de Thompson (1997), e ainda indícios de atitudes de professor reflexivo à luz de Freire (2004 e 2011). Examinamos questão por questão de cada um dos participantes inventariando seus conhecimentos e compreensões acerca de Sistemas de Equações Lineares. Entendemos que os participantes já demonstram, em suas resoluções, serem conscientes de muitas interações que ocorrem durante o processo de representação, mas ainda provavelmente lhes faltem oportunidades para desenvolverem atividades que os instiguem a formalizar e sintetizar diferentes aspectos de um conceito ou tema matemático, ação que de acordo com Dreyfus (1991) favorece o processo de abstração matemática. As análises revelaram que de dezessete participantes, apenas três desses atingiram o processo de abstração matemática, isto é, a capacidade de sintetizar, formalizar e generalizar pensamentos matemáticos. Ainda, inferimos que a maioria dos participantes apresentou uma visão platônica da matemática no sentido de Thompson (1997).
Dificuldades de estudantes de Licenciatura em Matemática na compreensão de conceitos de grupos e/ou isomorfismo de grupos
Henrique Rizek Elias, Profª Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 16/02/2012
A presente pesquisa teve como objetivo identificar e interpretar dificuldades apresentadas por estudantes de licenciatura e bacharelado em Matemática da Universidade Estadual de Londrina na compreensão de conceitos de grupo e/ou isomorfismo de grupos. Embasados em teóricos como Dubinsky et al. (1994), Dubinsky (2002), Brown et al. (1997) e Lajoie (2000), elaboramos um roteiro com algumas perguntas e realizamos entrevistas semiestruturadas com oito estudantes que já haviam estudado os conceitos. Essas entrevistas nos forneceram dados que, a partir das respostas incorretas dadas pelos estudantes, nos permitiram identificar dificuldades na compreensão de conceitos de grupo e/ou isomorfismo de grupos. Uma vez que o entendimento de alguns desses conceitos da Álgebra Abstrata exige um pensamento matemático avançado, fundamentamo-nos para interpretar as dificuldades encontradas, essencialmente, na teoria APOS, de Ed Dubinsky, identificando a concepção (ação, processo, objeto) dos estudantes, e na teoria da reificação, de Anna Sfard. Das análises, pudemos identificar vinte e nove dificuldades manifestadas, as quais evidenciam, entre outras coisas, que estudantes participantes apresentam dificuldades com conceitos prévios, como dificuldade em lidar com conjuntos diversos, que não somente os conjuntos numéricos, ou dificuldades com relação à definição de função, e que alguns ainda permanecem com um pensamento matemático elementar, no sentido de Tall (1995, 2002), mostrando que ainda não se desprenderam de um padrão de imitar soluções do qual estavam acostumados.
A caracterização e avaliação da interpretação ambiental pelo conteúdo das mensagens
Diego Marques da Silva, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 20/01/2012
A Interpretação Ambiental (IA) é uma atividade cujo principal objeto são as situações educativas em lugares de visitação turística, nas quais se pretende alcançar alguma sensibilização e aprendizado dos visitantes para com as questões ambientais que envolvem os recursos do local. Ela estabelece forte relação com a Educação Ambiental, mas ainda é relativamente pouco estudada no Brasil. O objetivo geral desta pesquisa foi entender que conteúdos servem para caracterizar a IA realizada, o que eles podem indicar em relação à avaliação desta atividade e a partir de que método analisá-los na comunicação interpretativa. Para tal, foi feita uma revisão teórica na busca de uma definição abrangente da IA e seus possíveis desdobramentos no que se refere aos objetivos e resultados pretendidos e sua situação no contexto educacional ambiental mais amplo. Na sequência, realizou-se uma Análise de Conteúdo de uma situação prática, onde as falas de um intérprete do Parque Estadual Mata dos Godoy (Londrina/PR) foram o corpus; desta forma foi possível um melhor entendimento sobre quais mensagens e conteúdos são comunicados à audiência. Como resultado, foram estabelecidos alguns tipos de mensagens importantes para a IA, assim como o que elas indicam sobre a qualidade desta atividade quando compõem a comunicação.
