SÍNDROME DE BURNOUT EM MÉDICOS VETERINÁRIOS CLÍNICOS DE CURITIBA-PR
GIORDANNA LOURDES ZANI , Prof. Dr. Marco Antonio Machado
Data da defesa: 31/08/2020
A profissão de médico veterinário e a síndrome de burnout estão intimamente ligadas no decorrer da história apesar de haver poucas pesquisas que as relacionem. O estresse crônico, a fadiga da compaixão e as condições de trabalho que o mercado oferece são preditores do burnout nesta profissão. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar a incidência da síndrome de burnout em Médicos Veterinários Clínicos na cidade de Curitiba-PR. Para tanto, apresenta-se uma revisão de literatura sobre o tema, suas características, sintomas e fatores desencadeantes. Para atingir este objetivo, utilizou-se um questionário sócio demográfico e o instrumento: Inventário Síndrome de Burnout (MBI). A análise dos dados demostrou que os participantes deste estudo não reuniram os critérios para a síndrome de burnout, porém houve casos que se aproximaram muito de apresentála. Foram detectados níveis elevados de estresse, porém não pensam em desistir da profissão. Apesar de não ter sido possível evidenciar a relação entre causas e efeitos, percebeu-se que a pressão e a falta de apoio social no ambiente de trabalho estão fortemente ligadas com o aumento dos sintomas e sua frequência.
TAXAS DE CONCEPÇÃO E PERDA GESTACIONAL DE NOVILHAS E VACAS GIROLANDO APÓS TRANSFERÊNCIA EM TEMPO FIXO DE EMBRIÕES FRESCOS OU VITRIFICADOS
BRUNO AMBROZINI , Profa. Dra. Katia Cristina Silva Santos
Data da defesa: 26/05/2020
O objetivo do presente estudo foi avaliar as taxas de concepção e perda gestacional de fêmeas bovinas da raça Girolando (1/2 Gir x 1/2 Holandês) submetidas a processo de transferência de embrião em tempo fixo (TETF), considerando a categoria animal e a vitrificação do embrião. Foram analisadas 4.987 transferências de embrião (TE), totalizando 1.780 inovulações em vacas e 3.207 em novilhas Girolando de um programa de produção de embriões em larga escala. Os dados foram divididos de acordo com a categoria animal (novilha ou vaca) e o embrião (fresco ou vitrificado) transferido. Os parâmetros avaliados foram: taxa de concepção (30 dias de gestação) e perda gestacional (dos 30 dias ao parto). Os animais foram submetidos a protocolo de TETF de três manejos, com aplicação IM de benzoato de estradiol (BE) e inserção de dispositivo intravaginal de progesterona (P4) em dias aleatórios do ciclo estral, denominando dia zero (D0). No nono dia (D9), retirou-se o dispositivo de progesterona e aplicou-se (IM) cloprostenol sódico (PGF2α), gonadotrofina coriônica equina (eCG) e cipionato de estradiol (CE). No décimo oitavo dia, foi realizada a TETF e, 23 dias depois (D41), foi realizado o diagnóstico de gestação por ultrassonografia. Os parâmetros avaliados foram: taxa de concepção (30 dias de gestação) e perda gestacional (dos 30 dias ao parto). Os dados foram analisados pelo modelo de Regressão Logística Múltipla (p ≤ 0,05), considerando os efeitos dos anos, da categoria animal e do embrião transferido. O ECC não foi considerado para as análises. A análise foi realizada utilizando o programa estatístico SigmaStat 4.0. As novilhas apresentaram maior taxa de concepção (56,56%; p = 0,01) e menor taxa de perda gestacional (27,18%; p = 0,011) comparado às vacas (40,62%; 40,94%). Não houve efeito do embrião transferido sobre as taxas de concepção (p = 0,0955) e perda gestacional (p = 0,676) das fêmeas. Da mesma forma, os anos em que as transferências foram realizadas não tiveram efeito sobre as taxas de concepção (p = 0,93) e perda gestacional (p = 0,092) das receptoras. Portanto, novilhas Girolando submetidas a protocolo de transferência de embrião em tempo fixo apresentaram maior taxa de concepção e menor perda gestacional, tanto com embrião fresco quanto vitrificado, em relação às vacas, e não houve diferença na taxa de concepção e perda gestacional das receptoras após transferência com embriões frescos ou vitrificados.
