Contextos educacionais inclusivos de alunos surdos: ações frente à realidade inclusiva de professores de matemática da educação básica
MARCIA CRISTINA DE SOUZA PEREIRA, Profa. Dra. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 30/04/2013
Este trabalho, de cunho qualitativo, fundamenta-se nas ações docentes dos professores de matemática da educação básica que tem em suas turmas alunos surdos incluídos. Tem como objetivo compreender a realidade de tais contextos educacionais inclusivos e contribuir com os debates e estudos sobre o processo de inclusão de alunos surdos na educação básica. Foram utilizadas entrevistas estruturadas com quinze professores de Andirá-PR e municípios vizinhos, que trabalhavam em 2011 com alunos surdos incluídos em suas aulas de matemática. As transcrições das entrevistas foram submetidas aos procedimentos e conceitos apresentados pela Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (1977) até a sua estruturação e após a organização das informações, na fase da análise, migrou-se para uma interpretação utilizando-se da Metanálise, proposta por Fiorentini e Lorenzato (2009). As respostas dos professores de matemática da região pesquisada possibilitou a compreensão de seus conhecimentos sobre a surdez, sobre as políticas de inclusão e sobre as ações educativas na educação inclusiva do aluno surdo. Foi possível também levantar informações sobre a necessidade de maiores investimentos na formação continuada dos professores para que os mesmos possam participar da construção de currículos inclusivos como solicita as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos Inclusivos (PARANÁ, 2006). Espera-se com os resultados da pesquisa contribuir para o avanço dos estudos referentes à educação inclusiva de alunos surdos de maneira geral. Em suma, o presente trabalho adentrou os ambientes inclusivos e verificou que ainda são muitas as dificuldades vivenciadas pelos professores com a inclusão do aluno surdo pois existe falta de aprofundamento teórico desses profissionais da educação e os ambientes educacionais não estão gerenciados e estruturados de acordo com as leis de inclusão.
Formação de professores de Biologia para a interdisciplinaridade educativa e a inclusão de estudantes surdos buscando a Aprendizagem Significativa
Suelen Aparecida Felicetti, Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 23/09/2021
A formação adequada de professores de Biologia é um dos fatores que mais influencia na qualidade do ensino de Biologia, pois a partir dela oportuniza-se a apropriação de diferentes saberes, bem como a reflexão e (re)formulação da própria prática docente. Dentre as abordagens possíveis e necessárias à formação, estão aquelas referentes à interdisciplinaridade, como uma maneira de contribuir para a desfragmentação do conhecimento, e à Educação Inclusiva (EI), enquanto meio de priorizar a aceitação das diferenças e a igualdade de direitos entre os estudantes, dentre os quais o direito de aprender significativamente. A partir dessas abordagens, aqueles que têm alguma necessidade educacional especial (NEE), como os estudantes surdos, são acolhidos em sala de aula desde o início da vida escolar e progridem com base no respeito à igualdade e à equidade, assim como podem acessar conhecimentos interrelacionados que permitem compreender parte da complexidade do mundo. As estratégias de ensino ao mesmo tempo podem ser facilitadoras da inclusão de estudantes surdos, potencializadoras da Aprendizagem Significativa (AS) e adequadas à realização de abordagens interdisciplinares de conteúdos de Biologia. Pensando na representatividade de potencializar a formação docente por estas perspectivas, desenvolvemos esta pesquisa com o seguinte objetivo principal: realizar uma investigação teórico-metodológica de construção e aplicação de uma Sequência Didática articulando e integrando o conteúdo “estrutura e função do DNA”, a interdisciplinaridade educativa e a EI de estudantes surdos, para formação de professores de Biologia, tendo a Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) como referencial. Depois de investigar e produzir a Sequência Didática ela foi desenvolvida por meio de ensino online aos Participantes – onze professores e três licenciandos na área, todos do estado do Paraná. Como processo, obtivemos registros de dados por meio de Questionários Inicial e Final, Mapas Conceituais e Planejamentos Didáticos. Por meio de Análise de Conteúdo, realizamos um estudo qualitativo e discutimos resultados alcançados, os quais serviram de base para a proposição de inferências e análises dedutivas. Dentre os principais aspectos observados, identificamos indícios de AS do conteúdo de Biologia, de aspectos interdisciplinares e da EI, pois os Participantes enriqueceram conceitos por diferenciação progressiva e reconciliação integrativa e souberam elaborar Planejamentos comprometidos com tais perspectivas. Ao mesmo tempo em que obtivemos essas inferências dedutivas na formação docente, entendemos que existe demanda por outras formações nesse sentido. Por isso, argumentamos que elas sejam desenvolvidas, em bases teórico-metodológicas científicas, e oferecidas cada vez mais aos professores, a fim de melhorar o ensino de Biologia.
