A internet e suas inovações na socialização de jovens do início do século XXI em Londrina
Lucas Garcia, Claudinei Carlos Spirandelli
Data da defesa: 02/05/2017
A partir do conceito "sociedade em rede" de Castells e de um "novo padrão social" por ele sugerido, esta pesquisa debruça-se sobre eventuais inovações na sociabilidade juvenil, influenciadas pelas inovações tecnológicas e socioculturais pós-internet. Amparado por teorias que apontam novos modelos, conceitos e referenciais juvenis (Lahire, Maigret, entre outros), este trabalho investiga jovens de uma média cidade brasileira (Londrina-PR) apreciadores do universo dos jogos digitais e suas ampliadas redes de contatos on-line, cujo imaginário também estaria relacionado com a denominada cultura juvenil geek e/ou nerd. Assim, as sociabilidades dos jovens mais aficionados pelo citado universo digital moldariam-se por esses renovados interesses, conhecimentos, afinidades, valores, construídos e/ou incorporados a partir dessa nova rede ampliada de contatos locais e virtuais. Esta pesquisa indaga sobre esses possíveis novos traços de sociabilidade, em meio ao universo digital frequentado pelos mais aficionados jovens jogadores on-line, este que é um dos grupos etários socioculturais de maior intimidade com a internet e suas multimídias.
A recontrução de Estados e a responsibility to protect: uma análise dos relatórios sobre a responsabilidade de proteger
Diogo Pablos Florian, Cléber da Silva Lopes
Data da defesa: 23/02/2017
Este estudo tem como objetivo analisar qual o espaço/lugar do debate da dimensão da responsibility to rebuild no interior dos relatórios da chamada Responsibility to Protect de 2001. Tal documento apresenta uma nova abordagem normativa sobre a questão dos processos de intervenção humanitária. Em detrimento das intervenções catastróficas ocorridas na década de 1990, a Responsibility to Protect surge como uma alternativa às dificuldades encontradas pela comunidade internacional em responder de forma efetiva a situações de conflito armado. Através das responsabilidades - a saber: prevenção, reação e reconstrução -, o relatório busca delinear princípios, capacidades e limites para a prática intervencionista. Levando isso em consideração, o objetivo desta pesquisa é analisar uma de suas dimensões, a responsibiity to rebuild. Sendo assim, este trabalho procurará contribuir para a literatura, por meio de uma investigação documental, buscando compreender qual é o espaço dado ao tema da reconstrução de Estados no conjunto dos relatórios sobre a Responsibility to Protect. O ponto de partida desta pesquisa é a indicação feita por alguns trabalhos (Evans, 2008; Weiss, 2013; Bozzeti & Borges, 2014; Bellamy, 2015) no qual afirmam que o texto final da Responsibility to Protect, institucionalizada em 2005, diverge do texto original, produzido em 2001. Nesse sentido, será analisado os documentos que fazem parte do processo de institucionalização da norma: o relatório denominado The Responsibility to Protect (2001), o relatório High-level Panel on Threats, Challenges e Change: a more security world: our shared responsibility (2004), o relatório In Larger Freedom: towards development, security and human rights for all (2005), o World Summit Outcome Document (2005) e Implementing the Responsibility to Protect (2009). Por meio de uma análise documental, esta pesquisa buscará compreender em que medida a reconstrução de Estados é abordada pelos documentos citados e qual o seu grau de importância. Esperamos, com isso, evidenciar a relevância que a reconstrução de Estados ocupa no que diz respeito às práticas de intervenção, principalmente no que diz respeito à Responsibility to Protect.