Dermatomicoses em idosos de uma instituição de longa permanência em Londrina, Paraná
Marcia Cristina Moreira Menoncin, Marcos Aparecido Sarria Cabrera
Data da defesa: 18/12/2013
O crescimento da população idosa tem incentivado medidas políticas para a melhoria da saúde e da qualidade de vida de idosos em instituições de longa permanência. Este estudo teve como objetivo analisar as dermatomicoses em idosos de uma instituição de longa permanência do município de Londrina – Paraná. Os dados foram coletados mediante aplicação de formulário e exame físico da pele e das mucosas. A população foi constituída por 89 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, com idade média de 75,6 anos e tempo médio de institucionalização de 7,2 anos. O sexo masculino representou 57,3% dos indivíduos e o feminino, 42,7%. A maior parte (61,8%) estava alocada em enfermarias, devido ao maior grau de dependência funcional. Identificou-se elevada prevalência das dermatomicoses (67,4%), sendo mais frequentes nos idosos masculinos, responsáveis por 66,4% dos casos. A maioria apresentou apenas uma infecção, e os pés foram o local de maior detecção (48,3%). Observou-se associação entre a presença de infecção e o tipo de habitação, com maior prevalência na população dos quartos, considerada funcionalmente independente e cujos cuidados de higiene eram realizados de forma autônoma. Apenas 7% dos idosos infectados se queixaram de prurido no local da lesão. Concluiu-se que as dermatomicoses são desordens de grande representatividade na população idosa institucionalizada e que medidas preventivas precisam ser reconhecidas e implementadas, destacando-se a monitorização e supervisão do autocuidado praticado por idosos independentes.