A presente pesquisa tem por objetivo a análise das implicações socioeconômicas relacionadas as atuais condições de funcionamento do transporte público intrametropolitano no município de Alvorada do Sul-PR. Alvorada do Sul-PR foi anexada à Região Metropolitana de Londrina em 2010, entretanto apesar de se tratar de uma Função Pública de Interesse Comum que permite a democratização no acesso às demais FPICs relacionadas por exemplo a educação, saúde e mercado de trabalho, o transporte público no município, apresenta considerável rigidez nos horários de oferecimento do serviço e insatisfação majoritária dentre munícipes entrevistados. A mobilidade pública intrametropolitana contribui significativamente à integração entre os municípios pertencentes a Região Metropolitana de Londrina e não deve ser, como no caso de Alvorada do Sul/PR, predominantemente privado, pois o impacto negativo no desenvolvimento socioeconômico é relevante. A presente análise inicia-se em 2021, mediante empirismo local com foco no serviço de transporte público intrametropolitano, após a observação buscou-se contato com a empresa privada anteriormente responsável pelo oferecimento do serviço de transporte público (Viação Garcia), bem como a empresa atual (JD Transportes e Turismo), levantamento bibliográfico e de dados estatísticos, pesquisas de campo, análise documental da Constituição Federal (1988), Estatuto da Cidade (2001), Estatuto da Metrópole (2015), Política Nacional de Mobilidade Urbana (2012), relatórios técnicos preliminares que compõem a elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Londrina (2018) e Plano Diretor Municipal de Alvorada do Sul-PR (2022). Aplicou-se questionários online com 48 moradores do município utilizando-se da metodologia bola de neve para o levantamento de dados primários, posteriormente foram aplicados questionários presenciais distribuídos aleatoriamente para amostra populacional de 113 habitantes, ambos com objetivo de caracterizar e verificar a opinião dos alvoradenses acerca do transporte público no município. Foram realizadas pesquisas de campo na 1° e 2° audiências públicas que compunham o processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Londrina e visitas técnicas à prefeitura municipal de Alvorada do Sul-PR, com objetivo de expor os encaminhamentos da pesquisa e buscar compreender o posicionamento do poder executivo e legislativo municipal em relação ao transporte público intrametropolitano. Como base para as considerações socioeconômicas municipais, realizou-se o levantamento dos dados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e plataforma do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (RAIS CAGED). Os resultados da pesquisa direcionam para relevante insatisfação por parte da amostra populacional entrevistada em relação às condições do serviço de transporte público intrametropolitano, bem como possíveis implicações negativas ao desenvolvimento socioeconômico municipal ocasionados pela rigidez do transporte público intrametropolitano no município.

O planejamento regional é uma das formas mais tradicionais do planejamento territorial e nos úlimos anos têm sido importante a inserção da problemática ambiental neste bojo. No planejamento ambiental o recorte espacial das bacias hidrográficas têm sido utilizado de forma constante por diversas instâncias de planejamento. Entretanto, as diferenças entre as divisões políticas e físicas (bacias hidrográficas) e os diversos interesses que envolvem o planejamento regional tornam-se entraves para o desenvolvimento das políticas ambientais no contexto regional. O presente trabalho tem como objetivo expor as relações entre o planejamento regional e planejamento ambiental no recorte espacial da Região Metropolitana de Londrina, com base em seu desenvolvimento e na atuação dos comitês de bacia hidrográfica dos grandes cursos hídricos que estão inseridos nesta área. Objetiva tecer algumas considerações acerca dos avanços e conflitos na gestão em bacias hidrográficas, destacando as bacias hidrográficas do Tibagi, Pirapó e Paranapanema III, das quais os municípios da Região Metropolitana de Londrina estão inseridos. Como resultado pode-se observar que as propostas ambientais para a Região Metropolitana ainda são muito incipientes e mesmo os comitês de bacia hidrografica ainda não têm colaborado muito com o desenvolvimento ambiental desta área. Verificou-se que a problemática ambiental apenas recentemente têm sido tratada no planejamento, e que o planejamento setorial ainda predomina em detrimento ao planejamento participativo. Ficou constatado também que as diferenças entre limites políticos-administrativos e hidrográficos assim como os embates políticos tornam-se muitas vezes empecílios para o desenvolvimento de políticas ambientais mais eficiêntes para este recorte espacial.