Impactos locais e inter-regionais da indústria moveleira de Arapongas – PR
Joel Ferracioli, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 20/12/2012
A dissertação analisa o dinamismo da economia da cidade de Arapongas Paraná dando ênfase ao polo moveleiro que é a especialidade local. O objetivo geral é estimar os impactos locais e inter-regionais, multiplicadores de emprego e renda, transbordamento de remunerações e produção, os índices de ligação para frente e para trás e a geração de emprego. A metodologia aplicada para alcançar os resultados utilizou-se das Matrizes Insumo-Produto de 1995 e 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com os dados coletados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Agregaram-se as 42 categorias das Matrizes Insumo Produto (MIPs), para 20 setores, tendo em vista a aptidão local e para compatibilizar com as 87 categorias da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE). A análise dos resultados revela que os principais setores no ano de 2009 são: indústria química no índice de ligação para frente, nos multiplicadores de emprego e de remunerações e transbordamento de produção. No índice de ligação para trás a indústria de alimentos. Sendo que o setor madeira e mobiliário emprega 33,73% dos trabalhadores formais do munícipio no ano de 2009. Conclui-se que houve um aumento na geração de emprego no polo moveleiro de 1995 (29,73%) para 2009. Isso mostra uma estabilidade positiva da indústria moveleira no munícipio de Arapongas.
Impactos econômicos e ambientais do comércio entre Brasil e China no período 1995-2009
Larissa Coradetti Palma da Silva, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 14/08/2018
As relações comerciais do Brasil com o mundo têm sido crescentemente moldadas pelo padrão bilateral de comércio mantido com a China. O objetivo do presente estudo foi, portanto, verificar as relações comerciais de produção e emissões entre Brasil e a China. Para isso, mensurou-se os impactos econômicos sobre produção, emprego e missões de CO2 do comércio Brasil-China. O trabalho foi realizado a partir dos dados do World Input-Output Database (WIOD) no período de 1995 a 2009. Concluiu-se, por fim, observando os impactos econômicos, que o saldo da Balança Comercial foi positivo sobre a ótica do Brasil, contudo, quando se verificou o emprego e o CO2 viu-se um saldo negativo. Foi possível confirmar as ideias abordadas referentes a uma “primarização” do Brasil e uma mecanização da economia chinesa. Enquanto no Brasil foi possível notar uma migração de ambos os indicadores para os setores Agropecuária e Extrativismo Mineral, na China verificou-se uma predominância em ambos os períodos do setor Eletrônicos e Equipamentos Ópticos, sendo este de maior tecnologia. Dessa forma, viu-se que o estudo vai de encontro a ideia de uma intensificação da relação comercial entre os países ao longo do período e também quanto a pauta exportadora destes.
Impactos econômicos de curto prazo da Universidade Estadual de Maringá: campus sede no ano de 2006
Ana Maria Machado Caravieri, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 27/02/2015
O objetivo deste estudo é analisar o impacto econômico de curto prazo da Universidade Estadual de Maringá (Campus Sede) e seus efeitos locais e inter-regionais no ano de 2006. A partir da análise de insumo-produto foram calculados os multiplicadores de produção, emprego e rendimentos, geração de emprego e rendimentos e seus transbordamentos, bem como os índices de ligação para trás e para frente, para os vintes setores agregados, com foco principal no setor de Educação Pública. E, por fim, foi calculado o impacto causado nos setores da economia de Maringá, restante do Paraná e Brasil devido a presença da UEM (Campus Sede) nesse município. Como resultado foi observado que o setor 19- Educação Pública está entre os cinco setores com maior número de pessoas ocupadas na economia do município de Maringá, bem como a maior remuneração média mensal. Quanto aos indicadores econômicos, o setor 19- Educação Pública ficou em último lugar no ranking do multiplicador de produção, em relação ao gerador de emprego, foi de 8 empregos total na economia para o aumento de um milhão de reais na demanda final, sendo 6 em Maringá, 1 no restante do Paraná e 1 no Brasil. No quesito gerador de remunerações foi o quinto maior desta economia, com impactos em efeitos locais. A partir da aplicação do orçamente da UEM (Campus Sede) nos indicadores econômicos, os setores que mais se destacaram nessa economia dado a existência da UEM em Maringá são eles, 17- Serviços, 12- Construção Civil e 13- Comercio. Ao considerar os impactos inter-regionais observou-se que foram maiores no restante do Brasil do que em relação ao restante do Paraná, na produção, emprego e rendimentos. O estudo quantificou os benefícios econômicos que a universidade pública da UEM (Campus Sede) gerou em Maringá e com seus efeitos inter-regionais. Permitiu concluir que além dos benefícios sociais, geração conhecimentos e formação de profissionais, a mesma impacta no cenário econômico gerando rendimentos, emprego e produção.
