EFEITOS DA ISOFLAVONA SOBRE A INGESTÃO CALÓRICA, SACIEDADE E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM GATOS CASTRADOS
ANA LÚCIA YOSHIDA DA SILVA YAMADA , Profa. Dra. Nilva Maria Freres Mascarenhas , Prof. Dr. Ricardo Souza Vasconcellos
Data da defesa: 23/01/2019
Atualmente o sobrepeso ou a obesidade atingem aproximadamente metade da população de gatos. Dentre os fatores que favorecem o ganho de peso, a castração é um deles, pois reduz as necessidades energéticas dos animais sem a concomitante redução na ingestão voluntária de alimentos. Estudos têm sido realizados a fim de identificar nutrientes que possam interferir na saciedade ou no metabolismo do animal, auxiliando na manutenção ou na perda de peso. A isoflavona é um fitoestrógeno com estrutura química semelhante ao estrogênio endógeno que tem ação na redução do tecido adiposo, na ingestão de alimentos e aumento na massa magra corporal. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar os efeitos da inclusão de isoflavona na dieta de gatos castrados no controle da ingestão calórica, nas concentrações sanguíneas de substâncias, com ação hormonal, relacionadas à saciedade e na composição corporal. Dezesseis gatos adultos castrados foram divididos em dois grupos, denominados Controle (n=8) e Isoflavona (n=8), os quais foram alimentados respectivamente com ração para gatos castrados ou a mesma ração com a adição de 1% de isoflavona por um período de 99 dias. Durante todo o período experimental os gatos foram pesados e a quantidade de ração calculada para que não houvesse alteração no peso. O consumo energético foi monitorado diariamente. Em dois momentos ao longo do experimento (dias 19 e 44) todos os animais foram desafiados com um alimento altamente palatável 4 horas após a ingestão do respectivo tratamento, visando mensurar o efeito da dieta experimental sobre a saciedade. Tomografia computadorizada foi utilizada na mensuração da composição corporal dos animais no início e término do estudo. Para isto foram determinadas as porcentagens de gordura total, gordura intra-abdominal e subcutânea em cortes realizados em região de segunda vértebra lombar. No último dia do experimento coletaram-se amostras de sangue para dosagens de insulina, grelina, leptina, peptídeo YY e GLP-1 nos momentos basal e após 1, 2, 4 e 6 horas após a ingestão das dietas experimentais. Para todas as variáveis estudadas determinaram-se os efeitos de tratamento e período, em um esquema de parcelas subdivididas, considerando-se 5% de probabilidade. O peso dos animais foi mantido ao longo do estudo (p=0.967). O consumo calórico foi semelhante entre os grupos ao longo do estudo (p=0.187), sem efeito verificado para o consumo de isoflavona, a qual também não afetou o consumo de alimento durante o desafio de saciedade nos dias 19 (p=0.5345) e 44 (p=0.2146). Da mesma forma, a composição corporal não foi modificada pelo consumo de isoflavona (P>0,05). Conclui-se que na concentração de 1% da dieta a isoflavona não modifica a ingestão calórica, indicadores séricos de saciedade e composição corporal em gatos castrados.
MODELO DE ESPAÇADOR PARA DISTRAÇÃO SINFISEAL EM PEQUENOS ANIMAIS
ANA ELOISA RAVIOLO , Prof. Dr. Fernando De Biasi
Data da defesa: 30/04/2019
O alargamento pélvico é indicado para aqueles casos em que pacientes com fratura pélvica foram tratados de maneira conservativa acarretando em estenose do canal pélvico. Como tratamento desta afecção, destaca-se a distração sinfiseal. Na literatura, há diversos tipos de implantes descritos para o uso neste procedimento, dentre eles implantes de aço, metilmetacrilato, matriz óssea desmineralizada, auto-enxerto e aloenxerto ósseo, porém com complicações, especialmente a falha de fixação. O presente trabalho tem como objetivo desenvolver um implante próprio para a distração sinfiseal púbica, por meio de ensaio ex-vivo, onde demonstrou-se que com o uso do implante foi possível aumentar o diâmetro do canal pélvico com boa estabilidade.
PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, EM ALDEIAS INDÍGENAS NA REGIÃO DA GRANDE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL
VINÍCIUS MACHADO BERCINI , Prof. Dr. Silvano Cesar da Costa
Data da defesa: 21/03/2018
Foram apresentados três produtos finais, separados por capítulos, ao Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias. O primeiro trabalho é um artigo, formatado nas normas da revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ), intitulado “Prevalência de Leishmaniose Visceral Canina, em Aldeias Indígenas na Região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul”. As terras indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru estão localizadas em área endêmica para a zoonose Leishmaniose com baixo índice de transmissão a humanos, na Região da Grande Dourados. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de Leishmaniose Visceral Canina (L.V.C), em aldeias indígenas na região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul. Foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania infantum em cães de localidades das aldeias indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru, Mato Grosso do Sul. Foram coletadas amostras de sangue de cães para realização de testes sorológicos: teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®), teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®). No ano de 2014, foram analisados 101 cães na aldeia Panambi-Lagoa Rica e, em 2017 foram coletadas amostras de soro de 176 cães na aldeia indígena Jaguapiru. Utilizando o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) como triagem e o teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®) como confirmatório a prevalência foi de 0% (0/101) na aldeia indígena Panambi-Lagoa Rica e de 0,38% (1/176) na aldeia indígena Jaguapiru. Quando utilizado somente o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) a taxa de prevalência nas aldeias Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru foi 14,85% (15/101) e 6,81% (12/176) respectivamente. Empregando somente o teste confirmatório ELISA EIE® na Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru teve taxa de 4,95% (5/101) e 1,13% (2/176) respectivamente. Uma diferença estatisticamente significativa foi observada, em que a presença de curral nas casas, apresentou-se como uma variável de risco à L.V.C. O estudo confirma a presença da leishmaniose visceral canina em aldeias indígenas da região da Grande Dourados, ao verificar a ocorrência de cães soro reagentes para leishmaniose visceral, em área com características ambientais e geográficas que favorecem a dispersão do parasito. Os dados da pesquisa fornecem subsídios para novas pesquisas com uma abordagem em Saúde Única e, medidas de controle devem ser delineadas e implementadas com o objetivo de controlar a dispersão da zoonose e casos humanos de leishmaniose visceral. O segundo capítulo é uma cartilha educativa intitulada “LeishNão nas Aldeias”, formulada de maneira lúdica, para o público infanto-juvenil, sobre a Leishmaniose Canina que descreve aspectos da etiologia, epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, prevenção e controle da doença. O terceiro trabalho é um artigo sobre um relato de neoplasia múltipla endócrina: carcinoma folicular de tireoide e feocromocitoma concomitante em cão, enviado e aguardando publicação na revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ).
ESTABILIZAÇÃO EXTRA-ARTICULAR DA LUXAÇÃO COXOFEMORAL ASSOCIADA OU NÃO AO USO DE CAVILHA. ESTUDO EX VIVO EM CÃES
THIAGO GUERREIRO TEIXEIRA , Prof. Dr. Fernando De Biasi
Data da defesa: 30/09/2018
A luxação coxofemoral traumática craniodorsal é frequente em cães e gatos. As técnicas cirúrgicas extra-articulares para estabilização têm sido mais estudadas e empregadas por manter a cartilagem articular íntegra e por reduzir a progressão da doença articular degenerativa, quando comparadas com as intra-articulares. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de cavilha como método de fixação do fio no ílio, como uma alternativa à passagem do fio por um orifício no ílio na técnica de sutura iliofemoral convencional. Utilizou-se nove cadáveres de cães que não apresentavam alterações ortopédicas ao exame radiográfico simples. Cada peça foi submetido à técnica de sutura iliofemoral em ambas as articulações coxofemorais, sendo em um lado a fixação do fio no ílio realizada por meio de cavilha (técnica A), e no lado contralateral, pela passagem do fio através de um orifício no ílio (técnica B). Imediatamente após, avaliou-se por manobras de palpação a presença de discreta rotação interna do fêmur, limitação da rotação externa do fêmur, limitação da extensão da articulação coxofemoral, sinais de Ortolani e Bardens, bem como a congruência articular coxofemoral por meio de exame radiográfico. Não houve diferença nos parâmetros de palpação, e em todas as articulações houve uma boa congruência ao exame radiográfico pós-operatório. Apesar da avaliação subjetiva, a sutura iliofemoral realizada com o uso de cavilha promoveu a mesma estabilidade que a técnica convencional, sendo uma alternativa para reduzir as chances de possíveis complicações trans-operatórias, como hemorragia retroperitoneal, além de diminuir o tempo cirúrgico em relação à técnica convencional devido a menor dificuldade na passagem do fio pelo orifício do ílio.
