Avaliação econômica dos gastos com saúde pública dos principais municípios paranaenses
Marcelo Ortega Massambani, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 28/06/2013
O objetivo da pesquisa é analisar os gastos e os principais indicadores de saúde pública, comparativamente entre os principais municípios e suas Regionais de Saúde do estado do Paraná no período de 2000 a 2011. Os procedimentos metodológicos adotados para a realização do estudo envolvem a revisão dos aspectos teóricos, coleta dos dados, a criação de Indicadores de Qualidade da Saúde e a aplicação do modelo econométrico denominado de Ajustes de Poligonais. A base de dados parte do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde, que após tabulado, foi atualizado pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna e agrupado por municípios e ou Regionais de Saúde, os dados sobre mortalidade infantil municipal partem do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do SUS, os dados de internamentos foram coletados do Ministério da Saúde pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS. A hipótese deste trabalho é que as legislações na área de saúde pública causaram impactos nos indicadores de desempenho, nas Regionais de Saúde e nos municípios, ou seja, podem ser verificadas as possíveis diferenças e assimetrias regionais, após a implementação do novo marco institucional do “Pacto pela Saúde” em 2006. Os resultados encontrados revelam que houve evolução positiva nos gastos com saúde pública per capita em todas as regiões brasileiras no período em análise, inclusive para o estado do Paraná. Em nível municipal constatou-se que Londrina possui gastos superiores aos demais municípios analisados, porém com a menor taxa de crescimento, apenas 4,5% em doze anos, enquanto Maringá cresceu 27%, Curitiba 48,6%, e Foz do Iguaçu 114,2%. Pelo Indicador de Qualidade da Saúde que relaciona os gastos per capita em saúde pública à taxa de mortalidade infantil, constatou-se que Londrina possui o pior índice, com um crescimento de apenas 47,7%, Maringá, por exemplo, cresceu 105,6%, Curitiba 116,5%, Foz do Iguaçu 171,2%, o Paraná 170,0% e o Brasil, com o melhor índice e um crescimento de 190,2%. As análises dos resultados do modelo de ajustes de poligonais mostram que, após a quebra estrutural, Londrina apresenta, em média, um crescimento na participação dos gastos públicos com saúde de 3,86% comparado à Curitiba, de 2,50% em relação à Maringá e de 2,71% em relação ao município de Foz do Iguaçu. Na média, Londrina obteve participação superior nos gastos totais com saúde pública per capita de 22,29%, 11,34% e 34,59% comparativamente entre os municípios de Curitiba; Maringá e Foz do Iguaçu respectivamente.
Avaliação do ciclo de vida do etanol combustível : uma análise econômica, social e ambiental
Sidinei Silvério da Silva, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 18/05/2012
O objetivo deste trabalho consiste em analisar por meio da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), os aspectos econômicos, sociais e ambientais, concernentes à produção do etanol hidratado, a partir da cana-de-açúcar, na Unidade Paranacity do Grupo Santa Terezinha. Os procedimentos metodológicos adotados são descritos a seguir: revisão de literatura, coleta de dados e aplicação do método Centre for Environmental Science of Leiden University (CML) 2000, seguindo recomendações da série ISO 14040. A análise dos resultados permite concluir que quanto aos aspectos econômicos e sociais, a agroindústria canavieira no Brasil, Paraná e em Paranacity-PR, nos últimos 20 anos, tem aumentado a área de plantio, as quantidades de cana processada, açúcar e etanol produzidos, gerando emprego e renda, contribuindo para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) e para a arrecadação tributária, incrementando divisas e investimentos em P&D. Quanto aos aspectos ambientais do ciclo de vida do etanol hidratado produzido na Unidade Paranacity do Grupo Santa Terezinha, a fase agrícola representa, relativamente, o maior impacto ambiental potencial quando confrontada com a etapa industrial e de transporte do biocombustível ao Porto de Paranaguá. O destaque para as categorias de impacto ficam por conta das categorias atreladas às questões de Toxicidade Humana e Ecotoxicidade em Águas Doces, em que a relevância do plantio da cana-de-açúcar supera a contribuição de 90%. As interferências ambientais da fase agrícola somente não se manifestam na Depleção da Camada de Ozônio. Para as demais fases deste ciclo de vida, os ápices de relevância para a fermentação do etanol e do transporte do produto ocorrem, respectivamente, nas categorias de Eutrofização e Depleção da Camada de Ozônio. Em última análise, pelos resultados apresentados nas categorias de impacto, a conclusão do estudo confirma a hipótese de que o etanol hidratado pode ser considerado um combustível renovável, porém, não limpo.