Educação Inclusiva: Ensino de Matemática para Estudantes com Síndrome de Down na Escola Regular
FERNANDES, Renata Karoline Fernandes, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 18/01/2019
Esta pesquisa tem a intenção de apresentar possíveis adaptações para favorecer o processo de ensino e de aprendizagem de Matemática na inclusão de estudantes com Síndrome de Down na escola regular. A tese justifica-se devido à falta de pesquisas na área de Educação Inclusiva, voltada para a aprendizagem de Matemática e estudantes com Síndrome de Down. Para a elaboração das adaptações, analisou-se documentos oficiais da Educação Inclusiva, leis relacionadas ao tema, Diretrizes para a Educação Inclusiva e Parâmetros Curriculares Nacionais; realizou- -se observação não participante em escolas regulares e especializada ao longo de um período de cinco meses; e, aplicou-se questionário às famílias de estudantes com Síndrome de Down, para que fosse elaborado um perfil de estudante idealizado e a partir das características desse perfil, as propostas adaptativas fossem elaboradas. As adaptações propostas nessa tese são adaptações de atividades, temporais, metodológicas e avaliativas, buscando potencializar a aprendizagem de conteúdos acadêmicos para estudantes com Síndrome de Down, evidenciando aspectos favoraveis do processo de inclusão, relacionada com aprendizagens científicas e sociais, focando no desenvolvimento da autonomia do estudante, autocuidados e aprendizagens matemáticas aplicáveis ao dia a dia dos estudantes. Com a intenção de indicar possibilidades e favorecer reflexão a respeitos da aplicação das sugestões da tese, elabora-se Trajetórias Hipotéticacs de Aprendizagem, que indicam formas possibilitar a inclusão de estudantes com Síndrome de Down na Educação Regular.
Uma proposta para a análise das relações docente em sala de aula com perspectivas de ser inclusiva
Angela Meneghello Passos, Prof. Dr. Sérgio de Mello Arruda
Data da defesa: 27/03/2014
Esta tese apresenta uma proposta para a análise das relações docente em sala de aula com perspectivas de ser inclusiva, tendo como suporte teórico um instrumento denominado matriz 3x3. Essa matriz, desenvolvida por Arruda, Lima e Passos (2011), permite compreender as ações do professor em sala de aula com base nas relações com o saber, o ensinar e o aprender. A principal questão que norteou esta investigação foi: Que relações docente é possível evidenciar em uma sala de aula com perspectivas de ser inclusiva? Os procedimentos metodológicos se basearam na análise textual discursiva, a partir da qual se desenvolveu uma análise de cunho qualitativo. Nesta investigação também foram realizados alguns comparativos quantitativos relacionados aos dados coletados. O objeto de estudo foi a análise de aulas e de entrevistas de professores e também de estudantes com e sem deficiência visual em uma sala de aula regular de uma instituição de ensino básico, técnico e tecnológico da região norte do Paraná. Entre os resultados proporcionados por esta investigação estão: a evidência de que ocorre um acréscimo das tarefas docente em sala de aula com perspectivas de ser inclusiva; a necessidade de ampliação do instrumento desenvolvido por Arruda, Lima e Passos (2011) para acomodar as novas relações docente; a constatação de que a presença do deficiente muda a configuração da sala de aula e essa alteração no processo educacional estimula a preocupação do professor com a aprendizagem e faz com que ele se volte mais para a dimensão social das relações com o saber. Por fim, foi possível concluir também que esta investigação vem ao encontro da necessidade de produção científica nacional em relação ao processo inclusivo de alunos com deficiência nas salas regulares de ensino, evidenciando significados e caracterizando aspectos próprios da ação docente na educação inclusiva.