INCIDÊNCIA DE DOENÇAS ESOFÁGICAS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO SETOR DE RADIOLOGIA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA NOS ANOS DE 2006 A 2016
RUBIANE CAROLINE LOPES DE SOUZA , Prof. Dr. Milton L. R. de Oliveira
Data da defesa: 20/06/2018
As doenças esofágicas muitas vezes são negligenciadas por ter sinais clínicos similares às doenças gástricas. No primeiro capítulo está presente o estudo que relata a incidência de doenças esofágicas em cães e gatos atendidos no Setor de Radiologia do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina nos anos de 2006 a 2016. Os dados foram coletados dos livros de registro do Setor e posteriormente analisados os prontuários e radiografias. Setenta e um animais foram incluídos no estudo, pois foram submetidos à radiografia esofágica simples ou contrastada. Quarenta e quatro animais foram submetidos à radiografia simples e em vinte e nove foi realizado esofagograma. Dos setenta e um animais, dezessete foram positivos para doenças esofágicas, tendo sido nove diagnosticados por meio de radiografias simples e oito por radiografias contrastadas. Oito animais tinham megaesôfago, seis tinham corpo estranho esofágico, um esofagite secundária ao tubo esofágico (diagnóstico presuntivo) e um estenose. No capítulo 2 há um relato de caso que foi submetido à publicação na revista clínica veterinária que descreve a ocorrência de dilatação esofágica cervical em uma felina de 18 meses secundário a esofagite causada pela administração de comprimidos de doxiciclina.
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS EM EQUINOS CRIOULOS E QUARTO DE MILHA DURANTE A PROVA DE LAÇO COMPRIDO
RODRIGO DE OLIVEIRA MATTOSINHO , Prof. Dr. Augusto José Savioli de Almeida Sampaio
Data da defesa: 28/03/2018
A relação homem e cavalo se deu desde o início da domesticação dos animais, sendo esta relação responsável por grandes feitos históricos, com auxilio destes incríveis animais se tornou possível o transporte e a colonização de diversos povos por todo o mundo, com o passar dos séculos os equinos deixaram de ser utilizados unicamente para o trabalho e com isso surgiram diversas modalidades esportivas, lazer e terapias que os utilizam devido à sua grande capacidade funcional e atlética. Desta forma cada esporte equestre varia em grau de exigência física e muscular, sendo necessário tratamento e treinamento diferenciado para cada modalidade, com intuído de se obter o desempenho máximo de cada animal. A modalidade Laço Comprido, caracterizada em exercício físico de alta intensidade e curta duração, é brasileira praticada principalmente das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, os equinos em sua grande maioria são das raças Crioula e Quarto de Milha, sendo que ambas as raças já possuem a modalidade regulamentadas por suas devidas associações e apesar da grande importância econômica ainda são escassas pesquisas cientificas envolvendo a modalidade em questão, sendo assim o objetivo do trabalho foi comparar as alterações hematológicas e enzimáticas dos equinos Crioulos e Quarto de Milha durante a prova da modalidade Laço Comprido. As amostras sanguíneas foram coletadas de ambas as raças divididas em 2 grupos: CR (Crioulos) e QM (Quarto de Milha), em 3 tempos: T0 (repouso), T1 (30 minutos após primeira corrida) e T2 (120 minutos após quinta corrida). Foram avaliados os parâmetros hematológicos, proteína total, fibrinogênio e as enzimas: CK, AST, GGT, FA, Ureia e Creatinina, onde obtivemos efeito significativo para Tempo e interação raça x tempo na variável: RBC, interação raça x tempo nas variáveis: HCT, HGB, Ureia e efeito significativo para tempo nos parâmetros: CK, EOS, MCV e GGT. Apesar de não observarmos efeitos estatísticos em alguns parâmetros analisados a menor variação obtida pelos equinos da raça Crioula sugerem uma maior adaptação e menor desgaste físico quando comparados aos equinos Quarto de Milha. No entanto nenhum parâmetro apresentou-se superior aos dos valores de referência em ambas as raças, o que nos permite concluir que os animais avaliados estão adaptados e que são necessárias novas pesquisas para elucidar as diferenças hematológicas entre as raças estudadas e suas particularidades no decorrer da pratica do esporte Laço Comprido
