Vítimas de acidentes de trânsito ocorridos no perímetro urbano de Maringá, PR.1995.

Dissertação de mestrado


Resumo

Com o objetivo de caracterizar as vítimas de acidentes de trânsito ocorridos no perímetro urbano de Maringá, foram analisadas 1.547 vítimas de acidentes de trânsito registradas nos boletins de ocorrência, em 1995, que receberam atendimento hospitalar, somadas às vítimas que morreram no local do acidente. As vítimas foram caracterizadas segundo variáveis de interesse epidemiológico que possibilitaram conhecer o perfil das mesmas, o atendimento prestado, os óbitos ocorridos até 180 dias do acidente, as lesões e as principais partes do corpo afetadas. Os resultados encontrados permitiram mostrar o predomínio de vítimas do sexo masculino (70,59%), maior frequência na faixa etária de 20 - 29 anos e maior percentual de vítimas na categoria de motociclistas. Foi observado que 62,99% das vítimas receberam atendimento ambulatorial e das vítimas internadas encontrou-se uma média baixa em dias de internação. O maior percentual de vítimas eram residentes em Maringá e das não residentes as mais freqüentes eram de Sarandi, município próximo a Maringá. A taxa de letalidade encontrada foi de 4,14%, quando analisada por categoria a maior letalidade foi observada entre os pedestres e quando analisada por município de residência, a maior taxa foi verificada em vítimas de Sarandi. Das 64 vítimas fatais, observou-se que os óbitos se concentraram no sexo masculino, na faixa etária de 20 - 29 anos e na categoria de motociclistas. Observou-se uma representatividade maior de óbitos nas primeiras 24 horas do acidente (68,75%) e apenas um óbito entre 30 a 180 dias do acidente (1,56%). No socorro às vítimas no local do acidente, verificou-se a importância dos bombeiros, que removeram o maior percentual de vítimas. Constatou-se um sub-registro de vítimas fatais no boletim de ocorrência de acidentes de trânsito em 39,06%, e em relação a outra fonte de dados, “Controle estatístico dos acidentes de trânsito no perímetro urbano de Maringá”, um sub-registro de 7,81%. A cabeça foi a região do corpo mais afetada tanto para o total das vítimas, como para as vítimas fatais. O tipo de lesão mais freqüente foi ferimento para o total das vítimas e traumatismo interno para as vítimas fatais.

Palavras-chave

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