Nome social como política pública nas universidades estaduais do Paraná : coalizões, permanências e persistências
Aline Oliveira Gomes da Silva, Angela Maria de Sousa Lima
Data da defesa: 12/12/2017
Este trabalho, em seara das ciências sociais, converge sua atenção para as universidades estaduais do Paraná, centralizando seu objetivo em analisar o processo de regulamentação do uso do Nome Social para identificação de gênero envolvendo estudantes de graduação, professores, professoras, servidores e servidoras, com enfoque especial à forma de regulamentação da política em referência na Universidade Estadual de Londrina (UEL), entidade eleita em razão de essa universidade encontrar-se em processo de regulamentação do uso do Nome Social de seu pessoal quando a presente pesquisa foi realizada. Diante dessas questões, três perguntas-chave norteiam a dissertação: como ocorrem as discussões sobre as regulamentações do uso do Nome Social nos diversos espaços das universidades estaduais do Paraná? O que há de especificidades no caso da UEL? Que relações existem entre a política pública do uso do Nome Social com as políticas de permanência estudantil no Ensino Superior do Paraná? Como metodologia, optou-se pelo aporte teórico-metodológico do modelo de Coalizões de Defesa (MCD ou Advocacy Coalition Framework - ACF), buscando analisar como os grupos de atores e de atrizes, constituído por políticos, comunidade científica, militantes, movimentos sociais, docentes, estudantes, servidores técnicos, entre outros, têm se organizado diante da política pública envolvendo o Nome Social no estado do Paraná Como procedimentos de investigação, nesta pesquisa qualitativa, utiliza-se a análise documental, a revisão bibliográfica, os questionários abertos com as atrizes e os atores sociais que já utilizam o Nome Social. O estudo parte do pressuposto de que a universidade pública tem papel de destaque na difusão de teorias/práticas legitimadoras de direitos, num constante combate a toda forma de desigualdade, violência e discriminação. Estuda-se se a forma como a universidade assume seu papel sociocultural e político pode facilitar ou dificultar o acesso e a permanência de estudantes transgêneros, travestis e transexuais.
Desafios da permanência estudantil para a população alvo da educação especial nas universidades estaduais do Paraná : foco na UEL
Thayara Rocha Silva, Angela Maria de Sousa Lima
Data da defesa: 28/09/2017
Nesse trabalho, nos propusemos a analisar sociologicamente como vem sendo desenvolvidos os serviços institucionais voltados às políticas de acesso e de permanência das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas sete universidades estaduais do Paraná, com foco maior na UEL, sendo elas: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Do mesmo modo, nos preocupamos em compreender como essas mesmas instituições públicas de Ensino Superior têm se articulado coletivamente para responder as demandas político-pedagógicas e os desafios estruturais enfrentados atualmente, sobretudo através de fóruns permanentes. De caráter qualitativo, este estudo foi composto por levantamentos bibliográficos; pela análise de documentos nacionais, estaduais e cada universidade escolhida; por levantamento de informações solicitadas por mensagens eletrônicas; pela análise de jornais acessados online; por observações na UEL, sobretudo no NAC (Núcleo de Acessibilidade) e nos eventos promovidos pelo Fórum Estadual de Educação Especial das IES do Paraná, inclusive com aplicação de questionário impresso. Enfim, inúmeras se mostram as tentativas coletivas e as persistências na busca pela democratização de acesso e de permanência dos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidade/superdotação nas sete universidades estaduais do Paraná, mas, no mesmo patamar de grandeza estão as inúmeras dificuldades e barreiras enfrentadas por técnicos, docentes e especialmente pelos estudantes na luta pelas políticas de acessibilidade nessas instituições públicas. Por isso, a relevância da ampliação de estudos nesta área, neste caso sob o olhar das Ciências Sociais. Os resultados da investigação revelaram que já se pode enumerar alguns avanços na área da inclusão e de acessibilidade, sobretudo no que tange às políticas curriculares nacionais e estaduais. Mas, é igualmente relevante apontar os desafios, as lacunas, as barreiras e as distâncias neste vasto caminho que ainda separa as necessidades das populações alvo da Educação Especial das políticas educacionais de ensino superior.