REMISSÃO DIABÉTICA E TEMPO DE SOBREVIDA EM GATOS DIABÉTICOS: ESTUDO RETROSPECTIVO
BRUNA CENCI ORTIZ , Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
Data da defesa: 09/07/2020
A remissão diabética é um dos principais objetivos do tratamento da diabete melito em felinos. A remissão é definida como a manutenção da normoglicemia sem o uso de insulina exógena por pelo menos quatro semanas. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospectivo, com dados obtidos dos prontuários de 41 pacientes felinos diabéticos entre os anos de 2011 e 2019, com o intuito de verificar fatores associados com maiores chances de remissão, tempo de remissão, recidiva do estado diabético e sobrevida. Foram analisados parâmetros clínicos epidemiológicos, doenças concomitantes, dieta, resultados de exames laboratoriais e o curso da doença. Os resultados obtidos, demonstraram taxa de remissão de 51% com o uso da insulina glargina. 89% dos gatos que estavam vivos até o final do estudo pertenciam ao grupo que havia atingido remissão, com uma media de sobrevida de 1794 dias. O tempo até atingir a remissão foi em média 139 dias e a duração da remissão de 651 dias, sendo que 82% se alimentavam de dietas mistas (seca e úmida). Conclui-se que, gatos que alcançaram a remissão diabética tiveram maiores chances de sobrevivência e tempo de sobrevida. Gatos alimentados com dietas mistas apresentaram maiores chances de atingir remissão diabética, maior sobrevivência e tempo de sobrevida. A presença de doenças retrovirais diminuiu as chances de remissão. Gatos diabéticos com concentração da insulina mais elevada apresentaram duração maior da remissão. A frutosamina não mostrou ser um parâmetro confiável para determinar o controle da doença e para confirmar o diagnóstico.
DOENÇA VALVAR MIXOMATOSA EM CÃES: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE CASOS DIAGNOSTICADOS EM AUTOPSIAS
ALAN PASSADOR DA SILVA , Profa. Dra. Giovana Wingeter Di Santis
Data da defesa: 30/09/2020
A doença mixomatosa valvar (DMV) constitui-se da degeneração mixomatosa progressiva da valva cardíaca, com consequente regurgitação sanguínea, sendo a principal causa de insuficiência cardíaca congestiva em cães. A evolução da enfermidade é crônica, levando um longo período para o animal apresentar alterações cardiovasculares. O diagnóstico é obtido por meio de exame ecocardiográfico, com auxílio de avaliações complementares, por exame radiográfico torácico e eletrocardiografia. Alguns cães apresentam a DMV durante a vida, porém não são diagnosticados, sendo um achado no exame post mortem, durante a autopsia. O objetivo deste trabalho foi avaliar retrospectivamente casos de cães com doença mixomatosa valvar diagnosticada na autopsia quanto à existência de evidências clínicas de cardiopatia, e caracterizar os achados patológicos, clínicos, epidemiológicos e resultados de exames complementares, a partir de uma análise descritiva. Para tanto, foram avaliados 1654 resultados de autopsias realizadas entre os anos de 2008 e 2019 e selecionados 132 casos em que os cães que apresentavam lesões macroscópicas de DMV, sendo posteriormente avaliado o prontuário destes animais para verificação de histórico e/ou sinais clínicos e/ou exames complementares sugestivos de cardiopatia. A principal alteração encontrada na macroscopia foi espessamento de valva cardíaca, a maior prevalência foi em cães sem raça definida (SRD), entre os de raça pura foi frequente também em cães de grande porte. Acomete também cães jovens, e pode ser diagnosticada em qualquer uma das quatro valvas cardíacas. A maioria não apresenta histórico e sinais clínicos sugestivos de cardiopatia, não sendo submetidos a avaliação cardíaca adequada, com exames complementares que permitam o diagnóstico precoce.
