1. Literatura e técnica

Representação das transformações tecnológicas e de seus impactos sociais no texto literário. Do manuscrito ao hipertexto: como os meios técnicos determinam a produção e a circulação da literatura, por exemplo, os manuscritos, o concretismo, a geração mimeógrafo, entre outros.

2. Materialidades da literatura

Relações do texto literário com o suporte de inscrição, isto é, em que medida os suportes que acolhem a literatura participam e até determinam o processo de significação. Ainda: o contexto de produção, circulação e recepção do texto literário, os paratextos editoriais, a tipografia etc.

3. Literatura, outras artes e mídias

Relações do texto literário com a pintura, o cinema, a fotografia, a música, as mídias digitais, entre outros. Trata-se de verificar como o texto literário absorve outras mídias e/ou como essas mídias modificam o próprio estatuto literário.

4. Literatura e digitalidade

A produção, a circulação e a recepção de textos literários no ambiente digital. Como o meio digital modifica as noções de originalidade, de autoria e mesmo o estatuto do leitor; o hipertexto; os arquivos digitais; a percepção háptica no processo de recepção etc.

5. Intermidialidade e os estudos da cena

Arte plurimidiática por excelência, o teatro envolve o texto, a voz, o corpo. Espetáculos que fazem referência à pintura, ao cinema, à literatura; as instalações; as performances; a ruptura com o paradigma realista etc.

6. Estudos da adaptação

Diferentes processos intermidiáticos que envolvem à transposição midiática, isto é, como são criados novos textos e novas mídias, o que se perde e o que se ganha na passagem de uma mídia para outra; por exemplo, do teatro, da literatura e das HQs para o cinema; da literatura para as HQs, do cinema para a literatura etc.

7. Poesia, oralidade e ritmo

Relações entre a voz e a escrita; significância e ritmo; modos de produção e recepção da poesia oral. Canção, sarau, rap, poesia popular, performances etc.

8. Corpos, paisagens e experiências na literatura e no cinema

A ampla dimensão da ideia de paisagem permite a reflexão acerca de suas formas e sentidos nas mais diversas áreas do conhecimento, posto se fazer como um lugar de multiplicidade e atravessamentos. Sobretudo no campo da arte, a paisagem é compreendida como uma manifestação cultural, como um ponto de vista, um modo de perceber e de pensar, sendo o resultado do encontro entre um corpo subjetivo e o corpo medial, o que faz dela uma experiência, um modo de habitar, de ser e se fazer no e com o mundo do sujeito humano. Partindo desse entendimento, o presente eixo direciona-se para trabalhos que problematizem, na literatura e no cinema, a dinâmica a entrelaçar corpo, paisagem e experiência.