Contextos educacionais inclusivos de alunos surdos: ações frente à realidade inclusiva de professores de matemática da educação básica
Márcia Cristina de Souza, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 30/04/2013
Este trabalho, de cunho qualitativo, fundamenta-se nas ações docentes dos professores de matemática da educação básica que tem em suas turmas alunos surdos incluídos. Tem como objetivo compreender a realidade de tais contextos educacionais inclusivos e contribuir com os debates e estudos sobre o processo de inclusão de alunos surdos na educação básica. Foram utilizadas entrevistas estruturadas com quinze professores de Andirá-PR e municípios vizinhos, que trabalhavam em 2011 com alunos surdos incluídos em suas aulas de matemática. As transcrições das entrevistas foram submetidas aos procedimentos e conceitos apresentados pela Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (1977) até a sua estruturação e após a organização das informações, na fase da análise, migrou-se para uma interpretação utilizando-se da Metanálise, proposta por Fiorentini e Lorenzato (2009). As respostas dos professores de matemática da região pesquisada possibilitou a compreensão de seus conhecimentos sobre a surdez, sobre as políticas de inclusão e sobre as ações educativas na educação inclusiva do aluno surdo. Foi possível também levantar informações sobre a necessidade de maiores investimentos na formação continuada dos professores para que os mesmos possam participar da construção de currículos inclusivos como solicita as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos Inclusivos (PARANÁ, 2006). Espera-se com os resultados da pesquisa contribuir para o avanço dos estudos referentes à educação inclusiva de alunos surdos de maneira geral. Em suma, o presente trabalho adentrou os ambientes inclusivos e verificou que ainda são muitas as dificuldades vivenciadas pelos professores com a inclusão do aluno surdo pois existe falta de aprofundamento teórico desses profissionais da educação e os ambientes educacionais não estão gerenciados e estruturados de acordo com as leis de inclusão
Deixa eu ver’: duas crianças cegas e as relações estabelecidas no cotidiano escolar das aulas de ciências
Laryssa Costa Lopes, Profª. Drª. Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 08/08/2012
As atividades cotidianas são imprescindíveis na vida de todo o ser humano, e é por meio delas que temos a possibilidade de nos constituir, desenvolver e aprender. A interação do sujeito com o meio é condição básica para que estes processos ocorram, como propõem Piaget. Com base nestes princípios e fundamentos, a intenção nesta pesquisa é procurar estabelecer um diálogo com estas concepções construtivistas piagetianas, em que uma visão relacional do desenvolvimento do ser humano e uma caracterização do cotidiano escolar é valorizada na perspectiva do tempo, do espaço, das atividades e das pessoas que o constituem. Nesta pesquisa defendemos o modo interdependente (isto é, irredutível, complementar e indissociável) de se considerar os diferentes aspectos (família, saúde, escola, educação, etc.) que compõem nossa relação com as pessoas, com a sociedade e conosco mesmos. Sendo assim, caracterizamos a educação inclusiva como um sistema complexo, segundo a proposta de Rolando Garcia (2002), pelo fato desta considerar as relações entre todos os elementos envolvidos no sistema educacional de forma interdependente. Deste modo, a presente pesquisa tem por objetivo conhecer por que e quais relações estabelecidas no cotidiano escolar podem beneficiar o desenvolvimento e aprendizagem de duas crianças com deficiência, em uma perspectiva construtivista e inclusiva de educação. Para tanto acompanhei por um período de dois meses e meio, duas crianças cegas durante o cotidiano escolar das aulas de ciências do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública da cidade de Londrina, Paraná, no intuito de obter elementos com os quais fosse possível compreender aspectos relacionados as possibilidades de desenvolvimento e de aprendizagem. Para estudo do processo, elaboramos um roteiro de observação e após sistematização e organização dos dados, elaboramos um diagnóstico situacional com base nas situações vivenciadas por cada aluno com deficiência visual no cotidiano que acompanhamos evidenciando por meio das relações estabelecidas, uma melhor compreensão das necessidades individuais e o caminho das possibilidades de desenvolvimento e de aprendizagem destes. O material empírico desta pesquisa confirmou o que as referências teóricas indicam e trouxe exemplos de relações que contribuíram e valorizaram para o desenvolvimento dos alunos como, por exemplo, as relações de interdependência (e, portanto, complementar, irredutível e indissociável), pois colocou em funcionamento seus aspectos afetivos, sensoriais, motores e cognitivos. Outras, ainda, ilustram alguns desafios que, ainda necessitam ser superados para trabalharmos efetivamente na lógica inclusiva de educação.