Dinâmica do uso da terra na bacia hidrográfica do ribeirão Lindóia em Londrina-PR (2006-2017)
Rafael Dantas da Silva, Maurício Moreira dos Santos
Data da defesa: 20/06/2022
Esta pesquisa analisa a evolução das matas ciliares em ambientes urbanos, especificamente, as localizadas na bacia hidrográfica do ribeirão Lindoia, no município de Londrina-PR. Partiu-se de uma avaliação da problemática socioambiental urbana, na qual sociedade e natureza configuram uma relação dialeticamente conflituosa. A legislação ambiental aplicada à proteção ambiental urbana serviu como elemento estruturante da pesquisa. Utilizou-se técnicas de geoprocessamento para analisar imagens de satélites que o processamento de imagens de satélite, que permitiram a produção de mapas buscando avaliar a evolução da ocupação e uso da terra na bacia hidrográfica do ribeirão Lindoia, em especial, a evolução espacial e temporal da Área de Preservação Permanente (APP) no período de 2006-2017. Também se realizou um comparativo para este mesmo período, com a vigência do Plano Diretor Municipal Participativo de Londrina 2008-2018. Concluiu-se que houve aumento da mata ciliar no interior da APP durante o período observado que coincide com a vigência do Plano Diretor do município.
Planejamento ambiental e os conflitos entre gestão de bacias hidrográficas e regiões metropolitanas : o exemplo de Londrina – PR
Samuel Carvalho da Silva, Mirian Vizintim Fernandes Barros
Data da defesa: 23/08/2013
O planejamento regional é uma das formas mais tradicionais do planejamento territorial e nos úlimos anos têm sido importante a inserção da problemática ambiental neste bojo. No planejamento ambiental o recorte espacial das bacias hidrográficas têm sido utilizado de forma constante por diversas instâncias de planejamento. Entretanto, as diferenças entre as divisões políticas e físicas (bacias hidrográficas) e os diversos interesses que envolvem o planejamento regional tornam-se entraves para o desenvolvimento das políticas ambientais no contexto regional. O presente trabalho tem como objetivo expor as relações entre o planejamento regional e planejamento ambiental no recorte espacial da Região Metropolitana de Londrina, com base em seu desenvolvimento e na atuação dos comitês de bacia hidrográfica dos grandes cursos hídricos que estão inseridos nesta área. Objetiva tecer algumas considerações acerca dos avanços e conflitos na gestão em bacias hidrográficas, destacando as bacias hidrográficas do Tibagi, Pirapó e Paranapanema III, das quais os municípios da Região Metropolitana de Londrina estão inseridos. Como resultado pode-se observar que as propostas ambientais para a Região Metropolitana ainda são muito incipientes e mesmo os comitês de bacia hidrografica ainda não têm colaborado muito com o desenvolvimento ambiental desta área. Verificou-se que a problemática ambiental apenas recentemente têm sido tratada no planejamento, e que o planejamento setorial ainda predomina em detrimento ao planejamento participativo. Ficou constatado também que as diferenças entre limites políticos-administrativos e hidrográficos assim como os embates políticos tornam-se muitas vezes empecílios para o desenvolvimento de políticas ambientais mais eficiêntes para este recorte espacial.
Os desafios da aplicação da pegada hídrica em uma bacia hidrográfica urbana : contribuições para a gestão ambiental
Marcia Regina Lopez Arantes, Nilza Aparecida Freres Stipp, Luciano Nardini Gomes
Data da defesa: 30/06/2020
Os conceitos de água virtual e pegada hídrica que surgiram nas duas últimas décadas do século XX lançaram novos olhares sobre os recursos hídricos em relação aos conceitos tradicionais, onde o consumo era analisado como o uso direto da água e a contaminação, vinculada ao tipo de poluente e a sua concentração. Sob esta nova ótica, o consumo e a poluição da água são calculados em razão do volume utilizado de forma direta e indireta, ou seja, os recursos hídricos incorporados na elaboração de produtos e na oferta de serviços e também o volume necessário para a diluição de poluentes. Deste modo, este trabalho apresenta a pegada hídrica da bacia hidrográfica urbana do ribeirão Cambé, situada nas cidades de Londrina e Cambé, Estado do Paraná, através do abastecimento de água, do consumo de alimentos, do saneamento e da energia elétrica. Para a elaboração dos cálculos foram utilizados os dados oficiais existentes para a determinação dos volumes diretos e indiretos de água incorporados na área avaliada e os resultados demonstraram que a bacia hidrográfica urbana apresenta uma pegada hídrica de 221.605.875,60 m3/ano e as maiores parcelas referem-se ao consumo de alimentos e ao saneamento. A relação entre a água, os alimentos, a energia e a interdependência urbana com a sustentabilidade dos recursos hídricos fornecem informações importantes que podem contribuir com o planejamento e a gestão político-administrativa das cidades a partir da participação efetiva dos atores centrais na busca de soluções para a redução da pegada hídrica. Neste sentido, foi proposto um modelo de gestão de recursos hídricos em cenários urbanos com a adoção do endereço hidrográfico e a inclusão dos dados relativos ao consumo e poluição indiretos da água através das plataformas utilizadas para os licenciamentos ambientais.