Editais
Edital 17/2024 – Divulga as inscrições deferidas por ações afirmativas
7 dias atrás
Edital 16/2024 – Retificação do edital 15/2024.
1 semana atrás
Edital 15/2024 – Resultado das inscrições homologadas para o doutorado 2025
2 semanas atrás
Edital 14/2024 – Seleção interna para o Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE)
3 semanas atrás
Defesas e qualificações
28/11 08:00
Existe exagero no cuidar? Uma cartografia do cuidado na rede materno infantil
Célia Maria da Rocha Marandola
04/12 09:00
EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE COLETIVA: APROXIMAÇÕES ACADÊMICAS E PROFISSIONAIS
JOAMARA GOMES DOMINGUES DE OLIVEIRA
10/12 14:00
ALOCAÇÃO DE EMENDAS PARLAMENTARES FEDERAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAUDE: REPERCUSSÕES PARA A GESTÃO MUNICIPAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI
12/12 14:00
CONHECIMENTO E AUTONOMIA DA GESTÃO MUNICIPAL FRENTE AO ORÇAMENTO DA SAÚDE: APROPRIAÇÃO DO ORÇAMENTO DA SAÚDE PELA EQUIPE GESTORA
TALITA MARIA BENGOZI GOZI
Notícias
- Iniciamos no dia 15 de outubro o processo de autoavaliação do programa.
- Roda de conversa Doutorado Sanduíche
- Em julho acontece a II Reunião Científica de Epidemiologia de Londrina.
- II Seminário Macrorregional de Gestão em Saúde do Paraná e a I Mostra Científica e de Experiências da Pós Graduação de Saúde Coletiva
- O PPG em Saúde Coletiva e o Departamento de Saúde Coletiva lançam no dia de hoje (19/02/2024) o site do II Seminário Macrorregional de Gestão em Saúde do Paraná e I Mostra Científica e de Experiências da Pós-Graduação de Saúde Coletiva.
Teses e dissertações
A associação dos diagnósticos de Doença de Alzheimer (DA) e sarcopenia é bastante
comum, afinal são duas doenças que afetam a população idosa e há evidências de
que compartilham alguns aspectos da fisiopatologia. Ao mesmo tempo, a sarcopenia
é subdiagnosticada nessa população porque pode ser interpretada como um
fenômeno natural na evolução da demência, mas na realidade pode estar contribuindo
para o agravamento da funcionalidade na pessoa com DA. Analisar os fatores
associados ao diagnóstico de sarcopenia provável em pacientes que iniciaram o
tratamento recentemente para a DA foi o objetivo principal deste estudo longitudinal.
Foram entrevistados 55 idosos com o diagnóstico de DA que estavam em
acompanhamento médico na Policlínica do Município de Londrina/Brasil durante os
anos de 2022 e 2023. Foram excluídos idosos com diagnóstico de Doença de
Alzheimer em estágio avançado pelo Clinical Dementia Rating ou que tivessem
diagnóstico concomitante de outras doenças que pudessem causar sarcopenia. Os
idosos foram submetidos a um questionário sociodemográfico, avaliação do Índice de
Massa Corporal (IMC), avaliação cognitiva por meio do MEEM, avaliação de
funcionalidade através do Índice de Katz e ao questionário de triagem de sarcopenia
SARC-F+CP em três momentos: no início, com 4 e 8 meses. Além disso foram
coletados exames laboratoriais referentes ao estado nutricional. Dos 55 idosos
analisados,15 (27,3%) estavam com sarcopenia provável ao final de 8 meses de
acompanhamento. O diagnóstico de sarcopenia provável não teve associação com o
tipo de anticolinesterásico em uso, com o relato de efeitos colaterais relacionados ao
tratamento da DA, com comorbidades, com polifarmácia, com o uso de medicações
com potencial anorexígeno, com alterações laboratoriais, com a prática de exercício
físico, nem com redução no escore do MEEM ou valor do IMC. Não houve associação
do diagnóstico de sarcopenia com o sexo, no entanto, quanto maior a idade, maior o
risco de sarcopenia, RR= 1,091 (IC95% 1,018- 1,170, p=0,013), ou seja, aumento de
9% no risco a cada ano de vida. Houve associação da redução da circunferência de
panturrilha com a sarcopenia, sendo CP < 33- 34 cm RR= 9,391 (IC95% 2,973-29,664,
p<0.001). Os idosos com sarcopenia provável tiveram mais quedas, RR= 2,459
(IC95% 1,190-5,081, p=0,015) e pioraram funcionalidade, RR= 5,136 (IC95% 2,593
10,175, p=0,015) em comparação aos idosos sem sarcopenia. A prevalência de
sarcopenia em idosos com doença de Alzheimer é alta e deve ser investigada durante
o acompanhamento de cada paciente idoso, para prevenir desfechos negativos como
quedas e perda de funcionalidade.
