UTILIZAÇÃO DE DIETA CASEIRA PARA O TRATAMENTO DE OBESIDADE CANINA: RELATO DE CASO
LEONARDO SAUER , Prof. Dra. Suelen Tulio de Cordova Gobetti
Data da defesa: 02/02/2023
A obesidade é uma doença ocorrente entre os cães, sua prevalência varia entre 20 a 40% da população canina, acarretando aos seus portadores várias disfunções orgânicas. A frequência com que se observa a afecção, faz da obesidade uma das doenças mais importantes, devido à má nutrição e falta de atividade física diária, na prática clínica de pequenos animais. Foi determinado, através de evidências científicas, que a perda de gordura corporal efetiva é facilitada pelo uso das dietas com teores baixos de gordura e que os índices corretos de fibra podem reduzir ou retardar o retorno da sensação de fome, reduzindo, portanto, a ingestão de calorias, sem o estresse da fome prolongada. Dessa forma a alimentação caseira formulada para perda de peso é uma modalidade de fornecimento de alimentos que pode facilitar o manejo do cão obeso, fazendo com que o mesmo tenha a redução do peso, podendo se tornar uma alternativa às dietas convencionais comerciais. O programa de perda de peso para animais de estimação depende de fatores como a colaboração do tutor, uma dieta específica e a realização de exercícios físicos. Este trabalho tem como objetivo relatar um protocolo em que se utilizou a dieta caseira em um programa de perda de peso de um cão mantido junto a seu tutor, utilizando como base dietética a alimentação natural e o emprego de exercício físico regular, além de avaliar aspectos comportamentais e análises clínicas de ingestão da dieta natural.
MEDICINA VETERINÁRIA BASEADA EM EVIDÊNCIA – COMPLEXO HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA/PIOMETRA CANINA: TRATAMENTO CLÍNICO OU CIRÚRGICO
LEONARDO MATHEUS JAGELSKI ROSINA , Profa. Dra Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 17/02/2023
A medicina veterinária baseada em evidências se mostra como importante ferramenta para auxiliar o profissional a decidir qual a melhor forma de tratamento para diversas afecções, além de trazer as informações mais recentes acerca de variados temas e assuntos, realizando uma classificação de recomendação sobre os trabalhos e as técnicas por eles apresentados. Estudar da casuística de uma clínica veterinária, em um período de 3 anos e confeccionar a produção de diretrizes terapêuticas para a doença mais manifestada. Foi realizado o estudo retrospectivo de casuística de uma clínica veterinária na cidade de Campo Mourão – PR, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2022, foi observado que a doença mais atendida foi a piometra, e portanto, foi realizado o estudo das evidências relacionadas ao tratamento desta afecção. Desta forma foram incluídos artigos, publicados entre 2016 até 2022, relacionados ao tratamento clínico e cirúrgico de cadelas cometidas por piometra. Inicialmente, foram selecionados 94 artigos, que após seleção criteriosa se reduziram a seis para avaliação das evidências e escrita das diretrizes finais. Animais acometidos por piometra podem ser submetidos tanto a tratamento cirúrgico quanto clínico, porém existem alguns critérios a serem avaliados antes de decidir qual será preconizado para aquele animal. A literatura indica que o tratamento clínico deve ser realizado em fêmeas com alto valor genético, em idade reprodutiva, que estejam hemodinamicamente estáveis e que não apresentem outra afecção concomitante e piometra deve ser aberta. Todas as outras fêmeas, devem ser submetidas, ao tratamento cirúrgico. Referindo-se ao tratamento clínico, os fármacos mais indicados são o aglepristone que pode ser utilizado de forma isolada ou associado ao cloprostenol, sendo imprescindível a antibioticoterapia, com enrofloxacina ou amoxicilina com clavulanato de potássio, entre outros. A afecção mais comum foi a piometra, e as fêmeas podem ser tratadas clinica ou cirurgicamente, porém o tratamento clínico em casos específicos, se faz mais eficaz, portanto, é importante o médico veterinário ter conhecimento de outras formas de tratamento, bem como saber quando indicar e como realizar de forma segura e efetiva.