Avaliação comparativa da eficiência dos gastos públicos com saúde nos municípios paranaenses
Ovídio Cesar Barbosa, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 28/07/2014
O objetivo do estudo é avaliar a eficiência dos gastos públicos em saúde nos municípios paranaenses, verificando quais deles melhor otimizam os recursos disponíveis, consequentemente ofertando mais e melhores serviços à população. Comparou-se os recursos financeiros disponibilizados para as ações de saúde, relacionando-os com a qualidade de vida da população de cada município do estado do Paraná, pois, entende-se por qualidade de vida o resultado dos indicadores de mortalidade e longevidade. Neste enfoque, primeiramente procurou-se caracterizar a saúde pública no Brasil, no estado do Paraná e em seus municípios. Inicialmente foram selecionadas trinta e cinco variáveis, as quais refletem as boas condições de saúde – saneamento, renda, educação, infraestrutura, profissionais de saúde, etc. Com as variáveis de mortalidade e longevidade – mortalidade infantil, mortalidade até os 5 anos, expectativa de vida e probabilidade de atingir 60 anos - construiu-se um Indicador de Desempenho para cada município do estado (ID), o qual foi utilizado como produto de saúde. As outras trinta e uma variáveis, através do método matemático Análise Fatorial foram reduzidas para cinco, esta técnica possibilitou diminuir o alto grau de correlação existente entre as variáveis originais que foram utilizadas como insumo ou entradas. O ID e as variáveis de entrada transformaram-se na base para a construção da fronteira de eficiência. Para construir a fronteira de eficiência e de ineficiência foi utilizado o método não paramétrico Análise Envoltória de Dados – DEA com retornos constantes de escala e voltado à produto. Após a construção da fronteira de eficiência e ineficiência, foi feito o ranking por município e por regional de saúde, localizando-os no mapa do estado segundo este ranking. Com relação às variáveis que dizem respeito aos gastos com saúde, o período analisado foi de 2007 a 2010, as informações sobre a população são referentes ao Censo 2010 e as relacionadas à infraestrutura e saúde da população, foram coletadas junto ao DATASUS. O trabalho contempla todos os municípios do estado do Paraná. Através da análise dos resultados verificou-se que o município de Colombo possui o melhor indicador de desempenho, enquanto que os municípios de Cruzmaltina e Cantagalo têm os pior indicadores de desempenho do Estado. Com relação à fronteira de eficiência padrão (EP), dezesseis municípios possuem os melhores indicadores enquanto que o município de Cantagalo possui o pior indicador. A Regional de Saúde que obteve o melhor desempenho no EP foi Foz do Iguaçú, o pior pertence à Telêmaco Borba, No tocante à eficiência normalizada, o município de Altônia foi considerado o que possui o melhor indicador e novamente Cantagalo encontra-se na última colocação. Com o estudo foi possível concluir que o ID é preponderante na definição da eficiência ou ineficiência, aqueles que mesmo com quantidades menores de insumos souberam equacioná-los melhor, tem um produto melhor em saúde. Constatou-se também que apenas dois municípios localizados na fronteira de produção (EP 1,0) tem população acima de cinquenta mil habitantes, no entanto, os municípios com estratos populacionais maiores, também apresentaram os melhores EP.
