Teses e Dissertações
Palavra-chave: aprendizagem informal
A aprendizagem de astronomia em redes sociais
Ferdinando Vinicius Domenes Zapparoli, Prof. Dr. Sérgio de Mello Arruda
Data da defesa: 15/08/2017
O objetivo dessa tese foi demonstrar como ocorre a aprendizagem científica
em redes sociais, para isso, escolhemos de três comunidades dedicadas à
Astronomia no Facebook e analisamos algumas das postagens realizadas
pelos seus membros, além de entrevistar um moderador de cada uma dessas
comunidades. As postagens devido às suas características foram enquadradas
como Diálogos de Aprendizagem Informal (DIAI) e cada uma delas são
compostas por pequenos textos chamados de posts que foram organizados e
divididos em Unidades de Análise (UA) resultando em 255 ações virtuais que
foram acomodadas em 22 categorias de ação separadas em dois tipos:
pessoal e técnica. Tendo como referência os Focos de Aprendizagem
Científica para analisar as postagens e as entrevistas, foi possível se constatar
elementos como envolvimento, prática e reflexão, nas postagens dos membros
das comunidades possibilitando a verificação de que durante os DIAI
selecionados acontece aprendizado científico, concluindo que os mesmos são
um exemplo de aprendizagem informal. Considerando as evidências
apresentadas, concluímos que as comunidades do Facebook estudadas
constituem uma comunidade de prática, sendo desse modo um setting
apropriado para que seus membros discutam conceitos científicos associados
à Astronomia possibilitando um aprendizado de acordo com o desejo pessoal
dos participantes da comunidade, característica inerente à aprendizagem por
livre escolha, um conceito importante da aprendizagem informal, o que nos
permite considerar que mesmo nos ambientes virtuais pode-se aprender
Astronomia.
Sites de redes sociais como ambiente informal de aprendizagem científica
Clelder Luiz Pedro, Prof. Dr. Sérgio de Mello Arruda
Data da defesa: 03/02/2014
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o papel do Facebook na aprendizagem.
Para o estudo foram analisados grupos de alunos no Facebook, tanto do Ensino
Médio como do Ensino Superior, de instituições localizadas no norte do estado do
Paraná. O trabalho tem como metodologia de pesquisa a investigação qualitativa, na
qual por meio da análise de conteúdo, segundo Bardin (2004), realiza-se a
interpretação dos dados coletados. Os dados foram analisados tendo como
instrumento os Focos do Aprendizado Científico (FAC), definidos como categorias
que representam diferentes dimensões da aprendizagem de ciência (ARRUDA et al.,
2013). Desta forma os FAC são definidos como: foco 1 – Interesse pela ciência; foco
2 – Compreensão do conhecimento científico; foco 3 – Envolvimento com o
raciocínio científico; foco 4 – Reflexão sobre a natureza da ciência; foco 5 –
Envolvimento com a prática científica; foco 6 – Identificação com o empreendimento
científico. Com os FAC podemos encontrar indícios de aprendizagem e assim
compreendermos como os alunos estão aprendendo no ambiente virtual. Os dados
foram coletados a partir de grupos de alunos, formados espontaneamente no site de
rede social Facebook. Seis grupos foram selecionados, sendo três grupos do Ensino
Médio e três do Ensino Superior das áreas de Geografia e Biologia. As publicações
que os alunos criaram no grupo durante dez meses no ano letivo de 2012 foram
coletadas para análise. Tais publicações são denominadas neste trabalho como
diálogo de ensino-aprendizagem informal (DIAI) (ARRUDA et al., 2013). Além das
análises desses DIAI, alunos representando cada grupo foram entrevistados, para
melhor compreensão do funcionamento dos grupos virtuais. Desta forma foi
identificado quais focos aparecem nos DIAI selecionados e assim perceber, a partir
dessas evidências, o processo de aprendizagem que os alunos estão envolvidos no
grupo virtual. Conclui-se que o Facebook tem um papel importante no processo de
aprendizagem, em que pode ser utilizado como recurso pedagógico que promove
uma maior participação e interação no processo de aprendizagem informal, além de
contribuir com a construção e partilha de informações e de conhecimentos
científicos.