Introdução: A internet é necessária para vida cotidiana contemporânea. Porém a
literatura científica traz evidências de que o uso excessivo de internet pode trazer
prejuízos para a saúde. Entres os tipos de uso disfuncional de internet, o uso
problemático de internet é considerado um tipo de dependência digital que pode trazer
prejuízos para a saúde física e mental, e para o desempenho no trabalho e nos
estudos. O uso problemático de internet está associado ao desenvolvimento de
algumas enfermidades, como doenças psiquiátricas, tais como os transtornos
alimentares. Objetivo: Investigar a relação do uso problemático de internet e de
transtornos alimentares em estudantes universitários. Casuística e métodos: Foi
realizado um estudo transversal e descritivo a partir da aplicação de um questionário
online. A população de estudo foi composta pelos estudantes de graduação da
Universidade Estadual de Londrina que participaram da primeira fase do Projeto
GraduaUEL que foi um estudo transversal realizado no ano de 2019 com objetivo de
estudar as condições de vida e saúde desses estudantes. A coleta dos dados foi
realizada através de um questionário online enviado em 2023 para 2.565 alunos,
destes 214 responderam e após aplicação dos critérios de exclusão, 74 alunos
compuseram a amostra estudada. Para medir o uso problemático de internet foi
utilizado a versão brasileira do instrumento “Questionário de Uso Problemático de
Internet” ou “PIQUE-SF-9/UPI-9” e para a triagem da presença de transtornos
alimentares foi utilizada a versão brasileira para o questionário “SCOOF”. Foram
coletadas variáveis sociodemográficas e do estado de saúde dos estudantes além do
tempo de uso de rede social. Para classificação dos estudantes que apresentaram
uso problemático de internet foi realizado o cálculo de percentil. Os alunos que
obtiveram pontuação acima do percentil 75 (pontuações maiores que 24 pontos na
escala “PIQUE-SF-9/UPI-9”) foram considerados usuários problemáticos de internet.
Para verificar a associação entre o desfecho e as variáveis independentes foi feito o
cálculo da medida de razão de prevalência (RP), através da regressão de Poisson
com variância robusta. Resultados: O percentual de estudantes com o uso problemático de internet foi de 20,3%. Quanto a presença de transtorno alimentar,
33,8% alunos apresentaram triagem positiva. O uso problemático de internet
associou-se positivamente com a presença de transtornos alimentares na população
estudada (RP: 2,46; IC95%: 1,31 – 4,59; p = 0,005). Outra variável que apresentou
associação com transtornos alimentares foi ter sentido vergonha do corpo
frequentemente/muito frequentemente ou sempre (RP: 6,33; IC95%: 1,63 – 24,51; p
= 0,008). Conclusão: Os resultados encontrados apontam para o uso problemático
de internet como um fator importante que pode influenciar na construção de hábitos
alimentares, e consequentemente, prejudicar o desenvolvimento de uma relação mais
saudável com o corpo e com a comida na população jovem adulta.
O câncer de mama é indiscutivelmente um problema de saúde pública no Brasil,
pois possui alta taxa de incidência e é a segunda causa de morte entre as mulheres.
Trata-se de um agravo que traz um prejuízo por morte evitável e produz mutilações,
deturpação de identidade, acometimento biopsicossocial e impacto econômico.
