Devir da química e vertigens da diferença: série Breaking Bad
Bruna Adriane Fary, Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Data da defesa: 14/03/2017
Nesta dissertação são tratadas as tensões, devires e agenciamentos que emergem como acontecimentos nas alianças química-arte no seriado televisivo Breaking Bad. Para desenvolver essas tensões, nos encontramos com a Filosofia da Diferença, conforme ideias exploradas por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Desses autores nos detivemos principalmente nos pensamentos de diferença, repetição, ciência maior, ciência menor e linhas de fuga. Pois constituem poderosas ferramentas analíticas para a compreensão das articulações entre essas ideias e a química que surgiram na série televisiva. Estes conceitos permitiram a emergência da noção de acontecimento, entendido neste trabalho como um crivo no infinito, um instante de ordem no caos e um cuidado ao escolher palavras, autores e pensamentos. As experimentações realizadas produziram sentido de uma química construída nas relações ambíguas que são, ao mesmo tempo, produzidas por desejos individuais e coletivos. O que vimos foi uma química sempre em vias de se fazer, o que abre possibilidades para pensar em um devir química.
Requiem para o ser: produção ontológica a partir do filme “Eu, robô” e a emergência do devir
João Ricardo Amadeu Filho, Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Data da defesa: 31/05/2015
Há tempos consideram-se possibilidades em direcionar a recepção de mídias para seus espectadores, estudam-se maneiras de guia-lo ao aprendizado esperado, à interpretação esperada. Um espectador, ao ler um livro, ao assistir um filme poderia ser controlado ao ponto de emitir interpretações dotadas de previsões? Ou, ao praticar tal ato, o espectador desintegra-se ao se diluir a obra, ocupando posições instantâneas e fluidas, produzindo e criando pensamentos em uma simbiose singular? Tal conflito torna-se uma batalha de um lado só neste texto que, em nenhum momento busca interpretar o filme “Eu, robô” visando sua identidade enquanto obra. Com inspiração na filosofia de Gilles Deleuze, a produção neste trabalho é integral, a todo o momento o autor está fundido com a bibliografia buscando conexões e “insights”, assim como quando o processo de analisar o filme é exposto. As passagens do filme utilizadas no texto surgem como lampejos, sem obedecer a um padrão de escolha, o que endossa o caráter singular do texto que, só poderia ser produzido naquele momento. Trata-se da exposição de um pensamento produzido em um dado momento, por um dado autor que, escolheu como aporte teórico o filósofo Gilles Deleuze e, como obra a ser analisada o filme “Eu, robô” de 2004. Estaria o espectador querendo o fim da pedagogia? Ou, deslavadamente, afirmando sua inexistência?