Ansiedade e Depressão nas Equipes de Odontologia da Rede Pública do Município de Londrina
Maura Sassahara Higasi, Paulo Roberto Gutierrez
Data da defesa: 29/07/2004
O trabalho representa um elemento importante para a interação social do homem. Atualmente existe uma preocupação com a saúde do trabalhador, pois, ao mesmo tempo em que o serviço motiva e gratifica, pode provocar desgaste físico e/ou mental influindo na qualidade de vida. O presente estudo, do tipo transversal, tem por objetivo definir o perfil sócio-demográfico das Equipes de Odontologia da rede pública do Município de Londrina, assim como identificar traços de ansiedade e rastrear sintomas depressão. Participaram da pesquisa 58 cirurgiões-dentistas e 117 auxiliares que exercem suas atividades nas Unidades Básicas das zonas urbana e rural, respondendo um questionário auto-aplicável contendo questões estruturadas, a Escala de A-Traço do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e a Escala de Rastreamento Populacional para Depressão CES-D. Os profissionais estudados são predominantemente adultos jovens, do sexo feminino e estado civil casado. A idade média entre os dentistas foi de 37,7 anos e o tempo de atividade na profissão variou de 7 a 27 anos, para as auxiliares a idade média foi de 36,7 anos e o tempo de atividade profissional predominante variou entre 10 e 20 anos. Não foi possível encontrar correlações estatisticamente significativas entre as médias das escalas do A-Traço e do CES-D com a maioria das variáveis de perfil sócio demográfico e características profissionais, exceto para as médias da variável referente à existência de companheiro na Escala A-Traço. Conclui-se que os profissionais das equipes de odontologia não apresentam traço de ansiedade e sintomas depressivos, possivelmente por utilizarem estratégias de defesa transformando o sofrimento patogênico em sofrimento criativo.