O trabalho de campo em periódicos da área de Ensino de Ciências: categorização e tipologia
Marcelo Augusto da ROcha, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 29/03/2011
Buscou-se aliar neste estudo, um tema que fosse suficientemente interessante tanto para a área de Ensino de Ciências, de uma forma geral, como para a Geografia, especificamente. Deste modo, a ocorrência deste encontro pode render frutos de ambos os lados, favorecendo o ensino-aprendizagem de diversos conteúdos científicos, por meio das revelações incididas a partir desta análise. Pretendeu-se investigar, como vem sendo utilizado os trabalhos de campo no contexto do Ensino de Ciências, identificando quais questões estão sendo levantadas e como elas vêm sendo abordadas, buscando, deste modo, um maior aprofundamento teórico sobre este cenário investigativo, sobretudo no Brasil, por meio dos artigos publicados em periódicos desta área de concentração. A elaboração deste estudo se deu em duas fases, sendo que, a primeira, correspondeu ao levantamento e organização dos artigos que tratavam de alguma forma de saídas de campo. Utilizou-se como fontes, artigos publicados nos principais periódicos da área 46 (Ensino de Ciências) e de Qualis A e B da CAPES, ano base 2007, antes de haverem, as atuais alterações. O recorte temporal desta pesquisa compreendeu os anos de 2005 a 2009, ou seja, os últimos cinco anos de publicações. A segunda fase correspondeu à análise desses trabalhos por meio do uso da Análise Textual Discursiva. O Capítulo I estabelece diferenciações ou aproximações entre as diversas tipologias encontradas, em relação às saídas de Campo. O Capítulo II trata da fundamentação da metodologia utilizada na pesquisa, esclarecendo-a conceitualmente, e explicitando as etapas desenvolvidas tanto para a seleção, classificação e acervo dos artigos, como para a análise dos dados obtidos. Já no Capítulo III tem início a categorização, unitarização e análise dos dados. Uma das principais conclusões deste estudo é o fato de haver poucos pesquisadores preocupados em teorizar ou mesmo utilizar os trabalhos de campo em sua prática. O estudo demonstra ainda que a Geografia vem contribuindo a partir das suas conversas interdisciplinares com as disciplinas de ciências para os trabalhos de campo no ensino. Porém, ainda de forma acanhada e muito menos do que poderia, dentro do Ensino de Ciências. Isso demonstra o quanto essa área ainda permanece fechada para compreensões e práticas além das usuais da Química, Física e Biologia. Espera-se que a elaboração deste estudo surja como uma ação positiva abrindo um leque de novas investigações acerca das inúmeras questões que surgiram ao longo dos processos de observação, desenvolvimento e construção dos resultados, objetivando, dessa forma, o contínuo avanço do conhecimento científico e da qualidade da Educação Científica praticada atualmente nas escolas.
