Estudo do conhecimento sobre donças sexualmente transmissíveis e comportamento sexual dos adolescentes no ensino médio de escolas públicas de Londrina/PR

Dissertação de mestrado


Resumo

Os adolescentes constituem população vulnerável às DST/Aids. O presente trabalho teve como principal objetivo investigar o conhecimento de adolescentes sobre DST/Aids e seu comportamento sexual, identificando possíveis diferenças entre gênero e turno cursado. Realizou-se um “survey”, no ano de 2001, a partir de uma amostra aleatória de 1642 alunos de 15 a 19 anos, em 13 escolas públicas do ensino médio, na cidade de Londrina. Para a obtenção dos dados, os adolescentes responderam um questionário autoaplicável, anônimo, elaborado a partir de estudo exploratório com grupos focais. A amostra constituiu-se de 51,2% de adolescentes do sexo feminino e 48,8% do sexo masculino, a maior parte solteira. Dessa população, 51% cursavam o período noturno e 49% o matutino. A média de idade foi de 16,2 anos. Entre os alunos, 50% identificaram pelo menos quatro DST (aids, herpes simples, gonorréia, e sífilis), sendo a aids a mais referida (97%). A infecção por clamídia foi a DST menos citada, 12,9% e 14,4% respectivamente para o sexo masculino e feminino. A maioria dos adolescentes identificou os principais sinais e sintomas das DST. A relação sexual com o uso de preservativo foi citada por 99% da amostra como forma de evitar as DST/Aids. A principal fonte de informação sobre DST/Aids referida pelos adolescentes foi revistas/jornais, seguidos de TV/rádio e escola. Em relação ao comportamento sexual houve diferenças significativas. Entre os adolescentes, 55,1% dos rapazes e 36% das moças relataram iniciação sexual. A média de idade dessa iniciação foi de 14,2 anos para os alunos e de 15,1 anos para as alunas. O sexo masculino apresentou maior número de parceiros sexuais e a primeira relação sexual foi com amiga ou conhecida em 61% dos casos. Para 85,3% das adolescentes, a iniciação sexual foi com o namorado. O uso do preservativo foi maior entre os rapazes (60,5%) quando comparados às moças (44,3%). Houve diferença significativa em relação ao uso do álcool antes das relações sexuais, mais referido pelos adolescentes masculinos e por alunos do período noturno. Em relação ao uso de drogas ilícitas, 94,6% dos adolescentes declararam nunca ter experimentado. A maioria dos que admitiram o uso constituiu-se de adolescentes masculinos e de alunos do período noturno. Entre os adolescentes, 1,7% referiram experiência anterior de DST, mais citada pelo sexo feminino e entre os estudantes do período noturno.

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