Teses e Dissertações
Palavra-chave: aula experimental
UM ESTUDO DAS AÇÕES DE LICENCIANDOS EM QUÍMICA AO PLANEJAR E EXECUTAR AULAS EXPERIMENTAIS
ANDRIELE CORAIOLA DE SOUZA, Profa . Dra . Marinez Meneghello Passos
Data da defesa: 22/03/2022
Esta tese apresenta os resultados de uma investigação qualitativa com os objetivos
de identificar, descrever e categorizar as ações de ensino planejadas e executadas
por graduandos de Química durante aulas experimentais investigativas. O estudo
também analisa as implicações da atividade experimental dentro de uma abordagem
investigativa durante a atuação dos licenciandos em Química. Os dados foram
coletados por meio do acompanhamento de duas duplas de graduandos de Química
em disciplina de Estágio Supervisionado, por meio de planos de aula e filmagens
das aulas ministradas. O corpus foi categorizado e analisado por meio da Análise
Textual Discursiva (ATD). A partir dessa análise, foram criadas categorias baseadas
em três níveis de ações: macroações, ações e microações. Apresentamos a
categorização em dois blocos: as aulas experimentais de D1 e posteriormente de
D2. Como resultado, as macroações estabelecidas no plano de aula de D1 foram:
introdução da aula, realização de experimentos, apresentação e explicação de
experimentos e sistematização de conceitos. Distribuídas entre as macroações,
encontramos 10 ações e 19 microações. Para D2, as macroações encontradas
foram: introdução da aula, realização e explicação dos experimentos, sistematização
de conceitos e conclusão da aula. Essas macroações abrangeram 8 ações e 17
microações. Na categorização das ações realizadas, houve uma expansão
considerável com 25 e 21 ações docentes, respectivamente, por D1 e D2. Ao final,
articulamos as ações encontradas pelas duplas em cada etapa do planejamento e
execução das aulas. Assim, ao compararmos as ações pretendidas, percebemos
que entre os principais objetivos estavam: contextualizar, discutir, distribuir, explicar,
organizar, perguntar e questionar, ainda que em momentos distintos do
planejamento da aula. Notamos que algumas ações advêm do contexto da atividade
experimental e da participação ativa dos estudantes nas etapas processuais,
influenciando as ações dos estudantes de graduação e exigindo a mobilização de
conhecimentos diversos que se desdobraram em diferentes ações. No esforço de
ampliar o olhar sobre a ação docente, buscamos aproximar a análise realizada de
outras pesquisas da área (ASSAI, 2019; BORGES, BROIETTI, ARRUDA, 2021), o
que nos proporcionou uma reflexão sobre ações comuns em o desenvolvimento de
aulas experimentais de Química. Quando olhamos para as ações docentes frente à
atividade experimental, podemos possibilitar uma melhor compreensão da sua
complexidade e da prática dos professores de Química, evidenciando
especificidades. Além disso, ao analisar o que de fato é feito numa atividade
experimental, podemos contribuir para a validação e ampliação da visão teórica.
Formação inicial em química e aulas experimentais: um estudo a partir de um instrumento para a análise da ação docente
Andriele Coraiola de Souza, Profª. Drª. Fabiele Cristiane Dias Broietti
Data da defesa: 23/02/2018
Esta dissertação apresenta os resultados de uma investigação de abordagem
qualitativa, cujo objetivo foi identificar e analisar as percepções de Licenciandos em
Química ao planejar e executar aulas experimentais, a partir de um instrumento
teórico, a Matriz do professor M(P) – instrumento que pode ser utilizado para a análise
da ação do professor em sala de aula. O questionamento que norteou a pesquisa foi:
quais as percepções de licenciandos em Química ao planejar e executar aulas
experimentais? Os dados consistem de registros sobre o planejamento e execução
de aulas experimentais de caráter investigativo e de entrevistas realizadas com os
licenciandos. As informações coletadas foram analisadas e categorizadas, tendo
como referencial a análise textual discursiva e a M(P). Como resultado, o instrumento
se revelou bastante interessante para a análise das percepções dos licenciandos,
tendo sido observado que ao planejar aulas experimentais, estas se localizaram em
todas as colunas da M(P), com preocupações voltadas a uma linha epistêmica relativa
ao ensino (linha A e coluna 2), em que suas percepções se centraram em relações do
tipo epistêmica com o ensino e epistêmica e pessoal com a aprendizagem dos alunos
(setores 2A, 3A e 3B). No que diz respeito a execução das aulas experimentais, estas
também apresentam preocupações focadas em uma linha mais epistêmica relativa ao
ensino (linha A e coluna 2), porém suas percepções centraram-se em relações do tipo
epistêmica, pessoal e social com o ensino e epistêmica com a aprendizagem (setores
2A, 2B, 2C e 3A). De modo geral, nesta investigação, as percepções dos licenciandos
ao planejar aulas experimentais foram semelhantes. Entretanto, ao analisar a
execução das aulas experimentais, as percepções se diferenciaram um pouco. Para
uma das duplas analisadas a experiência em sala de aula provocou grande densidade
de percepções centradas no ensino, oriundas das dificuldades dos licenciandos no
decorrer da aula experimental; para a outra dupla centrou-se no ensino e na
aprendizagem, com maior densidade de falas no setor 3A (relação epistêmica com a
aprendizagem), oriundas nas dificuldades que os alunos estavam encontrando em
interação com o experimento. Diante das análises, constatamos que as interações dos
licenciandos com o professor da escola e com o professor orientador; o uso de
atividades experimentais de caráter investigativo; o ensino voltado para a pesquisa e
o contato com as situações do contexto escolar, possibilitou aos licenciandos refletir
sobre o conteúdo, o ensino que praticam, seu desenvolvimento profissional, e sobre
a aprendizagem dos alunos, ou seja a incidirem suas falas em todos os setores da
Matriz do Professor M(P).