Conhecimento Matemático para o Ensino mobilizado em um planejamento de aula na perspectiva da Resolução de Problemas (divulgação em 18/09/2022)
Gabriel Vasques Bonato, Prof. Dr. Bruno Rodrigo Teixeira
Data da defesa: 18/09/2020
O presente trabalho buscou investigar o conhecimento matemático para o ensino mobilizado em um planejamento de aulas realizado por futuros professores de Matemática na perspectiva da Resolução de Problemas, considerando os seguintes objetivos específicos: identificar o conhecimento matemático para o ensino mobilizado na escrita reflexiva dos futuros professores a respeito do planejamento de aulas e identificar o conhecimento matemático para o ensino mobilizado no plano de aula elaborado pelos futuros professores. Para atender ao objetivo, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativo com futuros professores inseridos no contexto do Estágio Curricular Obrigatório, no 3º ano do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Para obter as informações foram utilizados, como instrumentos de coleta, diários reflexivos e um plano de aula elaborado pelos participantes da pesquisa, além de um diário de campo do pesquisador. Referente aos resultados, foram observados aspectos relativos ao Conhecimento Matemático para o Ensino (MKT) em ambos os instrumentos de coleta – diários reflexivos e plano de aula – nos quais foi possível identificar a mobilização/desenvolvimento de subdomínios relativos ao MKT, sendo eles: Conhecimento Comum do Conteúdo (CCK); Conhecimento Especializado do Conteúdo (SCK); Conhecimento do Conteúdo e dos Estudantes (KCS); e o Conhecimento do Conteúdo e do Ensino (KCT). Considerando os diferentes momentos em que os subdomínios foram identificados, destacamos que diferentes ações desenvolvidas no planejamento associadas à perspectiva de Resolução de Problemas adotada, tais como a busca de uma justificativa matemática para o procedimento a ser abordado em sala de aula tendo em vista sua formalização, a descrição de resoluções esperadas para os problemas propostos bem como de dúvidas e dificuldades que poderiam ser manifestadas pelos alunos, a abordagem do conteúdo a partir de conceitos já estudados pelos alunos e a expectativa de introduzi-lo a partir de resoluções desenvolvidas por eles, foram essenciais para a mobilização/desenvolvimento desses conhecimentos dos graduandos. Por fim, vale ressaltar também a contribuição da escrita reflexiva na formação dos futuros professores, possibilitando ampliarem sua compreensão a respeito do conteúdo e de como ensiná-lo, assim como do planejamento de aulas na perspectiva da Resolução de Problemas.
O ensino por investigação por meio da resolução de problemas: análise de uma sequência didática para o ensino de microrganismos e vírus
Ana Carolina Cola Santos Levorato, Profª. Drª. Mariana Aparecida Bologna Soares de Andrade
Data da defesa: 23/03/2018
Em aulas expositivas tradicionais, o professor expões os conhecimentos e os alunos, simplesmente, acompanham. No Ensino por Investigação, os estudantes tomam o lugar do protagonista em busca da resolução de um problema. Essa modalidade de ensino visa desenvolver habilidades nos alunos que estejam próximas a cultura cientifica, e criar condições para eles trabalharem a partir de um problema, não buscando formar cientistas, mas sim com que os alunos se apropriem do conhecimento cientifico de uma maneira diferente, usando habilidades cognitivas próximas a uma prática científica. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi desenvolvida em uma Escola da Rede Estadual de Ensino, com uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental II, da cidade de Londrina. Para a realização do trabalho foi elaborada uma Sequência Didática investigativa, baseada na resolução de problemas, que buscou identificar se o Ensino por Investigação é eficaz ao abordar a caracterização e classificação, de maneira contextualizada, de Vírus e dos Reinos Monera, Fungi e Protista, e se o mesmo possibilita que os alunos desenvolvam atividades investigativas de resolução de problemas. Ao final da pesquisa, foi possível considerar que inicialmente as dúvidas apresentadas pelos alunos foram referentes ao desenvolvimento das atividades e sobre a estrutura da Sequência Didática e, com o passar das aulas, elas tornaram-se referentes aos aspectos do conteúdo da Sequência Didática. A falta de vocabulário apresentada pelos alunos e a não realização de uma dinâmica para a preparação dos alunos para trabalharem em grupo foram consideradas empecilhos para a realização do estudo. Porém a motivação dos alunos, frente a nova modalidade de ensino, foi a principal potencialidade apresentada durante o desenvolver das atividades. É possível citar o aumento da autonomia dos estudantes, que foi desenvolvida por eles ao resolverem os problemas propostos, e uma melhora no relacionamento entre eles, pois os mesmos precisavam expor suas ideias, defender seu ponto de vista e chegar a uma conclusão para solucionar os problemas propostos. Assim, o Ensino por Investigação, foi eficaz, pois possibilitou aos alunos o desenvolvimento das atividades investigativas de resolução de problemas e o aprendizado das principais características e classificação dos Vírus e dos Reinos Fungi, Monera e Protista.