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-OCULAR COM TONÔMETRO DE APLANAÇÃO ASSOCIADO AOS SINAIS CLÍNICOS OCULARES EM EQUINOS
RODRIGO RENÉ JORQUERA TORMEN , Profa. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 08/07/2019
Os equinos raça Quarto de Milha são uma espécie de grande importância dentro do âmbito de atuação de medicina veterinária. No Brasil o agronegócio do cavalo movimentou mais de R$16 bilhões no ano 2015. O sistema ocular tem função única de permitir o relacionamento com o ambiente e outros indivíduos. O presente trabalho tem como objetivo pesquisar a situação da saúde ocular de equinos de Londrina-PR e região. Para isso, foram avaliados 98 equinos de raça Quarto de Milha de diferentes idades e sexo mediante exame oftalmológico completo que incluiu teste de reflexos e respostas oculares, tonometría de aplanação, quantificação do filme lacrimal e avaliação óptica de todas as estruturas intra-oculares. Interessante é o fato que muitos dos pacientes com alterações no exame oftalmológico não apresentavam um histórico de doença nesta estrutura. A estrutura intra-ocular que apresentou mais alterações foi a retina, sendo afetada por processos inflamatórios e atróficos de diferentes graus e magnitudes. Quando analisamos os valores tonomêtricos obtidos de nossa pesquisa, observamos que em 24 de 98 equinos avaliados apresentaram valores de tonometría fora dos valores de referência para a espécie. Não houve diferencia estatística significativa entre os valores de pressão intra-ocular comparados entre os olhos de animais da raça Quarto de Milha. Houve associação entre alterações tonométricas e sinais clínicas oftalmológicas associadas.
OCORRÊNCIA DA TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO DE BOVINOS NO PARANÁ ENTRE 2014 E 2018
RAFAEL GONÇALVES DIAS , Prof. Dr. Wilmar Sachetin Marçal
Data da defesa: 25/01/2019
A tuberculose bovina, causada pelo Mycobacterium bovis é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de lesões nodulares e que acomete todos os mamíferos domésticos, entre eles os bovinos. É uma doença considerada endêmica no Brasil. Este trabalho tem como objetivo demonstrar os resultados de testes para diagnostico da tuberculose bovina no Estado do Paraná entre os anos de 2014 a 2018, objetivando analisar a distribuição de positividade e característica de performance do programa de controle, bem como propor medidas para avanço na vigilância da doença no estado. No ano de 2014 foram diagnosticados para tuberculose no Paraná 1.872 bovinos (0,35% de 521.028 testados). Em 2015 foram 1.749 bovinos positivos (0,20% de 859.514 testados), 2016 foram 1.247 bovinos positivos (0,15% de 805.367 testados), 2017 foram 1.792 bovinos positivos (0,21% de 828.730 testados) e 2018 foram 1.405 bovinos positivos (0,20% de 701.119 testados). A análise do presente trabalho sugere que as ações de controle em curso têm sido efetivas. Conclui-se que a ocorrência da tuberculose no Paraná é significativa, e a utilização de dados e a efetiva atuação da Adapar, podem ser ferramentas eficazes na gestão de programas de saúde animal e em sistemas de monitoramento e vigilância epidemiológica, com objetivo de diminuir as ocorrências da tuberculose na população de bovinos do estado do Paraná.
ESTUDO RETROSPECTIVO E PREVALÊNCIA DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 2006 A 2018
PAULINE SPERKA DE SOUZA , Profa. Dra. Priscilla Fajardo Valente Pereira
Data da defesa: 21/02/2019
A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença viral e potencialmente fatal que acomete equídeos de diferentes raças, sexo e idades. Com o objetivo de conhecer a ocorrência desta enfermidade no estado do Paraná, o estudo foi realizado em duas etapas distintas. Na primeira etapa foi realizado um estudo retrospectivo da ocorrência da AIE no estado do Paraná, com a utilização dos registros dos casos diagnosticados pelo serviço oficial em equídeos entre os anos de 2006 a 2017. Foi realizada análise de 126 Formulários de Investigação Inicial (FormIn) de casos positivos de AIE entre os anos de 2012 e 2017. Na segunda etapa, foi realizado inquérito soroepidemiológico entre os meses de março e abril de 2018, com colheita de amostras em 2683 animais e 890 propriedades distribuídas pelo estado, utilizando o Imunodifusão em Ágar gel (IDGA) como teste diagnóstico. A prevalência foi calculada e realizou-se análise descritiva dos dados. Na análise retrospectiva dos registros de 2006 a 2017, foram analisadas 502.091 amostras de soro de equídeos e a AIE foi confirmada em 371 animais (0,073%), com variações do número de casos positivos ao longo dos anos, porém com maior frequência na região sul do Estado. Já no inquérito soroepidemiológico foi detectada a ocorrência da AIE em 14 propriedades (1,57%) e 14 animais (0,52%). Foi possível concluir que a AIE esteve presente nos equídeos do estado do Paraná durante o período avaliado, porém com prevalência reduzida. Com o conhecimento destes dados, o serviço oficial de defesa agropecuária pode atuar com maior eficiência nos municípios mais afetados, bem como realizar alterações na legislação e implantar programas de educação sanitária.
