Variabilidade pluviométrica e produção agrícola na mesorregião centro ocidental paranaense
Dissertação de mestrado
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Esta pesquisa tem como objetivo relacionar os elementos do clima com a produtividade, e analisar a variabilidade espacial e temporal da precipitação pluviométrica, sendo este um dos elementos fundamental na atividade agrícola, mesmo aquela que emprega tecnologia de ponta. Períodos de estiagens ou de excesso de chuva em determinadas fases dos cultivares podem refletir na produtividade, porém se a queda for registrada em todos os municípios é porque o fenômeno a ser investigado é na escala regional ou global, tais como a manifestação do El Niño e La Niña, oscilação Sul, causadores de anomalias climáticas. A região Sul está inserida nas regiões de alterações por ocasião da manifestação do fenômeno. O relevo da área também pode influenciar na espacialização das chuvas e causar queda na produtividade. Nesse caso, ela fica restrita a uma área dentro da região. As chuvas e sua distribuição espacial na Mesorregião foram estudadas para a série histórica 1976 a 2011 sendo realizada a comparação desta com a série da produtividade agrícola. Foram analisados dados de 14 postos pluviométricos da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental - SUDERHSA, da Agência Nacional de Águas – ANA, e os dados da estação meteorológica de Campo Mourão do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, dados de produção agrícola da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, e Departamento de Economia Rural (SEAB/DERAL). Foram escolhidos os anos-padrão por meio de metodologia especifica e os dados foram investigados por meio da elaboração de climogramas, histogramas e painéis têmporo-espacial, a fim de verificar a variabilidade das precipitações na área de estudo. As análises mostram que a variabilidade das precipitações na área de estudo tem estreita relação com os episódios dos fenômenos El Niño e La Niña, como por exemplo, o ano de 1983, ano considerado chuvoso para todos os postos pluviométricos e na estação meteorológica e com a ocorrência de El Niño forte. Nas comparações para verificar os reflexos na produtividade do trigo, da soja, do milho e do feijão em relação às precipitações pluviométricas, determinou-se em razão das deficiências hídricas encontradas em meses de novembro a fevereiro ocorreram consequências de perdas nos cultivares de milho e soja, sendo que são os meses em que esses grãos se encontram nas principais fases de desenvolvimento que são o florescimento e enchimento dos grãos.