Cesárea: frequencia, alguns fatores que a determinam e consequencias maternas e perinatais, Maringá, PR.1995

Dissertação de mestrado


Resumo

O presente trabalho, discute a elevada taxa de partos cirúrgicos realizados nos hospitais de Maringá no ano de 1995. Tendo como objetivo de se conhecer a freqüência de partos cirúrgicos e os fatores que estão influenciando a sua realização. Caracteriza ainda a população de mulheres que estão sendo submetidas aos partos abdominais levantadas as complicações mais comuns deste procedimento no período puerperal bem como a freqüência da síndrome do medo, desconforto respiratório nos RN. Foram estudados 2498 partos hospitalares realizados no município de Maringá no ano de 1995. Utilizando como fonte de dados o sistema de informação sobre nascidos vivos e os prontuários hospitalares. Os partos foram caracterizados seguindo as variáveis do RN: sexo, peso, índice de apgar; da mãe: idade, procedência, paridade e escolaridade da gestação: número de consultas pré-natais; institucionais: estabelecimento de ocorrência do parto, tipo de financiamento hospitalar; do atendimento ao parto: tipo de parto, uso de antibióticos profiláticos, horário da realização do parto, indicação clínica da cesárea, realização de laqueadura no momento do parto. Encontrou-se uma freqüência de 79.8% de cesáreas, 20.2% de partos normais e 0.4% foram realizados com o auxílio de fórceps. As principais indicações clínicas das cesáreas foram as cesáreas por repetição seguida por trabalho de parto complicado por sofrimento fetal e desproporção conhecida ou suspeitada do feto (desproporção céfalo-pélvica ou feto-pélvica). A alta incidência de cesáreas e a proporção maior de partos cirúrgicos encontrada nas pacientes particulares, com maior escolaridade, que realizaram o maior número de consultas durante o pré-natal e a realização da maioria das cesáreas no período matutino, nos mostram que fatores não técnicos tem influenciado a alta incidência de partos cirúrgicos. Foram encontrados também relação entre realização de laqueadura e partos cirúrgicos e utilização inadequada de antibióticos profiláticos. As intercorrências mais comuns no período puerperal para a população total foram as retenções urinárias e complicações anestésicas seguidas de hemorragias e infecções puerperais. Em relação ao RN encontrou-se com maior freqüência a síndrome do desconforto respiratório nos partos cirúrgicos. A média de permanência hospitalar da mãe para todos os partos foi de 3,2 dias, sendo 2,4 dias para partos normais e 3,4 para cesáreas.

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