AVALIAÇÃO DOS FATORES DETERMINANTES PARA A REALIZAÇÃO DE URETROSTOMIA PERINEAL E PRÉPÚBICA EM GATOS
KAIQUE MARQUES RODRIGUES DOS PASSOS , Profa. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 27/02/2023
A doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF) é caracterizada como uma síndrome que afeta essa espécie em várias etapas da vida. Sinais predominantemente relatados pelos tutores incluem hematúria, disúria, estranguria, irritabilidade e vocalização. Tais alterações são comuns no atendimento clínico e cirúrgico de pequenos animais. Objetivou-se a realização de um estudo retrospectivo, a fim de encontrar as principais indicações para a realização de uretrostomia perineal e/ou pré-púbica em gatos, atendidos em um hospital escola, entre 2015 e 2021. O estudo foi realizado por meio da análise dos prontuários dos pacientes atendidos, para a verificação dos principais motivos da realização e escolha de tratamento cirúrgico. Realizou-se análise estatística descritiva para identificação dos principais fatores e correlação entre eles, quanto a raça, idade, peso, motivo das principais alterações do trato urinário inferior e o que levou os médicos veterinários a tomarem essa decisão, quanto a causa clínica diagnosticada. O levantamento de dados pôde demonstrar a importância deste estudo retrospectivo quanto a casuística de alterações do trato urinário de felinos, recidivas obstrutivas uretrais, acompanhamento a longo prazo e quais principais complicações que foram observadas nos pós-operatórios com intuito de prevenir possíveis complicações futuras e melhorar o manejo desses animais. Observou-se que o principal motivo que levou a realização de uretrostomia, foi a obstrução uretral por sedimentos (61,1%). Dentro do período de estudo, 36 animais foram avaliados e submetidos aos procedimentos cirúrgicos, destes 30 (83,3%) realizaram a uretrostomia perineal e 6 (16,7%) a uretrostomia pré-púbica, demonstrando que o procedimento de eleição no tratamento principal das doenças do trato urinário foi a uretrostomia perineal, sendo a pré-púbica utilizada apenas em casos graves de lesão no trato urinário inferior.
AVALIAÇÃO BACTERIOLÓGICA DE TUBOS ENDOTRAQUEAIS APÓS USO E DESINFECÇÃO COM ÓLEO DE MELALEUCA, HIPOCLORITO DE SÓDIO A 1%, COMPLEXO DE COBRE OU COMPLEXO DE PLATINA
JULIANA TALITA LIMA DAS MERCÊS , Prof. Dr. Guilherme Schiess Cardoso
Data da defesa: 10/03/2023
Sabe- se que o reaproveitamento de sondas endotraqueais é uma realidade na medicina veterinária. Com a finalidade de reduzir o risco de infecção cruzada, devido a contaminação de tubos endotraqueais reutilizados, o trabalho buscou avaliar a eficácia no processo de esterilização através de produtos químicos em tubos endotraqueais utilizados em procedimentos cirúrgicos da rotina de um hospital Veterinário Universitário, com duração de 30 minutos a 2 horas. Obteve-se uma amostragem de 12 tubos endotraqueais após a extubação dos pacientes, cortados com de lâmina de bisturi em hemi tubos e armazenados em sacos plásticos com sistema tipo zip lock. As amostras foram processadas em até 24 horas após a coleta. Os dois hemi-tubos foram separados de maneira a avaliar em um hemi tubo a quantidade de bactérias antes (grupo controle) e o segundo hemi tubo após ser submetido a tratamento com um dos quatro sanitizantes avaliados (grupo teste). Foram utilizados hipoclorito de sódio, óleo de melaleuca, complexo de cobre ou platina. Os hemi tubos foram alocados nos sacos plásticos assepticamente, acrescidos de 9 mL de solução de NaCl 0,9% (grupo controle). Para o grupo teste, foram adicionados aleatorieamente em cada saco os diferentes sanitizante. Após, a homogeneização das amostras durante 60 segundos, as amostras de líquidos extraídas dos sacos plásticos foram submetidas a quatro diluições decimais seriadas. As diluições foram semeadas pelo método pour plate na superfície de PCA e foram incubados a 37ºC por 48h e posteriormente foi realizada a contagem bacteriana. Os resultados dos testes foram repetidos 3 vezes e submetidos à estatística por meio de ANOVA. Observou-se que o grupo controle (salina) apresentou média de 4.15 log UFC/mL, e que todos os produtos utilizados apresentaram ação antimicrobiana, porém o composto de cobre não apresentou efetividade quando comparado com demais produtos. O hipoclorito de sódio a 1% exibiu efetividade de 99.9%. Pode-se concluir que o hipoclorito de sódio a 1%, óleo de melaleuca e compostos de platina foram eficazes no processo de desinfecção dos tubos endotraqueais.
