A atuação do farmacêutico no Programa Nacional de DST/AIDS

Dissertação de mestrado


Resumo

Diante da gravidade da epidemia da aids, em 1988 criou-se o programa de combate à aids, visando implantar e implementar estratégias de enfrentamento da doença. Em 1996, como forma de atendimento integral ao paciente, o Brasil passa a fazer a distribuição gratuita dos antiretrovirais no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das características das atividades em aids é o trabalho em equipe multiprofissional. Esta forma de trabalho faz com que cada profissional busque uma reflexão de seu papel enquanto membro e autor da história de vida de uma sociedade. O profissional farmacêutico, inserido na equipe multiprofissional deve usar da especificidade de sua profissão para propiciar, junto aos outros membros da equipe, uma assistência integral ao paciente, não estando centrado apenas na questão curativa, mas sim na promoção da vida. O farmacêutico, lançando um novo olhar em sua missão, visualiza a logística do medicamento como parte do processo de trabalho, sendo o alvo de suas atividades, a melhora da saúde da população, a interação com o paciente e uma maior adesão à terapia. Para analisar a inserção do profissional farmacêutico no programa de aids, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com seis farmacêuticos de serviços que fazem atendimento a pacientes HIV/aids do estado de São Paulo. Os farmacêuticos foram questionados sobre processo de trabalho, relacionamento em equipe e visão do trabalho por ele desenvolvido. Como resultados e conclusões observa-se que o farmacêutico inserido na equipe multiprofissional, busca uma nova forma de comprometimento com a profissão, no contexto saúde pública, com consciência das limitações a serem transpostas para um salto na qualidade tanto na assistência ao paciente quanto na racionalização dos custos e potencialização dos benefícios no uso de medicamentos no SUS/Brasil.