RELAÇÃO DA CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS COM ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL, PESO VIVO E REATIVIDADE ANIMAL SOBRE A TAXA DE CONCEPÇÃO EM VACAS DA RAÇA BRAHMAN SUBMETIDAS À IATF
MARIA EDUARDA SCHEEL BOMTEMPO , Prof. Dr. Fábio Morotti
Data da defesa: 12/04/2019
Com o objetivo de avaliar se a contagem de folículos antrais (CFA), o escore de condição corporal (ECC), o peso vivo e o escore de comportamento no tronco exercem influência sobre a taxa de concepção em vacas submetidas ao protocolo de inseminação artificial em tempofixo (IATF), foram avaliadas 122 fêmeas da raça Brahman (Bos taurus indicus), com ECC variando de 2,5 a 3,5 (escala de 1-5) e peso entre 300 a 560 kg. Em um dia aleatório do ciclo estral (D0), as vacas receberam um dispositivo intravaginal contendo 1,2 g de progesterona (P4) e aplicação de 2,0 mg de benzoato de estradiol (BE) por via intramuscular (IM). Após 8 dias (D8), o dispositivo foi removido e administrou-se 500 μg de cloprostenol sódico (PGF2α), 300 UI de gonadotrofina coriônica equina (eCG) e 1,0 mg de cipionato de estradiol (CE) por via IM. Neste mesmo dia, realizou-se a marcação da base da cauda para avaliar a demonstração de estro e 48 horas depois procedeu-se a IATF. O ECC e o escore de comportamento foram avaliados em todos os dias do protocolo de IATF. O peso foi mensurado no D0 e no diagnóstico de gestação (D40). A CFA (folículos ≥ 3 mm) de cada fêmea foi determinada no D0. Para análise, estabeleceu-se os grupos de CFA (baixa ≤ 15 folículos, intermediária ≥ 16 e ≤ 29 folículos e alta contagem ≥ 30 folículos), da classificação do comportamento (calma, média de escore = 1,0; inquieta, média de escore > 1,0 e ≤ 2,0; e agitada, média de escore ≥ 2,1) de variação do peso (ganhando, variação positiva de +10 a +40 kg; mantendo, variação de -9 a +9 kg; e perdendo, variação negativa de -10 a -40 kg) e variação do ECC (ganhando, variação positiva de +0,25 a +0,75 pontos; mantendo, variação de -0,25 a +0,25 pontos; e perdendo, variação negativa de -0,25 a -0,75 pontos). Taxas de concepção foram analisadas pelo modelo de regressão logística binária. A taxa de concepção geral do estudo foi de 50% (61/122), e não sofreu influência (p > 0,05) dos grupos de CFA, classificação de reatividade, variações de peso e ECC. Animais de baixa, intermediária e alta CFA apresentaram taxas de concepção de 52,6, 50,9 e 45,4%, respectivamente. No entanto, a baixa CFA apresentou maior (p = 0,050) proporção de animais com alta intensidade de manifestação de estro (94,7%) no momento da IATF. Vacas classificadas como calmas, inquietas e agitadas apresentaram taxas de concepção de 43,0, 54,7 e 47,1%, respectivamente. Animais que ganharam, mantiveram e perderam peso tiveram taxas de concepção de 43,0, 54,7 e 47,1%, respectivamente. Já aquelas consideradas como ganhando, mantendo e perdendo ECC apresentaram taxas de concepção de 44,0, 54,3 e 37,5%, respectivamente. Nas condições do presente estudo, conclui-se que a taxa de concepção de vacas da raça Brahman (Bos taurus indicus) submetidas à IATF não sofrem influência da contagem de folículos antrais, da classificação de reatividade e nem das variações de peso e ECC. No entanto, a baixa CFA resultou em maior proporção de fêmeas bovinas da raça Brahman com manifestação de estro de alta intensidade.