Impacto econômico da Universidade Estadual de Londrina no ano de 2006
José Tarocco Filho, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 21/02/2014
O presente estudo teve como objetivo analisar o impacto econômico da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e seus impactos locais e inter-regionais no ano de 2006. Através da análise de insumo-produto foram calculados os multiplicadores de produção, emprego e remunerações, geração de emprego e renda e seus transbordamentos, bem como os índices de ligação para trás e para frente do setor de Educação Pública e o impacto da Universidade Estadual de Londrina dos setores de Londrina. Os resultados mostraram que a Educação Pública empregava 6,19% do pessoal ocupado e é responsável por 12,27% das remunerações geradas no município e também tem a segunda maior remuneração média de Londrina no ano de 2006, ficando atrás somente do setor de Instituições Financeiras. Quanto ao multiplicador de produção o setor de Educação Pública o multiplicador foi de 1,40, ou seja, 19ª dos 20 setores. A Educação Pública se destacou na geração de emprego em Londrina, que junto com os setores de Educação Mercantil e Serviços (13), foi o quarto maior indicador, ficando atrás dos setores: Administração Pública, Comércio e Indústria Diversas e Mobiliários. Já seu multiplicador de emprego é de 1,25, no qual multiplicado pelo total de funcionários da UEL (5.192) geraria um total de 1298 empregos indiretos, e sua capacidade de gerar remunerações por efeito direto no município é a terceira maior com R$ 368.153 milhões. Os efeitos transbordamento tanto de produção quanto de gerador de empregos a Educação Pública tem os menores transbordamentos, o que conclui que a maioria do que é produzido fica em Londrina. Quanto ao impacto da universidade na produção dos setores de Londrina, os que se destacaram foram o setor de Serviços, Construção Civil, já o impacto no emprego, além do Setor de Serviços que gerou 205 empregos e Construção Civil 93, tem-se o setor de comércio com 57 postos de trabalhos gerados pela UEL e a renda gerada pela universidade foi cerca de 2 milhões de reais somente no setor de Serviços, destacando-se também os setores de construção civil e comércio. Através dos resultados foi possível quantificar os benefícios econômicos que uma universidade pública como UEL gera no local em que a mesma se instala, pois além dos benefícios sociais, que é gerar conhecimentos e formar profissionais, a mesma impacta no cenário econômico gerando renda, emprego e produção.
Impacto da política monetária na balança comercial do Brasil: transmissão via taxa de câmbio
Willian Fabricio Arboleya Lopes, Carlos Eduardo Caldarelli
Data da defesa: 19/01/2019
A política monetária como ferramenta para a tomada de decisões macroeconômicas tem ganhado maior relevância desde a década de 1980, quando diversos policymakers abordam o trilema da economia aberta com flexibilização cambial e perfeita mobilidade de capitais. No caso brasileiro, o mecanismo de transmissão mais eficiente é o canal do câmbio. Dessa forma, o objetivo do trabalho é mensurar os efeitos da política monetária na balança comercial brasileira pelo canal do câmbio. Para a estimação dos efeitos da política monetária e o câmbio sobre a Balança Comercial desagregada, foi utilizado o modelo econométrico de Vetores Autorregressivos Estrutural (SVAR). Com isso, os resultados obtidos permitem concluir [arrumar] que os efeitos do canal de transmissão da política monetária - via câmbio - sobre a balança comercial são fatos estilizados e seus efeitos inelásticos no longo prazo.
