Teses e Dissertações
Palavra-chave: museu de ciência e tecnologia
(sem título)
Marcelo Alves Carvalho, Prof. Dr. Sergio de Mello Arruda
Data da defesa: 19/02/2009
O presente trabalho tem por objetivo investigar as perspectivas apontadas por estagiários
do Curso de Licenciatura em Física da Universidade Estadual de Londrina – UEL, sobre
as atividades em educação não formal desenvolvidas durante a disciplina de Metodologia
e Prática de Ensino de Física, ou seja, os atendimentos no Museu de Ciência e
Tecnologia de Londrina – MCTL. O levantamento das informações foi feito através de
entrevista com oito estagiários que realizaram todas as atividades do estágio. Assim
buscamos identificar essas perspectivas, ou seja, as dificuldades, as facilidades, as
vantagens ou desvantagens, o que se aprendeu e as contribuições desta experiência para
a formação inicial. A orientação de nossa pesquisa constituiu-se de uma abordagem
qualitativa por considerarmos que a preocupação foi com a descrição, o significado e o
sentido atribuído às atividades desenvolvidas pelos estagiários. Os resultados obtidos
mostraram que a realização de atividades no Museu contribuiu de forma positiva para o
estágio, pois os estagiários conheceram a riqueza de objetos, equipamentos e
experimentos do Museu, familiarizaram-se com a rotina dos atendimentos, observaram o
interesse dos visitantes, perceberam o encanto e a forma lúdica de conduzir as
explicações num ambiente não formal de ensino de Física. Entretanto algumas
deficiências foram detectadas. Inicialmente percebemos uma falta de consciência dos
estagiários sobre o objetivo de desenvolver atividades num museu. Para vários deles, a
conclusão a qual chegamos era de que os atendimentos serviam como uma pré-regência,
uma espécie de momento para conhecer o Museu e verificar o que eventualmente poderia
ser utilizado em sala de aula. Isso mostra que não entendiam o Museu como
complementar à escola. Também notamos a ausência de um programa de capacitação de
monitores no Museu (que poderia atender aos estagiários), assim como a falta de uma
parceria entre o Museu e a escola (evidenciada pelas atitudes de vários professores que
visitaram o Museu). Entendemos que o formato no qual o estágio foi realizado
(observação de aulas, atendimentos no Museu e a regência) se mostrou como uma
alternativa viável para a formação do futuro professor de Física.