Um estudo sobre a formação de professores de ciências e matemática
Angela Meneghello Passos, Prof. Dr. Sergio de Mello Arruda
Data da defesa: 08/10/2009
Este trabalho apresenta um estudo sobre formação de professores tendo como base artigos publicados em revistas nacionais da área de Ensino de Ciências no período de 1979 a 2007. As principais questões que nortearam esta pesquisa foram: O que significa formação de professores na perspectiva de artigos publicados em periódicos nacionais da área de Ensino de Ciências? Quais os significados associados à formação inicial de professores em artigos de periódicos nacionais da área de Ensino de Ciências? O referencial investigativo adotado foi a análise textual discursiva, a partir do qual foi possível constituir uma base de dados, ou seja, um corpus, e desenvolver uma análise de cunho qualitativo. Alguns resultados encontrados foram: os significados da formação de professores podem ser descritos por seis categorias, isto é, a formação de professores está relacionada à ação, aos atributos, à constituição, à identidade, à profissão e ao saber docente; a formação de professores é foco de investigação de um número significativo de pesquisadores brasileiros e a maior parte das publicações a respeito desse tema encontra-se nos últimos dez anos delimitada por esta pesquisa; o ponto central nas investigações sobre formação inicial de professores gira em torno das três categorias construídas – reflexões referentes a concepções, conflitos, relações, práticas, saberes, discursos; descrições relativas a experiências, resultados, processos, necessidades; e de interpretações relacionadas a sugestões, comparações e metodologias. Essas três categorias estão distribuídas nas três décadas analisadas, permanecendo a maior parte das ações investigativas entre as categorias reflexiva e descritiva. Esses resultados cooperam com uma delimitação do campo formação de professores e contribuem para a estruturação de um quadro analítico relacionado à temática formação inicial de professores na perspectiva de artigos publicados em periódicos da área de Ensino de Ciências no Brasil. Nesta investigação também foram realizados alguns estudos comparativos a respeito da formação de professores entre as áreas de Ensino de Ciências e de Educação Matemática e as considerações desse empreendimento foram: nessas áreas as tendências em pesquisar ou refletir sobre formação de professores, apresenta-se em movimento aproximados no que diz respeito ao período de início e continuidade dessas pesquisas e à percentagem crescente; as pesquisas evidenciadas nos periódicos analisados, nas duas áreas, podem ser assumidas como um documento que apresenta possibilidades para a formação inicial e contínua de professores de Matemática e de Ciências, pois traz informações que permitem a aquisição de novos saberes e a ação relativa a novas experiências docentes, possibilitando o renovar e um novo significado para a prática e os saberes do professor. Este trabalho produziu um conjunto de novos sentidos para a formação de professores em Ciências e Matemática, derivados de pesquisas realizadas nas últimas décadas, com resultados expressivos para orientar novas pesquisas na área, ou seja, produziu um mapa orientador de futuros movimentos de investigação envolvendo formação de professores
História E Filosofia Da Ciência Nos Livros Didáticos De Biologia Do Ensino Médio: Análise Do Conteúdo Sobre O Episódio Da Transformação Bacteriana E A Sua Relação Com A Descoberta Do DNA Como Material Genético
Sandra Regina Gimenez Rosa, Prof. Dr. Marcos Rodrigues da Silva
Data da defesa: 30/07/2008
Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a História da Ciência que está sendo apresentada nos livros didáticos de Biologia do Ensino Médio. A proposta da inserção da História e Filosofia da Ciência (HFC) nos livros didáticos se baseia no princípio que o livro didático é fundamental para o processo de ensino aprendizado, pois é um instrumento pelo qual os alunos são introduzidos na aprendizagem de uma disciplina científica. Portanto, devido a sua ampla utilização e elemento fundamental pedagógico, o livro didático necessita ser bem estruturado. Desse modo, a nossa investigação parte do seguinte questionamento: Que tipo de história esta sendo apresentada nos livros didáticos, já que ela é um excelente recurso pedagógico? Para responder essa questão, o presente estudo buscou subsídio nas historiografias de Robert Olby, nos tipos de histórias de Ernst Mayr que privilegia a história de problemas e nas idéias do filósofo da ciência Thomas Kuhn. Com esses três referenciais teóricos foi possível realizar um estudo de caso sobre a História da Ciência nos livros didáticos. Para a realização deste estudo, analisamos nove livros didáticos de Biologia do Ensino Médio e uma apostila. O assunto escolhido para a análise desta pesquisa foi o episódio da transformação bacteriana, pois este se encontra na maioria dos livros didáticos e está relacionado ao paradigma da genética molecular. A partir dos resultados obtidos procuramos mapear as formas pelas quais a História e a Filosofia da Ciência se encontram presentes nos livros didáticos, bem como o modo de sua estruturação.
