IMPACTO DO MÉTODO DE IRRADIAÇÃO NAS PROPRIEDADES MICROESTRUTURAIS DE RESINAS COMPOSTAS ODONTOLÓGICAS DO TIPO BULK FILL
Daina Dayana Arenas Buelvas, Eduardo Di Mauro
Data da defesa: 14/03/2019
Os materiais resinosos compostos utilizados em Medicina Oral e Restauradora requerem propriedades microestruturais que lhes confiram os requisitos necessários para o sucesso clínico. O objetivo desta pesquisa é estudar a influência do tempo e da potência de irradiação nas propriedades microestruturais de compósitos fotoativados do tipo Bulk Fill (RCBF). Para isso, três RCBF foram estudadas em função do protocolo de fotoativação (P) utilizado. Os materiais estudados foram: Tetric N-Ceram- TNF, Opus Bulk Fill- OBF e Filtek Bulk Fill Flow- FBFF, separadas em três grupos em função de P: 𝑃 0 – grupo controle; 𝑃 1 - 1000 𝑚𝑊 ⁄ 𝑐𝑚 2 , 20 seg; e 𝑃 2 – 3200 𝑚𝑊 ⁄ 𝑐𝑚 2 , 6 seg. As propriedades microestruturais como: grau de conversão (GC), perfil de porosidade, contração de polimerização, tensão de contração, grau de cristalinidade e morfologia das partículas poliméricas (ou aglomerados), foram estudadas por médio da espectroscopia por Transformada de Fourier, Microtomografia de raios-X (micro-CT), Difração de Raios-X (DRX), e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), respectivamente. Os dados foram tabulados e tratados estatisticamente. Os resultados mostraram que GC foi máximo para OBF e mínimo para TNF, isto independente de P. 𝑃 1 resultou em maiores valores de GC para as três RCBF analisadas. Todas as RCBF exibiram contração de polimerização e tensão de contração independente de P, tendo a FBFF exibido os maiores valores entre as amostras, ambos para 𝑃 1 e 𝑃 2 . 𝑃 2 apresentou maiores valores de contração para todas as RCBF. TNF mostrou maior porosidade absoluta, independente de P. Não foi evidenciada alteração da cristalinidade das RCBF em função de P. A morfologia das RCBF foi influenciada por P. Para 𝑃 1 as RCBF apresentaram uma morfologia menos homogênea e com tamanho maior nas partículas. Pode-se concluir que os protocolos de fotoativação afetam as propriedades microestruturais, de forma que 𝑃 1 resulta em, propriedades físico-mecânicas mais desejáveis para a aplicação clínica.
Molecular Mobility of Crude Oils via Electron Paramagnetic Resonance of Organic Free Radicals
Alamzeb Khan, Eduardo Di Mauro
Data da defesa: 05/06/2019
A presente pesquisa tem como objetivo propor um novo método para prever a mobilidade molecular de óleos por RPE de radicais livres, em que se utilizou da técnica de espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica (RPE), para investigar as propriedades de mobilidade molecular em diferentes amostras de petróleo bruto originário do Paquistão. As amostras testadas pertencem à natureza parafínica e aromática, dessa forma, experimentos de RPE na banda X com variação de temperatura (298-553K) foram realizados para prever a mobilidade molecular em ambas as amostras, resultando na análise quanto à largura da linha do sinal de radicais livres orgânicos. Para medir a viscosidade das amostras, utilizamos o Reômetro MCR Série 301, com intuito de verificar a mobilidade das amostras de óleo, em que se constatou a mudança nos valores das viscosidades, devido à natureza e composição dos diferentes óleos. Os estudos de largura de linha no espectro RPE do radical livre orgânico exibiram mudanças significativas com as variações na condição de temperatura, o qual é um parâmetro importante para detectar alterações na mobilidade molecular das amostras, levando a determinar os diferentes regimes de mobilidade de óleos em distintos níveis de temperaturas. Como resultado, identificamos que: (i) as larguras de linha das amostras de petróleo bruto foram afetadas também pela temperatura, embora, o valor g tenha se apresentado constante, revelando a mudança na estrutura química e no ambiente circundante dos radicais livres durante as analises; e (ii) Referente ao radical livre, as concentrações seguem as tendências em toda a faixa de temperatura, primeiro resultando em seu aumento e depois na sua diminuição. Nossa hipótese inicial aponta que isso possa ter sido atribuído ao mecanismo concorrente das gerações e a decomposição dos radicais livres.