Teses e Dissertações
Palavra-chave: ensino fundamental
Ações Docentes e Discentes em Aulas de Matemática no Ensino Fundamental: uma Abordagem a partir do Campo da Formação de Professores
Mariana Passos Dias, Prof. Dr. Sergio de Mello Arruda
Data da defesa: 18/02/2022
Esta tese apresenta um estudo que procurou caracterizar as ações docentes e discentes, sob uma perspectiva referente ao campo da formação de professores, em aulas de Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental, direcionadas pelas tendências/perspectivas em Educação Matemática. A questão investigativa pode ser descrita da seguinte forma: Quais ações docentes e discentes são observadas em aulas de Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e como podem ser interpretadas? Os dados foram coletados por meio de gravações em vídeo, áudio e notas de campo, a partir da observação direta de aulas de professores de Matemática dos Anos Finais do Ensino Fundamental em uma escola da rede estadual do município de Londrina, estado do Paraná, e organizados e analisados segundo os procedimentos indicados pela Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram a obtenção descritiva de categorias de ação docente e discente para dois encontros em que a Investigação Matemática e Tecnologias Digitais estiveram presentes. Outras duas aulas foram retomadas, orientadas por Materiais Manipuláveis e Jogos. Com isso, alocamos as ações em seis categorias gerais: categorias de ação relacionadas à abordagem adotada, categorias de ação referentes à atividade realizada, categorias de ação que remetem à organização da aula, categorias de ação que demonstram emoções/sentimentos, categorias que representam ações dispersivas e categorias de caráter burocrático-administrativas. Essas categorias têm potencial de permitir um olhar abrangente sobre as ações docentes e discentes que podem ser verificadas em aulas de Matemática e de outras áreas do conhecimento.
O Uso da linguagem por alunos do Ensino Fundamental em atividades de modelagem matemática
Ademir Pereira Junior, Profª. Drª. Lourdes Maria Werle de Almeida
Data da defesa: 30/06/2020
Nesta pesquisa, investigamos a constituição de jogos de linguagem em atividades de modelagem matemática desenvolvidas por alunos do 6º e do 9º ano do Ensino Fundamental. O quadro teórico da pesquisa leva em consideração a caracterização da Modelagem Matemática na Educação Matemática, bem como elementos da filosofia da linguagem de Ludwig Wittgenstein, particularmente no que se refere à segunda fase de suas argumentações filosóficas. A análise qualitativa e interpretativa dos dados nos permite inferir que os jogos de linguagem constituídos podem ser agrupados em jogos de linguagem no contexto das relações entre realidade e matemática e jogos de linguagem relativamente ao conteúdo matemático que emerge nas atividades de modelagem matemática
Um estudo das ações docentes em aulas de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental
Nathália Hernandes Turke, Profª. Drª. Marinez Meneghello Passos
Data da defesa: 31/07/2020
Enquanto muitas pesquisas ditam o que professores devem fazer em sala de aula, buscamos compreender o que professores, de fato, fazem em sala de aula, sem possuir pretensão de prescrever como devem se comportar. Buscamos responder as seguintes questões: O que professores de Ciências fazem, de fato, nas aulas analisadas? Quais categorias poderiam descrever suas ações? Para tanto, traçamos os seguintes objetivos: Identificar e analisar as ações docentes em aulas de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental; Caracterizar e categorizar as ações de professores em aulas de Ciências. Com o intuito de responder as questões levantadas, investigamos três aulas de duas docentes de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental, sendo uma do sexto ano e duas do sétimo ano, nomeadas de A1P1, A1P2 e A2P2. As aulas foram analisadas à luz da Análise de Conteúdo. Foram encontradas quatro Macroações que descreveram as ações docentes, sendo: Burocrático-Administrativa, Fala, Espera e Ensina o Conteúdo. Além das Macroações, emergiram . As aulas foram analisadas à luz da Análise de Conteúdo. Foram encontradas quatro Macroações que descreveram as ações docentes, diferenciando-se nas aulas apenas pelo tempo desprendido, sendo: Burocrático-Administrativa, Fala, Espera e Ensina o Conteúdo. Além das Macroações, emergiram 19 Ações e 53 Microações em A1P1; 17 Ações e 51 Microações em A1P2; e 18 Ações e 47 Microações em A2P2. Percebemos que o tempo desprendido para as Macroações, bem como as Ações e as Microações foram alteradas de uma aula para outra, sendo influenciadas pelas ações de outros indivíduos, pelo conteúdo, pela estratégia de ensino escolhida e pelos recursos metodológicos e didáticos utilizados.
Aspectos do pensamento algébrico e da linguagem manifestados por estudantes do 6° ano em um experimento de ensino
Edilaine Pereira da Silva, Profª Drª. Angela Marta Pereira das Dores Savioli
Data da defesa: 10/04/2013
Esta investigação, de cunho qualitativo, objetivou identificar, analisar e discutir
aspectos do pensamento algébrico manifestados por estudantes do 6º ano do
Ensino Fundamental ao resolverem problemas em um Experimento de Ensino. O
referencial teórico utilizado reúne informações a respeito de quais processos
matemáticos realizados possam ser evidências de que crianças do Ensino
Fundamental estejam pensando algebricamente. Referimo-nos a aspectos de
pensamento algébrico como evidências de habilidades do pensamento
matemático, consideradas necessárias para o sucesso em álgebra ao resolverem
problemas que envolvem conceitos algébricos. A coleta de informações se deu no
ano de 2012 em uma sala de aula de uma escola pública de Palotina – Pr., por
meio da metodologia baseada no Experimento de Ensino, devida a Steffe e
Thompson (2000). Analisamos três episódios de ensino e registros escritos de dois
problemas à luz da Análise de Conteúdo de Bardin (2004). Foi possível identificar
alguns aspectos de pensamento algébrico nos registros escritos dos estudantes,
destacando o desenvolvimento de uma linguagem sincopada para expressar-se
matematicamente, a utilização de símbolos não convencionais e convencionais
relacionados a conceitos e propriedades, a compreensão dos conceitos envolvidos
no problema, a utilização da proporção direta, a resolução de equações por meio
de operações inversas, a análise e expressão de relações entre grandezas
desconhecidas sem recorrerem a valores específicos, entre outros. Além disso,
verificamos quais aspectos de pensamento algébrico apresentaram-se com maior
e menor frequência e identificamos três modos de pensar matemática
apresentados pelos estudantes do 6º ano: i) um modo algébrico de pensar; ii) um
modo de pensar limitado por crenças e rotinas; iii) um modo ingênuo de pensar.