Metáforas para subsidiar o processo discursivo dialógico e de autoridade no Ensino de Ciências – uma aplicação no tema Preservação da Água
Mariana Fernandes da Silva, Prof. Dr. Carlos Eduardo Laburú
Data da defesa: 27/03/2014
Esta pesquisa tem como objetivo utilizar metáforas para provocar e sustentar o processo discursivo dialógico e de autoridade no conteúdo de Ciências. O estudo está relacionado à preservação da água, à investigação da construção de significados na interação discursiva e ao avanço desses significados após a estratégia utilizada. A coleta de dados começa dividida em três etapas convencionadas: Diagnóstica I, Mediadora e Diagnóstica II. Na Diagnóstica I, antes da estratégia, ocorre a aplicação de um questionário de quatro questões. Na etapa Mediadora, ocorre o uso das imagens metafóricas a fim de provocar o discurso dialógico e de autoridade. Esta etapa aparece subdividida em três fases, sendo que na primeira prevalece o discurso dialógico, na segunda o discurso de autoridade, e a terceira fase está caracterizada pela alternância dos gêneros. Na Diagnóstica II, após a estratégia utilizada, é aplicado o questionário de quatro perguntas. Os resultados obtidos são apresentados a partir de transcrições das interações discursivas, analisadas a partir da ferramenta analítica criada por Mortimer e Scott. Ainda são avaliadas perante as transcrições das respostas do questionário e da análise textual qualitativa de Moraes. Contudo, diante dos resultados, esta pesquisa propicia constatações positivas a respeito da construção de significados por meio da interação discursiva e do avanço desses. Isto proporcionará aos alunos maior relação e compreensão do conteúdo de Ciências, especificamente quanto aos temas que envolvem a preservação da água.
Interações discursivas nas aulas de Biologia do Ensino Médio: a elaboração dos conceitos de Fototropismo e Gravitropismo
LALIN, Alessandra Maziero, Prof. Dr. Álvaro Lorencini Júnior
Data da defesa: 05/05/2010
O presente estudo se propôs a analisar as interações discursivas em aulas de Biologia, no intuito de avaliar como as interações podem contribuir para a elaboração social do conhecimento científico. Como embasamento teórico, recorreuse à abordagem sócio- interacionista de Vygotsky e o conceito de Aprendizagem Significativa de Ausubel, almejando responder às seguintes questões: 1) Como o professor pode conduzir as interações discursivas durante a aula, para facilitar a aprendizagem dos alunos?; 2) De que modo as intervenções dos alunos no discurso construído em aula, contribuem para o processo de construção do conhecimento?; 3) É possível elaborar uma sequência didática, com base nas interações discursivas, que, suprimindo o discurso de autoridade do professor, faça prevalecer a construção compartilhada de um conceito científico em uma sala de aula de Biologia? Para responder a essas questões, realizaram-se análises das interações discursivas das aulas sobre Movimentos Vegetais, mais especificamente sobre o fototropismo e o gravitropismo, ocorridas em uma turma de 3º ano do Ensino Médio, em um colégio da rede particular do Município de Apucarana, PR. Durante as aulas foi realizada uma experiência com feijão (Phaseolus vulgaris L.), para demonstrar os fenômenos fisiológicos e aproximar o conteúdo à percepção prática dos alunos. Dentre os resultados encontrados, destacam-se o interesse dos alunos em trabalhar diretamente com as plantas; a presença inicial das concepções alternativas embasando as respostas dos alunos que atribuíam o movimento a uma questão intencional do vegetal; a elaboração do conceito científico de fototropismo e de gravitropismo de forma compartilhada entre os alunos e a prática do professor que buscou diminuir a utilização do discurso de autoridade para promover a elaboração do conhecimento, pelos alunos, de forma mais significativa para a aprendizagem