CARTILHA EDUCATIVA SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
RAFAEL GOMES E SOUZA DE BARROS , Profª. Drª. Mara Regina Stipp Balarin
Data da defesa: 30/01/2018
A leishmaniose visceral atualmente constitui um dos principais desafios para saúde pública do Brasil, pois possui caráter endêmico em diversas regiões e está em franca expansão apesar das medidas de controle adotadas pelo Ministério da Saúde. A educação em saúde integra ações de vigilância epidemiológica e, o uso de instrumentos paradidáticos em escolas têm mostrado imprescindíveis ao conhecimento, auxiliando o controle de importantes doenças. O objetivo deste trabalho consistiu em elaborar um material lúdico através de cartilha educativa contendo informações sobre a transmissão do parasito e seu ciclo de vida nos diferentes hospedeiros, a manifestação dos sintomas nos cães e humanos, métodos de profilaxia e controle da doença, podendo ser distribuída em escolas de ensino fundamental do município de Guanambi, Bahia.
MÉDICO VETERINÁRIO: SÍNDROME DE BURNOUT E INGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL
PÂMELA CRISTINA DOS SANTOS SAKATA , Profa. Dra. Carmen Esther Santos Grumadas
Data da defesa: 26/03/2018
A profissão de médico veterinário tem o dever de prevenir e curar doenças nos animais, mas sempre tendo como objetivo o serviço à humanidade e ao meio ambiente. Esta dissertação, por meio de dois produtos, um artigo e uma matéria técnica, se volta para a preocupação com a saúde do trabalhador em Medicina Veterinária e seu ingresso na carreira autônoma. Objetivou-se avaliar a síndrome de Burnout e seus preditores entre os residentes de Medicina Veterinária de uma universidade do norte do Paraná, por meio de um estudo transversal analíticodescritivo realizado com 66 participantes. Os instrumentos de pesquisa foram um questionário semiestruturado para a caracterização sociodemográfica e algumas questões sobre satisfação no trabalho e estresse moral, e o Maslach Burnout Inventory™ – Human Services Survey para avaliar a síndrome de Burnout. A coleta de dados foi realizada pessoalmente, pela mestranda e uma psicóloga autônoma, durante o horário destinado às atividades teóricas da residência. Após a coleta, os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0, por estatística descritiva, inferencial e multivariada. Para todas as análises, considerou-se estatisticamente significativo p<0,05. A amostra compôs-se de residentes do primeiro e segundo ano na mesma proporção, 60,6% eram da especialidade clínica e 39,4% da preventiva, sendo que 56,1% estava formado a mais de um ano. A maioria pertencia ao sexo feminino (68,2%), estado civil solteiro (97%), sem filhos (98,5%) e não moravam sozinhos (65,2%), com idade média de 25,4 anos. Observou-se que 65,2% não praticavam atividades físicas, 65,2% trabalhavam até 60h por semana e 92,4% dispunham de pelo menos um dia de descanso ou lazer por semana. Identificou-se que os residentes da clínica apresentaram escores maiores de exaustão emocional, despersonalização e realização profissional comparados com os da preventiva. Sobre os perfis latentes de Burnout, 27,3% eram engajados, 13,6% esgotados, 16,7% desengajados, 10,6% ineficazes e 24,2% apresentaram síndrome de Burnout, sendo que 7,6% não se classificaram nos perfis existentes por apresentarem o aumento concomitante da exaustão emocional e despersonalização. Houve indicativo do desenvolvimento da síndrome de Burnout na população pesquisada, assemelhando-se aos valores