ECOBIOMETRIA OCULAR E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS CRANIANOS E CORPORAIS EM CÃES DA RAÇA SHIH TZU
MAICON ALAN PAIVA DOS SANTOS , Prof. Dr. Milton Luis Ribeiro de Oliveira
Data da defesa: 22/02/2019
A ultrassonografia ocular bidimensional em cães é uma ferramenta importante para a oftalmológica veterinária. Associada a ela, a ecobiometria atua na caracterização e padronização dos componentes oculares, fornecendo informações para o diagnóstico de enfermidades. Devido a grande variedade de raças e poucos trabalhos que correlacionam achados ecobiométricos com a morfometria craniana e corporal em cães de raça específica, objetivou-se com este estudo a caracterização da ecobiometria ocular e investigar sua possível correlação com parâmetros morfométricos cranianos e corporais em 50 cães da raça Shih Tzu adultos. Os cães foram divididos em grupos conforme a faixa etária, e as medidas ecobiométricas da câmara anterior (CA), câmara vítrea (CV), espessura axial (ELA), transversal da lente (ETL) e comprimento axial do globo ocular (CGO) foram obtidas através da ultrassonografia em modo bidimensional. As medidas morfométricas de distanciamento bizigomático (DBZ), distanciamento fronto-occipital (DFO), altura de cernelha (AC), circunferência torácica (CT) e comprimento corporal (CP) também foram obtidas. Os dados foram estatísticamente avaliados através do teste t de Student, análise de variância- Anova e teste de Tukey. A correlação de Pearson também foi empregada para investigar possíveis correlações entre as variáeis. A média da profundidade de câmara anterior foi de 2,837±0,506mm, da câmara vítrea foi de 9,186±0,547mm, da espessura de lente em corte axial foi de 6,429±0,323mm, em corte tranversal foi de 9,176±1,185mm. A média do comprimento axial do globo ocular foi de 18,829±0,660mm. Não foi verificada correlação entre as variáveis ecobiométricas e as morfométricas cranianas e corporais em cães adultos da raça Shih Tzu. Assim como não há diferença significativa dessas variáveis quando considerado o gênero e a idade dos Shih Tzus deste estudo (p ≥ 0,05). A ultrassonografia é uma modadlidade do diagnóstico por imagem eficaz para caracterização, avaliação e mensuração das estruturas intraoculares. Os Shih Tzus, apresentam globo ocular maior em comparação a estudos com outros cães, quando considerado seu porte e tamnho craniano.
HIPERADRENOCORTICISMO CANINO: ESTUDO RETROSPECTIVO DE 144 CASOS ENTRE 2013 E 2018
GABRIELA REBOUÇAS MILANI CECCI , Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
Data da defesa: 10/07/2019
O hiperadrenocorticismo (HAC) ou Síndrome de Cushing é uma endocrinopatia que resulta da produção excessiva e crônica de cortisol. Frequentemente diagnosticado em cães na rotina clínica, o HAC é classificado como espontâneo - hipófisedependente ou adrenal-dependente - ou iatrogênico. Outras causas descritas e associadas a doenças não-adrenais envolvem tumores ectópicos e hipercortisolismo alimentar. Este trabalho avaliou uma população de 144 cães diagnosticados com HAC com o objetivo de contribuir com dados sobre a doença. Foram identificados qual foi o melhor teste para diagnosticar o HAC, a sensibilidade e especificidade dos testes e a prevalência da doença. Ainda foram avaliados os aspectos epidemiológicos, principais alterações laboratoriais, origem do HAC (aumento adrenal unilateral ou bilateral) e ocorrência dos padrões no teste de supressão com baixa dose de dexametasona. Os registros foram obtidos de prontuários do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (HV-UEL) e clínica Espaço Vida Veterinária, atendidos entre 2013 e 2018. Os resultados obtidos na pesquisa mostraram que o teste de supressão com baixa dose de dexametasona é mais sensível para diagnosticar o HAC e que aumento adrenal bilateral incidiu sobre a maioria dos cães. Dentre os exames laboratoriais, o aumento da fosfatase alcalina, dos triglicerídeos e dos leucócitos foram as alterações mais relevantes. Com estes resultados foi possível concluir que o teste de supressão com baixa dose de dexametasona deve ser encorajado como primeiro teste endócrino de triagem para diagnosticar o HAC. Além disso, os dados epidemiológicos e laboratoriais forneceram informações que reforçam os aspectos característicos da doença.
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