Os registros de representação semiótica mobilizados por acadêmicos de um curso de ciências contábeis em resolução de problemas
Gefferson Luiz dos Santos, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 24/11/2014
O presente trabalho tem como objetivo analisar a produção escrita dos acadêmicos do 2º período do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Telêmaco Borba do objeto matemático Função à luz da Teoria das Representações Semióticas de Raymond Duval. Para tanto, foram aplicados sete problemas adaptados de livros didáticos do Ensino Médio que apresentavam uma linguagem semelhante aos problemas abordados na disciplina de Matemática Aplicada do referido curso. As produções escritas, provenientes da resolução dos problemas, foram agrupadas e a descrição de cada uma delas formou as unidades de registro. Estas, por sua vez, representam uma síntese dos modos de resolução usados pelos sujeitos da pesquisa na resolução de cada problema. Realizou-se um reagrupamento das resoluções, para a composição de duas unidades de contexto: a unidade de conversão e a de tratamento. Infere-se que os acadêmicos realizam o tratamento e conversão, transitando entre os diferentes registros semióticos (natural, numérico, algébrico, gráfico) demonstrando compreensão do objeto matemático estudado.
Questões abertas de matemática: um estudo de registros escritos
Sibéle Cristina Perego, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 07/01/2005
Este trabalho estuda a produção escrita de alunos da Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Londrina-UEL numa prova de questões abertas de Matemática, sem alternativas de respostas a serem assinaladas. Verifica como esses alunos lidam com esse tipo de questão no que diz respeito à escolha da estratégia para resolução, a interpretação e uso das informações contidas nos enunciados, a natureza dos erros cometidos, aos conhecimentos matemáticos que mostram saber quando resolvem as questões propostas. Faz um levantamento das estratégias mais utilizadas e dos erros mais freqüentes na busca de identificar a natureza desses erros. Para a coleta dos registros escritos dos vinte e quatro (24) alunos envolvidos na pesquisa utiliza uma prova escrita contendo seis questões abertas de Matemática e para auxilio da interpretação dos registros utiliza entrevistas. Aponta como pontos mais relevantes que: a maioria dos alunos utiliza-se de estratégias tipo escolares nas resoluções das questões; os alunos lidam bem com os algoritmos envolvidos nas estratégias escolhidas; os erros encontrados nos algoritmos são provindos da falta de atenção dos alunos; a maior dificuldade está relacionada à interpretação dos enunciados e isso aparece fortemente no trabalho; é possível descobrir muito sobre o conhecimento matemático dos alunos por meio do registro escrito. Conclui que os alunos aprendem o que seus professores ensinam na escola e mostram isso nos seus registros e que é preciso trabalhar a interpretação de enunciados com os alunos, pois essa pareceu ser a maior dificuldade sentida por eles.