UTILIZAÇÃO DE INTERFERON EM GATOS DOMÉSTICOS (FELIS SILVESTRIS CATUS) INFECTADOS POR FIV E FELV – REVISÃO DE LITERATURA
FABRÍCIO ZOLIANI DE ARAUJO , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 24/02/2023
O vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV) são retrovírus com impacto global na saúde dos gatos domésticos, podendo causar síndromes de supressão da medula óssea, neoplasias e doenças infecciosas secundárias. Os interferons (IFN’s) são citocinas envolvidas na resposta imune dos animais, estudos avaliaram a utilização de IFN’s como tratamento para FIV e FeLV. Nesse contexto, uma revisão sistemática da literatura foi realizada com o objetivo de compilar as informações sobre as evidências cientificas para a utilização da terapia com protocolos licenciados de IFN alfa e ômega em gatos domésticos sintomáticos infectados de FIV e/ou FeLV. Dos artigos publicados de 1999 a 2022 que foram encontrados na triagem inicial das bibliotecas digitais do Google Scholar, PubMed, Portal de Periódicos CAPES, utilizando a busca por assuntos, com estratégia de palavras-chave no idioma em inglês com operador lógico booleano ((“interferon”) AND (“retrovirus” OR “FIV” OR “Feline Immunodeficiency Virus” OR “FeLV” OR “Feline Leukemia Virus”)). Considerando os aspectos pertinentes à utilização de IFN, foram selecionados os estudos que abordaram informações sobre alterações laboratoriais, condições clínicas e excreções virais concomitantes. Quanto às lacunas de informações, há poucas evidências conclusivas e são necessários grandes ensaios clínicos randomizados antes que os IFN’s possam ser recomendados para indicações terapêuticas de gatos domésticos sintomáticos infectados de FIV e/ou FeLV. Por outro lado, o tratamento oral com rFeINF-ω para Síndrome da Gengivoestomatite Crônica Felina (FCGS) desencadeada por FIV e/ou FeLV apresentou-se como uma terapia benéfica.
AVALIAÇÃO DA hCG COMO SUPORTE GONADOTRÓFICO EM PROTOCOLOS DE TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO EM TEMPO FIXO EM GADO DE CORTE
EDUARDO ANTÔNIO DE ALMEIDA ROSSIGNOLO , Prof. Dr. Fábio Morotti
Data da defesa: 25/09/2023
Este estudo comparou o desempenho reprodutivo de receptoras de embriões tratadas com um protocolo de transferência de embriões em tempo fixo (TETF) usando gonadotrofina coriônica humana (hCG) ou gonadotrofina coriônica equina (eCG). Em um dia aleatório do ciclo estral (Dia -10) receptoras da raça Bos taurus indicus (n = 341; 194 vacas nulíparas e 147 multíparas) com escore de condição corporal entre 3,0 e 4,0, foram submetidas ao protocolo TETF que consiste em uma injeção intramuscular i.m. de 2,0 mg de benzoato de estradiol (BE) e inserção de dispositivo intravaginal de progesterona (P4) que permaneceu até o dia -2,5. No mesmo dia (-2,5), os animais receberam uma injeção i.m. de 150 mg de D-cloprostenol e 1 mg de cipionato de estradiol e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo eCG (n = 179), no qual as fêmeas receberam injeção i.m. 300 UI de eCG e o grupo hCG (n = 162), no qual as fêmeas receberam 150 UI de hCG. Em seguida, no D0 os animais foram avaliados quanto a intensidade do estro, diâmetro folicular (DF) por ultrassonografia modo B e no D7 foi avaliado a qualidade do corpo lúteo (CL) por ultrassonografia (modo B e doppler colorido) para selecionar as receptoras elegíveis a receber a transferência de um embrião produzidos in vitro. O diagnóstico de gestação foi avaliado 23 dias após a transferência. Os dados contínuos foram analisados por ANOVA usando um modelo de efeitos mistos e o teste de Tukey. As taxas foram analisadas por meio de um modelo de regressão logística. O DF no D0 do protocolo TETF foi influenciado pela interação entre o tratamento gonadotrófico e categoria (P = 0,01), sendo que as receptoras nulíparas tratadas com hCG apresentaram o menor diâmetro. O tratamento com hCG e eCG resultou em alta taxa de expressão de estro, no entanto, a proporção de fêmeas com estro de alta intensidade foi maior no grupo hCG (79,84 