Estudo das reflexões sobre a ação de uma professora de Ciências: um caso de formação continuada
Patrícia de Oliveira Rosa Silva , Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 28/03/2008
Esta investigação, de cunho qualitativo, trata de um processo de formação continuada em uma perspectiva de intervenção reflexiva compartilhada entre nós e uma professora de Ciências – da 5ª à 8ª série – realizado em um colégio estadual localizado no município de Londrina/PR. Esse processo centrou-se no trabalho colaborativo, o qual valoriza as condições da prática, do conhecimento, assim como as expectativas da professora, principalmente no que tange à possibilidade de mudança na prática, mediante uma estratégia de formação reflexiva, a autoscopia trifásica, que ocorreu nos moldes de uma “sala de espelhos” (SCHÖN, 2000). Essa estratégia possibilitou à professora refletir sobre a prática educativa nas fases pré-ativa (reflexão para a ação, com a elaboração dos planos de aula) e pós-ativa (reflexão sobre a ação, com o auxílio do vídeo), ou seja, antes e depois de ela ter desenvolvido as aulas (fase interativa). Desse modo, o principal objetivo desta investigação é analisar os dados dos momentos de reflexão sobre a ação à luz do referencial teórico do conceito de prática reflexiva de Schön (1997, 2000). Na análise enfocamos três dimensões reflexivas: caracterização da prática, emocional da professora e discente. Além disso, descrevemos como ocorreu a parceria entre nós e a professora no processo de formação continuada, que teve o companheirismo como eixo central. Os resultados revelam que a professora, ao observar-se no vídeo, busca compreender as suas ações mediante a descrição da epistemologia do trabalho docente que subjaz a sua prática. Essa compreensão ocorre ainda pela elaboração de questionamentos, pela proposição de soluções e pela reestruturação de algumas reflexões e condutas que ela considera necessárias ou oportunas na fase interativa (sala de aula). Os dados também revelam expectativas, problemas e dificuldades de aprimoramento docente no caso estudado, que podem contribuir para a compreensão da formação de professores e para os avanços teóricos na área.
História e Filosofia da Ciência nos livros didáticos de Biologia do Ensino Médio: análise do conteúdo sobre a origem da vida
Cecília Helena Vechiatto dos Santos, Prof. Dr. Marcos Rodrigues da Silva
Data da defesa: 01/07/2006
Este estudo tem como principal objetivo analisar a história da ciência que está sendo apresentada nos livros didáticos de Biologia do ensino médio. A proposta da inserção da história e filosofia da ciência (HFC) nos livros didáticos se baseia no princípio que, o livro didático, enquanto ferramenta acessível e utilizada tanto pelos professores quanto pelos alunos, é ainda muito útil. Portanto, devido a sua ampla utilização e elemento fundamental pedagógico, o livro didático necessita ser de boa qualidade. Desse modo, as nossas investigações partem dos seguintes questionamentos: a) A história da ciência está presente nos livros didáticos, como ela está sendo apresentada? b) A forma pela qual a história da ciência aparece nos livros didáticos é considerada adequada para um ensino de boa qualidade? c) Como a história da ciência vem sendo utilizada, uma vez que ela pode ser um excelente recurso pedagógico? Para responder essas questões, o presente estudo buscou auxílio nas idéias de um filósofo da ciência Thomas Kuhn, o qual serviu de alicerce para o desenvolvimento desta pesquisa. Os subsídios que encontramos nos estudos de Kuhn foram reforçados por um estudioso em ensino de ciências, Michael Matthews. Com esses dois referenciais teóricos, Kuhn e Matthews foi possível realizar um estudo de caso sobre a história da ciência nos livros didáticos. Para a realização deste estudo de caso, analisamos 4 (quatro) livros didáticos de Biologia do ensino médio. O assunto escolhido para a análise desta pesquisa foi o problema da origem da vida, pois é um assunto que se encontra na maioria dos livros didáticos e que também aborda dois paradigmas: abiogênese e biogênese. Para esse estudo de caso, foi realizada uma associação entre as idéias dos nossos principais referenciais Kuhn e Matthews, com a reconstrução histórica do problema da origem da vida. Estas associações foram convertidas em algumas categorias, a saber: linearidade; ciência normal; paradigma; quebra-cabeça e relação teoria/experimento. A partir dos resultados obtidos procuramos mapear as formas pelas quais a história e a filosofia da ciência se encontram presentes nos livros didáticos, bem como o modo de sua estruturação.