Arborização urbana de Londrina-PR, Brasil : custos, dendrometria e sequestro de carbono
Adilson Padovan Junior, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 09/12/2019
A arborização urbana contribui para melhor qualidade de vida nas cidades propiciando proteção contra ventos, sombreamento, diminuição da poluição sonora, absorção da poluição atmosférica (𝐶𝑂2), diminuição das ilhas de calor e acolhimento da biodiversidade. Porém, como todo ser vivo, as árvores passam por um ciclo de vida que envolve nascimento, crescimento, reprodução e falecimento. Por se tratar de ambientes controlados, as cidades nem sempre oferecem a melhor qualidade de vida para as árvores, sendo necessário então um planejamento e manutenção que envolvem vários serviços, incluindo o plantio, poda, erradicação e destoca. Desse modo, o objetivo foi analisar a gestão econômica, ambiental e social da arborização urbana para as árvores de rua do município de Londrina – Paraná, Brasil no ano de 2019. O método do estudo de caso exploratório, se valeu da composição dos custos e valoração dos serviços para o plano de arborização urbana de modo a se adaptar ao contexto e necessidades do município, compondo assim os termos de referência e as planilhas de custos para os serviços selecionados. Para a estimativa da biomassa e do sequestro de carbono oriundo das árvores de Londrina-Paraná utilizou-se da Dendrometria, método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e modelo Log-Lin. Portanto, os custos relativos a poda de condução, destoca, poda de adequação e erradicação (serviços necessários ao município) representou o valor de R$2.041.052,89 em 2019. Já para a estimativa da biomassa arbórea e sequestro de carbono (𝐶𝑂2) de 41.000 árvores de rua foram criados três cenários hipotéticos cujos valores obtidos variaram de 86.287,79 toneladas (t) a 113.054,05 toneladas (t) de carbono sequestrado pelos indivíduos arbóreos. Os valores podem ser considerados significativos, portanto para uma gestão econômica e ambiental sustentável é necessário planejamento para o correto manejo das árvores fazendo com que se possa atingir o máximo benefício mútuo, ou seja, árvores saudáveis (com a manutenção correta) possuem mais biomassa, aumentando o sequestro de carbono (além de outros benefícios) e consequentemente melhorando a qualidade de vida nos centros urbanos.
Análise setorial do investimento estrangeiro direto e crescimento do Brasil
Giovani da Silva Oliveira, Katy Maia
Data da defesa: 29/07/2013
Este estudo tem como objetivo analisar a evolução do investimento estrangeiro direto (IDE) na indústria de transformação do Brasil, de 1996 a 2009, bem como examinar sua influência no crescimento do país, observando a interação entre a qualificação de mão de obra nos setores chaves da indústria e o fluxo de IED neste período. Para tanto, foram utilizados dados em painel para estimar uma equação Cobb-Douglas modificada. Os dados foram obtidos do Banco Central, Ministério do Trabalho/RAIS e Instituto Brasileiro de Geográfico e Estatística/PIA – Empresa. Os resultados encontrados sugerem que o fluxo de IED busca o diferencial de salários oferecido pela baixa qualificação da mão de obra empregada nos setores de atividade industrial para o período analisado. A variável que mensurou a interação entre o IED e os salários pagos aos trabalhadores qualificados (IEDwq) apresentou sinal negativo na estimação, confirmando a busca por diferenciais de salário por parte das EMN’s que realizaram fluxo de IED em direção à economia brasileira entre os anos de 1996 a 2009. Já a interação entre IED e os salários pagos aos trabalhadores menos qualificados (IEDwmq), mostrou que o IED por si só não promoveu o crescimento do produto dos setores analisados, mas sua interação com estes salários sim, conforme aponta o resultado encontrado.
Análise espacial da situação do esgotamento sanitário dos municípios do Estado do Paraná, Brasil
Eduardo Mattos de Piccole, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 08/07/2020
Esta dissertação buscou identificar a situação do esgotamento sanitário dos municípios do estado do Paraná, Brasil. Nesse sentido foi possível constatar que um sistema de esgotamento sanitário eficiente é de suma importância para a saúde pública, e precisa ser monitorado constantemente para atingir os parâmetros de lançamento do efluente nos corpos receptores, podendo acarretar desequilíbrios do ecossistema local e sérios danos ambientais. A metodologia utilizada consiste na análise exploratória de dados espaciais referente ao ano de 2013, utilizando o programa GeoDa. Por meio de mapas e do Índice de Moran, buscou-se observar a existência de auto correlação espacial, observações incomuns (valores extremos ou outliers), identificando a existência de clusters espaciais. Os resultados mostraram a existência de agrupamentos de cidades Alto-Alto nas mesorregiões Metropolitana, Centro-Oriental e Norte-Pioneiro, que são municípios que apresentam percentual adequado para atendimento ao sistema de esgotamento sanitário, e outros agrupamentos Baixo-Baixo localizado principalmente na mesorregião Centro-Ocidental, e Baixo-Alto, com agrupamentos menores espalhados por todo o Estado, expressando atendimento precário ao sistema de esgotamento sanitário. A pesquisa permite concluir que cidades de pequeno porte foram esquecidas pelos governantes e deixadas de lado pelas empresas de saneamento, tanto estatais quanto privadas, por não apresentarem perspectivas de lucro, sendo os agrupamentos de municípios necessitados de maiores investimentos em melhorias e implantação de sistemas de esgotamento sanitário. Estudos de caso podem ser realizados para analisar diferentes situações e suas causas, pois os parâmetros de lançamento em suas outorgas de direito está relacionado a classificação do corpo hídrico receptor. Novos estudos podem incorporar métricas de eficiência, como os parâmetros de lançamento exigidos por cada município, e outras variáveis explicativas utilizando análise exploratória de dados espaciais ou mesmo econometria ou estatística.