vs. 68,61%, respectivamente; P = 0,03). A taxa de utilização (receptoras com CL) apresentou tendência (P = 0,06) a ser influenciada pela interação entre o tratamento gonadotrófico e categoria, sendo que as receptoras nulíparas tratadas com hCG apresentaram taxa de utilização inferior aos demais grupos. O diâmetro, perímetro e área do CL foram semelhantes (P > 0,1) em todos os grupos. No entanto, o grupo hCG resultou em CL com melhor escore de vascularização (P = 0,04), maior fluxo sanguíneo central (P = 0,03) e tendência a maior fluxo sanguíneo periférico (P = 0,08). As taxas de concepção (32,00% hCG vs. 35,10% eCG; P = 0,46) e prenhez (24,69% hCG vs. 29,61% eCG; P = 0,20) foram semelhantes entre os grupos hCG e eCG. No entanto, uma interação entre o tratamento gonadotrópico e a categoria revelou menor concepção (P = 0,01) e taxas de prenhez (P = 0,001) em receptoras nulíparas tratadas com hCG. O tratamento com hCG resultou em maior intensidade de expressão de estro e CL com maior escore de vascularização, o que determinou taxas de utilização, concepção e prenhez semelhantes aos protocolos convencionais com eCG. No entanto, receptoras nulíparas tratadas com hCG exibiram uma taxa reprodutiva geral mais baixa.
MODELO ALTERNATIVO PARA TREINAMENTO CIRÚRGICO DA CAVIDADE ABDOMINAL DE CÃO
DANIELA DA SILVA CAMARGO , Profa. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 23/02/2023
Devido a constante discussão acerca do uso prejudicial dos animais para o ensino, a difícil obtenção e gastos com manutenção de cadáveres, e considerando que a maioria dos estudantes não recebe treinamento satisfatório para procedimentos cirúrgicos básicos durante a graduação, objetivou-se o desenvolvimento de um novo método para o ensino de medicina veterinária. Assim, o presente trabalho desenvolveu um modelo alternativo para treinamento cirúrgico de baixo custo simulando a cavidade abdominal de um canino, com objetivo de permitir aos estudantes do Curso de Medicina Veterinária exercitar e se capacitar em anatomia, procedimentos cirúrgicos e habilidades práticas utilizando manequins simuladores em substituição ao animal vivo. Espera-se que a introdução deste método alternativo no ensino possa contribuir com a formação de profissionais de medicina veterinária, provendo-lhes maior aprendizado e familiaridade com a anatomia topográfica de cada órgão e maior segurança para realização da técnica cirúrgicas.
MODELO EXPERIMENTAL ALTERNATIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES BÁSICAS EM MICROCIRURGIA VETERINÁRIA
ANA PAULA HORN , Prof.ª Dr.ª Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 28/02/2023
A microcirurgia é por definição o conjunto de procedimentos cirúrgicos realizados com o auxílio de um meio óptico de magnificação. As habilidades necessárias para realizar tais procedimentos devem ser adquiridas por meio de treinamentos em laboratório, onde a destreza manual fina deve ser desenvolvida progressivamente, perante uma curva de aprendizado. A microcirurgia é uma ferramenta importante e indispensável em diversos procedimentos, pois possibilita reparos cirúrgicos únicos, diminuindo o trauma dos tecidos manipulados e melhorando o tempo de recuperação do paciente, sendo utilizada em diversas subáreas da medicina. Devido aos custos, os laboratórios de microcirurgia com os equipamentos necessários não são tão comuns, e a prática utilizando animais de biotério tornam os treinamentos ainda menos acessíveis. Pensando nesses fatores, o presente estudo apresenta um modelo experimental para o desenvolvimento de habilidades básicas em microcirurgia veterinária como uma alternativa para treinamentos iniciais que permita alta repetibilidade com menor custo, sem utilização de animais de biotério. O modelo proposto foi testado e validado, cumprindo com os objetivos propostos de capacitar os participantes a utilizar o microscópio cirúrgico e os instrumentais, desenvolver a coordenação da percepção óptica e habilidade manual necessárias para microcirurgias.