Impacto da cobrança pelo uso da água na produção irrigada : um estudo da bacia hidrográfica do rio Tibagi
Márcio Alexandre Ridão, Marcia Gonçalves Pizaia
Data da defesa: 21/12/2010
O presente estudo visa identificar o impacto da cobrança pelo uso da água bruta sobre a produção agrícola irrigada, focando os horticultores abastecidos pela bacia hidrográfica do rio Tibagi. O objetivo do trabalho é calcular a disponibilidade à pagar (DAP) desses horticultores pelo uso da água a partir da valoração contingente. No Brasil, a cobrança já ocorre em vários estados, entretanto, no Paraná tal cobrança ainda não foi estabelecida. A justificativa deste trabalho decorre da importância de uma proposta tarifária com o objetivo de tratar a água como recurso escasso, que desempenha um papel importante no processo de desenvolvimento social e econômico, tornando-se um bem de valor expressivo dentro da economia e do debate a respeito da preservação ambiental. A revisão de literatura aborda os aspectos relevantes da agricultura irrigada, a experiência da cobrança pelo uso da água bruta no exterior bem como de alguns estados brasileiros e os fundamentos econômicos que norteiam a criação de um mercado da água. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: método de valoração contingente (MVC), adotando-se o modelo econométrico logit, que esboça a curva de demanda do setor rural irrigado e o modelo duplo log para o cálculo da elasticidade das variáveis quantitativas. A partir do modelo logit, obtém-se a disposição a pagar estimada dos horticultores em torno de R$ 0,0478 por m3. Na análise, o faturamento dos horticultores foi classificado em classes de baixo, médio e alto faturamento. Constatou-se que, caso essa tarifa de R$ 0,0478/m3 fosse cobrada sobre o consumo mensal de água bruta, o impacto mensal nos custos dos horticultores seria de 3,67%, 1,31% e 1,60% por classe de faturamento respectivamente. Acredita-se que esse trabalho pode fornecer subsídios técnicos e analíticos aos processos de cobrança pelo uso da água bruta os quais estão sendo desenvolvidos no estado do Paraná.
Identificação dos setores-chave para o crescimento econômico e social do município de Curitiba
Everson Kapusniak, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 17/02/2020
O objetivo desta pesquisa é estimar a matriz de insumo-produto inter-regional Curitiba - Restante do Paraná para o ano de 2013, a fim de identificar quais são os setores-chave para seu desenvolvimento econômico e social. Para tanto, a metodologia é baseada na abordagem do método do Quociente Locacional, e na estimativa da matriz nacional desenvolvida com base em dados preliminares das contas nacionais. A base de dados tem como referência a matriz insumo-produto nacional de 2013, obtida no site do Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (NEREUS), e os dados de emprego e massa salarial, por sua vez, são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A aplicação da metodologia resultou em uma matriz inter-regional composta por 56 setores. Os resultados obtidos para os multiplicadores simples de produção mostraram que os maiores valores referem-se em sua maioria ao setores relacionados a indústria, como (5) Extração de minerais metálicos e (7) Indústria de bebidas, enquanto que, no caso dos multiplicadores simples de emprego, os maiores valores são relacionados em sua maioria aos setores de serviços, destacando-se a (52) Educação privada e (49) Outras atividades administrativas e serviços complementares. Em ambos os casos, os menores transbordamentos foram identificados para os setores de serviços. Os resultados obtidos mostraram ainda, de acordo com os indicadores de Rasmussen-Hirschman, a existência de onze setores-chave na economia curitibana, com destaque para os setores de (28) Energia elétrica, gás natural e outras utilidades, (30) Construção, (32) Comércio por atacado e a varejo, exceto veículos automotores, e (43) Intermediação financeira, seguros e previdência complementar, por apresentarem um volume de produção significativo dentro do município.
Identificação de setores-chave para o desenvolvimento do município de Londrina
Renato Rugene de Carvalho, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 02/07/2019
Esta pesquisa tem como objetivo identificar os setores-chave da economia de Londrina (PR) em 2017. Para tanto, foi utilizada a matriz de insumo-produto (MIP), com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Os resultados mostram oito setores-chave e três motrizes, sendo os maiores índices de ligações intersetoriais de Rasmussem-Hirschman para trás são: produtores de borracha e plástico; produtos químicos; telecomunicações; armazenamento; atividades auxiliares dos transportes e correio; transporte terrestre e; atividades de televisão rádio, cinema e gravação/edição. Já os maiores índices de ligações intersetoriais de Rasmussem-Hirschman para frente são comércio por atacado e a varejo exceto veículos automotores; transporte terrestre; intermediação financeira, seguros e previdência complementar; produtos químicos; armazenamento, atividades auxiliares dos transportes e correio; atividades de televisão, rádio, cinema e gravação/edição de som e imagem; produtos de borracha e plástico, e telecomunicações. Os setores líderes no multiplicador de produção são: indústria automobilística e peças; indústria alimentar; produtos de madeira; celulose, papel e produtos de papel e; produtos de minerais não-metálicos.
