Cárie Dentária em Homens Jovens: Prevalência, Severidade e Fatores Associados
Marcelo Augusto do Amaral, Luiza Nakama
Data da defesa: 02/04/2004
O objetivo do presente trabalho foi identificar a prevalência e severidade da cárie dentária, bem como necessidades de tratamento odontológico, além de testar sua associação com variáveis socioeconômicas em jovens de 18 anos de idade do sexo masculino em Maringá, Paraná, Brasil. Foi realizado um estudo transversal em uma amostra aleatória de alistandos (n=241) do Exército Brasileiro. Foram utilizados os critérios de diagnóstico da Organização Mundial de Saúde. Utilizou-se um questionário socioeconômico para aferir a escolaridade do alistando e de seus pais e a renda familiar, e o Critério de Classificação Econômica Brasil da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa. Associações entre a prevalência de cárie, o índice CPO-D e seus componentes, a necessidade de tratamento e as variáveis socioeconômicas foram avaliadas por meio dos testes Qui-quadrado, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, respectivamente. A prevalência de cárie foi de 82,6% e o índice CPO-D médio foi igual a 4,6. Apenas 0,8 dente por indivíduo, em média, apresentou-se com necessidade de tratamento. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas na prevalência e severidade de cárie (CPO-D), sendo os piores indicadores verificados nos grupos de baixa renda e poder aquisitivo, indicando a necessidade de implantação de políticas sociais que contemplem aquelas populações, com o intuito de diminuir o diferencial nos indicadores do processo saúde-doença. Por outro lado, as necessidades de tratamento associaram-se somente à variável Critério de Classificação Econômica Brasil (p<0,05).
Saúde Bucal dos Homens Jovens: Ponta Grossa, Paraná-Brasil
Claudia Saveli, Luiz Cordoni Junior
Data da defesa: 31/08/2006
O objetivo deste estudo foi conhecer o estado geral de saúde dos jovens de 18 anos do sexo masculino de Ponta Grossa, Paraná, Brasil e como se dá o acesso aos serviços odontológicos. A metodologia utilizada foi de um estudo transversal em uma amostra aleatória de alistandos (n= 421) do Exército Brasileiro. O instrumento de coleta de dados foi o utilizado no levantamento nacional SBBRASIL, e para aferir o motivo dos jovens que nunca foram ao dentista o instrumento utilizado e pré-testado baseou-se na literatura. Associações entre prevalência de cárie, índice CPO-D e seus componentes com as variáveis estudadas foram avaliadas por meio do teste de Kruskall-Wallis. A prevalência de cárie foi de 75,54% e o índice CPO-D médio foi igual a 6,02. Obteve-se o percentual de 21,5% de jovens que necessitavam de tratamento odontológico. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas entre prevalência de cárie dentária e nível sócio – econômico, sendo os grupos de menor escolaridade e renda os com piores indicadores. Averiguou-se que 55,58% apresentavam doença periodontal, e em média 3,34 dos sextantes apresentavam sangramento. Dentre os 5,5% de jovens que apresentavam alteração de tecido mole, a presença de “piercing” foi a mais encontrada. Na amostra obtida encontrou-se o percentual de 7,13% de entrevistados que nunca foram ao dentista, e os dos que foram 52,43% utilizaram o serviço público, sendo o motivo de maior procura por consulta de rotina e manutenção. Grande maioria dos jovens considerou o atendimento de bom a ótimo. Observou-se que quanto melhor a autopercepção do jovem em relação à sua saúde bucal menor o índice CPO-D (p =0,00). O estudo considerou que o profissional da Odontologia vem a ser o ator principal no processo saúde /doença bucal e o maior responsável para que a situação das condições bucais venha a melhorar.