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO SÉRICO E TECIDUAL EM CADELAS COM NEOPLASIA MAMÁRIA
VINICIUS AQUILES GOMES ZAMBONI , Profa. Dra. Giovana Wingeter Di Santis
Data da defesa: 23/02/2022
As neoplasias mamárias são os tumores mais frequentes que acometem as cadelas. São enfermidades complexas que envolvem diversas alterações genéticas e bioquímicas, sistêmicas e no microambiente tumoral, e estresse oxidativo. As espécies reativas de oxigênio podem promover danos às macromoléculas celulares críticas, incluindo DNA, lipídios e proteínas, participando da oncogênese e da diferenciação celular. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estresse oxidativo, sistêmico e tecidual, em cadelas com neoplasia mamária. Foram incluídas 26 cadelas portadoras de tumor de mama e oito saudáveis (grupo controle). Todas as amostras de tecido mamário foram submetidas ao exame histopatológico. Dessas, foram utilizadas amostras teciduais de 22 neoplasias malignas e sete neoplasias benignas, além de 26 amostras de glândulas mamárias não neoplásicas e saudáveis, de pacientes com neoplasia mamária, e oito amostras de tecido mamário saudável, do grupo controle. Para avaliação do estresse oxidativo, foi determinado do soro e do homogeneizado de tecido mamário, a capacidade antioxidante total (CAT), pela redução do cátion ABTS sozinho (CAT-ABTS) ou associado à peroxidase (CATABTS+HRP), redução cúprica (CAT-CUPRAC) e redução férrica (CAT-FRAP), e pela capacidade oxidante total (COT) e peroxidação lipídica (TBARS), e o antioxidante ácido úrico. Para verificar as diferenças nas dosagens séricas entre os grupos controle e neoplasia maligna, foi utilizado teste de t não pareado ou Mann-Whitney, quando p<0,05. Para verificar as diferenças nas dosagens teciduais entre todos os grupos, foi utilizado o teste ANOVA e pós-teste de Tukey ou Kruskall-Walis com pós-teste de Dunn quando, p<0,05. No presente estudo, os animais com neoplasias mamárias malignas apresentam estresse oxidativo sérico e tecidual. No âmbito sistêmico houve redução da CAT, e aumento de oxidantes associado à peroxidação lipídica. Enquanto no tecido mamário neoplásico e normal, dos animais portadores de tumores mamários, houve aumento de antioxidantes e redução dos oxidantes, sem diferença na peroxidação lipídica.
AVALIAÇÃO DO TAP BLOCK COM LIDOCAÍNA 2% EM OVINOS
TALYSON JEAN ALVES SCHITKOSKI , Prof. Dr. Guilherme Schiess Cardoso
Data da defesa: 25/02/2022
O bloqueio do plano transverso abdominal (TAP Block) é uma técnica de bloqueio anestésico regional que teve sua primeira descrição em 2001 para bloqueio sensorial da parede abdominal em humanos. Na medicina veterinária ganhou notoriedade na última década tendo seu primeiro relato em 2010 em um Lince Canadense (Lynx canadensis) submetido a laparotomia. Objetivou-se caracterizar o efeito da administração do cloridrato de lidocaína a 2% sem vasoconstritor na dose de 8mg/kg em ovinos, por meio da técnica de TAP block ecoguiado em região paravertebral lombar L4. Foram utilizadas 10 ovelhas fêmeas, não gestantes e não lactantes, sem raça definida, pesando 35,8±3,7kg, sendo todos os animais saudáveis. Os animais foram tranquilizados com acepromazina (0,05mg/kg) pela via intravenosa, e então feita a indução anestésica por meio da associação de cetamina (3,5mg/kg) e midazolam (0,2mg/kg) pela mesma via. Por meio da ultrassonografia foram identificadas as fáscias dos músculos transverso abdominal e obliquo abdominal interno e nesse espaço depositado o anestésico local. Foram empregados estímulos em região do flanco por meio de pinçamentos, a cada 2 minutos, determinando a área de abrangência e tempo de latência e efeito da lidocaína. O TAP Block foi efetivo em todos os animais, sendo a região do flanco dessensibilizada em todos. Em 9 animais o bloqueio ocorreu em altura de crista iliaca até região de patela, com apenas 1 animal tendo essa dessensibilização estendida distal a patela em região de abdômen ventral. Cranialmente o bloqueio se estendeu até região de L3 em todos os animais. O bloqueio apresentou latência de 8±3,2 minutos e duração de efeito de 119,6±34 minutos. Conclui-se que essa técnica permitiu a dessensibilização da pele em região do flanco, apresentando uma curta latência e prolongada duração de efeito, tendo seu efeito promissor na medicina de pequenos ruminantes.
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