Identificação de setores-chave para o desenvolvimento do estado do Paraná
Franciele Henrique, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 21/07/2019
Este estudo teve por objetivo calcular e identificar os principais indicadores do Estado do Paraná, utilizando a metodologia insumo-produto com base nos dados das Contas Nacionais apresentando 67 setores da economia, para o ano de 2013. Foram calculados os geradores e multiplicadores de produção, emprego e renda, assim como os transbordamentos referentes a cada setor produtivo do Estado. Através dos índices de Rasmussen-Hirschman, foi possível classificar os setores-chave da economia paranaense para cada grande setor econômico, divididos neste estudo como: Agronegócio e Extrativismo, Indústrias diversas e Comércio e Serviços. Foram apontados 14 setores-chave, deste total 2 setores se encontram em Agronegócio e Extrativismo, 6 no setor de Indústrias diversas e 6 no setor de Comércio e Serviços. Para os multiplicadores de produção os setores (7) Extração de minerais metálicos não-ferrosos, (20) Fabricação de biocombustível e (44) Transporte aquaviário se destacaram por apresentar os maiores índices para os três grandes setores. Referente aos geradores de emprego destacam-se os setores (14) Vestuário e Acessórios, (40) Construção e (67) Organizações associativas. Os setores em que a produção e renda permaneceram no Estado foram: (3) Produção florestal; pesca e aquicultura, (39) Água, esgoto e gestão de resíduos e (54) Atividades imobiliárias, já os setores que apresentaram maiores transbordamento foram (9) Fabricação e refino de açúcar, (33) Fabricação de automóveis e (44) Transporte aquaviário. Esses resultados proporcionaram uma percepção positiva sobre o aumento dos setores que receberam destaques ao longo do tempo, visto que sua identificação como setor-chave possibilita a execução de políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Tornou-se relevante mostrar os impactos que o aumento na demanda final de determinados setores pode gerar com relação a produção, emprego e renda no Estado do Paraná, levando em consideração as interações sinérgicas entre o Paraná e o chamado Restante do Brasil.
Função de produção e produtividade total dos fatores da indústria no Paraná no período 2000-2006
Alisson Ortiz Rigitano, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 23/01/2012
Este trabalho analisa as diferenças na Produtividade Total dos Fatores da indústria entre as mesorregiões paranaenses e seus respectivos setores no período 2000-2006. São estimadas funções de produção de um painel desbalanceado de variáveis agregadas por Classes Industriais provenientes da Pesquisa Industrial Anual (IBGE) abrangendo firmas com 30 ou mais funcionários. O método de estimação consiste em um modelo semi-paramétrico em dois estágios com inversão da função de demanda por insumos intermediários como expressão da produtividade, desenvolvido por Olley e Pakes (1996) e adaptado por Levinsohn e Petrin (2003). Os resultados apontaram maior elasticidade do capital em comparação com o trabalho em todas as regressões. Foi possível observar que mesorregiões com maior produtividade apresentam maiores participações na produção dos setores, e que setores com maior produtividade também apresentam maiores participações nos produtos das regiões. No entanto, esse fenômeno não foi capaz de fazer com que a Região Metropolitana de Curitiba, que detém a maior participação no produto estadual e a maior razão entre Valor da Transformação e Pessoal Ocupado, apresentasse a maior média ponderada de produtividade entre seus setores, ficando atrás da região Centro Oriental. Além disso, a região Norte Central (terceira maior em termos de participação no VTI estadual) não conseguiu se destacar em relação às regiões Noroeste, Centro Ocidental e Sudoeste, superando apenas as regiões Sudeste, Norte Pioneiro e Centro-Sul. Sobretudo, foi possível concluir que esses desempenhos não foram capazes de amenizar as grandes diferenças encontradas entre as regiões.