obtidos em estudos realizados nos programas de residência de outros profissionais da saúde. Constatou-se que as variáveis “satisfação em lidar com o paciente” e “atuação em desacordo com os princípios” predominaram nos modelos preditores das dimensões da síndrome de Burnout. Concluiu-se que houve indicativo para a síndrome de Burnout e insatisfação em lidar com o paciente e a atuação em desacordo com os princípios foram os principais fatores predisponentes. Com a matéria técnica, foram apresentadas orientações ao médico veterinário autônomo para que o ingresso no mercado de trabalho seja formal, permitindo-lhe usufruir de seus direitos, por meio do preenchimento de alguns requisitos. Primeiramente devese obter o número de inscrição e o pagamento da anuidade no Conselho Regional de Medicina Veterinária. Em seguida, inscrever-se no Cadastro de Contribuintes Mobiliários na prefeitura de sua cidade, obtendo-se assim o Alvará de Licença de Localização e Funcionamento, devendo ser recolhido à prefeitura o Imposto Sobre Serviços. Depois, deve-se cadastrar como contribuinte individual no Instituto Nacional de Seguro Social, sendo a alíquota de 20% sobre os rendimentos. O contribuinte individual que deixa de pagar as contribuições mensais pode perder a qualidade de segurado e o direito de requerer para si os benefícios previdenciários, como a aposentadoria. Por fim, existe a obrigação com a Receita Federal Brasileira com o pagamento do Imposto de Renda, apurado com base nas informações de receita, deduzidos a contribuição para o Instituto Nacional de Seguro Social, o valor por dependente e as despesas decorrentes da atividade apuradas em um livro caixa. Ressalta-se a importância de consultar um contador e advogado sobre o assunto.
FATORES DE RISCO PARA AUMENTO DE LIPASE PANCREÁTICA FELINA ESPECÍFICA EM GATOS
MARCELO SOARES , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 27/03/2018
Foram apresentados três produtos finais, separados por capítulos, ao programa de PósGraduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias. O primeiro produto foi um artigo de revisão bibliográfica sobre Pancreatite Felina que aborda as principais peculiaridades que essa afecção apresenta em gatos. O segundo é um artigo, formatado nas normas da revista ‘’Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (ABMVZ)’’ com o seguinte título Fatores de Risco para o Aumento da Lipase Pancreática Felina Específica em Gatos. A pancreatite é uma doença inflamatória do pâncreas exócrino. Seu curso clínico em felinos, por vezes, é bastante inespecífico e os sinais clínicos são semelhantes à de muitas outras doenças. Seu diagnóstico é um desafio para o clínico, porém, com a avaliação da concentração sérica de uma enzima pancreática chamada lipase pancreática felina, sabe-se que, associado com demais achados, a possibilidade de diagnóstico precoce é possível. O trabalho tem como objetivo determinar a prevalência da concentração sérica anormal alta de lipase pancreática felina específica, assim como seus fatores de risco para a doença em gatos atendidos pelo Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, no estado do Paraná. Foi realizado um estudo retrospectivo com plasma congelado de gatos atendidos no HV-UEL no período de janeiro a setembro de 2014, as amostras foram submetidas ao Snap test Lipase Pancreática Felina da IDEXX Laboratories®, que consiste em um teste semiquantitativo onde a concentração sérica de lipase é definida por intensidade de coloração entre o ponto controle e o ponto da amostra. Após isso foi realizado análise dos prontuários, coletando dados da resenha e do diagnóstico clínico dos pacientes. Dos 467 animais atendidos nesse período, 141 apresentaram nível aumentado de lipase, com prevalência correspondente de 30,2%. Foram analisados os fatores predisponentes para o aumento da concentração dalipase por regressão logística e os que