Nesse sentido, a perspectiva hegemônica e patriarcal da mama como um símbolo
de constituição da feminilidade e de construção social da mulher (subordinada ao
homem) pode influenciar a maneira como as questões de gênero são consideradas
no rastreamento e no diagnóstico precoce de câncer de mama. Isso posto, valendo
se do método qualitativo do tipo história oral de vida, o objetivo geral desta
dissertação é investigar as questões de gênero que atravessam a trajetória, o
acesso e o cuidado das mulheres com câncer de mama. O estudo foi realizado a
partir dos diagnósticos de câncer de mama da Unidade da mama, ambulatório do
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (CISMEPAR) situado
em Londrina, que atende os municípios das 17ª e 18ª Regionais de Saúde do
Paraná. Desse modo, foram conduzidas sete entrevistas com apoio de um roteiro
semiestruturado entre os meses de agosto e novembro de 2023, organizado em
forma de contação de história a fim de trazer as narrativas das mulheres sobre as
suas vivências em relação ao diagnóstico de câncer de mama. Convém mencionar
que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição
na qual a pesquisadora está vinculada. Para as discussões, utilizaram-se três eixos
de análise: a) o acesso e a assistência à saúde, destacando o papel da Atenção
Primária à Saúde (APS) no auxílio das mulheres ao longo de seus percursos; b) a
divisão sexual do trabalho e o papel social de gênero, abordando o cuidado com a
casa e com os filhos somado aos trabalhos remunerados externos ao lar (por
exemplo, cozinha, serviço doméstico, educação infantil, artesanato e costura) e a
consequente sobrecarga feminina em atividades diárias e; c) os sentimentos frente
ao diagnóstico, verificando como os medos e as angústias associados ao câncer de
mama afetam a vida social das mulheres e sua busca pela identificação clínica da
doença. Tais pilares se revelam aspectos dificultadores no que se refere ao cuidado
da saúde da mulher e ao diagnóstico precoce de câncer de mama. Em vista disso, a
elaboração e a implementação de políticas públicas voltadas para essa população,
com metas e financiamentos, representam uma das propostas para melhoria desse
cenário. Entre as medidas necessárias estão as garantias de: acesso à creche e à
escola em horários alternativos; direitos para mães trabalhadoras; igualdade salarial
entre gênero e raça; e direitos sexuais e reprodutivos. E também investimentos no
setor saúde como financiamentos, qualificação da APS e educação permanente em
saúde para detecção e rastreamento das condições de saúde, com foco no câncer
de mama a fim de proporcionar identificação e agilidade no diagnóstico e tratamento.
Introdução: Os estudantes universitários vivem situações estressantes com
especificidades desta população, que muitas vezes inclui mudanças abruptas em sua
rotina, de locall de moradia, frustraçao ou desempenho insuficiente com o curso
escolhido, o que pode contribuir para o desenvolvimento de inúmeros problemas de
saúde, como o burnout. Este, por sua vez, tem se mostrado um importante fator ao
desenvolvimento de pensamentos e ideações suicidas (IS), além de constituir um
fator de risco para o suicídio propriamente dito. O aumento da prevalência de
burnout e IS na população universitária reforça a importância de entender a possível
relação entre estas duas variávies. Objetivo: analisar a associação entre burnout e
IS em estudantes de graduação de uma universidade pública. Métodos: Trata-se de
um estudo transversal com estudantes de todos os cursos de graduação de uma
universidade pública paranaense. A variável independente, burnout, foi aferida por
meio da escala Copenhagen burnout Inventory adaptada para estudantes brasileiros.
A variável dependente foi a IS, obtida da última questão do Patient Health
Questionnaire-9 (PHQ-9). As variáveis de caracterização e de ajuste foram: sexo,
idade, orientação sexual, raça/cor, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas,
prática de atividade física, uso de substâncias ilícitas, diagnóstico médico de
depressão e de ansiedade, índice de massa corporal, violência ou assédio sexual no
ambiente acadêmico, violência verbal no ambiente acadêmico e violência sexual na
infância ou adolescência. A associação entre IS e o burnout – total e seus domínios
(contínua) – foi medida pela regressão logística multinomial. Para delinear os fatores
fortemente associados com a IS, foi realizada regressão logística binária. Para
avaliar a contribuição das variáveis sociodemográficas na escala de burnout
(pontuação total), a análise de regressão linear utilizou o método de ajuste pelo
AICC. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados:
Dos 3.058 estudantes avaliados, 32,4% (n=992) apresentaram IS, sendo que destes,
7,9% (n=242) relataram IS quase todos os dias. A média da escala de burnout nos
estudantes que relataram ausência de IS foi de 75,55 (EP = 0,73), estatisticamente
superior ao dos estudantes que relataram IS, média de 85,79 (EP = 0,70).
Observou-se que o burnout total e suas dimensões (pessoal, acadêmico,
relacionados a colegas e aos professores) apresentaram associação
estatisticamente significativa com IS em todos os modelos de análise. As variáveis
associadas à IS foram ser não heterossexual, autorrelato de diagnóstico médico de
depressão, tabagismo, ausência de atividade física, cor da pele não-branca e
maiores pontuações na escala de burnout. Foram associadas ao burnout a violência
verbal, ser do sexo feminino, autorrelato de diagnóstico médico de ansiedade,
ausência de atividade física, violência sexual na universidade, ser não-heterossexual
e autorrelato de diagnóstico médico de depressão. Conclusão: Ainda há
necessidade de aprofundamento no estudo da associação entre burnout e IS em
estudantes de graduação, porém, ainda é necessário compreender mais
profundamente os efeitos que as variáveis exercem umas sobre as outras através de
estudos com diferentes delineamentos e populações.