Objeto de aprendizagem colaborativo : um estudo sobre a produção de professores em ambiente virtual como processo de formação docente
Sheila dos Santos Lima, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 27/05/2008
Este trabalho retrata um estudo sobre a proposta de formação, por meio da produção de professores, denominada Objeto de Aprendizagem Colaborativo (OAC) no estado do Paraná. A investigação foi realizada com base em informações recolhidas com sujeitos envolvidos nessa proposta de formação: professores autores de OAC, professores que atuam na etapa de validação dessa produção e também os responsáveis por essa proposta de formação na SEED (Secretaria de Estado da Educação do Paraná), os coordenadores do Portal Dia-a-dia Educação, por meio de uma abordagem qualitativa de pesquisa. Com o propósito de analisar as considerações dos sujeitos envolvidos no processo de elaboração do OAC e os porquês apresentados para que o OAC seja considerado um processo de formação docente, é exposto neste trabalho referências que tratam da formação do professor, iniciativas de formação de professores por meio das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), outras iniciativas de objeto de aprendizagem e as características das produções classificadas como tal. Na coleta de dados foi estudada a estrutura de elaboração do OAC, seu ambiente de construção on-line, os recursos que compõem esse material, bem como as etapas de sua elaboração. Foram realizadas entrevistas com professores autores de OAC (em andamento), validadores e representantes da coordenação do Portal Dia-a-dia Educação. Também como subsídio de dados sobre o OAC, foi realizado um curso com professores da rede, para acompanhar a relação desses professores com a elaboração do OAC e aplicado questionário à professores autores de OAC (publicados). Com base nas informações coletadas e no referencial teórico adotado nessa pesquisa, o OAC é apontado como uma situação de formação, por colocar o professor autor em uma situação de investigação, principalmente sobre sua própria prática docente. Porém, são levantados também muitos pontos a serem questionados sobre essa proposta de formação, como a ausência da participação de professores na elaboração de uma proposta de formação que é voltada para eles, as mudanças de critérios no processo de validação que acabam recaindo sobre a produção do professor autor, ou seja, sendo esse obrigado a retomar a produção no meio do caminho com novos critérios. Procurou-se ainda, apresentar sugestões de formação aos docentes do Estado fazendo uso da estrutura de educação a distância disponível no Paraná.
Modelagem Matemática e Tecnologias de Informação e Comunicação: o uso que os alunos fazem do computador em atividades de modelagem
Fábio Vieira Santos, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 25/03/2008
Neste trabalho apresentamos uma investigação sobre atividades de Modelagem Matemática mediadas pelo uso do computador. As informações apresentadas em nossa pesquisa foram obtidas no período de 13/04/2007 a 10/08/2007, a partir de encontros com alunos do 2.º ano do Curso de Licenciatura em Matemática que cursavam a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral II. Nesses encontros foram desenvolvidas atividades de Modelagem a fim de que pudéssemos fazer análises das atuações dos alunos durante a realização dessas atividades. Os procedimentos metodológicos utilizados em nossa pesquisa têm como base os princípios da proposta de Romberg e os Experimentos de Ensino, e as informações coletadas permitiram verificar o uso que os alunos fizeram do computador na exploração ou construção de um modelo matemático, bem como observar aspectos que podem contribuir para aprendizagem da Matemática. Além disso, elas sinalizaram que a associação da Modelagem com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mais especificamente com o computador, favorece a compreensão e estimula atividades que contribuem para o desenvolvimento da criatividade no que diz respeito à busca por soluções para problemas que a sociedade atual pode colocar.
Contradições emergentes entre proposta e implementação da informática na educação paranaense: análise da falas dos assessores pedagógicos
Willian Beline, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 22/09/2006
Este trabalho teve por objetivo sistematizar a organização da Informática na Educação (IE) no Estado do Paraná, analisando as contradições emergentes entre proposta e implementação mediante as falas dos Assessores Pedagógicos de duas CRTEs (Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação). Para isso, foram expostos os fundamentos teóricos sobre a IE, em que se procurou demonstrar como evoluíram as tendências neste campo de estudo. Procurou- se obter os dados dessa análise nos documentos oficiais sobre a IE do Estado do Paraná, bem como pelas entrevistas com sujeitos representantes fundamentais do seu quadro constitutivo, tendo em vista uma abordagem qualitativa de pesquisa. Foram realizadas um total de quatorze entrevistas, dentre as quais nove foram com os Assessores Pedagógicos de duas CRTEs, uma entrevista aplicada para a coordenadora da CETE (Coordenação Estadual de Tecnologia na Educação), outra com a Orientadora Educacional do IMAPE (Instituto Municipal de Apoio Educacional e Pesquisa), e as demais com os coordenadores do Portal Dia-a-Dia Educação, departamento de Infra-Estrutura do CETEPAR (Centro de Excelência em Tecnologia Educacional do PR) e com o responsável pelo ambiente de EaD denominado DOKEOS. O resultado da análise das entrevistas foi confrontado com a documentação oficial existente da CETE, buscando-se discutir a organização e as diretrizes da Informática Educacional no Estado e suas contradições. Concluímos que diversas são as contradições que emergem entre proposta e implementação em todo o processo da IE apontadas pelos Assessores das CRTEs entrevistados, as quais denominamos X e Y. Diante disto, procurou-se lançar sugestões com o propósito de amenizar alguns dos problemas encontrados. Tais propostas foram discutidas tendo como fundamento a literatura sobre o trabalho cooperativo, zonas de risco e conforto, ciclo e espiral de aprendizagem e algumas abordagens de EaD. Dentre as sugestões apresentadas ressaltamos a espiral de capacitação, que é um novo encaminhamento proposto para as capacitações realizadas pelas CRTEs.