Requiem para o ser: produção ontológica a partir do filme “Eu, robô” e a emergência do devir

Dissertação de mestrado

Visualizar PDF

Resumo

Há tempos consideram-se possibilidades em direcionar a recepção de mídias para seus espectadores, estudam-se maneiras de guia-lo ao aprendizado esperado, à interpretação esperada. Um espectador, ao ler um livro, ao assistir um filme poderia ser controlado ao ponto de emitir interpretações dotadas de previsões? Ou, ao praticar tal ato, o espectador desintegra-se ao se diluir a obra, ocupando posições instantâneas e fluidas, produzindo e criando pensamentos em uma simbiose singular? Tal conflito torna-se uma batalha de um lado só neste texto que, em nenhum momento busca interpretar o filme “Eu, robô” visando sua identidade enquanto obra. Com inspiração na filosofia de Gilles Deleuze, a produção neste trabalho é integral, a todo o momento o autor está fundido com a bibliografia buscando conexões e “insights”, assim como quando o processo de analisar o filme é exposto. As passagens do filme utilizadas no texto surgem como lampejos, sem obedecer a um padrão de escolha, o que endossa o caráter singular do texto que, só poderia ser produzido naquele momento. Trata-se da exposição de um pensamento produzido em um dado momento, por um dado autor que, escolheu como aporte teórico o filósofo Gilles Deleuze e, como obra a ser analisada o filme “Eu, robô” de 2004. Estaria o espectador querendo o fim da pedagogia? Ou, deslavadamente, afirmando sua inexistência?