Teses e Dissertações
Palavra-chave: Responsabilidade moral
RESPONSABILIDADE MORAL EM DAVID HUME: UMA LEITURA NATURALISTA
Karlos Kened Pontes da Silva, Aguinaldo Pavão
Data da defesa: 26/04/2024
Entre outros assuntos, David Hume trata em seus escritos sobre a questão da
liberdade e necessidade. Esta questão diz respeito a saber se as ações voluntárias
são necessárias tal como as operações da matéria, bem como em que sentido
podemos compreendê-las enquanto ações livres. O filósofo conclui que as ações
voluntárias são tão necessárias quanto as operações da matéria e,
consequentemente, a liberdade compreendida enquanto ausência de necessidade
não deve existir. Sendo assim, é possível que o agente seja responsabilizado por
ações voluntárias? É denominada naturalista a interpretação segundo a qual a
abordagem de Hume ao problema da responsabilidade moral passa pela
compreensão da natureza e condições do sentimento moral, uma vez que em sua
filosofia responsabilizar moralmente um agente é torná-lo objeto do sentimento moral
de alguém. Tendo a interpretação naturalista como hipótese de trabalho, a pesquisa
tem por objetivo investigar as condições e a natureza da responsabilidade moral na
filosofia de Hume. Para tanto, buscamos analisar em que consiste o problema da
responsabilidade moral frente ao determinismo das ações, em que medida a filosofia
de Hume pode ser compreendida enquanto um naturalismo, e, qual é o papel que o
sentimento moral ocupa na filosofia de Hume frente ao problema da responsabilidade
moral.
A liberdade intelectual em Schopenhauer
Antonio Alves Pereira Junior, Prof. Dr. Aguinaldo Antonio Cavalheiro Pavão
Data da defesa: 16/12/2022
O objetivo principal da presente dissertação é a investigação sobre a formação e significação do conceito de liberdade intelectual que surge em Schopenhauer na obra Sobre a liberdade da vontade e aparece vez ou outra de modo direto ou indireto em outras de suas obras. No entanto, muitos conceitos importantes das discussões filosóficas schopenhauerianas também são trabalhados e abordados sob a perspectiva de aumentar a compreensão e de fornecer um detalhado e pormenorizado estudo da liberdade. São esses conceitos principalmente a responsabilidade moral, a justiça eterna, as formas de causalidade, a negação da vontade, o fatalismo e a loucura, que dão como que o intervalo tonal e compõem o campo harmônico para vez ou outra, recorrer de novo à tonalidade principal, ou seja, à liberdade intelectual. Uma importante reflexão levantada ao final da dissertação e que se configura como uma das suas principais contribuições para a comunidade filosófica schopenhaueriana especializada se trata da hipótese de pensar a loucura, no âmbito da filosofia e do entendimento de Schopenhauer, como que deslocada da estética para a ética, de modo a entendê-la não apenas como rompimento do fio da memória, mas também como estando nos santos e negadores da vontade como loucura divinatória, nas palavras de Sócrates e expostas por Platão, tal como busquei mostrar.