A visão do professor de Ciências sobre as estações do ano
Everaldo José Machado de Lima, Profª. Drª. Rute Helena Trevisan Latari
Data da defesa: 10/03/2006
No dia-a-dia escolar, é comum encontrar professores que vêm para as aulas de ciências com concepções prévias, que podem diferir substancialmente das idéias a serem ensinadas, dificultando o aprendizado de futuros conceitos científicos. Pretende-se discutir o ensino das Estações do Ano, uma vez que se observa grande tendência do professor de ciências em ensinar, e dos alunos em aprenderem as concepções alternativas do cotidiano, trazidas para a sala de aula. Este trabalho tem por objetivo analisar o estudo das estações do ano e as representações dos professores do ensino fundamental, avaliando as suas dificuldades em determinar o sentido correto dos conceitos e observando a metodologia que utilizam no ensino. Com essa análise, foi possível verificar que os conceitos nascem do sentido atribuídos às palavras. Tendo como foco da pesquisa o professor que utiliza de conhecimento prévio no decorrer de suas aulas, procurou-se entender, por meio de cinco entrevistas semi-estruturadas, a relação que os professores tinham com os conteúdos relacionados no ensino das estações do ano, seus significados e suas interpretações. No desenvolvimento da pesquisa foi necessário recorrer a um levantamento bibliográfico sobre as concepções alternativas, presentes no ensino de astronomia. O estudo esteve alicerçado na formação dos conceitos descrito por Vygotsky (1998) e na análise do discurso de Orlandi (1997).
Projetos de Orientação Sexual na Escola: Seus Limites e Suas Possibilidades
Virgínia Iara de Andrade Maistro , Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 08/06/2006
Este estudo tem como principal objetivo identificar os limites e possibilidades pedagógicas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o desenvolvimento de projetos do tema transversal Sexualidade na escola. A proposta dos PCN para Orientação Sexual se baseia no princípio que a escola deve tratar a sexualidade como um elemento fundamental na vida dos indivíduos em sociedade, considerando um tema amplo e polêmico, multidimensional, demarcado pela história, pela cultura e pela evolução social. Desse modo, as nossas investigações partem dos seguintes questionamentos: a) Quais são os limites dessas possibilidades presentes nos PCN que impedem a implantação e desenvolvimento de projetos que contribuem efetivamente para a construção da sexualidade dos alunos? b) Quais são os elementos pedagógicos que estão presentes nos projetos de Orientação Sexual nas escolas, desenvolvidos ou em desenvolvimento que contribuem positivamente para a sexualidade dos alunos? Estes questionamentos foram convertidos em questões a serem investigadas, a saber: a) Identificar quais são as dificuldades enfrentadas pelos professores e a direção da escola, bem como a natureza e a dimensão a qual pertencem esses obstáculos, no que tange à implantação e implementação dos projetos de Orientação Sexual. b) Identificar os elementos pedagógicos presentes no desenvolvimento dos projetos de Orientação Sexual nas escolas investigadas que contribuem efetivamente para a construção da sexualidade nos alunos. Para responder essas questões, o presente estudo investigou três escolas da rede pública do Ensino Fundamental do Estado do Paraná, nas quais foram coletados registros na forma de questionários e entrevistas com a direção e professores. Com os dados coletados, fizemos uma análise qualitativa agrupando as falas e as respostas, de acordo com as regularidades encontradas, convertendo em categorias, a saber: 1) Origem e organização do projeto; 2) Planejamento, tomada de decisões e envolvimento da comunidade no projeto; 3) Identificação de um problema, compartilhamento de idéias e discussões das prioridades; 4) Integração da sexualidade com os eixos - corpo, gênero e DST propostos pelos PCN, nas diversas áreas do conhecimento; 5) Autorização e resistências dos pais; 6) Assuntos polêmicos (homossexualismo, masturbação, aborto, estupro, etc.); 7) Metodologia aplicada; 8) Parcerias estabelecidas; 9) Ênfase dos projetos; 10) Eficácia dos projetos. Com base nos resultados obtidos, podemos considerar que os projetos implementados nas escolas investigadas têm como possibilidades pedagógicas a construção da sexualidade e o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, corroborando a proposta sugerida pelos PCN. Por outro lado, os projetos sobre sexualidade encontram limites pedagógicos para o pleno desenvolvimento, no que tange às resistências dos professores em tratar o assunto; à deficiência na formação inicial e continuada dos professores sobre a multifacetada temática; à ausência das contribuições dos pais no planejamento e desenvolvimento dos projetos, bem como à postura pouco flexível dos pais que resistem ou coíbem a participação dos filhos nos projetos; à deficiência da forma continuada e sistemática de atualização dos demais agentes escolares sobre o referido tema e às dificuldades que a escola encontra em manter as parcerias com outros setores da sociedade para auxiliar no desenvolvimento de projetos de Orientação Sexual.
