Imagens no Ensino de Ciências: análise de taxonomia de imagens presemtes no material didático”caderno do aluno” do Estado de São Paulo
Maristela Yuca Zama, Profª. Drª. Mariana Aparecida Bologna Soares de Andrade
Data da defesa: 19/03/2018
No ensino de ciências da natureza é frequente o uso de diferentes gêneros de leitura como textos, tabelas, gráficos, figuras, mapas, entre outros, comuns no cotidiano e que necessitam, portanto, de interpretações adequadas. A Alfabetização Visual significa aprender a ler imagens, detectar o que se produz no interior desta. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo identificar as imagens e sua diversidade de formas encontradas no “Caderno do Aluno – Ciências 7o ano, volume 2, material do currículo oficial do Estado de São Paulo por meio de adaptações realizadas em algumas subcategorias da taxonomia de Perales e Jiménez (2002) utilizada na disciplina de Física para a disciplina Ciências da Natureza, as relações entre as imagens e os textos ou propostas de ensino de três unidades presentes no material de estudo. Foi realizada uma pesquisa documental abordando o currículo do Estado de São Paulo e posterior categorização e análise das imagens. Quantificamos as imagens em relação às cinco categorias estudadas e suas subcategorias. Observamos que na categoria “Em função das sequências didáticas em que aparecem as ilustrações” a maior quantidade de imagens se encaixou na subcategoria Descrição (11), onde são mostrados eventos supostamente desconhecidos e que permitem fornecer um contexto necessário para entendimento do conceito, contribuindo para entendimento de um todo. Na categoria “Iconicidade” observamos um número expressivo na subcategoria Fotografia (17), visto que nesta disciplina dentro dos eixos temáticos estudados “Ciência e tecnologia” e “Vida e ambiente” este formato de imagem é constantemente utilizado, pois mostram eventos realistas. Na categoria “Funcionalidade” a subcategoria mais constatada foi a Inoperante (15), pois nesses mesmos eixos temáticos muitas das imagens não apresentam detalhes mais complexos. Já na categoria “Relação com o texto principal” dentro do eixo temático “Ser humano e saúde”, a subcategoria mais observada foi a Sinótica (31), aqui várias imagens possuem textos e dados indicadores para se trabalhar as informações que são necessárias para entendimento da imagem como um todo. Posteriormente à categorização, para melhor análise das imagens, escolhemos unidades de ensino que apresentassem imagens com formato diferenciado para observarmos aspectos variados. Com essas informações conseguimos observar que a alfabetização visual é complexa, e que é imprescindível que seja trabalhada com a mesma importância que outros tipos de alfabetização, como a escrita. É necessário se ater ao tipo de imagem a ser analisada, pois não se observa da mesma maneira uma fotografia de um mapa, ou um quadro de um gráfico. Assim, os aspectos a serem considerados também diferem, e as categorias e subcategorias variam de acordo com a finalidade que a imagem se põe a transmitir. Consideramos que este trabalho poderá servir de orientação para que as imagens em outros instrumentos de ensino e em diversas disciplinas possam ser analisadas nos seus variados aspectos e características, facilitando sua análise e interpretação.
Uma proposta para o uso da História da Ciência para a aprendizagem de conceitos físicos nas séries iniciais do Ensino Fundamental
Eliane Maria de Oliveira Araman, Profª. Drª. Irinéa de Lourdes Batista
Data da defesa: 11/12/2006
Esta investigação, de caráter qualitativo, promoveu a integração de referenciais que corroborassem para a elaboração de uma abordagem histórico-pedagógica adequada às séries iniciais do Ensino Fundamental. Os referenciais contemplam a necessidade da Alfabetização Científica já neste nível de ensino; a Aprendizagem Significativa por meio da implementação de atividades inovadoras em Ensino de Ciências; a elaboração de Mapas Conceituais para a avaliação da aprendizagem; e a construção de atividades que respeitem o estágio de desenvolvimento cognitivo das crianças. O exemplar fenomenológico de interesse escolhido para essa investigação foi o Arco-Íris. Elaboramos uma reconstrução dos principais episódios históricos necessários para a compreensão de alguns conceitos físicos presentes neste fenômeno. A partir dos referenciais teóricos e do desenvolvimento histórico do fenômeno, construímos uma seqüência de atividades que foi aplicada em turmas de quarta série do Ensino Fundamental. A avaliação do processo de aprendizagem deu-se por meio da elaboração, antes e após a aplicação da seqüência, de Mapas Conceituais pelos alunos envolvidos. Nossas conclusões evidenciam que a construção de uma abordagem histórico-pedagógica para a aprendizagem de conceitos físicos nas séries iniciais é fértil, proporcionando bons resultados para aprendizagem desse nível de ensino.