Análise espacial da produtividade da laranja dos municípios do estado de São Paulo : 2002-2010
Sarah Silveira Diniz, Márcia Regina Gabardo da Camara
Data da defesa: 21/12/2012
O objetivo geral desta pesquisa é analisar o padrão da produção e a localização espacial da produção de laranja no Estado de São Paulo, e as consequências do crescimento setorial para o desenvolvimento regional das regiões produtoras, para o período de 2002 e 2010. Os procedimentos metodológicos adotados para a realização do estudo foram: revisão de literatura, coleta de dados e aplicação da Análise Exploratória de Dados Espaciais, que tem como ferramenta o Índice de Moran para verificar a concentração espacial e a estimativa da função de produção da laranja em São Paulo. A revisão de literatura se baseia em concentração espacial, desenvolvimento local e nas características produtivas da laranja, atendendo à necessidade de conceituação e suporte teórico. O estudo trabalha com a hipótese de existência de forte concentração espacial no setor e espera encontrar clusters produtivos no Estado de São Paulo. Além de verificar a presença de clusters, o estudo fornece subsídios para a compreensão das implicações socioeconômicas da presença do complexo agroindustrial citrícola em determinadas regiões, através da análise exploratória de dados espaciais e realiza a estimativa da função de produção da laranja paulista. A análise dos resultados permite verificar que os municípios do Estado de São Paulo que apresentam alta produtividade no cultivo da laranja são cercados por municípios similares, caracterizando clusters produtivos, e a presença de associação espacial positiva. As análises bivariadas indicam a presença de associação espacial positiva na maior parte dos indicadores analisados, e negativa para o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. Os resultados obtidos permitem concluir que os efeitos derivados da presença do cultivo de laranja sobre determinada região são significativos e indicam uma associação espacial positiva entre essa presença e o desenvolvimento socioeconômico das regiões produtoras, com algumas ressalvas.
Análise espacial da pobreza nos municípios brasileiros no ano de 2010
Marcio Marconato, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 09/02/2015
O objetivo do estudo é analisar a pobreza nos municípios do Brasil no ano de 2010. Utilizou-se a metodologia de Análise Exploratória dos Dados Espaciais e a econometria espacial. Os resultados mostram que a pobreza não se distribui aleatoriamente entre os municípios brasileiros, ou seja, existe formação de agrupamentos com elevado número de pobres. O I de Moran revelou a existência da autocorrelação da pobreza nos municípios do Brasil, ocorrendo assim o impacto de vizinhança, ou seja, em determinadas regiões existem municípios com elevada taxa de pobreza e circunvizinhados por municípios na mesma situação. A análise bivariada mostra que a pobreza esta relacionada geograficamente e de forma negativa com a renda média por pessoa, com a taxa de urbanização e com o Programa Bolsa Família, assim municípios onde a pobreza é elevada a renda é baixa, a quantidade de pessoas residindo em área rural esta acima da média e o programa social Bolsa Família não atende efetivamente todas as famílias pobres. Ao confrontar a pobreza com o analfabetismo, o desemprego e o índice de Gini foi observada relação positiva, corroborando que os municípios com elevada taxa de pessoas miseráveis exibem alta concentração de renda, e percentual de pessoas analfabetas e desempregadas acima da média. Os modelos econométricos espaciais se mostraram mais adequado para analisar o impacto das variáveis explicativas na taxa de pobreza, sendo que o modelo com defasagem e erro espacial (SAC) apresentou o melhor ajuste. Os coeficientes revelam que os aumentos na renda e a ampliação dos programas sociais tendem a reduzir a taxa de pobreza, já o aumento no número de desempregados, de analfabetos elevam a taxa de pobreza assim como a concentração de renda. O estudo conclui que a pobreza esta concentrada em algumas regiões no Brasil, principalmente nas unidades municipais localizadas no Norte e Nordeste brasileiro. Os municípios situados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste contemplam taxa de pobreza abaixo da média. A taxa de analfabetismo, o desemprego e a concentração de renda tendem a aumentar a quantidade de pessoas pobres nos municípios do Brasil, ao passo que o atendimento do programa social Bolsa Família e a geração de renda fazem a taxa de pobreza diminuir. Os municípios onde há grande parcela da população residindo em áreas rurais tendem a apresentar elevada taxa de pobreza, assim são necessárias políticas públicas especificas para combater e diminuir o número de miseráveis nas localidades com essa característica.
