Oficina de correção de provas escritas de matemática: um estudo
Júlia Rodrigues Oliveira, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 01/03/2021
Este relatório de pesquisa visa apresentar um estudo da produção escrita de professores em um episódio de correção de provas escritas de matemáticas em uma oficina realizada na Universidade Estadual de Londrina – UEL, em fevereiro de 2020, com professores atuantes em escolas públicas e particulares, nos anos finais do Ensino Fundamental. Com a análise de protocolos respondidos pelos professores, à luz da Educação Matemática Realística, mais especificamente da Avaliação Didática, buscou-se responder o que eles consideram importante ao corrigirem provas escritas de matemática, além de analisar a correção das provas com os critérios de correção construídos por eles e as maneiras de lidar com a prova escrita de matemática, para além dos critérios de correção encontrados, por meio de inventários, na literatura da área. Como uma das considerações, pode-se observar que a Avaliação Didática oportuniza a aprendizagem, é respaldada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e fornece subsídios para a construção de critérios de correção para provas escritas de matemática, considerando toda informação possível que possa permitir ao professor uma ampla visão das resoluções, subsidiando decisões para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos e configurando, nessa abordagem, a prova escrita como um instrumento formativo e menos injusto sem substituir um recurso já culturalmente aceito pela comunidade escolar.
Prova-Escrita-Com-Cola em Aulas de Matemática no 8° Ano do Ensino Fundamental
Mariana Souza Innocenti, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 24/02/2020
Esta pesquisa apresenta uma investigação do trabalho com prova-escrita- com-cola em uma turma de 8º ano de uma escola pública de um município do norte do Paraná. Com uma abordagem qualitativa, de cunho interpretativo, diretamente relacionada às perspectivas e vivências anteriores da pesquisadora, buscou-se discutir quais elementos da avaliação didática estão subjacentes à utilização da prova-escrita-com-cola no âmbito do ensino básico. No que diz respeito às informações presentes na cola e sua relação com as resoluções apresentadas nas provas, foi realizada uma análise da produção escrita de alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental em duas provas-escritas-com-cola (as primeiras da vida deles). A pesquisa mostrou indícios de que a cola foi utilizada como recurso pelos alunos. Uma intenção subjacente é que este trabalho sirva como um recurso para professores que ensinam matemática e buscam utilizar instrumentos avaliativos que possam oportunizar o aprendizado de seus alunos e proporcionar informações a respeito dos processos de ensino e de aprendizagem.
Um Estudo do Caráter de Continuidade na Avaliação Didática
José Emídio Gomes Benedito, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 17/12/2018
Esta dissertação apresenta um estudo do caráter de continuidade na avaliação didática, desenvolvido sob a perspectiva metodológica da pesquisa de natureza teórica e especulativa em educação (VAN DER MAREN, 1996; MARTINEAU, SIMARD, GAUTHIER, 2001), uma vez que a intenção é constituir uma produção de enunciados teóricos sobre outros enunciados teóricos (VAN DER MAREN, 1996). Para isso, fez-se um inventário das palavras “contínua”, “feedback” e “continuidade” nos autores estudados. Durante a realização desse inventário, para uma exploração mais ampla, o pesquisador sentiu a necessidade de expandir o rol das palavras inventariadas e, com isso, foram incluídas “finalidade”, “propósito”, “processo”, “objetivo”, “característica”, “função”, “formativa”, “regulação”, “autoavaliação”, “autorregulação” e “tarefa”, objetivando entender o processo de continuidade presente na avaliação didática. Após realizar os inventários, o próximo passo foi cotejar os aspectos julgados relevantes que pudessem identificar o que é tomado como continuidade no processo de avaliação da aprendizagem e, também, identificar o que pode caracterizar uma avaliação da aprendizagem escolar como contínua na perspectiva da Educação Matemática Realística. Pode-se observar que a avaliação, para ser contínua, atende aos princípios de avaliação adotados na RME, possui como propósito buscar evidências, em todos os momentos, considerando toda informação possível que possa permitir ao professor uma ampla visão das ações, formais ou não, subsidiando-o na tomada de decisões e fornecendo suporte para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.
Um caráter de validade da avaliação na perspectiva da Educação Matemática Realística
Fernanda da Silva, Profª. Drª. Regina Luzia Corio de Buriasco
Data da defesa: 05/03/2018
Esta dissertação tem como objetivo apresentar um estudo de características do caráter de validade da avaliação da matemática escolar, na perspectiva da RME, para além dos critérios de validade encontrados na literatura da área, tomando como pressuposto que a escolha de tarefas pode ou não oferecer condições de entendimento e de aprendizagem. Adotada a abordagem qualitativa de cunho especulativo, procura-se neste trabalho identificar um tipo de validade que redimensione o papel da avaliação como prática de investigação e como uma oportunidade de aprendizagem. Para isso, a busca da certeza psicométrica é abandonada, dando lugar a uma abordagem hermenêutica. Uma conclusão é que o caráter de validade na perspectiva da Educação Matemática Realística depende do sucesso das ações desenvolvidas tanto pelo professor quanto pelos alunos nos processos de ensinar e aprender matemática na escola.