O processo de institucionalização de um tecnopólo em Londrina

Dissertação de mestrado

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Resumo

Este trabalho analisa o processo de institucionalização de um tecnopolo em Londrina, e as mudanças na dinâmica territorial associadas a esse fenômeno, e, objetiva compreender, como ocorre essa inserção a partir da forma e função desse tecnopolo, avaliando e questionando suas intenções e ações neste centro e como ela vem sendo gerida pelos diversos agentes envolvidos. Coube avaliar inicialmente, o contexto geral das mudanças, dentre os quais, a existência de processos contemporâneos maiores, amplos e recentes, inferiores a 40 anos, relacionados à acumulação do capital e, que em virtude da crise geral do modelo de produção fordista na década de 1970, gerou a busca de elevação da produtividade, mais lucros e mais mercados consumidores, eclodindo com isso em novas formas de produção mais flexíveis, enxutas, dinâmicas, modernas, globalizantes, porém desiguais. Esses aspectos implicaram em processos de (re) estruturação produtiva e de um reordenamento territorial, a partir dos quais os territórios são fundamentais para a reprodução do capital, desde que ofereçam condições diferenciáveis para isso, e diretamente relacionados ao meio técnico-cientifico-informacional, sendo este último ponto, central para a diferenciação territorial, e base para uma maior articulação do Estado, do Capital (empresas + bancos) e Universidades. Uma das facetas desse novo periodo técnico-cientifico-informacional é o surgimento de Tecnopolos ou Polo de Tecnologias, diretamente relacionados a apropriação de novas formas de produção, mais baratas, mais flexíveis e sobretudo modernas e rápidas em âmbito interno e externo. O território passa a operar segundo o que ele pode oferecer a essas novas formas de articulação, sobretudo às empresas, daí a diferenciação dos territórios segundo sua especialização e fluidez. Londrina insere-se nesse movimento dos atuais circuitos espaciais da produção, apresenta condições diferenciadas e singulares, uma vez que tem bases históricas de (re) produção do capital materiais e, imateriais, para tanto, conta com um núcleo industrial, de serviços e acadêmico consolidado e, por possuir estruturas que dão suporte de sustentação à essas novas e modernas formas de produção e circulação.