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Teses e dissertações

O conceito de Ideia em Schopenhauer costuma ser um conceito bastante criticado por estudiosos do filósofo, considerado como um erro, ou ainda um argumento ad-hoc. Tendo em vista que esse conceito é originariamente da filosofia de Platão, acreditam que o mesmo não teria lugar em uma filosofia imanente. O presente trabalho pretende defender que, na verdade, o conceito de Ideias de Platão sofreu constantes alterações com o passar dos séculos, sendo considerado posteriormente como um conceito pertencente às artes e à vida interior do artista e tais alterações, ainda que não sejam claramente mencionadas por Schopenhauer, foram decisivas para a sua apropriação do mesmo, configurando um papel importante em sua metafísica do Belo, bem como na metafísica da Ética. Além disso, analisamos as críticas desferidas contra esse uso schopenhaueriano das Ideias platônicas, as quais, por ignorarem essa alteração de significado, incluíram na filosofia de Schopenhauer conclusões que não fazem parte do pensamento do filósofo, sendo inclusive contraditórias ao que preconiza o pensamento do filósofo de O Mundo como Vontade e como Representação. Expomos que Schopenhauer operou uma subversão do conceito de Ideias em sua significação, que não apenas se refere à Arte e ao Artista (Gênio), mas que em sua filosofia possui um caráter profundamente imanente e ligado à Vontade como coisa-em-si. Por fim, apresentamos, a título de exemplo, a poesia de Augusto dos Anjos como uma receptora do conceito de Ideia.
Nesta tese, conduzimos uma reconsideração da história da Filosofia da Ciência tendo por enfoque a considerada “superação” do Empirismo Lógico e sua abordagem sintática de teorias científicas. Nesse sentido, na história da Filosofia da Ciência, é tido que duas tradições dominaram o cenário no que tange às temáticas da estrutura das teorias científicas e da relação entre teoria e observação, a saber, a Received View dos empiristas lógicos e a Semantic View dos semanticistas pós-positivistas. A partir das inúmeras críticas e do enorme movimento de rejeição, foi considerado que a Received View era uma abordagem terminantemente errada, em seus mais variados aspectos, que nada tinha a contribuir à Filosofia da Ciência. Em contrapartida a esse estado de coisas e, ancorados em um movimento crescente de reconsideração da filosofia dos autores do Empirismo Lógico, nossa hipótese de trabalho é a de que, a despeito de todas as falhas e equívocos, a filosofia lógico-empirista, plural em seus autores, está longe de constituir uma filosofia morta e fossilizada cujo mérito é apenas historiográfico. Por conseguinte, apresentamos uma investigação acerca da estrutura das teorias científicas, da relação teoria-observação e do debate do realismo científico em defesa da Received View. Isto é, investigamos essas temáticas tendo por referencial as críticas levantadas ao modo como a Received View lidou com elas e como a tradição pós-positivista, em especial a Semantic View, tentou apresentar soluções a esses problemas crucialmente importantes à Filosofia da Ciência. Com base nesse exame, que tem como referencial teórico maior as obras de Rudolf Carnap, representando a Received View, e Frederick Suppe e Bas van Fraassen, representando a Semantic View, desfazemos caricaturas da abordagem sintática do Empirismo Lógico, desmitificamos certas “vantagens” teóricas e conceituais consideradas historicamente inerentes à abordagem semântica e, em especial, defendemos a tese de que a “superação” da Received View na Filosofia da Ciência foi um “acidente” histórico e não uma “necessidade” filosófica. De modo que, a Received View foi, pode ser e, de fato é, uma ferramenta importante para nossa compreensão de teorias científicas e de outros temas centrais em Filosofia da Ciência.
A tese tem como tema soberania e Estado-nação a partir de Arendt. O tema é problematizado face à existência de seres humanos destituídos de um lar, excluídos dos corpos políticos constituídos como Estados-nação soberano e relegados à própria sorte sem quaisquer garantias. Recentemente os acontecimentos enfrentados pela humanidade com mais intensidade, como as questões dos refugiados e das guerras entre Estados demonstraram que o direito de pertença a um corpo político e o direito à cidadania no modelo da organização mundial quanto uma questão interna aos Estados é bastante delicada. A pergunta que norteia esta pesquisa é em qual medida o modelo Estado-nação soberano, enquanto padrão amplamente adotado como organização política no mundo, inviabiliza a amizade enquanto exercício político e, por consequência, faz com que os seres humanos, em situações limites, sejam vistos apenas na abstrata nudez, o ser unicamente humano, não obstante as diversidades culturais, étnicas e morais entre os mais diversos grupos humanos? Também como uma pergunta subsidiária tem-se: haveria outros modos de organização políticojurídica entre os Estados? Diante do objetivo de analisar os conceitos e as críticas feitos por Arendt às noções de Estado-nação e soberania, com vista a outros modos de organização política para além do vínculo ao Estado-nação soberano, mediante pesquisa bibliográfica dos textos, dentre outros, de Arendt, Bodin, Rousseau, Sieyès e Montesquieu e seus comentadores, tendo por horizonte a hipótese, que ao final se confirma, de que o amor mundi e a amizade política são alternativas à soberania e ao Estado-nação.

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