Análise econômica da decomposição estrutural das variações das emissões atmosféricas no G-7 e BRIC
Almir Bruno Jacinto Tavares, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 15/12/2017
O presente trabalho tem como objetivo estimar a geração de poluição atmosférica, nos anos de 2000 a 2009, no grupo dos sete (G-7) composto por: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido; e nos países signatários do BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China. A metodologia da matriz insumo-produto aplicada utiliza a base de dados do World Input-Output Database (WIOD), que permite calcular os coeficientes de geração de emissões dos gases do efeito estufa (GEE) de acordo com os 34 setores elencados a partir da matriz insumo-produto mundial. O estudo abrange a decomposição estrutural das variações nas emissões atmosféricas dos GEE nestes países. Nos resultados constatou-se que nos efeitos intensidade e tecnologia os países do BRIC tiveram maiores acréscimos percentuais que os países do G-7. As observações do BRIC não podem ser unicamente relacionadas ao crescimento econômico, até porque neste período alguns países apresentaram baixo crescimento econômico, como o Brasil. Os recursos naturais em abundância presente nos países do BRIC e seu uso a partir de pouco controle institucional presume a piora dos resultados referente ao GEE em sua estrutura produtiva. No controle de emissões os resultados foram médios para EUA e Canadá e crescimento das emissões no Reino Unido, Alemanha e França. Já nos países do BRIC os piores resultados são da China e os melhores do Brasil, especialmente por possuir uma matriz energética composta por fontes de recursos naturais renováveis.
Análise dos determinantes de eficiência dos gastos públicos em saúde : uma abordagem entre países por grupo de renda
Daniel Guilherme Alves Bento, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 11/10/2019
Os dispêndios públicos com saúde, além de apresentarem constante aumento, possuem níveis de eficiência heterogêneas entre os países. Este trabalho, visa agregar delineamentos à tomada de decisão em políticas públicas de saúde, específicas a cada grupo de renda dos países. Para tanto, utilizou-se dados de 151 países, divididos em 4 grupos de renda, a partir da tradicional abordagem em dois estágios: estágio 1) estimou-se índices de eficiência e estágio 2) como fatores não discricionários os influenciam. Análise por Envoltória de Dados (DEA) e o Índice de Qualidade dos Gastos Públicos (IQGP) foram aplicados ao primeiro estágio, Análise de Painel Tobit e o algoritmo 1 de Simar e Wilson (2007) foram aplicados no segundo estágio. A utilização de duas metodologias para cada estágio, visou trazer melhor robustez ao trabalho. Os resultados apontam os escores do IQGP classificam mais unidades como eficientes relativamente ao DEA e que não comportam uma posterior regressão, mesmo a Tobit e Fracionada. Houve consideráveis diferenças entre os 4 estratos do estudo. Países de baixa renda, apresentaram influência positiva e estatisticamente significativa em seus índices de eficiência, para as variáveis ambientais PIB per capita, escolaridade e controle de corrupção. Enquanto a poluição, medida pelos níveis de emissão de CO2, apresentou relação negativa com a eficiência. Entretanto, países alta renda demonstraram influência negativa do PIB per capita na eficiência dos gastos públicos em saúde, tanto no modelo em painel quanto no transversal.