TESTES DE ISOTROPIA UTILIZANDO VETORES DE MULTIPOLO EM PEQUENAS ESCALAS
Renan Alves de Oliveira, Thiago Pereira
Data da defesa: 14/09/2018
A detecção das flutuações de temperatura da Radiação Cósmica de Fundo só foi possível devido ao lançamento sucessivo de sondas espaciais equipadas com instrumentos mais sensíveis. A partir dessas medidas, diversas concepções cosmológicas puderam ser testadas. Uma delas é o Princípio Cosmológico onde afirma que o universo é espacialmente isotrópico em escalas cosmológicas. O objetivo deste trabalho foi testar a isotropia do universo usando os dados obtidos pelo Satélite Planck das flutuações de temperatura, sendo estes convertidos em vetores de multipolo. As vantagens em se utilizar esse formalismo são à independência desses vetores a qualquer modelo físico e a um sistema de coordenadas. O teste de isotropia utilizado consistiu em simular mapas cosmológicos mascarados e com ruído instrumental isotrópico com a finalidade de se obter um perfil da distribuição dos vetores de multipolo até ` = 1500. Para uma comparação dos dados observados com os simulados, foram realizados testes de χ2 , obtendo-se valores−p em várias escalas de interesse cosmológico.
PERTURBAÇÕES TENSORIAIS EM UNIVERSOS ANISOTROPICAMENTE CURVOS
Felipe Oliveira Franco, Thiago dos Santos Pereira
Data da defesa: 24/02/2017
Além de se expandir anisotropicamente, o universo pode também ser anisotrópico ao nível de sua curvatura (espacial). Em particular, modelos com curvatura anisotrópica explicam tanto a fenomenologia do modelo ΛCDM quanto a isotropia e homogeneidade da CMB em primeira aproximação (espaço-tempo de fundo). Assim, eles oferecem um exemplo interessante e viável onde o princípio cosmológico não é justificado a partir dos dados observacionais. Neste tra- balho extraímos a dinâmica linear das perturbações tensoriais em duas classes de cosmologias com curvatura espacial anisotrópica. Duas dificuldades surgem em comparação com o mesmo cálculo em cosmologias isotrópicas. A primeira delas vem do fato de que as duas polarizações do tensor não se comportam como um campo de spin-2, mas sim como os componentes irre- dutíveis de spin-0 e spin-1 de um campo tensorial simétrico, transverso e sem-traço, cada um com sua própria dinâmica. A segunda dificuldade acontece porque as perturbações métricas são algebricamente acopladas, e, portanto, não se pode ignorar modos escalares e vetoriais focando apenas nos modos tensoriais — mesmo que estejamos interessado neste último — sob o risco de se obter as equações de movimento erradas. Nós ilustramos nossos resultados encontrando soluções analíticas e avaliando os espectros de potência das polarizações tensoriais em um uni- verso dominado pela radiação. Concluímos com alguns comentários sobre como esses modelos poderiam ser confrontados com experiências futuras sobre polarização da CMB.