apresentaram significância foram animais infectados com FIV, obesos, oriundos de trauma e animais entre quatro a oito anos. Das faixas etárias estabelecidas, animais com idade entre quatro a oito anos apresentaram importância estatística (p valor < 0,001) e sua razão de chance foi 3,04. Em estudos anteriores, a faixa etária não era um fator predisponente para pancreatite, conforme foi encontrado na presente população. O trauma apresentou p valor de 0,040 e razão de chance de 1,47, essa significância é relatada na literatura, porém, o trauma da população estudada apresenta características diferentes, pois em sua maioria eram animais atropelados. A infecção pelo FIV é importante na medicina felina, sua ocorrência foi significativa com p valor de 0,004 e razão de chance 3,61. O FIV tem característica de causar uma doença crônica, assim como a pancreatite, elas podem ocorrer no mesmo paciente sem ter correlação ou então a imunossupressão que o FIV causa pode predispor a translocação bacteriana e ascensão de bactérias para o pâncreas. A obesidade foi relevante na população estudada, tendo um p valor de 0,015 e razão de chance 2,32. A obesidade pode predispor o animal à oxidação de proteínas, peroxidação lipídica e ao aumento de citocinas inflamatórias levando a um quadro característico de doença inflamatória crônica e generalizada, predispondo o animal à pancreatite.O terceiro produto é um relato de caso de Quilotorax idiopático canino, formatado nas normas da revista Ciência Rural.
DEMONSTRAÇÃO DE ESTRO E TAXA CONCEPÇÃO À IATF DE VACAS NELORE COM ALTA, INTERMEDIÁRIA OU BAIXA CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS
JOSÉ HENRIQUE AYRES DIAS , Profa. Dra. Katia Cristina Silva Santos
Data da defesa: 21/08/2018
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do número de folículos antrais sobre a apresentação de estro e concepção de vacas Nelore durante a sincronização da ovulação. Vacas Nelore (Bos indicus; n = 271), multíparas, entre 30 a 60 dias pósparto e ECC 3 ± 0,5 foram avaliadas por ultrassonografia (transdutor linear 6 MHz; A5V, Sonoscape, Shinzhen, China) para contagem de folículos antrais (CFA) ≥ 3 mm de diâmetro no D0 (início do protocolo de IATF) e separação dos grupos, com base na média da população folicular ± 1 DP: alta CFA (G-Alta; ≥ 50 folículos, n = 70), intermediária CFA (G-Intermediária; 30-35 folículos, n = 114) ou baixa CFA (G-Baixa; ≤ 25 folículos, n = 87). Em dias aleatórios do ciclo estral (D0), as vacas receberam um dispositivo intravaginal 1 g P4 (Fertilcare 1200®, Vallé, Montes Claros, Brasil) e 2 mg BE (Fertilcare sincronização®,Vallé), IM. Na retirada do implante (D8), receberam 500 µg de cloprostenol sódico (Ciosin®, MSD, São Paulo, Brasil), 300 UI de eCG (Folligon®, MSD) e 1 mg CE (Fertilcare ovulação®, MSD), IM, e foram marcadas com bastão marcador (Raidex®, Walmur, Alemanha) na base da cauda para posterior detecção de estro no dia da inseminação. As vacas foram inseminadas em tempo fixo (IATF) 48-52 h após a retirada do dispositivo de P4 (D10). A apresentação de estro foi considerada para as fêmeas cuja tinta foi removida da base da cauda. O diagnóstico de gestação por ultrassonografia foi realizado 30 dias após a IATF. A comparação entre as taxas de concepção e de apresentação de estro foi realizada pelo teste de Qui-quadrado. Para as análises, p ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Não houve diferença na taxa de apresentação de estro entre os grupos de baixa (69%; 60/87), intermediária (76%; 87/114) e alta CFA (76%; 53/70; p >0.05). A taxa de concepção à IATF não diferiu entre os grupos (p > 0,05; 44% - 38/87 G-Baixa CFA; 51% - 58/114 G- Intermediária CFA; 57% - 40/70 GAlta CFA). Concluiu- se que fêmeas Nelore com alta, intermediária ou baixa CFA, submetidas a protocolo de IATF, não apresentaram diferença na taxa de apresentação de estro e na taxa de concepção.