O estágio curricular supervisionado e a decisão do licenciado em querer ser professor de matemática
Diego Fogaça Carvalho, Profª. Drª. Marinez Meneghello Passos
Data da defesa: 25/01/2012
Nesta investigação de cunho qualitativo, procurou-se identificar e compreender os elementos sustentadores da manutenção ou alteração das escolhas de estagiários do curso de Licenciatura em Matemática a respeito das suas decisões de querer ser professor de matemática antes, durante e depois do desenvolvimento das atividades de observação e regência, previstas na disciplina de estágio supervisionado. O estudo foi desenvolvido no terceiro ano do curso de Licenciatura em Matemática ofertado pela Universidade Estadual de Londrina, no ano de 2010, com a participação de dezessete estagiários. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas realizadas durante o ano letivo que retomou as seguintes questões: você quer ser professor de matemática? Você mantém a decisão tomada na entrevista anterior? As transcrições das entrevistas foram submetidas aos procedimentos analíticos da análise textual que possibilitou evidenciar os elementos sustentadores da manutenção das respostas dos estagiários: satisfação pessoal do estagiário ao ser professor de matemática; as ações que poderá realizar ao ser professor de matemática; por ter convicção de que poderá se constituir um bom professor de matemática; interesse pela área da matemática; busca por alunos mais autônomos; o desgaste decorrente da profissão e a falta de interesse dos alunos. Quanto aos depoentes que alteraram suas respostas eles indicaram que a atitude tomada é decorrente: da possibilidade de trabalhar com adultos na educação básica; do interesse pela pesquisa na área da matemática; do interesse em trabalhar na área de desenho; e de não saber mais o que é ser professor de matemática. Aliado a essas justificativas, foram encontrados outros elementos provindos do cenário da formação inicial de professores de matemática que se interpretou ter influenciado na manutenção ou alteração das respostas dos estagiários que querem ser pofessor da educação básica: mudança no modo de conceber a relação professor-aluno; mudança nos condicionantes de uma boa aula de matemática; mudança no tipo de escola e de sala de aula em que almejam trabalhar no futuro; limites aos efeitos das ações e das intenções do professor para com o aluno; escolha do perfil do professor de matemática que pretende ser no futuro; reafirmações das representações e dos objetivos já traçados para seu futuro profissional. Para os estagiários que não querem ser professor de matemática na educação básica, identificou-se: não se sentirem como professores de matemática; não saberem lidar com pessoas e falar em público; que em suas percepções atuar no Ensino Superior leva o professor a ter menos preocupação com a aprendizagem do aluno; recusa quanto ao engajamento em uma formação contínua e dificuldade em assumir o papel de educador. Em suma, interpretou-se que o estágio se configurou como um ambiente rico para o desenvolvimento da identidade profissional do futuro professor de matemática.
Contribuições da história da matemática para a construção dos saberes do professor de matemática
Eliane Maria de Oliveira Araman, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 09/11/2011
Este trabalho procura investigar a relevância dos conhecimentos advindos de estudos da história da matemática para o processo de formação dos saberes do professor de matemática. As investigações evidenciam que os conhecimentos teóricos e metodológicos da história da matemática são importantes para a formação do professor. Dessa forma, o objetivo central de nosso estudo é analisar e evidenciar como tais conhecimentos colaboram para a estruturação dos saberes docentes. Para isso, os referenciais teóricos explorados nesta investigação envolvem as pesquisas a respeito da formação do professor e dos saberes e conhecimentos necessários para ensinar; as discussões sobre as possibilidades do uso pedagógico da história da matemática no ensino de matemática e na formação do professor. A análise de conteúdo foi escolhida como o instrumento de análise dos dados desta investigação. A pesquisa é qualitativa de cunho interpretativo, em que as etapas principais foram: o levantamento bibliográfico relativo aos temas estudados; a construção do instrumento de coleta de dados (roteiro da entrevista semiestruturada); a coleta de dados, na qual realizamos entrevistas com seis professores que desenvolveram propostas para o uso da história da matemática em sala de aula; a análise das entrevistas que resultou na estruturação de categorias que evidenciam outras formas de saberes docentes, que fazem parte ou vão além daqueles saberes já explicitados pela literatura.