A FUNÇÃO CRÍTICA DO ÓCIO: A EDUCAÇÃO NO PERÍODO INTERMEDIÁRIO DE NIETZSCHE

Dissertação de mestrado

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Resumo

Ao abandonar os ideais de Schopenhauer e Wagner, sobretudo por identificar neles a reprodução de aspectos nocivos da Modernidade, Nietzsche escreve Humano, Demasiado Humano e inaugura uma nova fase em sua filosofia, que pode se caracterizar como uma reconciliação com a ciência a fim de combater a influência moral, religiosa e metafísica para a construção de uma cultura superior que toma a Grécia Antiga como aspiração. Em um aforismo intitulado Em favor dos ociosos, Nietzsche expõe a decadência dos eruditos e dos chamados “homens ativos” e a incapacidade destes de fruir uma vida contemplativa. A partir da valorização que o filósofo concebe ao ócio e à contemplação, intende-se mapear suas concepções de modo a inseri-las no problema da educação oriunda da Modernidade, questionar sua relevância no Cultivo de Si, discutir a figura do espírito livre neste âmbito, e identificar a ambiguidade da ciência no período intermediário de sua produção tomando o perspectivismo como parâmetro.