Análise dos Padrões Discursivos de um Professor de Ciências do Ensino Fundamental
Nancí Miksza Vivian , Prof. Dr. Marcelo Alves Barros
Data da defesa: 10/03/2006
Este trabalho tem como objetivo analisar os padrões discursivos de um professor de ciências em aulas de conhecimento físico. Nessa pesquisa foram analisados episódios extraídos de uma sequência de cinco aulas com alunos do 3º ciclo (5ª série) do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Jandaia do Sul – Paraná/Brasil. Os dados foram coletados mediante gravações em vídeo nas quais os alunos trabalharam organizados em grupos. Para a análise dos dados utilizou-se uma estrutura analítica idealizada por Mortimer e Scott (2002), que possibilita a investigação dos seguintes aspectos: intenções do professor; conteúdo do discurso; abordagem comunicativa; padrões de interação e intervenções do professor. Ao final da análise foi possível evidenciar os padrões discursivos que emergiram da interação entre professor e alunos e como a abordagem comunicativa e os padrões de interação, promovidos pelo professor, encaminharam o aluno na (re)estruturação de suas ideias e na busca de soluções para um problema proposto em sala de aula.
Símbolo-ponte: um instrumento pedagógico de auxílio à explicitação das dificuldades conceituais em circuitos elétricos
Eugênia de Cássia Andrade , Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 06/02/2006
O problema norteador desta pesquisa é verificar se a idéia de símbolo-ponte, construída a partir da estratégia-ponte do modelo de mudança conceitual, consegue explicitar as dificuldades dos alunos no processo de aprendizagem de circuitos elétricos. As atividades desenvolvidas junto aos alunos, empregando símbolos-ponte, potencializam a descortinar um conjunto de problemas de representação que se atrelam aos conceituais que podem ser aproveitados como momentos de intensa discussão. Apresentamos os resultados obtidos com os alunos que passaram pela estratégia dos símbolos-ponte.
Análise da dinâmica de um grupo de aprendizagem em ciências no ensino fundamental
Zenaide de Fátima dante correia rocha, Prof. Dr. Marcelo Alves Barros.
Data da defesa: 11/10/2005
Este trabalho pretende investigar os vínculos de diferentes naturezas que se estabelecem nos grupos em situações de ensino e, ao mesmo tempo, compreender a maneira como se estruturam para a realização de suas tarefas. Descreve a dinâmica de um grupo constituído por quatro alunos entre 9-10 anos de idade em uma oficina de ciências. O referencial teórico utilizado para análise e interpretação dos dados é de orientação psicanalítica, particularmente a Teoria do Vínculo de Pichon-Rivière. A análise dos dados focaliza os vínculos estabelecidos pelo grupo com a atividade, com a professora e entre seus membros, assim como os papéis assumidos pelos alunos na realização das atividades propostas pela professora. Conclui apontando alguns subsídios para o professor planejar sua intervenção, refletir sobre seu papel como líder e coordenador do trabalho em sala de aula, no sentido de favorecer a aprendizagem em situações nas quais as tarefas são realizadas em grupos