UMA PROVA EM FASES DE MATEMÁTICA: da análise da produção escrita ao princípio de orientação
Anie Caroline Gonçalves Paixão, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 29/02/2016
Para conhecer como professores que ensinam matemática na Educação Básica lidaram com uma prova em fases, buscou-se descrever e analisar a produção escrita realizada durante o desenvolvimento de uma Oficina de Análise da Produção Escrita em Tarefas de Matemática, parte do Projeto Universal 483266/2012-4. A investigação de natureza qualitativa pautou-se pela avaliação didática, defendida por autores da RME, e pela avaliação como prática de investigação e oportunidade de aprendizagem proposta pelo GEPEMA. Os professores, em lugar de apenas resolverem uma prova, foram orientados a utilizar sua própria produção como mote para protagonizar uma ação formativa sob a ótica do Princípio da Orientação da RME. Desse modo tiveram a oportunidade de tomar outros pontos de vista uma vez que diferentes estratégias, por vezes refletindo diferentes níveis, puderam ser provocadas e utilizadas de forma produtiva no processo de aprendizagem.
Prova em fases de Matemática: uma experiência no 5º ano do Ensino Fundamental
Diego Barboza Prestes, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 09/03/2015
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada com uma turma do 5o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do Paraná na qual se utilizou uma prova em fases como instrumento de avaliação. A avaliação da aprendizagem escolar tomada como prática de investigação, possibilitou ao pesquisador analisar as produções escritas dos alunos em diferentes momentos, para realizar suas intervenções. As resoluções das tarefas propostas na primeira fase da prova foram o ponto de partida para intervenções. Assim como proposto na abordagem de ensino da Educação Matemática Realística, os alunos desempenharam o papel de protagonistas de sua aprendizagem, e o pesquisador por sua vez, um tipo de guia, intervindo no processo por meio de perguntas e/ou considerações a respeito da produção de cada aluno em suas respectivas provas no decorrer de cada fase. A prova em fases mostrou-se um “bom” instrumento de avaliação capaz de estabelecer um diálogo entre professor e alunos, com potencial para possibilitar uma reflexão tanto de alunos quanto de professores, além de proporcionar mais uma oportunidade de aprendizagem.
Utilização da prova em fases como recurso para regulação de aprendizagem em aulas de Cálculo
Marcele Tavares Mendes, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 18/08/2014
Este trabalho descreve e analisa uma pesquisa com uma Prova em Fases (10 fases), realizada com 48 alunos matriculados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral em um curso de engenharia de uma universidade pública. Nessa pesquisa visou-se investigar a utilização da Prova em Fases como um recurso para regulação da aprendizagem, em especial, regulação de conhecimentos básicos para a aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral. Para tanto, pautou-se pela abordagem de ensino da Educação Matemática Realística e em autores que tratam da avaliação como elemento constituinte e permanente da prática pedagógica. No trabalho, a regulação esteve associada a ações realizadas pelo aluno sobre o seu processo de aprendizagem, com a intenção de fazê-lo progredir e/ou redirecioná-lo a partir das intervenções escritas do professor. Por conseguinte, os alunos desempenharam o papel de protagonistas da aprendizagem, e o professor, o de guia, intervindo no processo por meio de perguntas e considerações a respeito das produções escritas apresentadas em cada fase. A Prova em Fases revelou-se um recurso profícuo para o ensino, a aprendizagem e a avaliação, permitindo ao professor recolher informações e guiar o aluno em cada momento do processo. A reflexão do aluno sobre suas produções e o lidar com as intervenções do professor, mostraram que é preciso haver “boas” intervenções escritas para que aconteça uma regulação da aprendizagem satisfatória. As intervenções oportunizaram que alunos apresentassem seu poder matemático, bem como possibilitaram à professora/pesquisadora a realização de uma reinvenção-guiada, com a qual o aluno pôde iniciar um processo de matematização seguindo seu próprio percurso de aprendizagem. A construção do trabalho gerou indícios de que, por meio da análise da produção escrita em uma Prova em Fases, sustentada teoricamente pela RME, pode-se criar um contexto que favorece a regulação da aprendizagem, em especial da aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral.