Análise do nível de eficiência na produção ambulatorial do SUS dos municípios paranaenses em 2013
Auberth Henrik Venson, Márcia Regina Gabardo da Camara
Data da defesa: 21/01/2016
O objetivo do estudo foi analisar o nível de eficiência na utilização dos recursos físicos disponíveis para a produção ambulatorial do SUS nos municípios do estado do Paraná e seus determinantes. Para isto foi empregada uma abordagem semiparamétrica em dois estágios. No primeiro estágio foi construída uma fronteira de eficiência não-paramétrica por meio da aplicação do modelo de Análise Envoltória de Dados (DEA), com retornos de escala variáveis e com orientação para o produto, tendo como produtos os procedimentos ambulatoriais realizados aprovados para pagamento divididos por grau de complexidade e como insumos as quantidades de ambulatórios, leitos ambulatoriais, equipamentos, médicos e profissionais não médicos disponíveis ao SUS. No segundo estágio para avaliar os determinantes da eficiência na produção ambulatorial dos municípios foram aplicados os modelos de regressão paramétricos tobit e logit ordenado. A partir dos resultados do modelo DEA, utilizado no primeiro estágio, foi verificado que 11,78% dos municípios foram plenamente eficientes; também foi identificada uma baixa eficiência média. Foi observado que a eficiência média é mais elevada e o predomínio de municípios com eficiência fraca é menor entre os municípios mais populosos. Também se verificou uma grande incidência de municípios com deseconomias de escala, principalmente entre os municípios fracamente eficientes. Os resultados dos modelos tobit e logit ordenado, aplicados no segundo estágio, mostraram que municípios de maior população tenderam a ser mais eficientes; verificou-se que aumentos nas transferências do SUS tiveram impacto positivo sobre a eficiência, evidenciando que a estratégia de descentralização do SUS tem contribuído para a melhora na eficiência do sistema de saúde dos municípios e também que variações nos gastos em saúde com recursos próprios do município não afetaram de forma significativa a eficiência na produção ambulatorial.
Análise das estruturas produtivas dos municípios de Londrina-PR e Joinville-SC, para os anos de 2003 e 2009
Cleverson Neves, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 06/02/2015
O objetivo do estudo consiste em estimar e analisar as estruturas produtivas dos municípios de Londrina-PR e Joinville-SC, para os anos de 2003 e 2009, bem como, os efeitos diretos, indiretos e transbordamento sobre a Produção, Emprego e Rendimentos, calculados a partir das MIP´s Inter-regionais e Municipais. Utiliza-se como base ponderativa a estrutura produtiva de Joinville, que possui características dinamizadas, encadeadas e voltadas para setores industriais que geram maiores valores ao produto final e maiores rendimentos locais, considerando ainda que o município tem números populacionais semelhantes à Londrina, porém com indicadores econômicos mais pujantes. Para tal, aplica-se o método proposto por Guilhoto e Sesso Filho (2005), que estima MIP do Brasil para 2009, e a partir da metodologia proposta por Brene (2013), estima-se a MIP para municípios, utilizando os dados coletados da MTE/RAIS. Nota-se em ambos os anos que os maiores multiplicadores de produção encontrados em Londrina convergem nos setores (11) Indústria de alimentos, (10) Vestuário e Calçados, (9) Indústria Têxtil, (4) Máquinas e Equipamentos e (7) Borracha e Plástico, logo para Joinville em setores como (4) Máquinas e Equipamentos, (10) Vestuário e Calçados, (9) Indústria Têxtil, (3) Siderurgia e Metalurgia e (12) Indústrias Diversas. Em 2009, observa-se que a estrutura produtiva de Londrina tem um alto grau de transbordamento na produção dos setores (4) Máquinas e Equipamentos, (8) Indústria Química e Farmacêutica, (7) Borracha e Plástico e (13) S.I.U.P, e também altos transbordamentos nos rendimentos dos setores (12) Industriais diversas e (7) Borracha e Plástico, pois caso esses setores fossem como os que foram observados no município de Joinville, ou seja, mais encadeados e tivessem menores elos ao longo da cadeia produtiva, criar-se-ão condições favoráveis à possibilidade de auferir melhoras nos indicadores econômicos de Londrina.
Análise da evolução do índice municipal industrial de Santa Catarina entre os anos de 2002 e 2016
Thiago Pegoretti Moser, Márcia Regina Gabardo da Camara
Data da defesa: 17/06/2019
O objetivo deste trabalho é examinar a evolução da distribuição do setor industrial nos municípios de Santa Catarina e suas transformações recentes para os anos de 2002, 2009 e 2016. Para avaliar essa evolução, duas metodologias são utilizadas: análise de componentes principais para a construção de um Índice Municipal Industrial (IMI) dos municípios catarinenses e a partir deste a ferramenta de análise exploratória de dados espaciais. Em conjunto com o IMI, também se avaliou a correlação espacial que há com medidas de desenvolvimento municipal. A estatística Local de Moran univariada e bivariada originaram indicadores locais de associação espacial que foram reagrupados em clusters. Os resultados mostram que no Estado há regiões específicas de concentração industrial as quais estão autocorrelacionadas espacialmente. Ademais, houve aumento do IMI na média dos municípios catarinenses, embora nas regiões mais industrializadas registrou-se redução, a exemplo das cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque. Verificou-se também correlação espacial entre altos índices de desenvolvimento municipal com altos níveis de industrialização da vizinhança.
Análise da eficiência da gestão do Programa Bolsa Família para os municípios do Paraná
Marcos Aurélio Brambilla, Sérgio Carlos de Carvalho
Data da defesa: 22/04/2015
O objetivo do presente estudo é analisar a eficiência da gestão do Programa Bolsa Família (PBF) nos municípios do Paraná. Para tanto, foram utilizados os indicadores da gestão do PBF, fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, os índices de eficiência foram gerados a partir do modelo não paramétrico da Análise Envoltória de Dados com retornos variáveis à escala, orientado a outputs. Os resultados obtidos apontam que pela análise de eficiência relativa dos municípios do Paraná na gestão do PBF, três dos 399 municípios foram eficientes (Apucarana, Mangueirinha e Paranapoema), localizados nas regiões Norte Central, Centro-Sul e Noroeste. Isso indica que há espaço para os demais municípios paranaenses melhorarem sua gestão. O indicador que mais contribui para a qualidade da gestão do PBF foi a Taxa de Cobertura Qualificada de Cadastro, por sua vez a Taxa de Atualização de Cadastro, foi a que mais colaborou para a redução do Índice de Gestão Descentralizada. Em relação à Taxa de Acompanhamento da Frequência Escolar, pode se apontar que contribui positivamente para o Índice de Gestão Descentralizada, embora apresente apenas nove municípios eficientes, apresentou um grande percentual de municípios pertencentes à classificação de ineficiência fraca e a Taxa de Acompanhamento da Agenda de Saúde, assim como na Taxa de Acompanhamento da Frequência Escolar, também apresenta nove municípios eficientes, no entanto os municípios com ineficiência fraca apresentou um percentual menor. No que tange a avaliação da eficiência por tamanho populacional, os resultados apontaram que os menores municípios estão apresentando melhor desempenho. Desta forma, conclui-se que: entre os municípios paranaenses, os piores indicadores de eficiência relativa de gestão do PBF estão na Taxa de Atualização de Cadastro e na Taxa de Acompanhamento da Agenda de Saúde; e a gestão do PBF está inversamente relacionada com o tamanho do município.
A mulher do século XXI no mercado de trabalho : uma abordagem das diferenças salariais por gênero e cor no Brasil e macrorregiões
Izabel Aparecida Faustino, Katy Maia
Data da defesa: 24/02/2017
A presente dissertação tem como objetivo analisar as diferenças salariais e discriminação por gênero e cor no mercado de trabalho brasileiro e macrorregiões nos anos de 2004 e 2014. O referencial teórico exposto tem como pilar as teorias do capital humano, do mercado de trabalho segmentado ou dual e a teoria da discriminação. A base de dados utilizada foi a PNAD de 2004 e 2014 do IBGE. Aplicou-se a equação de Mincer (1974), para determinação dos salários, e a decomposição de Oaxaca (1973) e Blinder (1973) para calcular as diferenças de salários e discriminação por gênero e cor de pele dos indivíduos. Os resultados das equações mincerianas evidenciaram retornos salariais positivos para a escolaridade, sendo o bônus mais elevado para os trabalhadores masculinos de pele branca, independente da macrorregião em ambos os anos. Houve queda do retorno educacional no período examinado, exceto para o grupo de mulheres brancas do Norte, com mais de nove anos de estudo. Pela decomposição de Oaxaca e Blinder, observou-se que as macrorregiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram a maior diferença salarial por gênero e o Sudeste, por cor. A diferença salarial por gênero no período examinado foi mais elevada no Centro-Oeste e Sudeste e a por cor, no Sudeste. O Sudeste e o Sul apresentaram a maior diferença salarial entre os homens brancos e mulheres não brancas e o Norte, entre homem não branco e mulher branca. Os fatores relacionados ao aspecto produtivo e à ocupação foram responsáveis pela maior parte da diferença salarial por cor em todo o país, e a discriminação, pela maior parte da desigualdade salarial por gênero. Em relação à parcela atribuída à discriminação, verificou-se que o efeito discriminatório mais forte sobre os salários se deu no grupo das mulheres não brancas em comparação aos homens brancos. Considerando-se a discriminação por gênero, o efeito observado no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste ficou acima do nível nacional. O Nordeste apresentou o menor impacto da discriminação por cor em ambos os anos. A discriminação do homem branco contra a mulher não branca foi mais expressiva no Sul e Centro-Oeste. No que se refere à discriminação do homem não branco contra a mulher branca, aquela foi mais expressiva no Nordeste em ambos os anos analisados. Quanto à mudança temporal, verificou-se que houve estreitamento do hiato salarial com aumento do efeito da discriminação nas seguintes decomposições: por gênero no Sudeste, entre homem branco e mulher não branca no Centro-Oeste, entre homem não branco e mulher branca no Brasil, no Centro-Oeste e Sudeste. Verificou-se que a desigualdade salarial e a discriminação por gênero aumentaram no Centro-Oeste. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que o combate à discriminação salarial por gênero e cor de pele dos indivíduos deve ser mais efetivo no país, principalmente na macrorregião Centro-Oeste, onde a mulher de pele não branca é mais discriminada.
Alocação ótima dos gastos do governo brasileiro para saúde, educação e infraestrutura
Dreyfuss Raphael Stege, Joanna Georgios Alexopoulos
Data da defesa: 21/02/2019
A preocupação sobre os gastos públicos e como os impostos são utilizados são de grande importância na área econômica. Espera-se que o governo procure trazer o máximo de bem-estar para as famílias e produtividade para as firmas. Assim este trabalho busca preencher a lacuna em relação a três tipos de gastos públicos. O objetivo deste trabalho é analisar a alocação ótima dos gastos do governo brasileiro para a saúde, educação e infraestrutura, com a presença do efeito congestionamento nos bens públicos. Para tanto se construiu um modelo de equilíbrio parcial com famílias e firmas. Foram obtidos quatro resultados inéditos em relação à saúde pública, educação pública e investimento do governo em infraestrutura. O primeiro resultado mostra a relação entre o efeito congestionamento entre saúde e educação, mostrando que o efeito congestionamento é maior para os gastos em saúde do que os gastos em educação. O segundo resultado mostra que em uma economia com alto nível de capital humano, o efeito congestionamento na educação é menor. O terceiro resultado mostra que quanto maior a qualificação do agente, maior sua demanda em educação privada. Por fim, o último resultado implica que gastos do governo em infraestrutura, mantendo os gastos com educação constante, aumenta a desigualdade.
Agropecuária brasileira : desempenho regional e determinantes de produtividade nos anos censitários de 1995/96 e 2006
João Felema, Carlos Roberto Ferreira
Data da defesa: 21/02/2014
O objetivo do estudo foi analisar a evolução da produtividade líquida do trabalho e da terra na agropecuária brasileira e suas regiões nos anos censitários de 1995/96 e 2006, mensurando os índices de produtividade, identificando as diferenças entre regiões e verificando as influências das variáveis estabelecidas no modelo, tendo como base os dados o Censo Agropecuário de 1995/96 e 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os procedimentos adotados são descritos no modelo de regressão linear múltipla, para visualizar a influência das variáveis no valor bruto de produção e na produtividade do trabalho e da terra. Com os resultados obtidos, confirmou-se a hipótese do aumento das disparidades regionais e inter-regionais das produtividades da terra e do trabalho na agropecuária brasileira entre os períodos censitários, que também podem ser caracterizados como heterogeneidade estrutural. Observou-se que os melhores índices quanto à produtividade da terra estão localizados principalmente nas regiões Sul e Sudeste e na produtividade do trabalho o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, havendo concentração dos mais altos valores em apenas alguns municípios do país. As diferenças na disposição de fatores e infraestrutura produtiva, que estão melhores alocados no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, contribuem para os bons resultados alcançados nestas regiões. Verificou-se que, as variáveis tecnológicas definidas no modelo econométrico exercem influência e explicam alterações sobre a produção e as produtividades. A análise dos resultados permitiu concluir que as características de cada região se relacionam aos fatores de produção e as condições climáticas exercem influência sobre o comportamento da produção. Constatou-se que as produtividades do trabalho e da terra na agropecuária brasileira cresceram entre os períodos censitários bem como as disparidades em termos de produtividade entre as regiões por conta da qualidade do solo, relevo e aptidão agrícola, infraestrutura produtiva, uso de insumos e tecnologia, entre outros.
A generalizing Kaldor neo-Pasinetti model with political orientation and considering an open economy
João Gabriel de Araujo Oliveira, Renato Nozaki Sugahara
Data da defesa: 27/06/2019
A presente dissertação trata das atividades governamentais e do mercado financeiro no modelo Kaldor neo-Pasinetti. No começo, para consolidar o conhecimento do leitor com respeito ao tema é apresentado uma linha histórica com respeito as atividades governamentais nesta teoria de crescimento econômico de longo-prazo. É muito claro que no passado, todas as extensões deste modelo consideraram esta classe exógena em ambos os casos, política fiscal e monetária, entretanto, a natureza essencial da “Equação de Cambridge” é mantida. O modelo de Kaldor (1966) de crescimento e distribuição de renda não considerou governo no seu artigo, mas introduziu a ideia de mercado financeiro. Para gerar uma nova extensão, Charles (2007) publicou um artigo sobre as implicações negativas na distribuição de renda quando o governo expande o consumo em favor das famílias por meio de políticas orientadas. Assim, ele comete alguns erros matemáticos, que são corrigidos na sessão 2 deste trabalho. Depois disso, é mostrado aqui, quais são as implicações de políticas econômicas orientadas na distribuição de renda para ambas as classes (firmas e trabalhadores). Deste modo, é formulada uma nova extensão provando que as escolhas políticas, para ambos os casos, com e sem economia aberta, não afetam a natureza essencial do resultado da dinâmica de equilíbrio Kaldor neo-Pasinetti e da “Equação de Cambridge”. Conexões com a teoria neo-Kaleckiana ou pós-Kaleckiana (wage-leg and export-led growth) são estabelecidas. Em seguida, é aplicado o Teorema de Olech que garante o equilíbrio estável em ambos os casos.
A evolução da participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro: análise das cadeias produtivas
Leonardo José Oliveira e Silva Rosalem, Paulo Rogério Alves Brene
Data da defesa: 19/08/2019
O objetivo deste estudo é apresentar a evolução da participação da mulher no mercado de trabalho nas diversas cadeias produtivas da economia brasileira. Para tanto, foi utilizado a ferramenta de insumo-produto (Gerador e multiplicador de emprego) no período de 2000, 2005, 2010 e 2015, com base nos dados da RAIS, IBGE e NEREUS. Como resultado, os dados indicaram uma alta geração de empregos diretos para as mulheres nos setores secundário e terciário, em especial nas atividades de Administração pública, defesa e seguridade social (29) e Artigos de vestuário e calçados (06). No que tange a geração de empregos indiretos feminino, o único setor que em todas as ocasiões figurou entre os principais geradores de emprego para todos os anos analisados, foi o setor de Produtos têxteis (05). Já em relação ao multiplicador de empregos, verificou-se que os setores de Refino de petróleo, coque e álcool (11) e Indústrias extrativas (02) possuiam os maiores multiplicadores de emprego para as mulheres nos quatro periodos analisados. Destaca-se também que as mudanças observadas na estrutura produtiva não fizeram distinção entre homens e mulheres.
A eficiência do gasto público com educação e saúde : um estudo comparativo entre os estados brasileiros no período de 1996 a 2014
André Diego Souza da Cruz, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 20/03/2017
O objetivo desta pesquisa consiste em analisar a evolução do nível de eficiência dos gastos públicos nas áreas de educação e saúde entre os estados brasileiros, a fim de verificar se ocorreram ganhos de eficiência ao longo do tempo e principalmente após a implementação da Lei de Responsabilidade fiscal (LRF). Para tanto, foram abordados alguns dos principais indicadores de ambas as funções de atuação do governo, no período de 1996 a 2014. Os procedimentos metodológicos adotados envolvem a revisão dos aspectos teóricos, coleta de dados socioeconômicos, o cálculo do Índice de Qualidade do Gasto Público e a aplicação do modelo econométrico denominado de Diferenças em Diferenças com Ajuste de Poligonais. A base de dados utilizada para essa verificação nas áreas da educação e saúde partem do Ministério da Educação pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e Ministério da Saúde pelo Departamento de Informática do SUS, além de coleta de dados dos portais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e do Ministério da Fazenda pela Secretaria do Tesouro Nacional. Os resultados encontrados, observando-se os indicadores calculados, vão de encontro aos obtidos em outros estudos da área que, em um contexto geral, o Estado Brasileiro tem gastado de maneira inadequada seus recursos, ou seja, sendo ineficiente na sua alocação e também com baixa produtividade de bens e serviços de qualidade. Levando-se em consideração o alto nível de gastos, algumas exceções são os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Goiás, que apresentaram elevados níveis de eficiência em ambas as funções, educação e saúde, comparado aos demais estados brasileiros. As análises dos resultados do modelo de diferenças em diferenças com ajuste de poligonais mostraram que, após a quebra estrutural estabelecida pela LRF, não ocorreram mudanças significativas no nível de eficiência dos estados no que diz respeito ao gasto público com educação e saúde. Embora a LRF tenha imposto sobre todos os entes da Federação a prática da limitação de gastos e uma gestão com transparência da aplicação dos recursos, dando respaldo a possíveis melhoras na eficiência dos gastos, para os estados essa melhora não foi observada de acordo com o conjunto de variáveis utilizadas nesta pesquisa.