Os desafios na realização do curso de formação em educação ambiental crítica para a rede municipal da educação de Jataizinho – PR
Tese de doutorado
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O presente estudo abordou o cenário histórico e contraditório da problemática ambiental e da Educação Ambiental - EA, articulando-o às concepções que fundamentam o processo educativo. Ao avaliar o cenário histórico e a construção das políticas públicas da EA, este foi sofrendo transformações no decorrer dos anos em razão das influências neoliberais, verificando-se um silenciamento ou ocultamento da EA nos últimos anos. Demonstrou-se que as políticas públicas, como por exemplo a Base Nacional Comum Curricular - BNCC, e as determinações internacionais para delineamento de políticas públicas brasileiras, induzindo a uma percepção ideológica à educação escolar, à formação e a atuação docente e à EA, sem considerar pela emancipação humana. Em seguida, foi discutido sobre os desafios da realidade da EA nas escolas, ultrapassando pelas fontes de informação que os professores buscam para desenvolver o processo educativo ambiental, as fragilidades das políticas públicas de cunho neoliberal, as pressões do setor privado na educação pública e a formação continuada proporcionada aos professores atuantes. A peculiaridade em empregar a EA Crítica no presente trabalho é fundamentada no Materialismo Histórico-Dialético, como um instrumento para a práxis pedagógica baseando-se no entendimento de que ela pode oferecer contribuições para que as professoras envolvidas no processo pudessem evidenciar a integração envolvendo a sociedade e natureza. Deste modo, o objetivo geral foi de desenvolver um curso de formação utilizando a abordagem crítica de educação ambiental junto as professoras nas escolas municipais de Jataizinho-PR. A tese que se defende neste estudo foi que o curso de formação de professoras em EA se paute na perspectiva crítica como fundamentação para compreender o enfrentamento de elementos concretos que constituem o processo formativo como está inserido na realidade atual. Indica-se a importância da participação da Diretoria do Meio Ambiente, Diretoria da Educação e do Ministério Público, para que os projetos de EA sejam efetivos, e que podem ser realizados de maneira permanente, interdisciplinar e inclusive fora das salas de aula. Além de considerar o real papel do trabalho docente, qual seja, o compromisso com a formação e a emancipação humana. Deste modo, torna-se possível ter avanços na formação e ação docente no que concerne à práxis revolucionária da Educação Ambiental Crítica.