Expressões faciais em situação de aprendizado no contexto do PIBID

Dissertação de mestrado

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Resumo

Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação a respeito da relação professor- aluno; e nesta relação houve um elemento que foi foco de atenção: a expressão facial do aluno, que foi concebida como algo que pode ser observado e interpretado pelo professor, constituindo, desse modo, uma fonte de indicadores que podem ser úteis em uma situação de aprendizado. Entretanto, esta maneira de observar o aluno foi desenvolvida nesta pesquisa, pois há carência de referencial teórico sobre expressões faciais na área de ensino. Devido a esta carência, também podemos entender esta pesquisa de outra forma, como um movimento de caráter investigativo e exploratório em que, para que houvesse um contexto de pesquisa, foram organizadas atividades programadas com professores, licenciandos e alunos. Essas atividades foram devidamente registradas e, posteriormente, investigadas, com o objetivo de explorar quais seriam as possibilidades desse novo conhecimento. Como parte da metodologia, manteve-se o que já é considerado nesta área: a análise das falas dos investigados; todavia, introduziu-se um novo referencial teórico, útil para analisar expressões faciais. Ressalta-se que, nesta pesquisa, a principal preocupação não esteve em apresentar os resultados das análises de imagens, mas sim em evidenciar indícios de que professores podem desenvolver um método de análise de expressões faciais que pode ser útil para o profissional ao participar da relação professor-aluno. Para atingir esse objetivo, foi conduzido junto a licenciandos, ou seja, na formação inicial, um curso relacionado à observação e descrição do comportamento não verbal e também foi elaborado um referencial para a análise de expressões faciais. Referencial este que se mostrou útil durante a condução de um processo de aprendizado e como instrumento de análise das evoluções de conceitos e de percepção dos professores participantes desta investigação. Ao final da pesquisa percebeu-se que alguns dos professores já começavam a elaborar algumas de suas ações, pautando-se na percepção que passaram a ter sobre o comportamento não verbal de seus alunos, além de apresentarem maior consciência dos efeitos de suas reações não verbais durante os processos de aprendizado.