Teses e Dissertações
Palavra-chave: Nietzsche
ANTITERRA, TERRA E VONTADE DE PODER: A CONSTITUIÇÃO DO MUNDO NA FILOSOFIA DE F. NIETZSCHE
Marcelo Martins Kretsch, José Fernandes Weber
Data da defesa: 27/01/2025
A presente dissertação abordará a noção de terra e vontade de poder na filosofia de
Friedrich W. Nietzsche (1844-1900), objetivando destacar a construção de uma perspectiva
contrametafísica de mundo. Nessa direção, primeiramente, propõem-se apresentar a perspectiva
metafísica, enfatizando sua relação negativa e fechada para com o mundo que forma uma
antiterra, uma imprecação contra a terra e a vida, a fim de destacar a perda do mundo para o
niilismo. Em um segundo momento, pretende-se expor a constatação, bem como a crítica, de
Nietzsche, sintetizada na noção de Morte de Deus, à história da idealidade, buscando solapar e,
sobretudo, ultrapassar, os pontos que constituíram o limiar da metafísica, a saber, suas
delimitações e circunscrições. Por fim, busca-se dar destaque à construção de um projeto de
contrametafísica de mundo que, ao contrapor aspectos negativos e fechados da metafísica,
compromete-se com o horizonte de possibilidades terrestres, a fim de destacar a vontade de
poder, tanto no seu caráter antropológico, quanto no seu caráter cosmológico, como perspectiva
aberta, bem como afirmativa, de terra e vid
A FUNÇÃO CRÍTICA DO ÓCIO: A EDUCAÇÃO NO PERÍODO INTERMEDIÁRIO DE NIETZSCHE
Gabriel Mazamboni Pontes, José Fernandes Weber
Data da defesa: 14/04/2023
Ao abandonar os ideais de Schopenhauer e Wagner, sobretudo por identificar neles a reprodução de aspectos nocivos da Modernidade, Nietzsche escreve Humano, Demasiado Humano e inaugura uma nova fase em sua filosofia, que pode se caracterizar como uma reconciliação com a ciência a fim de combater a influência moral, religiosa e metafísica para a construção de uma cultura superior que toma a Grécia Antiga como aspiração. Em um aforismo intitulado Em favor dos ociosos, Nietzsche expõe a decadência dos eruditos e dos chamados “homens ativos” e a incapacidade destes de fruir uma vida contemplativa. A partir da valorização que o filósofo concebe ao ócio e à contemplação, intende-se mapear suas concepções de modo a inseri-las no problema da educação oriunda da Modernidade, questionar sua relevância no Cultivo de Si, discutir a figura do espírito livre neste âmbito, e identificar a ambiguidade da ciência no período intermediário de sua produção tomando o perspectivismo como parâmetro.